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2-FLUOROSCOPIA

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Núcleo de Tecnologia Clínica
 
2. FLUOROSCOPIA 
2.1 INTRODUÇÃO 
A história da fluoroscopia se inicia em 1896, 
junto com a descoberta dos raios X, quando o próprio 
Roentgen usou a propri-
edade dos elementos 
fluorescentes de absorve-
rem radiação e reemiti-
rem esta radiação na 
forma de luz para reali-
zar suas experiências. 
No ano seguinte, 
Thomas Edison inventou 
o que pode ser chamado 
de "o primeiro fluoros-
cópio". O fluoroscópio 
original era uma tela de Sulfídio de zinco-cádmio 
colocada sobre o corpo do paciente na direção do 
feixe de raios X. O radiologista permanecia direta-
mente em frente a janela, olhando uma imagem fluo-
rescente amarelo-esverdeada muito tênue. Estas 
primeiras experiências permitiam a visualização de 
órgãos internos, cujos movimentos podiam ser ob-
servados em tempo real, como na Figura 2.2. Mais 
tarde, óculos e espelhos foram desenhados para re-
mover o radiologista da radiação direta, no entanto, 
apenas uma única pessoa podia ver a imagem (figura 
2.3). 
 
 
Fig. 2.2. Médico usando o primeiro fluoroscópio. 
 
Além disso, o radiologista tinha que adaptar 
seus olhos a escuridão antes da fluoroscopia, o que 
significava utilizar uns óculos de proteção vermelhos 
até 30 minutos antes do exame. Assim, nos primeiros 
anos da nova técnica, os exames eram realizados em 
salas completamente escuras. Em 1941, os estudos de 
William Chamberlain sobre a fraca iluminação das 
telas de fluoroscopia resultou no desenvolvimento de 
intensificadores de imagem na década de 50. 
 
 
Fig. 2.3. Equipamento utilizado na década de 60. 
 
Os sistemas modernos de fluoroscopia são 
bem mais eficientes e menos nocivos que os seus 
antecessores mais remotos. O tubo de raios X está 
normalmente localizado abaixo da mesa do paciente. 
Acima do paciente é colocado o intensificador de 
imagem e outros acessórios radiográficos. A Figura 
2.5 a seguir mostra as partes componentes de uma 
fluoroscopia moderna. Alguns equipamentos podem 
ser operados remotamente de outra sala, reduzindo a 
zero a dose no radiologista. Há diferentes configura-
ções de fluoroscopia, porém em todos os casos o 
operador sempre irá enxergar uma imagem lumino-
samente fraca. Desta forma, a técnica da fluoroscopia 
exige um certo conhecimento de iluminação de ima-
gens e a fisiologia da visão. 
Apenas com o desenvolvimento de tubos de 
captura de imagem (para a televisão) no final da dé-
cada de 70 foi possível melhor a qualidade e a inten-
sidade das imagens fluoroscópicas. Hoje em dia, a 
imagem da tela fluoroscópica é captada pelo tubo de 
imagens e apresentado num monitor de televisão, o 
que permite, além do controle de brilho e contraste, a 
visualização e arquivamento do exame por várias 
pessoas simultaneamente. 
 
Fig. 2.1. Thomas Edison 
12 Parte 3 – RADIOGRAFIA ESPECIALIZADA 
 
Núcleo de Tecnologia Clínica
 
 
Fig. 2.4. Equipamento moderno de fluoroscopia 
digital. 
 
O exame de fluoroscopia, na maioria dos ca-
sos, produz pouca documentação ou registro, pois o 
exame constitui basicamente na visualização do mo-
vimento dos órgãos ou a evolução do contraste ao 
longo do tempo. A documentação, seja um filme 
radiográfico ou um fita de filme 35 mm, é realizada 
apenas em alguns momentos durante a realização dos 
exame para corroborar com o laudo a ser fornecido 
pelo médico radiologista. Em algumas situações, 
como a inserção de cateteres, recolocação de ossos, 
implantes de próteses, e outras intervenções cirúrgi-
cas, é comum a utilização do fluoroscópio como ins-
trumento de visualização interna do procedimento. 
Em todas as situações, o técnico em radiologia é res-
ponsável pela manipulação do equipamento, princi-
palmente controle de dose, posicionamento do 
paciente e auxílio ao médico na administração de 
contraste e remédios ou em situações de emergência. 
2.2 FISIOLOGIA DA VISÃO 
A fluoroscopia é um processo dinâmico on-
de, no início de seu uso médico, as imagens eram 
visualizadas em salas com baixíssima iluminação. O 
radiologista deveria não somente se acostumar com 
imagens em movimento como também a enxergar 
imagens tênues com baixa iluminação. Atualmente a 
tecnologia permite a observação através de monitores 
de vídeo até mesmo em salas remotas , dispensando o 
o uso de ambientes pouco iluminados. A seguir ve-
remos como reage o olho humano às condições de 
iluminação e qual a importância dos intensificadores 
de imagem, dispositivos fundamentais na fluorosco-
pia moderna. 
 
 
Fig. 2.6. Equipamento radiográfico com tela fluo-
roscópica. Há a necessidade de um escurecimen-
to da sala para que o radiologista possa ver a 
imagem. A dose recebida pelo paciente é propor-
cional ao tempo de execução do exame. 
 
2.2.1. Iluminação 
A principal vantagem da fluoroscopia com 
intensificador de imagem, sobre os primeiros fluo-
 
Fig. 2.5. Componentes de um fluoroscópio moderno. 
 FLUOROSCOPIA 13 
 
Núcleo de Tecnologia Clínica
 
roscópios do início do século, é o aumento do brilho 
da imagem. Tanto quanto é mais difícil ler o jornal 
sob a luz tênue do luar do que em uma sala bem ilu-
minada, também será mais difícil de interpretar uma 
imagem fluoroscópica escurecida do que interpretar 
uma imagem bem clara e nítida. E o que determinará 
a condição de uma boa iluminação será a capacidade 
do olho humano em distinguir as formas e as cores de 
acordo com o nível de intensidade luminosa presente 
no ambiente. 
 
 105 
104 
103 
102 
101 
100 
10-1 
10-2 
10-3 
10-4 
10-5 
10-6 mL 
sensibilidade 
dos cones 
sensibilidade 
dos bastonetes 
iluminação máxima 
permitida 
ra
di
og
ra
fia
 
céu nublado 
dia claro
lâmpada 
de leitura 
lua cheia 
cena com neve 
cinema 
fluoroscopia 
convencional 
flu
or
os
co
pi
a 
c/
 
in
te
ns
ifi
ca
do
r 
de
 im
ag
em
 
 
Fig. 2.7. Escala de intensidade luminosa mos-
trando a sensibilidade do olho humano 
 
O nível de iluminação, ou quantidade de luz, 
pode ser medido em várias unidades: candela, lu-
mens, lux e lamberts. Em fluoroscopia, utiliza-se o 
lambert (L) ou o mililambert (mL) como unidade de 
medida da intensidade de luz. Na figura 2.7 podemos 
ver um gráfico representando a relação entre alguns 
tipos de intensidades luminosas e seus respectivos 
valores. A iluminação mais intensa permitida é de 
100 lamberts e eqüivale a um dia de sol forte, acima 
disto, há o risco de queima da retina. A iluminação 
mais fraca capaz de sensibilizar o olho humano é da 
ordem de 1 bilionésimo de lambert, abaixo do qual o 
olho não enxerga nada. As imagens radiográficas são 
diagnosticadas com uma iluminação entre 1 e 1000 
mL (de 0,001 a 1 lambert). Os equipamentos moder-
nos com intensificador de imagem apresentam o 
mesmo nível de iluminação que as radiografias. Des-
ta forma, o médico radiologista não tem dificuldades 
em associar as imagens vistas no negatoscópio com 
as imagens apresentadas durante a fluoroscopia, pois 
ambas terão muita semelhança no contraste entre as 
estruturas, que é a maior informação diagnóstica pre-
sente num exame radiológico. 
2.2.2. Visão humana 
As estruturas do olho humano que são res-
ponsáveis pela visão são os cones e os bastonetes. A 
luz incidente no olho deve primeiro atravessar a cór-
nea, uma membrana protetora transparente, em se-
guida passar pelas lentes, onde a luz é focada para a 
retina. Entre a córnea e as lentes há a íris, cujo com-
portamento é semelhante ao de um diafragma de câ-
mara fotográfica que controla a quantidade de luz 
que entrará no olho. Na presença de luz intensa, a íris 
se contrai e permite apenas a passagem de uma pe-
quena quantidade de luz. 
Ao contrário, em locais escuros, a íris se dila-
ta a permite quea luz entre em maior quantidade. 
Quando a luz atinge a retina, ela é detectada pelos 
cones e bastonetes. Os cones e bastonetes são estru-
turas muito pequenas e presentes em grande quanti-
dade na retina (mais de 100 mil por mm2). Os cones 
são concentrados no centro da retina numa área co-
nhecida como fóvea. Os bastonetes, ao contrário, se 
localizam na região periférica da retina. 
Os bastonetes são sensíveis a luz fraca, tê-
nue. O limite mínimo para a detecção de luminosida-
de é da ordem de 10-6 mL. Os cones já são menos 
sensíveis à luz, com um limite mínimo de 0,01 mL, 
no entanto podem distinguir melhor fortes fachos de 
luz, onde os bastonetes já não funcionam adequada-
mente. Desta forma, os cones nos ajudam durante a 
visão diurna, que é chamada de visão fototópica, 
enquanto os bastonetes são utilizados para a visão 
noturna, conhecida como visão escotópica. Este as-
pecto da fisiologia visual explica por que objetos 
esmaecidos, com pouca luz, são melhor identificados 
se não são olhados diretamente. Esta propriedade da 
visão é chamada de percepção de contraste. Além do 
mais, os cones podem “enxergar” as cores, ou seja, 
distingui-las, enquanto os bastonetes são cegos para 
as cores, sendo apenas capazes de distinguir tons de 
cinza (intensidade luminosa). 
As características visuais que diferenciam os 
cones dos bastonetes enfatizam a escolha da visão 
utilizando os cones em contraste com a visão dos 
bastonetes. Durante a fluoroscopia, deseja-se que os 
detalhes da imagem sejam máximos e o brilho da 
imagem deve ser alto. Esta é a principal justificativa 
para o desenvolvimento dos intensificadores de ima-
gem em substituição as telas fluorescentes conven-
cionais. As telas fluorescentes devem ser 
visualizadas em salas escuras após uma adaptação 
visual de 15 minutos. Com os intensificadores, a lu-
minosidade é elevada para a região de percepção dos 
cones, onde a acuidade visual é maior. 
14 Parte 3 – RADIOGRAFIA ESPECIALIZADA 
 
Núcleo de Tecnologia Clínica
 
2.3 INTENSIFICAÇÃO DA IMAGEM 
Para compreendermos com a imagem forma-
da pelas diferenças no feixe atenuado de raios X é 
intensificada, ou seja, é transformada numa imagem 
de brilho adequado, precisamos analisar como é 
construído o tubo intensificador de imagem. As rela-
ções geométricas entre seus componentes é ponto de 
diferenciação entre o que acontece num filme radio-
lógico e na fluoroscopia. 
 
 
Fig. 2.8. Equipamento radiográfico com tubo in-
tensificador de imagem para fluoroscopia. 
2.3.1. Tubo intensificador 
O tubo de intensificação da imagem é uma 
estrutura eletrônica complexa que recebe o feixe de 
raios X remanescente (após passar o paciente), con-
verte-o em luz e aumenta sua intensidade. A Figura 
2.9 apresenta a estrutura interna de um tubo intensifi-
cador de imagem. O tubo é usualmente montado a 
partir de uma ampola evacuada de vidro, que lhe dá 
suporte estrutural. Quando instalada, a ampola é 
montada dentro de um recipiente metálico para pro-
tegê-la do manuseio além de bloquear a radiação que 
a atravessa. 
Os fótons que atravessam o paciente atingem 
o tubo intensificador de imagem, são transmitidos 
através da ampola de vidro e interagem com a placa 
de fósforo. Esta placa é feita de Iodido de Césio 
(CsI). Quando os fótons de raios X interagem com o 
fósforo, sua energia é convertida em luz visível, a 
qual é similar ao efeito das écrans na radiografia 
convencional. Os cristais de CsI são depositados co-
mo finas agulhas e compactamente prensados numa 
camada de 100 a 200 µm. Isso resulta em pequenas 
“lanternas”, com pouca dispersão e excelente resolu-
ção espacial. O próximo elemento ativo do intensifi-
cador de imagem é o fotocátodo, que é preso 
diretamente à placa de fósforo com uma camada 
transparente e fina de adesivo. O fotocátodo é feito 
de compostos de césio e antimônio que emitem elé-
trons quando estimulados pela luz. Este processo é 
conhecido como fotoemissão. Com isso, o fotocátodo 
é uma superfície fotoemissora. A terminologia utili-
zada é semelhante a da emissão termoiônica, que se 
refere a emissão de elétrons após a estimulação por 
calor. Fotoemissão é a emissão de elétrons após a 
estimulação por luz. O número de elétrons emitidos 
pelo fotocatodo é diretamente proporcional a intensi-
dade da luz que o atinge. Consequentemente, o nú-
mero de elétrons é proporcional a intensidade dos 
raios X incidentes. 
 
ampola de vidro 
fotocatodo 
placa de entrada 
ELÉTRONS 
lentes eletrostáticas 
placa 
de saída 
ânodo 
 
Fig. 2.9. Estrutura de um tubo intensificador de 
imagem. 
 
O tubo de intensificação de imagem possui 
aproximadamente 50 cm de comprimento. Uma dife-
rença de potencial de aproximadamente 25.000 V é 
mantido ao longo do tubo entre o fotocatodo e o âno-
do, de forma que os elétrons da fotoemissão sejam 
acelerados até o ânodo. 
No outro lado do ânodo está a placa de saída, 
também de fósforo, onde os elétrons interagem e 
produzem luz. O ânodo é uma placa circular com um 
furo bem no centro para permitir que os elétrons pas-
sem para atingir a placa de saída. Os elétrons não 
devem atingir o ânodo, apesar de alguns o fazê-lo, 
por que a produção da imagem se dá na placa de fós-
foro de saída. O ânodo serve apenas para dar energia 
e direcionar os elétrons para a placa de saída. 
Se há a necessidade de que a imagem produ-
zida seja a mesma que foi gerada pelos raios X, o 
caminho dos elétrons entre o fotocátodo e a placa de 
saída deve ser preciso. Os aspectos de engenharia 
para manter a trajetória do elétron adequada é conhe-
cida como óptica de elétrons porque os elétrons emi-
tidos pela face de entrada do tubo intensificador 
devem ser focados da mesma forma que uma luz 
visível. Os dispositivos responsáveis por este contro-
 FLUOROSCOPIA 15 
 
Núcleo de Tecnologia Clínica
 
le, chamados de lentes de foco eletrostático, são co-
locados ao longo do comprimento do tubo. Os elé-
trons chegam à placa de saída com alta energia 
cinética e carregam consigo, pela sua distribuição 
espacial, a imagem da placa de entrada de uma forma 
minimizada. Quando estes elétrons de alta energia 
interagem com o fósforo de saída, uma considerável 
quantidade de luz é produzida. A placa de fósforo de 
saída usualmente é feita de Sulfito de Zinco-Cádmio. 
Cada fotoelétron que chega na placa de saída é cerca 
de 50 a 75 vezes o número de fótons de luz necessá-
rio para criá-lo. A seqüência completa de eventos 
desde a incidência de raios X até a formação da ima-
gem pode ser visualizada na figura 2.10. A razão 
entre o número de fótons de luz na placa de saída e o 
número de fótons de raios X na placa de entrada é 
conhecida como ganho de fluxo. 
 
(entrada) X raios de fótons on
(saída) luz de fótons on
fluxo de ganho = 
 
 
 
placa de saída 
fotocatodo placa de entrada 
e- 
e- 
e- 
e- 
e- 
e- 
e- 
50 fotoelétrons 
1.000 
fótons 
de luz 3.000 
fótons 
de luz 
1 fóton de 
 raios X 
e- 
 
Fig. 2.10. Processo de conversão de energia den-
tro de um tubo intensificador de imagem. 
 
O aumento da iluminação da imagem é devi-
do a multiplicação dos fótons de luz na placa de saída 
de fósforo comparado com os fótons de raios X na 
placa de entrada e a diminuição da imagem da placa 
de saída para a placa de entrada. A capacidade do 
tubo de intensificação de aumentar o nível de ilumi-
nação da imagem é chamado de ganho de luminosi-
dade. O ganho de luminosidade é simplesmente a 
multiplicação do ganho de fluxo com a razão de re-
dução da imagem. 
 
ganho luminosidade = ganho fluxo x razão de redução 
 
A razão de redução é a relação entre o diâme-
tro ao quadrado da placa de entrada e o diâmetro ao 
quadrado da placa de saída. As placas de fósforo da 
saída são geralmenteconstruídas com 2,5 ou 5 cm de 
diâmetro. As placas de fósforo da entrada variam 
seus tamanhos entre 10 e 35 cm, valor que normal-
mente é utilizado para identificar os tubos. 
Exemplo: Qual é o ganho de luminosidade 
para um tubo intensificador de 17 cm que possui um 
ganho de fluxo de 120 e uma placa de fósforo na 
saída de 2,5 cm? 
46== 22,5
217
 redução de razão 
5520 46 120 deluminosida de ganho =×= 
 
O ganho de luminosidade da maioria dos in-
tensificadores de imagem é da ordem de 5.000 a 
30.000 vezes. No entanto, com o envelhecimento do 
tubo, a dose no paciente deve ser aumentada para que 
se mantenha o mesmo brilho. Após um certo nível de 
aumento de dose ou de degradação na imagem, o 
tubo deve ser definitivamente substituído. 
Quando os intensificadores de imagens fo-
ram criados, o ganho de luminosidade era o aumento 
de brilho ou luminosidade comparado com a tela 
padrão da fluoroscopia convencional existente na 
época, que era denominada Patterson B-2. Atualmen-
te, o ganho de luminosidade é dado com a razão entre 
a intensidade luminosa na placa de saída, medida em 
candela por metro quadrado ( 2m
cd ), e a intensida-
de da radiação na placa de entrada, medida em mili-
roentgen por segundo ( seg
mR ). Esta medida é 
chamada de fator de conversão e é aproximadamente 
um centésimo o valor do ganho de luminosidade. A 
maneira correta de se expressar a intensificação pro-
vocada pelo tubo é através do fator de conversão. 
 
smR
mcd 2
entrada na exposição de Taxa
saída na luz de eintensidad
deluminosida ganho = 
 
A maioria dos intensificadores de imagem 
possuem um fator de conversão na faixa de 50 a 300. 
Este valor deve ser considerado pelo técnico ao esta-
belecer a técnica que será empregada no exame. 
Principalmente se o técnico dispõe ou trabalha com 
equipamentos diferentes. 
2.3.2. Intensificação multicampo da imagem 
A maioria dos intensificadores de imagem 
são do tipo multicampo. A utilização destes tipos de 
tubos multicampo permite uma grande flexibilidade 
para todos os tipos de exames fluoroscópicos e são 
dispositivos integrantes da fluoroscopia digital. Os 
tubos de dois campos são produzidos numa variedade 
de tamanhos, mas o mais comum é o tubo de campos 
de 17 e 25 centímetros (chamado de 25/17). Tubos de 
três campos como o 25/17/12 ou o 23/15/10 são en-
16 Parte 3 – RADIOGRAFIA ESPECIALIZADA 
 
Núcleo de Tecnologia Clínica
 
contrados em grande número nos equipamentos de 
clínicas e hospitais. 
Os valores numéricos citados se referem ao 
diâmetro da placa de fósforo de entrada do tubo in-
tensificador. Um exemplo de um tubo 25/17 pode ser 
visto na figura 2.11. No modo de operação de campo 
de 25 cm, os fotoelétrons de toda a placa de fósforo 
da entrada são acelerados até a placa de saída. Quan-
do alternado para o modo de 17 cm, a tensão nas 
lentes eletrostáticas de foco é aumentada, causando 
que o ponto focal dos elétrons afaste-se um pouco da 
placa de saída. Consequentemente, somente os elé-
trons da região central dos 17 cm de diâmetro da 
placa de entrada incidirão na placa de saída. 
 
ponto focal de 17 cm 
25
 c
m
 
ELÉTRONS 
ponto focal de 25 cm 
17
 c
m
 
 
Fig. 2.11. Estrutura interna de um tubo intensifi-
cador multicampo. 
 
O principal resultado desta troca de ponto fo-
cal é a redução do campo de visão e com isso aumen-
tar a imagem. O uso do diâmetro menor num 
intensificador de imagem sempre resulta numa ima-
gem ampliada com um fator de ampliação que é dire-
tamente proporcional à razão entre os diâmetros. Um 
tubo 25/17 trabalhando no modo de 17 cm produzirá 
uma imagem 1,5 vezes maior que a imagem produzi-
da pelo campo de 25 centímetros. 
 
Exemplo: Qual é a ampliação relativa de 
um tubo multicampo com diâmetros de 25/17/12 
entre o menor e o maior diâmetro? 
12
12
25 ,== ampliação 
 
No entanto, a ampliação da imagem por este 
artificio tem um custo. Quando utilizamos o tubo 
intensificador no modo de ampliação, diâmetro me-
nor, a razão de redução tem seu valor diminuído e, 
desta forma, menos fotoelétrons incidirão na placa de 
saída. Logo, será produzida uma imagem mais tênue, 
com menos brilho ou luminosidade. Para se manter o 
mesmo nível de luminosidade, a corrente no tubo de 
raios X é automaticamente aumentada, consequente-
mente, aumentando também a dose no paciente. O 
aumento de dose é aproximadamente proporcional a 
razão entra as áreas das placas utilizadas em um e 
outro modo. Para o caso do exemplo acima, a dose 
no paciente seria aumentada de 34412
25
2
2
,==== 
vezes em relação ao campo de visão maior. O au-
mento da dose no paciente resulta numa qualidade de 
imagem melhor porque mais fótons de raios X são 
utilizados por unidade de área. O resultado é um ruí-
do menor e uma resolução de contraste maior. 
Como é utilizada somente a região central da 
placa de fósforo da entrada no modo de ampliação 
(menor diâmetro) a resolução espacial também é au-
mentada. No modo de 25 cm de um intensificador de 
imagem feito de Iodido de Césio (CsI), pode-se obter 
a imagem de objetos da ordem de 0,125 milímetros 
(4 lp/mm). Já no modo de 10 cm, a resolução é de 
aproximadamente 0,08 milímetros (6 lp/mm). 
2.4 MONITORAÇÃO DA IMAGEM 
Como o exame de fluoroscopia é contínuo, a 
qualquer instante o técnico pode alterar os parâme-
tros de tensão e corrente utilizados para melhorar a 
qualidade da imagem. Esta é uma pequena vantagem 
em relação aos exames radiográficos comuns, que 
necessitam reposicionar o paciente, colocar nova-
mente o filme no chassi e este no porta-chassi, e re-
petir-se a exposição corrigindo a técnica utilizada. 
Porém o técnico deve sempre perseguir os 
objetivos da proteção radiológica, reduzindo a dose 
em si e no paciente. 
2.4.1. Controle de brilho 
O brilho da imagem fluoroscópica depende 
principalmente da estrutura anatômica sob exame, da 
tensão kVp e da corrente mA do tubo. Os valores da 
tensão e da corrente podem ser controlados pelo ope-
rador. A influência do kVp e do mA na qualidade da 
imagem fluoroscópica é similar as suas influências 
numa imagem radiográfica convencional. Em geral, 
para diminuição da dose no paciente, são recomen-
dadas tensões mais altas e menor quantidade de cor-
rente nos exames de fluoroscopia. 
A técnica fluoroscópica precisa a ser utiliza-
da será determinada pelo treinamento e experiência 
do médico radiologista e do técnico em radiologia. 
Contudo, os equipamentos fluoroscópicos também 
permitem ao radiologista selecionar o nível de lumi-
 FLUOROSCOPIA 17 
 
Núcleo de Tecnologia Clínica
 
nosidade da imagem que será mantido automatica-
mente pelo controle automático de brilho (ABC – 
automatic brightness control), controle automático 
de exposição (AEC – automatic exposure control) ou 
o controle automático de ganho (AGC – automatic 
gain control). 
2.4.2. Monitoração por televisão 
Quando sistemas de monitoração por televi-
são são utilizados em fluoroscopia, a placa de fósforo 
na saída do tubo intensificador de imagem é direta-
mente acoplado a um tubo de câmera de televisão. O 
vidicon é um tubo de câmera de televisão mais usado 
na fluoroscopia televisiva. O vidicon tem uma super-
fície sensível na entrada do mesmo tamanho que a 
placa de fósforo na saída do tubo intensificador. O 
tubo de câmera de televisão converte a imagem lu-
minosa em uma série de sinais elétricos. Os sinais 
elétricos são então enviados para um monitor de tele-
visão onde eles são reconstruídos na imagem que 
será visualizada na tela do televisor. 
A principal vantagem no uso da monitoração 
por televisão é o controle eletrônico do nível de bri-
lho e contraste. Com o televisor, vários observadores, 
médicos e técnicos, podem visualizar a imagem fluo-roscópica ao mesmo tempo. É possível inclusive se 
colocar monitores fora da sala de exame, evitando 
que os observadores permaneçam próximo ao fluo-
roscópio recebendo doses de radiação. Outra vanta-
gem adicional é a que a imagem gerada eletricamente 
pode ser gravada em fitas de videocassete para uma 
posterior manipulação ou mesmo para acompanha-
mento do caso clínico do paciente. 
2.4.3. Câmera de televisão 
A câmera de televisão consiste em um tubo 
cilíndrico de aproximadamente 20 centímetros de 
comprimento por 15 milímetros de diâmetro. Neste 
tubo se encontra o canhão de elétrons, as bobinas 
eletromagnéticas que guiarão os elétrons até a placa-
alvo e placa de sinal que é a responsável pela codifi-
cação da imagem. Existem vários modelos e tecnolo-
gias para a construção de câmeras para a 
fluoroscopia, no entanto a vidicon e sua versão modi-
ficada plumbicon são as mais usadas. 
Na Figura 2.12 podemos ver alguns tubos de 
câmeras de televisão, que não diferem muito entre si. 
Basicamente, a qualidade da imagem está associada a 
extremidade que será acoplada ao tubo intensificador 
de imagem. Na figura 2.13, vemos um corte longitu-
dinal de um tubo vidicon. Nela podemos constatar o 
envelope de vidro que tem a mesma função que no 
tubo de raios X: manter um ambiente de vácuo inte-
rior e dar suporte aos componentes internos. Entre os 
componentes principais temos o cátodo, com o ca-
nhão de elétrons, várias grades eletrostáticas e a placa 
alvo, que está acoplada a outras camadas ou placas e 
que formam o ânodo. 
 
 
Fig. 2.12. Alguns tubos vidicon. 
 
O canhão de elétrons é um filamento aqueci-
do que proporciona uma corrente constante no tubo 
devido ao fenômeno termoiônico. Estes elétrons são 
compactados em um feixe eletrônico pela grade de 
controle que ajuda a acelerá-los até o ânodo. O feixe 
de elétrons é ainda acelerado e focado para atingir o 
alvo pelas várias grades eletrostáticas ao longo do 
tubo. O tamanho ou largura do feixe de elétrons e sua 
grade de
controle
grades
aceleradoras
canhão de
elétrons
luz visível
feixe de
elétrons
bobinas
de foco
placa
de alvo sinal
de vídeo
janela
placa
de sinal
pinos de
contato
 
Fig. 2.13. Estrutura interna de uma câmera vidicon. 
18 Parte 3 – RADIOGRAFIA ESPECIALIZADA 
 
Núcleo de Tecnologia Clínica
 
posição são controlados por bobinas eletromagnéti-
cas externas conhecidas como bobinas defletoras, 
bobinas de foco ou bobinas de alinhamento. 
Na extremidade final do tubo, onde está o 
ânodo, o feixe de elétrons atravessa uma estrutura 
gradeada e interage com a placa alvo. O ânodo é 
constituído de três camadas prensadas. A camada 
externa é a placa de face, ou janela, a parte mais fina 
do envelope de vidro. Do lado de dentro da janela é 
depositada uma camada muito fina de metal ou grafi-
te chamada de placa de sinal. 
A placa de sinal é fina o bastante para deixar 
passar a luz e larga o suficiente para ser um bom 
condutor de eletricidade. Seu nome indica que será 
ele a responsável em transmitir o sinal de vídeo para 
fora do tubo da câmera para o circuito externo de 
processamento do sinal de televisão. 
Na parte interna da placa de sinal é aplicada 
uma camada de Trisulfidio de Antimônio que forma-
rá uma película fotocondutiva. Esta camada é conhe-
cida como placa alvo, ou camada fotocondutiva, e é o 
local onde o feixe de elétrons irá interagir. O Trisul-
fidio de Antimônio é fotocondutivo porque, quando 
iluminado, ele conduz elétrons; quando na escuridão, 
torna-se um isolante. 
A construção do ânodo é um pouco comple-
xa, assim como seu funcionamento, porém podemos 
descrever sucintamente o que acontece com o feixe 
de elétrons para se tornar um sinal de vídeo. Quando 
a luz transmitida pela placa de fósforo da saída do 
tubo intensificador atinge a janela, ela será transmiti-
da através da placa de sinal até a placa alvo. Se o 
feixe de elétrons estiver atingido a mesma região da 
placa no mesmo instante que a luz, alguns destes 
elétrons serão conduzidos através da placa alvo em 
direção a placa de sinal e desta sairão do tubo como 
um sinal de vídeo. 
Se no instante que o feixe atingir uma deter-
minada área esta estiver escura, então o sinal de ví-
deo resultante será nulo. A amplitude do sinal de 
vídeo é, pois, proporcional a intensidade luminosa 
que atinge a região. 
2.4.4. Acoplamento da câmera de televisão 
Os intensificadores de imagem e os tubos de 
câmera de televisão são produzidos de tal forma que 
o fósforo de saída do tubo intensificador seja do 
mesmo diâmetro que a janela do tubo da câmara, em 
geral, com ∅ 2,5 ou 5 centímetros. Dois métodos são 
comumente utilizados para acoplar a câmera junto ao 
intensificador, conforme mostra a Figura 2.15. 
O método mais simples é a utilização de um 
feixe de fibras óticas. O feixe de fibras óticas possui 
a espessura de poucos milímetros e contém milhares 
de fios de vidros por milímetro quadro de área trans-
versal. Uma vantagem deste tipo de acoplamento é 
seu tamanho reduzido, o que torna fácil de manipular 
na extremidade do tubo intensificador. Este acopla-
mento é também rígido e suporta bem o manuseio 
grosseiro. A desvantagem principal é que ele não 
aceita outros equipamentos de filmagem auxiliar, 
como a câmara filmadora ou a máquina fotográfica. 
Com este tipo de acoplamento, filmes radiográficos 
com chassis são necessários para a captura da ima-
gem. Outra possibilidade é a gravação do sinal de 
vídeo numa fita de videocassete. 
Para que o sistema fluoroscópico aceite a a-
daptação de câmeras filmadoras ou máquinas foto-
gráficas é necessário um acoplamento ótico. Este tipo 
de acoplamento necessita de um sistema de monta-
gem muito maior e mais sensível ao manuseio. O 
ajuste das lentes e espelhos deve ser mantido preci-
samente ajustado, pois um desalinhamento acarretará 
em imagens desfocadas e com pouco contraste. As 
lentes objetivas recebem a luz diretamente da placa 
de fósforo de saída e convertem os raios luminosos 
num feixe paralelo. Quando estamos gravando a i-
magem num filme, esse feixe é interrompido por um 
espelho divisor de tal forma que somente uma parte 
da luz é transmitida para a câmara de televisão, en-
quanto que o resto é refletido para a câmera filmado-
ra. A quantidade de luz refletida é ajustada de acordo 
com o sistema de câmera e filmadora. O sistema 
luz
intensa
feixe de
elétrons
placa
de alvo sinal de
vídeo forte
janela
placa
de sinal
feixe de
elétrons
luz
fraca
sinal de
vídeo fraco
sem
luz
feixe de
elétrons
sem sinal
de vídeo 
Fig. 2.14. Processo de criação do sinal de vídeo: o feixe de elétrons só forma o sinal se houver luz. 
 FLUOROSCOPIA 19 
 
Núcleo de Tecnologia Clínica
 
também permite que o radiologista visualize a ima-
gem enquanto ela é filmada. 
Tanto a câmara de televisão como a filmado-
ra ou máquina fotográfica são acopladas a lentes que 
focam a feixe paralelo que procede do espelho aos 
seus respectivos pontos focais. O alinhamento destas 
lentes de câmaras é a parte mais crítica de todo o 
sistema ótico. Embora a figura apresente as lentes 
como simples lentes convexas, deve-se Ter em mente 
que se trata de um complexo sistema ótico de múlti-
plos elementos. 
Alguns equipamentos apresentam um dispo-
sitivo que permite o deslocamento do espelho divi-
sor, retirando-o do trajeto do feixe luminoso, quando 
não se utiliza uma filmadora ou máquina fotográfica. 
2.4.5. Monitor de televisão 
O sinal de vídeo é amplificado e transmitido 
via cabo para o monitor de televisão onde ele é trans-
formado novamente numa imagem visível. O televi-
sor é a parte final de um sistema fechado de televisão 
onde o início está justamente na câmera de televisão 
ou CCD. Logo pode-se ver a nítida diferençaentre 
este sistema de televisão e o aparelho que temos em 
casa. Na fluoroscopia, não há som nem canais. Logo, 
não há controle de volume, nem alto-falantes, ou 
seletor de canais. Os únicos botões disponíveis são os 
de controle do brilho e contraste. Por isso, o principal 
componente do televisor é o tubo de imagens ou tubo 
de raios catódicos (CRT é a sigla em inglês). 
A qualidade da imagem está diretamente li-
gada à circulação do sinal elétrico desde a origem, 
câmera, até a reconstrução da imagem, no tubo. A-
justes de brilho e contraste apenas adequam a ima-
gem à sensibilidade do olho do radiologista. 
2.5 ARMAZENAMENTO DA IMAGEM 
O exame de fluoroscopia, na maioria dos ca-
sos, produz pouca documentação, seja na forma de 
um filme radiográfico ou uma fita de filme 35 mm, 
pelo tempo e a forma de realização do exame. Esta 
situação se deve ao fato do exame constituir-se basi-
camente na visualização do movimento dos órgãos 
sob diagnóstico ou a evolução de contraste ao longo 
do tempo. Logo, a documentação do exame é reali-
zada apenas em alguns momentos importantes duran-
te a realização do exame para corroborar com o laudo 
fornecido pelo médico radiologista. A imagem fluo-
roscópica pode ser então armazenada de três formas 
diferentes: 1) utilizando-se de filmes radiográficos, 
quando o equipamento radiográfico não possui tubo 
intensificador; 2) filmes de 35 mm dinâmicos (câme-
ra de cinema) ou estáticos (máquina fotográfica) aco-
plados ao tubo intensificador; e 3) mais 
modernamente, as fitas de vídeo cassete foram intro-
 
fibras óticas 
lentes focais 
p/ as câmeras
tubo intensificador 
Câmera de TV/CCD 
lentes objetivas
espelho 
divisor 
filmadora 
de 35 mm 
 
Fig. 2.15. Formas de acoplamento das câmaras de televisão: a) a-
través de fibras óticas; b) com sistema de lentes. 
20 Parte 3 – RADIOGRAFIA ESPECIALIZADA 
 
Núcleo de Tecnologia Clínica
 
duzidas, obtendo o sinal direto do CCD acoplado à 
saída do tubo intensificador. 
 
 
Fig. 2.16. Equipamento radiográfico com ampola 
convencional e dispositivo para fluoroscopia. 
(cortesia Hospital Dona Helena - Joinville) 
 
 
Fig. 2.17. Técnico preparando a catapulta onde 
são colocados os filmes radiográficos para ex-
posição na fluoroscopia. (cortesia Clínica São Marcos - 
Joinville) 
2.6 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA 
O exame fluoroscópico, por exigir que a e-
missão de radiação se prolongue por vários minutos 
também obriga que a equipe tome todas as atitudes 
possíveis para garantir sua efetiva proteção e conse-
qüente redução da dose aos níveis mínimos aceitá-
veis. Por isso, o técnico deve usar sempre avental de 
chumbo e protetor de tireóide. 
Deve-se também tomar especial cuidado com 
a localização do tubo de raios X e do intensificador 
de imagem. Para maior proteção do técnico e diminu-
ição da dose no paciente, o tubo de raios X deve ser 
sempre localizado embaixo da mesa. Com isso, a 
própria mesa serve como proteção do técnico, dimi-
nuindo a radiação que incidiria diretamente nos olhos 
e tireóides de toda a equipe médica. 
 
Fig. 2.18. Técnico utilizando colete e avental de 
chumbo, o que permite maior mobilidade ao usu-
ário. (cortesia Enf. John Adolf, Hospital Dona Helena - Joinville) 
 
 
Fig. 2.19. Distribuição da radiação secundária 
quando a ampola está localizada acima do paci-
ente. 
 
Fig. 2.20. Distribuição da radiação quando a am-
pola está localizada embaixo do paciente. 
 FLUOROSCOPIA 21 
 
Núcleo de Tecnologia Clínica
 
2.7 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
1. O aumento da luminosidade da imagem 
quando ela atinge o fósforo de saída é devido a: 
a) multiplicação dos fótons de luz no fósforo de saí-
da comparado com os raios X no fósforo de entrada; 
b) maximização da imagem do fósforo de entrada 
para o fósforo de saída; 
c) emissão termoiônica; 
d) tensão aplicada no tubo; 
e) todas as alternativas estão corretas. 
 
2. O ganho de luminosidade é: 
a) o produto do ganho de minimização e o ganho de 
fluxo; 
b) a razão da intensidade de iluminação entre o fós-
foro de entrada e o fotocátodo; 
c) a razão entre o diâmetro ao quadrado do fósforo 
de entrada e o diâmetro ao quadrado do fósforo de 
saída; 
d) a quantidade de luz emitida no fósforo de saída ; 
e) todas as alternativas estão corretas. 
 
3. O fator de conversão na intensificação 
fluoroscópica é: 
a) a razão entre o diâmetro ao quadrado do fósforo 
de entrada e o diâmetro ao quadrado do fósforo de 
saída; 
b) a maneira correta de expressar a intensificação; 
c) a habilidade do tubo intensificador de imagem em 
aumentar a nível de iluminação da imagem; 
d) a mesma coisa que o ganho de brilho; 
e) o inverso da razão entre a intensidade de ilumina-
ção da entrada e da saída. 
 
4. Vidicon: 
a) é um tubo intensificador de imagem especial; 
b) converte a imagem-luz em um sinal eletrônico 
que é então enviado ao monitor onde será reconstruí-
do em uma imagem; 
c) é um tipo de canhão de elétrons; 
d) é um tipo de filme fotográfico usado em fluoros-
copia; 
e) todas estão corretas. 
 
5. Descreva a estrutura e as ações da cama-
da de fósforo de entrada. 
 
6. Porque a resolução espacial é melhor em 
intensificadores de imagem multicampo? 
 
7. Quais são as vantagens de se utilizar in-
tensificadores multicampo? 
 
8. Um tubo intensificador multicampo 
25/17/12 é utilizado no modo de 12 cm. Qual será o 
aumento da dose no paciente se comparado ao modo 
de 25 cm? 
 
9. Indique cada uma das partes que com-
põem um sistema de fluoroscopia. 
 
 
10. Indique cada uma das partes que com-
põem um tubo vidicon. 
sinal
de vídeo
grade de
controle
grades
aceleradoras
canhão de
elétrons
luz visível
feixe de
elétrons
bobinas
de foco
placa
de alvo
janela
placa
de sinal
pinos de
contato
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 Parte 3 – RADIOGRAFIA ESPECIALIZADA 
 
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