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Plano de Aula: DIREITO CIVIL IV - EFEITOS DA POSSE
DIREITO CIVIL IV - CCJ0015
Número de Semana de Aula
3 
Aplicação Prática Teórica
Caso Concreto
Carla e Josefina tinham entre si um contrato de comodato verbal, pelo qual a primeira emprestou à segunda uma casa localizada na Rua da Paz, por prazo indeterminado. Após cinco anos de vigência do contrato, Josefina foi notificada para sua desocupação em trinta dias, Vencido o prazo a comodatária não deixou o imóvel alegando que: o comodato não aceita resilição unilateral e tem direito de retenção porque no imóvel construiu (antes mesmo da notificação para devolução) uma garagem e uma piscina para utilizar nos finais de semana e que ambos lhe geram também direito à indenização. Diante dessa situação pergunta-se: 
a) Pode o comodante pedir a restituição do bem concedendo prazo ao comodatário para sua desocupação? Explique sua resposta. 
R: Sim, Como o contrato é por tempo indeterminado o comodante pode solicitar a restituição do bem resilindo unilateralmente o comodato com notificação prévia.
O prazo para a restituição do comodato pode ser determinado ou indeterminado e neste último o prazo será presumido, ou seja, será o tempo que for necessário para que o comodatário possa usufruir do bem para o fim que o destina.
Art. 581 C.C – “Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-lhe-á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado.” 
b) Josefina tem direito à indenização e a retenção pelas obras realizadas? Justifique sua resposta.
R: Nesse caso haveria o direito a indenização pelas obras realizadas da seguinte forma:
Garagem = Benfeitoria Útil = direito a indenização ou Retenção.
Piscina = Benfeitoria Voluptuária = direito de levantar se não danificar o bem.
Art. 1.219 C.C – “O Possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.”
Questão objetiva 1
 (SEFAZ RJ 2010) Com relação aos efeitos da posse, analise as afirmativas a seguir. 
I.               O reivindicante, obrigado a indenizar as benfeitorias ao possuidor de má-fé, tem o direito de optar entre o seu valor atual e o seu custo. Art 1222 CC correto
II.              O possuidor de má-fé sempre responde pela perda ou deterioração da coisa. Art 1218 CC errado
III.            O possuidor de má-fé responde por todos os frutos colhidos e percebidos, bem como pelos que, por sua culpa deixou de perceber, desde o momento em que se constituiu a má-fé, mas terá direito às despesas de produção e custeio. Art 1216 correto
Assinale:
a.     se somente a afirmativa I estiver correta.
b.     se somente a afirmativa II estiver correta.
c.  X  se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
d.     se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e.   se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Questão objetiva 2
Sobre os efeitos da posse assinale a alternativa correta:
a.  X   O possuidor de boa-fé somente responde pela perda total ou parcial da coisa quando culpado pela ocorrência.
b.     O possuidor de má-fé tem direito à indenização exclusivamente das benfeitorias necessárias.
c.     O possuidor de boa-fé tem direito de retenção das benfeitorias necessárias.
d.     Havendo acessão durante o período de posse poderá o possuidor pleitear a respectiva indenização do proprietário.
e.     Havendo avulsão poderá o possuidor pleitear a respectiva indenização do possuidor indireto.
---------------------------------Doutrina-----------------------------
Gonçalves, Carlos Robert – Direto Civil Brasileiro – Direito das Coisas Vol 5 - pag 41 – 7ª Ed. 2012 –Editora Saraiva
---------------------------------Doutrina-----------------------------
Gonçalves, Carlos Robert – Direto Civil Brasileiro – Direito das Coisas Vol 5 - pag 41 – 7ª Ed. 2012 –Editora Saraiva
---------------------------------Jurisprudência--------------------
Data de publicação: 11/03/2014
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE - CONTRATO DE COMODATO - EXISTÊNCIA - PRAZO INDETERMINADO - NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL - CONSTITUIÇÃO EM MORA - ALUGUEL - POSSIBILIDADE - SENTENÇA MANTIDA. - Comprovados os requisitos do art. 927 do CPC , a procedência da ação de reintegração de posse é medida que se impõe. - Existindo contrato de comodato verbal sem prazo determinado, a notificação extrajudicial possui o condão de constituir o comodatário em mora, devendo, a partir de então, ser pago aluguel ao comodante, a teor do art. 582 do CC
TJ-MG - Apelação Cível AC 10625120097526001 MG (TJ-MG)
---------------------------------Jurisprudência--------------------
Data de publicação: 24/02/2014
Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. COMODATO POR PRAZO INDETERMINADO. NOTIFICAÇÃO DO ESPÓLIO DO COMODATÁRIO. RECEBIMENTO PELA INVENTARIANTE E OCUPANTE DO IMÓVEL. FINALIDADE ALCANÇADA. ESBULHO CARACTERIZADO. RECURSO PROVIDO. Pratica esbulho possessório, a ensejar a concessão de liminar de reintegração de posse, o comodatário que, devidamente notificado a desocupar o imóvel, nega-se a fazê-lo.
TJ-MG - Agravo de Instrumento Cv AI 10267130017697001 MG (TJ-MG)

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