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Resumo de_ PSICOLOGIA SOCIAL_ PERSPECTIVAS PSICOLÓGICAS E SOCIOLÓGICAS - JOSÉ LUIS ALVARO E ALICIA GARRIDO Cap 1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS 
INSTITUTO DE PSICOLOGIA 
PSICOLOGIA SOCIAL II 
 
Aluno(a): 
Max Willian Gomes Oliveira 
 
 
Resumo do texto: Psicologia Social: Perspectivas Psicológicas e Sociológicas - José Luís 
Álvaro e Alicia Garrido, Cap. 1, págs: 01 - 38 
 
 
Professora: 
Elza Techio 
 
 
 
 Salvador - Bahia 
Data de entrega: 31/10/2017 
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A segunda metade do século XIX é o período considerado como o ponto de partida histórico 
da evolução da psicologia social, decorrente de que nele a psicologia e a sociologia 
começaram a se consolidar como disciplinas científicas independentes. Esse processo foi 
fortemente condicionado pelo positivismo que teve o seu auge também no século XIX. 
Neste período, tanto a psicologia quanto a sociologia tiveram de encontrar um modo de 
legitimar suas existências como disciplinas independentes da filosofia. 
 
As ideias centrais do positivismo foram esboçadas por Henri Saint-Simon, porém, Augusto 
Comte quem utilizou pela primeira vez este termo em sua obra ​Curso de Filosofia Positiva​. 
Comte chega a conclusão de que o desenvolvimento histórico das ciências evoluiu em 3 
estágios: 
1º)​ Estágio Teológico: se tenta explicar a realidade recorrendo a agentes sobrenaturais; 
2º)​ Estágio Metafísico: os agentes sobrenaturais são substituídos por forças abstratas como 
a “natureza”; 
3º)​ Estágio Positivo: é renunciada a procura das causas últimas dos fenômenos e a ciência 
limita-se a determinar, partindo da experiência observável, as leis da natureza. O espírito 
humano reconheceria a impossibilidade de obter noções absolutas, renuncia a procurar a 
origem e o destino do universo e a conhecer as causas íntimas dos fenômenos para 
dedicar-se unicamente a descobrir utilizando o raciocínio e a observação bem 
combinados.Todas as ciências deveria evoluir para o estágio positivo. 
 
Um dos primeiros a defender o caráter científico da psicologia havia sido Johann Friedrich 
Herbart, porém a mesma teve o início do seu processo de consolidação como disciplina 
com a fundação do laboratório de Wundt na Alemanha. 
Wundt propôs o estudo da mente mais abordável a partir das hipóteses do positivismo, e do 
uso da experimentação para realizar o estudo dos processos mentais de forma científica, 
fazendo assim com que deixasse de lado a psicologia filosófica. Desaconselhou que fosse 
feito o uso da experimentação para o estudo dos processos mentais superiores. 
A psicologia, a partir do ponto de vista do seu fundador, estava dividida em duas áreas: 
1ª) ​Psicologia Experimental: centrada nos estudos dos processos mentais superiores e com 
uma forte base social; 
2ª)​ Völkerpsychologie ou Psicologia dos Povos: centrada nos estudos dos processos 
mentais superiores; da linguagem, costumes e mitos como produtos do contexto cultural e 
histórico, e na elaboração de uma psicologia diferencial dos diferentes povos, raças e 
nações. Foi fortemente influenciada metodologicamente pelo positivismo. 
Wundt tentava conjugar as exigências de objetividade do positivismo com as abordagens 
metodológicas derivadas da escola historicista alemã. Para isso recorreu à 
Völkerpsychologie, ou Psicologia dos Povos. 
 
O desenvolvimento das ciências sociais na Alemanha, tem forte influência de Karl Marx. 
Grande pensador, porém não foi sociólogo ou psicólogo. 
Marx critica a filosofia idealista de Hegel, dando forma ao materialismo dialético, dizendo 
que a atividade humana, do ser social, determina a consciência, ou seja, o pensamento e o 
ser, procedem do seu contexto social. 
As ideias, seriam assim, um produto do cérebro humano em relação, por meio dos sentidos, 
com um mundo material conhecido. 
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Outro conceito citado pelo estudioso, é a alienação. A alienação descreve a relação que se 
estabelece entre o trabalhador e o sistema de produção capitalista, onde o trabalhador não 
participa do produto final, mas sim, vende a sua força de trabalho em muitos casos, fazendo 
algo que não o caracteriza, causando assim um estranhamento. 
Estes aspectos são a chave para o desenvolvimento da psicologia social soviética. 
 
O reconhecimento da sociologia como disciplina científica independente esteve vinculado à 
sociologia francesa, ao trabalho de Émile Durkheim e Gabriel Tarde. 
Durkheim propôs uma redefinição do objeto de estudo e dos métodos da sociologia, 
devendo assim, a dedicar-se ao estudo de fatos sociais que deveriam ser considerados 
como coisas, fenômenos objetivos externos ao sociólogo. 
Com relação à metodologia, defende que a sociologia devia procurar a objetividade, que 
seria obtida com a separação entre o sociólogo e a realidade estudada. 
 
Já Gabriel Tarde (criminalista, estatístico e sociólogo), opõe-se às ideias de Durkheim, 
recusando as interpretações de fatos sociais em termos psicológicos. Afirma que o 
comportamento individual não é produto de processos psicológicos independentes e 
situados fora do indivíduo, mas o resultado das “reações recíprocas entre as consciências”, 
levando-o a considerar seu sistema psicológico como uma interpsicologia, onde o processo 
básico encontrava-se na imitação. 
O comportamento social não seria assim, o resultado da influência unidirecional da 
coletividade sobre o indivíduo, mas sim de um processo de influência recíproca entre as 
consciências que surge no contexto de interações espontâneas. 
 
Gustave LeBon (acusado de plágio por trazer ideias não inovadoras, já encontradas em 
outros autores da sua época, século XIX) estuda o comportamento das massas, massas 
estas que lhe são atribuídas uma concepção negativa. 
Diferentemente de Tarde, afirma que quando os indivíduos entram para formar parte de 
uma multidão surgem determinados processos psicológicos que não estão presentes no 
indivíduo isolado. Existindo assim, entidades psicológicas supra individuais que surgem 
como consequência da união de indivíduos. Essa ideia é expressa na lei psicológica da 
unidade mental das massas, onde o simples fato de terem se transformado em massa, 
confere aos indivíduos uma espécie de alma coletiva. 
Sob a influência da multidão, as pessoas são capazes de transformar qualquer ideia em 
atos de barbárie, que não teriam-se realizado, se estivessem sozinhas. 
 
O desenvolvimento das ciências sociais na Alemanha durante a segunda metade do século 
XIX foi fortemente influenciado pelo choque que foi o positivismo para a filosofia idealista 
alemã. Os idealistas alemães partiam do princípio de que todo indivíduo mantém uma 
simbiose com a cultura à qual pertence, e que as formas e conteúdos de cada cultura são 
historicamente determinados. 
A confrontação do modelo de cientificidade positiva, adotado pelas ciências naturais, com 
as posições defendidas pela escola historicista provocou uma forte polêmica sobre os 
pressupostos epistemológicos e metodológicos das ciências sociais. Isto influiu de maneira 
decisiva na forma em que, tanto a psicologia quanto a sociologia, se constituíram em 
disciplinas científicas independentes. 
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