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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
AD1 – 2015.1
Disciplina: GEOGRAFIA I
Coordenador (a): 	EDUARDO PIMENTEL MENEZES
Aluno (a): Polo: São Pedro da Aldeia 
O autor e geógrafo Milton Santos, citado na apostila do CEDERJ, afirmou que o espaço será organizado em 3 (três) momentos distintos de acordo com o desenvolvimento das técnicas. Como ele definiu esses momentos? Cite-os e explique cada um deles. (2,0)
R: Meio natural: A ideia de meio natural surge a partir da verificação de uma natureza pura, pouco transformada pela ação do homem. O meio natural caracteriza-se, assim, por um estágio ainda primitivo do desenvolvimento das técnicas, o que permite ao homem níveis limitados de intervenção e modificação das características naturais do meio. No meio natural, a relação entre sistemas de objetos e sistemas de ações é limitada pela técnica ainda pouco desenvolvida. Assim, os sistemas de objetos compreendem, em sua quase totalidade, os objetos naturais, os sistemas de ações e as relações sociais ainda bastante localizadas e pouco móveis.
Meio Técnico: A característica principal do meio técnico é a convivência do natural e do artificial na conformação do espaço. As técnicas estão em um estágio autônomo em relação à natureza. Neste quadro, as técnicas superam muitos limites da natureza, sobressaindo sobre ela. As técnicas apresentam-se com próteses do território, e não mais da natureza.
Meio técnico-científico-informacional: De acordo com Milton Santos, “a ciência e a tecnologia junto com a informação, estão na própria base da produção, da utilização e do fundamento do espaço e tende a constituir seu substrato”. Isso significa dizer, em outras palavras, que a base da produção do espaço hoje é, essencialmente, a interação entre ciência, técnica e informação. Como vimos, é a junção da ciência e da técnica que permite que o mercado alcance a globalidade, ensejando, assim, a chamada globalização econômica. Conclui-se, então, que esse espaço globalizado, tal qual vivemos hoje, é fruto da ciência em interação com a técnica.
LACOSTE fala da “Geografia do Estado” X “Geografia do Professor”. Fazendo uma crítica à Geografia tradicional, iniciou a defesa de uma Geografia mais crítica, que acabou evoluindo e sendo um expoente da renovação da Geografia. Comente as ideias de LACOSTE e sua importância para as mudanças na concepção das Ciências Geográficas. (2,0).
R: Lacoste acreditava haver duas Geografias distintas. A “Geografia do Estado” e a “Geografia dos professores”. Para ele, o Estado, bem como as grandes empresas, gozam de uma posição privilegiada, pois detêm um conhecimento mais amplo do espaço, ao contrário do cidadão comum, que em geral tem uma visão de geografia circunscrita à sua realidade cotidiana. Para Lacoste essa Geografia limitada, apenas municia o Estado de informações. Em sua visão a escola tem um papel importante no que se refere à transmissão da informação. O cidadão comum tem, na escola, a oportunidade de melhor conhecer o espaço, e a Geografia deve cumprir esse papel. Esse é um passo importante na própria construção de uma Geografia mais crítica.
Faça um paralelo diferenciando as características da Geografia tradicional e da Geografia crítica. (2,0)
R: A Geografia Tradicional compreende toda uma forma de conceber a Geografia, sob um determinado ponto de vista teórico-metodológico. Massimo Quaini se baseia em princípios positivistas. Assim, sugere três fases da Geografia Humana positivista: a fase determinista, a fase possibilista e a fase de superação definitiva do ecologismo. A análise da Geografia Tradicional foi marcada pela relação entre homem e meio, a a-historicidade desse homem, já que não eram levados em conta fatores como a história, a estrutura social ou a economia. O Homem, na Geografia Tradicional, é apenas mais um componente do espaço. Na realidade, o espaço, que irá ganhar importância fundamental como objeto da Geografia, é um grande palco a partir de onde o homem atua. Mas o homem não se relaciona com esse “palco”, de modo a transformá-lo e a ser transformado por ele.
A Geografia Crítica se constrói, porém, sob as cinzas da Geografia Tradicional e sob uma postura radical quanto à abordagem quantitativa. Uma vez rompido o laço positivista, a Geografia passa a ser tomada como uma leitura crítica da sociedade. A dimensão da crítica é, sem dúvida, o caráter distintivo da Geografia renovada em relação à Geografia Tradicional. A Geografia Quantitativa foi uma das correntes que se apresentaram na esfera dessa renovação. Porém, essa renovação se deu muito mais no campo da incorporação de novas técnicas à análise geográfica do que na ruptura com os preceitos da Geografia Tradicional. A Geografia Crítica, teve suas origens ligadas aos autores que buscaram incorporar a crítica às suas análises, especialmente a partir de uma abordagem marxista. Esses autores não foram também capazes de romper com os princípios fundantes da Geografia Tradicional, mantendo a descrição e a a-historicidade em suas análises. Fez, porém, com que a Geografia despertasse para a necessidade de uma abordagem mais crítica. Nessa corrente, valorizou-se a abordagem crítica
baseada numa interpretação da realidade a partir da leitura do espaço. O espaço geográfico passa a ser visto como a principal categoria de análise da Geografia.
O que significa dizer que a produção do espaço é resultante de relações de poder? (2,0)
	R: Vivemos em uma sociedade capitalista, em que a busca pelo lucro é um fator importante para a sustentabilidade dos negócios. Ora, na sociedade capitalista, a produção do espaço, que confere uma forma ao espaço, se traduz em termos das próprias relações capitalistas de trabalho. A produção do espaço, neste sentido, implica saber qual é o nível de desenvolvimento técnico existente, que é o que possibilitará, em última instância, o tipo de organização espacial existente. Assim, uma sociedade indígena, que vive na Floresta Amazônica, possui uma forma específica de organização do espaço. Primeiro porque não vive sob a égide das relações capitalistas de trabalho. Segundo porque possui um outro nível de relação com a natureza, baseado em instrumentos simples, que produzem poucos impactos sobre a paisagem. Em contrapartida, uma sociedade moderna, detentora de maquinário e de modernas tecnologias, terá muito mais capacidade de transformar as paisagens. Essa sociedade terá maior capacidade de promover a produção e reprodução do espaço em menor tempo, o que significa dizer que agregará ao espaço novos objetos, e transformará os objetos naturais numa quantidade e velocidade impensáveis para ela. Isso implica, em última análise, impactos ambientais de ordem catastrófica. 
O autor Roberto Lobato Corrêa, citado na apostila do CEDERJ, fala de 2 pontos fundamentais sobre o conceito de Espaço em Geografia que ele define como ORGANIZAÇÃO ESPACIAL. Que pontos são estes? Explique-os. (2,0)
R: De acordo com Roberto Lobato Corrêa, a exemplo do resultado do trabalho do homem sobre a natureza, modificando-a e transformando-a numa segunda natureza, “a organização espacial é a segunda natureza, ou seja, a natureza primitiva transformada pelo trabalho social”. Em outras palavras, quando o homem transforma a natureza, ele está produzindo o espaço. Corrêa chama a atenção para dois pontos fundamentais quanto ao espaço, que ele denominará de “organização espacial”:
1- Em primeiro lugar, ele chama a atenção para a questão da reprodução. Segundo ele, ao produzir o espaço, o homem necessita, nesse ato, criar as condições para a sua reprodução social; ou seja, ele precisa agregar ao espaço um conjunto de objetos que lhe permitam se reproduzir socialmente. A casa, por exemplo, é um objeto fundamental para a reprodução do homem, é uma das ases de sua existência; e
2- Outro ponto fundamental é o formatoque essa organização espacial irá assumir. Se partirmos da premissa de que a organização espacial é uma expressão da produção material do homem, resultado de seu trabalho, temos que ela refletirá as características culturais, econômicas e sociais do grupo que a criou.

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