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ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Recife 2019 Fisioterapia em Neurologia Profa. Me. Natália Feitoza do Nascimento Acidente Vascular Encefálico O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a perda repentina da função neurológica causada por uma interrupção do fluxo sanguíneo para o encéfalo. O’Sullivan, 2010 Distúrbios do Suprimento Vascular Ataque isquêmico Transitório (AIT) Acidente Vascular Encefálico (AVE) -Recuperação completa; -Risco pós-AIT -Déficits estáveis; * progressivo AVE Vascularização encefálica POLÍGONO DE WILLIS AVEi Tipos de AVE AVE isquêmico AVE hemorrágico Taxa de mortalidade de 38% em 1 mês no AVE hemorrágico. Etiologia Aterosclerose Cardiopatias Etiologia AVEh • Rompimento de um vaso cerebral • Sangramento no interior do Encéfalo Etiologia AVE Hemorrágico • Cefaleia • Aumento da PA • Diminuição do nível de consciência/Coma • Elevação da PIC • Aumento da FC e FR, respiração irregular, vômitos, ausência de reação da pupila. Quadro clínico AVEi • Infarto Cerebral Êmbolo/trombo Obstrução do fluxo sanguíneo • Lesão e morte celular; • Dano residual permanente recuperação incompleta • Deficiência residual significativa. Sinais iniciais de AVEi • Parestesia e fraqueza repentina da face, braço ou perna; • Afasia; • Hemianopsia; • Déficit na marcha; • Perda de equilíbrio e coordenação; • Náuseas, febres; • Breve perda de consciência. Sinais clínicos • Localização e extensão da lesão: • Motora, • Campo visual, • Sensorial, • Cognitivo, • Consciência e • Comunicação. Manifestações clínicas Lesão na Artéria Cerebral Média Sintomas • Os sintomas apresentados ajudarão a determinar o local da lesão; • Sinais bilaterais Diagnóstico Clínico • Atendimento Hospitalar ; • Avaliação geral imediata (< 10 min) • Avaliação dos sinais vitais; • Obter exame laboratoriais; • Escala de Coma de Glasgow; • Avaliação neurológica geral; • Histórico • Multidisciplinar. Exames • Flexão cervical; • Palpação das artérias; • Ausculta cardíaca; • Tomografia Computadorizada • Ressonância Magnética • Angiografia Angiografia Angiografia, AVE hemorrágico Tratamento médico • Estratégias: • Melhorar perfusão cerebral; • Manter pressão adequada; • Manter níveis de glicose. • Controlar PIC; • Farmacológicas • Anticoagulantes e antiplaquetários • Cirúrgicas Principais comprometimentos • Sensibilidade • Dor • Alterações visuais • Função motora • Fraqueza, alterações no tônus, reflexos ESPASTICIDADE Alterações no tônus muscular Fase flácida • choque Fase espástica Complicações Ombro subluxado; Ombro doloroso; Edemas; TVP; Contraturas; Deformidades. Avaliação neurológica • EXAME NEUROLÓGICO Exame do estado mental • Motricidade (inspeção) Manobras deficitárias Para MMSS * Mingazzine Para MMII * Mingazzine * Barré • Prova da queda em mmii Avaliação neurológica • Reflexos: • Superficiais • Profundo • Reflexos Patológicos Sinal de Babinski Avaliação neurológica • Coordenação Manobras > Index-Index > Calcanhar joelho * Equilíbrio * Estático Sinal de Romberg • * Dinâmico TUG Avaliar marcha: c/ dissociação; s/ dissociação; c/ claudicação Avaliação neurológica • Escala de Coma de Glasgow • Escala Modificada de Ashworth • Escala de Fugl-Meyer • Avaliação de Equilíbrio de Berg Escala de Ashworth Tratamento fisioterapêutico • Objetivos • Minimizar os efeitos das anormalidades de tônus muscular; • Promover a conscientização corporal e uso do lado parético; • Manter ADM preservada e impedir deformidades; • Melhorar força muscular; • Mobilizar o paciente nas atividades funcionais envolvendo transferências; • Melhorar controle de tronco e equilíbrio; • Treinar marcha; • Iniciar as atividades de cuidados pessoais. Tratamento fisioterapêutico • Fase aguda • Fase crônica Intervenções fisioterapêuticas • Alongamentos passivos, ativos-assistidos e ativos, mobilizações passivas, massagem no ventre muscular; • Exercícios sincronizados para membros superiores (passivos ou ativos-assistidos), exercícios ativos ou ativos-assistidos com bastão, bola, e na roldana; • Exercícios ativos-resistidos, exercícios isométricos; • Facilitação neuromuscular proprioceptiva (Kabat), estimulação elétrica funcional (FES), Bobath, hidroterapia, tipóias, órtese; • Treino proprioceptivo, exercícios táteis com diferentes texturas, • Descarga de peso; • Treino de trocas posturais; • Treino para as AVD’s com restrição do membro preservado; • Treino entre as barras paralelas, deambulação em diferentes terrenos subida e descida de rampa, subida e descida de degraus; • Prática mental. Cinesioterapia Exercícios para MS e MI acometidos Bobath Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva Padrão flexor e extensor • Resistência, irradiação e reforço, contato manual, contato verbal, aproximação, estiramento, sincronização de movimentos padrões. Treino orientado à tarefa Tratamento fisioterapêutico Treino de marcha , equilíbrio e propriocepção Eletroestimulação • FES (MI) • Cabeça da fíbula e região suprapatelar • F= 40 – 50 Hz T=200 ms Tratamento para subluxação do ombro • Supraespinhoso e deltóide posterior. • F= 50Hz e T=200. • Fortalecimento muscular Membros superiores The Behavior-Analytic Origins of Constraint-Induced Movement Therapy: An Example of Behavioral Neurorehabilitation The Behavior Analyst 2012 Membros inferiores Treino de marcha na esteira e treino de realidade virtual • I. D. R., sexo masculino, 68 anos, relata ter sofrido em março de 2018 um Acidente Vascular Encefálico à esquerda, onde ficou no hospital por 3 semanas, e teve acompanhamento fisioterapêutico, após alta foi para casa e não frequentou mais a terapia, já percebendo as sequelas que tinha ficado do AVE. A única doença que ele tinha era hipertensão arterial. De acordo com o exame físico paciente encontra-se com grau de força 3 em flexores e extensores de cotovelo, grau 1 de espasticidade em MIE e MSE. Encurtamentos em hemicorpo esquerdo e contratura subescapular; déficit de controle de tronco, realiza marcha sem muletas, embora apresente Romberg positivo, o TUG foi realizado em 40s, déficit de dorsiflexão na fase de balanço e fraqueza na abdução do quadril. Referências • O´SULLIVAN, S. B., SCHIMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole, 5ed, 2010. • STOKES, M. CASH – Neurologia para Fisioterapeutas. São Paulo: Editorial Premier, 2000.
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