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Empreendedorismo: Oportunidades e Negócios

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EMPREENDE-
DORISMO
Professor Me. Anderson Katsumi Mi-
yatake
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
Professor Me. Paulo Pardo
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor Executivo de EAD
William Victor Kendrick de Matos Silva
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Janes Fidélis Tomelin
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Diretoria Executiva
Chrystiano Minco�
James Prestes
Tiago Stachon 
Diretoria de Graduação e Pós-graduação 
Kátia Coelho
Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine
Diretoria de Design Educacional
Débora Leite
Head de Produção de Conteúdos
Celso Luiz Braga de Souza Filho
Head de Curadoria e Inovação
Tania Cristiane Yoshie Fukushima
Gerência de Produção de Conteúdo
Diogo Ribeiro Garcia
Gerência de Projetos Especiais
Daniel Fuverki Hey
Gerência de Processos Acadêmicos
Taessa Penha Shiraishi Vieira
Supervisão de Produção de Conteúdo
Nádila Toledo
Coordenador de Conteúdo
Patrícia Rodrigues da Silva
Designer Educacional
Ana Claudia Salvadego
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior
José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Ilustração Capa
Bruno Pardinho
Editoração
Melina Belusse Ramos
Qualidade Textual
Cíntia Prezoto Ferreira
Ilustração
Bruno Pardinho
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; MIYA-
TAKE, Anderson Katsumi; MAZZEI, Bianca Burdini, PARDO, Paulo. 
 Empreendedorismo. Anderson Katsumi Miyatake, Bianca Burdini Mazzei, 
Paulo Pardo. 
 Impresso em 2019
 Maringá-Pr.: Unicesumar, 2018. .
 192 p.
“Graduação - EaD”.
 1. Empreendedorismo. 2. Negócio. 3. Oportunidades. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-1172-2
CDD - 22 ed. 658.4
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha-
mos com princípios éticos e profissionalismo, 
não somente para oferecer uma educação de 
qualidade, mas, acima de tudo, para gerar uma 
conversão integral das pessoas ao conheci-
mento. Baseamo-nos em 4 pilares: intelectual, 
profissional, emocional e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois 
cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, te-
mos mais de 100 mil estudantes espalhados 
em todo o Brasil: nos quatro campi presenciais 
(Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e 
em mais de 300 polos EAD no país, com deze-
nas de cursos de graduação e pós-graduação. 
Produzimos e revisamos 500 livros e distribuí-
mos mais de 500 mil exemplares por ano. So-
mos reconhecidos pelo MEC como uma ins-
tituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos 
consecutivos. Estamos entre os 10 maiores 
grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos edu-
cadores soluções inteligentes para as neces-
sidades de todos. Para continuar relevante, 
a instituição de educação precisa ter 
pelo menos três virtudes: inovação, co-
ragem e compromisso com a qualidade. 
Por isso, desenvolvemos, para os cursos 
de Engenharia, metodologias ativas, as 
quais visam reunir o melhor do ensino 
presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão 
que é promover a educação de qualida-
de nas diferentes áreas do conhecimen-
to, formando profissionais cidadãos que 
contribuam para o desenvolvimento de 
uma sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Diretoria Operacional 
de Ensino
Diretoria de 
Planejamento de Ensino
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você 
está iniciando um processo de transformação, 
pois quando investimos em nossa formação, seja 
ela pessoal ou profissional, nos transformamos 
e, consequentemente, transformamos também 
a sociedade na qual estamos inseridos. De que 
forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou 
estabelecendo mudanças capazes de alcançar 
um nível de desenvolvimento compatível com os 
desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo 
de Educação a Distância, o(a) acompanhará duran-
te todo este processo, pois conforme Freire (1996): 
“Os homens se educam juntos, na transformação 
do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educa-
cional, complementando sua formação profis-
sional, desenvolvendo competências e habilida-
des, e aplicando conceitos teóricos em situação 
de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado 
de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como 
principal objetivo “provocar uma aproximação 
entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita 
Diretoria Operacional 
de Ensino
Diretoria de 
Planejamento de Ensino
o desenvolvimento da autonomia em busca 
dos conhecimentos necessários para a sua 
formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de 
crescimento e construção do conhecimento 
deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos 
recursos pedagógicos que o Centro Universi-
tário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse 
regularmente o Studeo, que é o seu Ambiente 
Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns 
e enquetes, assista às aulas ao vivo e parti-
cipe das discussões. Além disso, lembre-se 
que existe uma equipe de professores e tu-
tores que se encontra disponível para sanar 
suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo 
de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar 
com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
A
U
TO
R
Professor Me. Anderson Katsumi 
Miyatake
Mestre em Administração pela Universidade 
Estadual de Maringá (UEM), Especialista 
em Educação a Distância pela Faculdade 
Instituto Superior de Educação do Paraná 
(FAINSEP) e Graduado em Administração 
pela Universidade Estadual de Maringá 
(UEM). Professor no ensino presencial e a 
distância na graduação e pós-graduação 
lato sensu. Coordenador acadêmico de 
cursos de graduação na Faculdade Cidade 
Verde. Ministra aulas para o EAD nos cursos 
de Administração, Processos Gerenciais, 
Gestão Comercial, Marketing, Gestão da 
Qualidade, Logística, Gestão de Lojas e 
Pontos de Venda e Gestão de Recursos 
Humanos na Unicesumar desde 2013.
Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.
br/4292559242413613>.
A
U
TO
R
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
Mestre em Gestão de Negócios pela 
Universidade Estadual de Londrina (2006), 
Especialista em MBA Marketing pelo 
Cesumar, Graduada em Administração 
pela Universidade Paranaense (1996) e 
Doutoranda em Administração Pública e 
Governo pela FGV/EAESP. Atualmente, é 
professora efetiva no colegiado do curso de 
Administração da UNESPAR - Universidade 
Estadual do Paraná no Campus de Paranavaí. 
Tem experiência na área de Administração, 
atuando principalmente nos seguintes 
temas: administração pública, economia 
solidária, cooperativismo, gestão social, 
terceiro setor, responsabilidade social, 
gestão mercadológica e metodologia de 
pesquisa.
Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.
br/3740397529039072>.
A
U
TO
R
Professor Me. Paulo Pardo
Mestrado em Administração pela 
Universidade Estadual de Londrina e 
Doutorando em Engenharia da Produção 
pela Universidade Metodista de Piracicaba. 
Atualmente é coordenador dos cursos de 
Gestão Pública, Negócios Imobiliários e 
Gestão Hospitalar do Núcleo de Educação 
a Distância da Unicesumar. Trabalhou na 
coordenação geral de polos de Educação 
a Distância da Unicesumar, celebrando 
convênios de parceria entre polos e a IES, 
bem como na gestão de relacionamento 
com os polos próprios e parceiros. 
Trabalhou na coordenação do projeto 
de novos cursos de pós-graduação na 
Unicesumar. Foi professor no CHSA - Centro 
de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas da 
Unicesumar - Centro Universitário Cesumar. 
Tem experiência na áreade Administração, 
com ênfase em Administração de Empresas, 
atuando principalmente nos seguintes 
temas: sistema financeiro nacional, bolsa 
de valores, mercado de ações e logística. 
A
U
TO
R
É professor de pós-graduação na área de 
Administração da Unicesumar, na cidade 
de Maringá-PR. É autor de livros didáticos 
para Educação a Distância nas áreas de 
Logística, Mercado Financeiro e de Capitais, 
Marketing e Gestão Ambiental e Teoria 
Geral da Administração. É consultor na 
área de marketing com foco em pesquisa 
de mercado para rede de varejo de 
eletrodomésticos (grupo Gazin).
Lattes disponível em: <http://lattes.cnpq.
br/8141003354179820>.
Seja bem-vindo(A)!
Olá, caro(a) acadêmico(a), é uma satisfação apre-
sentar a você o livro da disciplina Empreende-
dorismo, elaborado com carinho para que você 
conheça o mundo do Empreendedorismo e des-
perte a curiosidade para completar seus estudos 
e realizar ações empreendedoras no seu cotidia-
no.
O objetivo, ao escrever este livro, não é apresen-
tar um modelo pronto de empreendedorismo e 
a receita de como obter sucesso, até porque isso 
não existe. Por isso, trataremos de diversos as-
suntos que fazem parte do mundo do empreen-
dedorismo, para promover reflexões, apresentar 
alguns caminhos que podem ser utilizados para 
aumentar as chances de sucesso.
O principal componente para existir o empreen-
dedorismo é o indivíduo que quer empreender 
que com empenho e a dedicação na busca do co-
nhecimento permitirá transformar a sociedade 
em que está inserido. Dessa forma, incentivamos 
você a fazer anotações das dúvidas e procurar a 
equipe de apoio da nossa instituição, realizar as 
atividades de autoestudo, participar dos fóruns 
APRESENTAÇÃO
EMPREENDEDORISMO
e, também, do chat da aula ao vivo, ler este 
livro, assistir as aulas conceituais, explorar as 
indicações de leitura e pesquisar em diver-
sas fontes a respeito do tema.
Nosso livro é composto de cinco unidades 
em que procuramos apresentar alguns dos 
principais aspectos do Empreendedorismo.
Na Unidade I, apresentaremos alguns pon-
tos-chaves para compreender essa área das 
Ciências Sociais Aplicadas. Vamos abordar 
algumas definições utilizadas nesse campo 
para que você compreenda a abrangência e 
isso será complementado ao apresentarmos 
os campos de estudo e tipos de empreen-
dedorismo existentes na área. Destacamos 
mitos que são comumente abordados de 
forma equivocada pela sociedade de uma 
forma geral e o papel social e econômico do 
empreendedorismo, ou seja, os benefícios 
de indivíduos empreendedores em uma so-
ciedade não só do ponto de vista da geração 
de renda, mas também em aspectos sociais.
Na Unidade II, são apresentados dois impor-
tantes aspectos que envolvem o Empreende-
dorismo: o empreendedor e a oportunidade. 
APRESENTAÇÃO
Elaboramos essa divisão para que você com-
preenda que nem tudo depende somente 
do empreendedor, mas de uma análise mais 
completa da oportunidade. Na primeira par-
te, apresentaremos características e perfis dos 
empreendedores, não no intuito de criar um 
modelo ideal, porém, são alguns atributos im-
portantes para quem pretende empreender. 
Também explicaremos as diferenças entre ges-
tores, empreendedores e empresários, pois é 
um ponto em que, geralmente, há bastante 
confusão. Na segunda parte, o foco é explicar 
a oportunidade, pois o empreendedorismo 
ocorre por meio de ideias transformadas em 
algo concreto. Ao longo da unidade, apresen-
taremos as fontes que inspiram novas ideias, o 
processo que o empreendedor percorre des-
de o momento que tem a ideia até quando 
obtém sucesso.
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
UNIDADE I
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
20 INTRODUÇÃO
22 COMPREENDENDO EMPREENDEDORISMO
39 TIPOS DE EMPREENDEDORISMO
43 FRANQUIA COMO FORMA DE 
EMPREENDEDORISMO
60 O PAPEL SOCIAL E ECONÔMICO DO 
EMPREENDEDORISMO
64 MITOS SOBRE O EMPREENDEDORISMO
70 CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE II
O EMPREENDEDOR E A OPORTUNIDADE
92 INTRODUÇÃO
94 CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS
108 EMPREENDEDOR X GESTOR X EMPRESÁRIO
113 OPORTUNIDADE EMPREENDEDORA
116 FONTES DE OPORTUNIDADES 
EMPREENDEDORAS
123 PROCESSO EMPREENDEDOR
SUMÁRIO
129 CONSIDERAÇÕES FINAIS
144 REFERÊNCIAS
144 REFERÊNCIAS
145 GABARITO
145 GABARITO
UNIDADE III
DEFININDO UM MODELO 
DE NEGÓCIO
149 INTRODUÇÃO
151 MODELO DE NEGÓCIO
155 VANTAGENS DE TER UM MODELO DE 
NEGÓCIO DEFINIDO
161 COMPREENDENDO O BUSINESS MODEL 
CANVAS
164 ELABORANDO O MODELO CANVAS
178 DIFERENCIANDO CANVAS DE PLANO DE 
NEGÓCIO
SUMÁRIO
180 CONSIDERAÇÕES FINAIS
194 REFERÊNCIAS
194 REFERÊNCIAS
195 GABARITO
195 GABARITO
UNIDADE IV
PLANO DE NEGÓCIO
199 INTRODUÇÃO
201 COMPREENDENDO PLANO DE NEGÓCIO
207 ERROS CAPITAIS NA ELABORAÇÃO DO 
PLANO DE NEGÓCIO
212 INICIANDO O PLANO DE NEGÓCIO
222 ELABORANDO O PLANO: MARKETING, 
OPERAÇÕES E RECURSOS HUMANOS
248 ELABORANDO O PLANO: FINANÇAS E 
CENÁRIOS DE NEGÓCIOS
265 CONSIDERAÇÕES FINAIS
283 REFERÊNCIAS
283 REFERÊNCIAS
SUMÁRIO
286 GABARITO
286 GABARITO
UNIDADE V
TENDÊNCIAS EM EMPREENDEDORISMO
290 INTRODUÇÃO
292 INFORMAÇÕES RECENTES SOBRE 
EMPREENDEDORISMO NO BRASIL
301 CAUSAS DE MORTALIDADES DE NEGÓCIOS
312 FINANCIAMENTO COLETIVO E INVESTIDOR 
ANJO
322 ACELERADORA E INCUBADORA
336 EMPRESA JÚNIOR
340 CONSIDERAÇÕES FINAIS
356 REFERÊNCIAS
360 GABARITO
361 CONCLUSÃO
U
N
ID
A
D
E I
Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
Professor Me. Paulo Pardo
INTRODUÇÃO AO 
EMPREENDEDORISMO
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 ■ Compreender o conceito e a 
importância do empreendedorismo.
 ■ Apresentar os tipos de 
empreendedorismo abordados na 
literatura.
 ■ Caracterizar as principais informações 
sobre as franquias no Brasil.
 ■ Descrever a importância do 
empreendedorismo para uma 
sociedade.
 ■ Desmistificar os principais mitos 
relacionados ao empreendedorismo.
U
N
ID
A
D
E I
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que 
você estudará nesta unidade:
 ■ Compreendendo empreendedorismo
 ■ Tipos de empreendedorismo
 ■ Franquia como forma de 
empreendedorismo
 ■ O papel social e econômico do 
empreendedorismo
 ■ Mitos sobre o empreendedorismo
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
21
INTRODUÇÃO
Seja muito bem-vindo(a) a primeira unidade 
do livro de Empreendedorismo. Nossa inten-
ção é apresentar e conduzir você ao fascinante 
mundo do Empreendedorismo. No decor-
rer dessa unidade, apresentaremos assuntos 
que permitirão compreender a importância 
e equívocos discutidos e praticados sobre o 
empreendedorismo. 
Será apresentado que existem diversos tipos 
de empreendedorismo, ou seja, os empreen-
dedores podem iniciar a jornada nos negócios 
de diferentes formas, como em negócios 
próprios, franquias, herdando um empreen-
dimento ou até sendo um colaborador em 
uma organização. Como no Brasil o número 
de empreendedores alcança o patamar de 
milhões, sendo que milhares obtêm sucesso 
nos negócios, é possível verificar a dificuldade 
em estabelecer um perfil ideal de empreende-
dor. Acreditamos que, com isso, poderemos 
desmistificar a existência de um único perfil. 
Também abordaremos um pouco da história 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
22
do empreendedorismo, destacando pontos 
essenciais que alteraram a forma de praticar os 
negócios como os significados da palavra, bem 
como personagens que influenciaram no desen-
volvimento desse campo de estudo.
Outro ponto bastante relevante da unidade 
é o papel social e econômico do empreendedo-
rismo. Isso acontece porque, como você verá ao 
longo deste material, ideias transformadas em 
produtos concretos e que tenham viabilidadetransformam uma região, promovendo o movi-
mento da economia, envolvendo as pessoas, os 
recursos e a sociedade. 
Levando em consideração que mais de 90% 
dos negócios são micro e pequenos, sendo que 
muitos atuam de forma local, é possível compre-
ender a associação com o social e o econômico 
e a relevância dos empreendedores para uma 
região. O objetivo também é desmistificar mitos 
que existem sobre o empreendedorismo e que 
atrapalham as iniciativas empreendedoras.
Esperamos que você goste dos assuntos abor-
dados nesta unidade e aproveite a disciplina da 
melhor forma.
Vamos iniciar os estudos! Boa leitura!
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
23
COMPREENDENDO 
EMPREENDEDORISMO
Olá, para começar a estudar empreendedorismo, 
precisamos apresentar características essenciais 
dessa importante área dos negócios. 
A definição do termo empreendedorismo tem 
causado uma divergência entre especialistas, visto 
que a dificuldade de encontrar um significado 
ocorre pelo: campo de estudo, heterogeneidade 
da área e novas tendências nos negócios que 
mudam o mercado mais rapidamente. Não que-
remos, com isso, desmotivá-lo(a) ou mostrar 
que não é algo relevante para você estudar, mas 
demonstrar que isso é comum em outras áreas 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
24
do conhecimento, e como nós vamos conduzi-
-lo nessa caminhada, que a façamos passo por 
passo.
É importante esclarecer que os pesquisadores 
existem justamente para aperfeiçoar os conheci-
mentos para adaptar-se à criação de tendências. 
Vamos dar um exemplo: até poucos anos, pou-
quíssimo se falava em empreendedorismo para 
quem tem alguma deficiência física, e hoje é 
motivo de pesquisas para encontrar formas de 
inclusão no mundo dos negócios. Então, anti-
gamente, alguém poderia falar que o conceito 
de empreendedorismo envolve pessoas que não 
têm limitação física, o que não corresponde à 
realidade. 
Outro exemplo seria a área de Marketing, 
visto que quem cursou essa disciplina há, apro-
ximadamente, uma década sabe que pouco ou 
nada se falava de marketing digital, e hoje é algo 
essencial para o mundo dos negócios. Com esses 
dois exemplos, destacamos a relevância de estu-
diosos para aperfeiçoar os conceitos. E se novas 
tendências surgem, é porque existem pessoas 
realizando pesquisas para gerar esse progresso.
Vamos dar alguns exemplos de tendências que 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
25
estão incentivando novos estudos. Conforme 
Bruyat e Julien (2000), o campo de estudo do 
Empreendedorismo é bastante amplo e de grande 
relevância para a economia, sendo alguns exem-
plos de campos de estudos:
 ■ Jovens: de acordo com o Global 
Entrepreneurship Monitor (GEM), o maior 
número de empreendedores está na faixa de 
25 a 44 anos, ou seja, pessoas mais jovens se 
comparado a dados da década de 90 e anos 
2000 e isso representa um motivo para apro-
fundar os estudos.
 ■ Mulheres: é notável o aumento da participa-
ção tanto em cargos administrativos como 
gerenciais, sendo que em algumas regiões 
brasileiras temos mais mulheres envolvidas 
na abertura de novos negócios em compa-
ração aos homens, fato pouco provável há 
algumas décadas. 
 ■ Mortalidade de empresas: esses estudos 
são importantes para verificar a situação 
dos negócios criados pelos empreendedo-
res. Por exemplo, estudo do Sebrae (2014) 
mostrou que o índice de negócios brasilei-
ros que sobrevivem até os dois primeiros 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
26
anos de vida é, em média, de 76%, ou seja, 
a cada 100 novos negócios, 76 sobrevivem 
até o segundo ano de vida, representando 
um grande progresso em que a taxa era ape-
nas de 50%.
 ■ Empreendedorismo social: nem todos 
os negócios são empresariais e visam ao 
lucro. Existem aqueles que possuem mis-
são social e atendimento de necessidades 
sociais, por isso, utilizar o termo organi-
zações é adequado, pois podem envolver 
clubes e entidades.
Outro tema em destaque no empreendedorismo 
é a área de startups com produtos e serviços 
ligados à inovação e mecanismos de apoio e 
incentivo ao empreendedorismo. Os temas estão 
em alta na área e serão destacados em outro 
momento do nosso material para que você com-
preenda melhor. 
A partir disso, vamos apresentar alguns dos 
conceitos utilizados para que você conheça o que 
já foi e é abordado sobre o assunto. Conforme 
Dornelas (2005, p. 29), “a palavra empreende-
dor (entrepreneur) tem origem francesa e quer 
dizer aquele que assume riscos e começa algo 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
27
novo”. Isto é, o termo está ligado diretamente a 
alguém que realiza coisas diferentes, interme-
diando o produto/serviço com os clientes, por 
isso corre riscos nesse processo. O Quadro 1 
ilustra fatos relevantes da história do empreen-
dedorismo que influenciaram na construção do 
conceito. 
Quadro 1 - Fatos relevantes da história do 
empreendedorismo
IDADE 
MÉDIA
MARCO POLO – 
ESTABELECIMENTO DE 
ROTA COMERCIAL NO 
ORIENTE ATUANDO 
COMO INTERMEDIÁRIO 
AO ASSINAR CONTRATOS 
PARA COMERCIALIZAR 
MERCADORIAS.
Idade 
Média
Pessoa que gerenciava projetos de 
produção.
Século 
XVII
Pessoa que assumia riscos de lucro 
(ou prejuízo) em um contrato de 
valor fixo com o governo.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
28
1725
Richard Cantillon – Separação de 
empreendedor (assume riscos) do 
capitalista (financia os experimen-
tos para a industrialização).
1803
Jean Baptiste Say – lucros do em-
preendedor separados do lucro do 
capital.
1876
Francis Walker – distinguiu entre 
os que forneciam fundos e aqueles 
que obtinham lucros com ativida-
des administrativas.
1934
Joseph Schumpeter – o empre-
endedor é inovador e desenvolve 
tecnologia que ainda não foi testa-
da.
1961
David McClelland – o empreende-
dor é alguém dinâmico que corre 
riscos moderados.
1964 Peter Drucker – o empreendedor maximiza oportunidades.
1975
Albert Shapero – o empreendedor 
toma iniciativa, organiza alguns 
mecanismos sociais e econômicos 
e aceita riscos de fracassos. 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
29
1980
Karl Vesper – o empreendedor é 
visto de modo diferente por eco-
nomistas, psicólogos, negociantes 
e políticos. 
1983
Gifford Pinchot – o intraempreen-
dedor é um empreendedor que 
atua dentro de uma organização já 
estabelecida.
1985
Robert Hisrich – o empreendedo-
rismo é o processo de criar algo 
diferente e com valor, dedicando o 
tempo e o esforço necessários, as-
sumindo riscos financeiros, psico-
lógicos e sociais correspondentes 
e recebendo as consequentes re-
compensas da satisfação econômi-
ca e pessoal. 
Fonte: adaptado de Dornelas (2005); Hisrich e 
Peters (2004, p. 27).
A partir da leitura do Quadro 1, você pode 
compreender que houve mudanças na forma 
de considerar empreendedorismo. No início, 
era atribuído o fator risco para quem estivesse 
envolvido. Posteriormente, o foco foi dire-
cionado para indivíduo inovador e que tem 
iniciativa. Anos mais tarde, também admitiu-se 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
30
como empreendedor aquele que trabalha nas 
organizações, ou seja, podemos notar que a 
abordagem foi mudando conforme as situa-
ções que ocorriam.
Um conceito clássico que foi bastante utili-
zado durante muitos anos é o de Schumpeter 
(1949 apud DORNELAS, 2005, p. 39), ao defi-
nir o empreendedor como “aquele que destrói 
a ordem econômica existente pela introdução 
de novos produtos e serviços, pela criação de 
novas formas de organização ou pela exploração 
de novos recursos e materiais”. Porém, esse con-
ceito tem sido deixado de lado e outros autores 
apresentam distintas formas de compreender o 
empreendedorismo de forma mais abrangente 
e contextualizada.
Durante as últimas décadas, presenciou-se 
uma grande transformação socioeconômica.A economia globalizada, a instabilidade dos 
ambientes organizacionais e a competição ainda 
mais acirrada forçaram a adequação e a redução 
das estruturas; consequentemente, provocou um 
aumento do desemprego e, ao mesmo tempo, 
aumento na oferta de serviços e terceirizações.
Apesar de sua longa história anterior, é nesse 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
31
cenário que o empreendedorismo passa a des-
tacar-se e a ser tão necessário. Conforme Filion 
(2012), a tendência do empreendedorismo sur-
giu nos anos 70, porém vem afirmando-se nas 
últimas duas décadas. E esse fenômeno vem se 
dando, no Brasil e no mundo, em função do 
aumento do número de pequenas empresas e de 
trabalhadores autônomos. Para o autor, o fenô-
meno empresarial mais marcante da década de 
90 foi o crescimento do trabalho autônomo, que 
dos anos 1989 a 1998 aumentou em 74%. Outro 
fator muito importante é a evolução da partici-
pação das mulheres, que dos anos 1976 a 1996 
aumentou de 19,6% para 31,2% nessa catego-
ria de trabalho.
No Brasil, o movimento do empreendedo-
rismo começou a tomar forma em 1990, quando 
foram criadas entidades, como o SEBRAE 
(Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequenas 
Empresas) e a SOFTEX (Sociedade Brasileira 
para Exportação de Softwares). Antes desse 
período, não havia condições políticas e econô-
micas propícias ao empreendedor (DORNELAS, 
2005). 
O SEBRAE foi criado para dar suporte ao 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
32
pequeno empreendedor que pretende abrir o seu 
negócio, bem como para oferecer consultorias 
para resolver pequenos problemas pontuais dos 
negócios já iniciados. A SOFTEX foi criada com 
o intuito de levar as empresas de softwares do 
país ao mercado externo, oferecendo capacita-
ção em gestão e tecnologia a esses empresários.
As incubadoras de empresas e as universi-
dades/cursos de Ciências da Computação e 
Informática também foram responsáveis pelo 
grande avanço do empreendedorismo no Brasil 
nesse período. Foi, então, que a sociedade bra-
sileira começou a despertar-se para a realização 
de planos de negócios (até então não valorizados 
pelos pequenos empresários), a formação para 
o empreendedorismo e para programas públi-
cos de incentivo. Conforme Dornelas (2005), 
apresentamos um resumo das ações históricas 
desenvolvidas no Brasil que permitiram esse 
avanço no país:
 ■ 1990: criação de programas SOFTEX e 
GENESIS (Geração de Novas Empresas 
de Software, Informação e Serviços) que 
apoiavam atividades empreendedoras 
em softwares. O ensino da disciplina em 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
33
universidades e a geração de novas empre-
sas de softwares (start-ups).
 ■ 1999 a 2002: o Programa Brasil Empreendedor 
do Governo Federal, dirigido a mais de 6 
milhões de empreendedores e destinando 
recursos financeiros e operações de crédi-
tos para estímulo ao empreendedorismo.
 ■ Programas do SEBRAE, como o EMPRETEC 
(curso de imersão) e o Jovem Empreendedor, 
voltados à capacitação do empreendedor.
 ■ Criação de vários cursos e progra-
mas universitários para o ensino do 
empreendedorismo.
 ■ 1999 a 2000: houve o movimento de cria-
ção das empresas pontocom do país que, 
apesar de ter sido pontual, trouxe grande 
contribuição para disseminação do empre-
endedorismo local.
 ■ Crescimento das incubadoras de empresas 
no país: em 2004, a ANPROTEC (Associação 
Nacional de Entidades Promotoras de 
Empreendimentos de Tecnologia Avançadas) 
já apontava a existência de 280 incubado-
ras, com mais de 1700 empresas incubadas, 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
34
gerando mais 28 mil postos de trabalho. Na 
Unidade V, vamos tratar com mais detalhes 
as incubadoras.
Até a metade dos anos 2000, verificava-se, no 
Brasil, o empreendedorismo por necessidade, 
ou seja, os empreendedores não possuíam outra 
opção de trabalho e renda e acabavam criando 
os negócios de maneira informal, com pouco 
planejamento, fracassando rápido, não gerando 
o desenvolvimento esperado e contribuindo 
para o aumento das estatísticas de mortalidade 
dos negócios. 
Uma boa notícia é que, depois disso, o empreende-
dorismo está ocorrendo na maioria por oportunidade. 
Isto é, os negócios no país estão sendo criados por-
que os empreendedores estão preparando-se para 
abrir os negócios. Entretanto, como historicamente 
as organizações brasileiras começaram, na maioria, 
por necessidade, ainda percebemos os efeitos dessa 
forma de empreender. Isso ocorre porque os empreen-
dedores abrem negócios próprios sem se prepararem, 
pois possuem poucas opções de conseguir trabalho e 
renda. Trabalhando na informalidade e sem preparo, 
as chances do negócio fechar são maiores. Essa clas-
sificação de empreendedorismo por necessidade e 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
35
oportunidade é utilizada pelo Global Entrepreneurship 
Monitor (GEM).
O foco do empreendedorismo foi, durante mui-
tos anos, ligado para o empreendedor, por isso, 
os estudos existiam para mapear um conjunto 
de características ideais para um empreende-
dor. Considerava-se que o empreendedor tinha 
Empreender por oportunidade pressupõe uma 
análise do ambiente em que está inserido em 
busca da criação de novidades ou explorar mer-
cados que são pouco desenvolvidos. Quando 
um país proporciona um cenário adequado está 
incentivando empreendedores a criarem negó-
cios de sucesso que podem modificar o funcio-
namento de um mercado. Isso ocorre porque 
a preocupação do indivíduo é questionar um 
problema, buscando nova solução e não ter um 
negócio para sobreviver. O pensamento fora da 
caixa é estimulado nessa situação porque o em-
preendedor não está em busca de renda para 
manter-se, mas reformular uma lógica do mer-
cado.
Fonte: os autores. 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
36
que ter um conjunto de atributos e que, dessa 
forma, o sucesso seria obtido. No entanto, não 
se levava em consideração o ambiente em que 
o empreendedor vive, bem como as mudanças 
inesperadas que poderiam acontecer no coti-
diano. Em outro momento do nosso material, 
vamos detalhar mais esse aspecto das caracte-
rísticas empreendedoras.
Os conceitos mais utilizados nos dias atuais 
focalizam a abordagem para as oportunidades, 
como veremos adiante. Dessa forma, o foco 
mudou e as características foram deixadas para 
segundo plano. Não estamos querendo dizer que 
são irrelevantes os estudos, mas que somente as 
características do empreendedor não devem ser 
consideradas como elementos importantes.
Para exemplificar, apresentamos um conceito 
clássico dessa abordagem, apresentada por Shane 
e Venkataraman (2000, p. 6): 
[...] empreendedorismo, como uma área 
de negócios, busca entender como sur-
gem as oportunidades para criar algo 
novo (produtos ou serviços, mercados, 
processos de produção ou matérias-pri-
mas, formas de organizar as tecnologias); 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
37
como são descobertas ou criadas por in-
divíduos específicos que, a seguir, usam 
meios diversos para explorar ou desen-
volver coisas novas.
Alguns pontos interessantes que podemos 
analisar nesse conceito é que não menciona 
características do empreendedor. Depois, trata 
a área como negócio e isso se justifica porque o 
empreendedor tem que propor iniciativas que 
tenham viabilidade comercial, principalmente 
em um sistema de mercado em que o retorno 
financeiro é importante. Na área social, somente 
o lucro não é levado em consideração, mas fun-
dações e associações também funcionam como 
negócios.
Segundo esse conceito apresentado pelos 
autores, envolvem-se diferentes formas de 
empreender, como produtos, serviços, merca-
dos, processos de produção ou matérias-primas 
e formas de organizar a tecnologia. Isso repre-
senta as possibilidades que os empreendedores 
podem ter quando empreendem, seja nos negó-cios próprios ou de terceiros.
Outra parte relevante é apresentar que os indi-
víduos descobrem ou criam oportunidades de 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
38
negócio e isso é importante porque nem todos 
compreendem o ambiente da mesma forma. 
Para exemplificar, em um cenário de crise eco-
nômica, determinada pessoa considera como 
improvável empreender, e outra pessoa abre um 
negócio e obtém sucesso ao explorar uma possi-
bilidade que ninguém considerou no momento.
O último ponto é que, a partir da descoberta 
de uma ideia que possa ser transformada em 
coisas concretas de sucesso, os empreendedo-
res utilizam meios diversos, como os recursos, a 
rede de contatos, o conhecimento que possuem 
e que vão buscar para explorar novas atividades 
que não fizeram até o momento.
Como o empreendedorismo estuda fenôme-
nos sociais que constantemente se modificam, 
uma abordagem única não seria suficiente para 
considerar todos os elementos. Vamos partir do 
pressuposto de que o empreendedorismo só é 
possível por meio de oportunidades, como con-
sideram Shane e Venkataraman (2000), porque 
é mediante uma oportunidade que o empreen-
dedor coloca em prática uma novidade.
Para sintetizar essa perspectiva, uma citação de 
Read et al. (2011, p. 17-18) é bastante pertinente 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
39
para compreendermos uma oportunidade.
Ideia = alguma coisa + você
Oportunidade = ideia + ação
Ação = função (interação) do dinheiro, pro-
duto e parceiros
Viabilidade = oportunidade + 
comprometimento
Dessa forma, uma oportunidade depende de 
uma ideia e ação dos indivíduos. Para que ocorra 
essa ação, são necessários recursos e comprome-
timento dessas pessoas para tornar algo viável.
E você pode perguntar a respeito do empreen-
dedor. Haveria uma definição a ser apresentada? 
Nós afirmamos que o empreendedor é aquele 
que possui uma ideia e a coloca em prática, seja 
sozinho ou com um conjunto de pessoas. Essa 
definição pode ser complementada conforme 
Uma ideia precisa de viabilidade para ser trans-
formada em oportunidade. Nos negócios, um 
ou mais indivíduos com uma ideia agem para 
combinar recursos e gerar uma oportunidade 
lucrativa.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
40
Lacombe e Heilborn (2008, p. 128): “pessoa que 
percebe oportunidades de oferecer no mercado 
novos produtos, serviços e processos e tem cora-
gem para assumir riscos e habilidades”. 
O empreendedor é aquele que assume responsabi-
lidade e tem iniciativa para buscar algo diferente, seja 
uma invenção ou aperfeiçoamento de um produto. 
Vale ressaltar que o empreendedor sozinho pode ter 
a ideia e transformar em negócio, ou também com a 
ajuda de mais pessoas. Ainda nesta unidade, abordare-
mos com mais detalhes o empreendedor, apresentando 
os tipos, e também na próxima unidade, quando expla-
naremos a respeito do perfil e das características do 
empreendedor.
TIPOS DE EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo é uma área bastante rica e 
que tem se destacado na mídia pela diversidade 
de contextos e, neste momento, vamos explicar 
os motivos. 
No tópico anterior, destacamos o empreen-
dedorismo por necessidade ou oportunidade, 
conforme classificação do GEM (Global 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
41
Entrepreneurship Monitor). Elas podem ser 
utilizadas como base para dividir a forma como 
o indivíduo começou a atuar.
Porém, é preciso compreender que um indiví-
duo que se torna empreendedor pode começar 
de diferentes formas: abrir o negócio próprio, 
herdar, comprar, intraempreender, sendo essa 
classificação complementar à abordagem do 
GEM. Para explicar essas tipologias, vamos 
utilizar a classificação de Dornelas (2007), que 
considera os empreendedores como:
 ■ Empreendedor nato (mitológico) – em sua 
maioria, são imigrantes ou filhos destes, são 
visionários, 100% comprometidos com seu 
sonho, otimistas, normalmente começaram 
do nada e cedo adquiriram habilidade de 
negociação e venda.
 ■ Empreendedor que aprende (inesperado) 
– é uma pessoa que, quando menos espe-
rava, descobriu uma oportunidade, então, 
ele mudou a vida e resolveu abrir o próprio 
negócio. Normalmente, demora a tomar a 
decisão de empreender e a acostumar-se 
com ela.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
42
 ■ Empreendedor serial (criar novos negó-
cios) – é uma pessoa apaixonada por 
empreender, assim, não consegue estar à 
frente de seu negócio até que se torne uma 
grande corporação, por isso está sempre 
interessado em novos negócios. Sua maior 
habilidade é identificar oportunidades e não 
descansar enquanto não conseguir viabili-
zar sua implementação.
 ■ Empreendedor corporativo – podem ser 
executivos que assumem riscos e possuem 
habilidades de comunicação e negociação. 
Também chamado de intraempreendedor, 
ocorre quando os colaboradores realizam 
iniciativas empreendedoras dentro dos pró-
prios negócios, visando o aperfeiçoamento 
da gestão. O intraempreendedor é um 
indivíduo que trabalha em prol do desen-
volvimento de uma organização e possui 
um papel de destaque pela postura proa-
tiva. Nem sempre exerce um cargo gerencial, 
mas sempre está disposto a contribuir com o 
desenvolvimento das pessoas e do negócio.
 ■ Empreendedor social – tem como missão 
de vida a construção de um mundo melhor 
para as pessoas. É um empreendedor como 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
43
os outros, com a diferença de não buscar 
construir um patrimônio próprio, mas pre-
fere compartilhar seus recursos e contribuir 
para o desenvolvimento humano.
 ■ Empreendedor por necessidade – cria seu 
próprio negócio, porque não tem outra alter-
nativa, está fora do mercado de trabalho e 
não resta outra opção a não ser trabalhar 
por conta própria. Praticamente não tem 
acesso à formação, recursos e a uma maneira 
estruturada de empreender, por isso, nor-
malmente, trabalha na informalidade e de 
maneira pouco planejada, o que favorece o 
não sucesso do empreendimento.
 ■ Empreendedor por herdeiro (sucessão 
familiar) – herdam o negócio da família 
e, normalmente, aprendem cedo a ter res-
ponsabilidades e como o negócio funciona. 
Atualmente, a família tem se preocupado 
com a preparação do sucessor familiar e 
com a profissionalização da gestão.
 ■ Empreendedor “normal” (planejado) – 
esse é o empreendedor que faz a lição de 
casa, buscando minimizar os riscos do negó-
cio por meio do planejamento de suas ações. 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
44
Como o planejamento tem sido um pré-re-
quisito para os empreendedores com história 
de sucesso, acredita-se ser normal a sua uti-
lização, embora não seja o caso da maioria.
Além dos tipos tratados pelo autor, existem 
autores, como Degen (2009), que consideram 
as franquias como forma de empreender, pois 
ocorre a abertura de negócio, com auxílio e 
conhecimento de um franqueador que já pos-
sui uma marca conhecida no mercado. Como é 
uma área que também tem se destacado, vamos 
abordar um pouco mais o assunto.
FRANQUIA COMO FORMA DE 
EMPREENDEDORISMO
O sistema de franquia tem sido importante 
alternativa ao empreendedorismo. Conforme 
Ferreira et al. (2010), franchising é uma palavra 
de origem francesa que significa: fran – con-
cessão de um privilégio ou de uma autorização. 
Atualmente, franchising refere-se à filiação a 
uma empresa líder mediante um contrato de 
prestação de serviços ou, ainda, caracteriza-se 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
45
como um modo de organização em que uma 
empresa que já tem um produto/serviço bem 
estabelecido no mercado (franqueador) licencia 
sua marca, sua tecnologia e sua forma de fazer 
negócios a outras empresas ou indivíduos (fran-
queados), em troca de um direito de entrada e 
do recebimento de royalties. 
Outra explicação que é bastante consistente é 
a de Stanworth (2004 apud GIGLIOTTI,2012, p. 
5) e que optamos por fazer a citação na íntegra: 
[...] franchising é um negócio que essen-
cialmente consiste de uma organização 
(o franqueador) com um pacote de negó-
cio testado em mercado, centrado num 
produto ou serviço, entrando em um re-
lacionamento contratual com franquea-
dos, tipicamente pequenas firmas auto-
financiadas e autogeridas, operando sob 
a marca registrada do franqueador para 
produzir e/ou comercializar bens e servi-
ços de acordo com um formato especifi-
cado pelo franqueador.
A legislação brasileira, que se pauta na lei 8.995 
de 1994, no artigo segundo, define da seguinte 
forma: 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
46
Franquia empresarial é o sistema pelo qual 
um franqueador cede ao franqueado o di-
reito de uso de marca ou patente, associa-
do ao direito de distribuição exclusiva ou 
semi-exclusiva de produtos ou serviços e, 
eventualmente, também ao direito de uso 
de tecnologia de implantação e adminis-
tração de negócios ou sistema operacio-
nal, desenvolvidos ou detidos pelo fran-
queador, mediante remuneração direta; 
sem que, no entanto, fique caracterizado 
vínculo empregatício (BRASIL, 1994, on-
-line).
Pelo fato de o empreendedor filiar-se a uma 
empresa com produtos e serviços já existentes, 
há uma parceria que deve ser bem solidificada, 
porque duas partes estão diretamente envolvi-
das: o detentor do negócio e aquele que deseja 
a autorização para representar a empresa que, 
em troca, paga remuneração sem que, necessa-
riamente, exista vínculo empregatício.
De acordo com Ferreira et al. (2010), uma 
franquia, em geral, pode ser:
 ■ De produtos e marcas – o franqueador con-
cede ao franqueado o direito à obrigação de 
comprar os seus produtos e utilizar a sua 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
47
marca.
 ■ De negócios – o franqueador proporciona 
ao franqueado a “fórmula” para fazer o 
negócio, além de formação, treinamento 
de colaboradores, publicidade e outras for-
mas de assistência técnica e de marketing.
Como consiste em um contrato de prestação de 
serviços, o sistema de franquias estabelece obri-
gações tanto por parte do franqueado como do 
franqueador, conforme descrito no Quadro 2.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
48
Quadro 2 - Obrigações do franqueado e do 
franqueador 
OBRIGAÇÕES DO 
FRANQUEADOR
OBRIGAÇÕES DO 
FRANQUEADO
• Testar o potencial de 
sucesso do negócio 
durante um período, 
de modo a mostrar 
que pode ser rentá-
vel imagem da mar-
ca.
• Apresentar um ne-
gócio baseado em 
um know-how dis-
tintivo com uma 
vantagem competi-
tiva diante da con-
corrência.
• Transmitir o know-
-how aos franquea-
dos por meio de ma-
nuais e programas 
de formação.
• Administrar o ne-
gócio no dia a dia, 
selecionar a equipe 
de colaboradores, 
tomar decisões, de-
senvolver ações de 
comunicação e pu-
blicidade.
• Realizar o investi-
mento necessário.
• Fazer os pagamen-
tos acordados.
• Cumprir as regras da 
rede sobre a forma 
de operação e ga-
rantir a uniformida-
de do serviço.
Fonte: adaptado de Santos (2002 apud 
FERREIRA et al., 2010).
Como nota-se no Quadro 2, as franquias exigem 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
49
responsabilidades de ambas as partes. Não é 
fácil franquear e nem ser franqueado. Por isso, 
enfatizamos a necessidade de parceria e trans-
parência no relacionamento.
Esse formato de negociação também prevê 
algumas vantagens e desvantagens tanto para o 
franqueado como para o franqueador. Primeiro, 
vamos abordar o lado do franqueador, conforme 
Quadro 3.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
50
Quadro 3 - Principais vantagens e desvantagens 
para o franqueador 
VANTAGENS DESVANTAGENS
• Rapidez de expan-
são.
• Redução de custo: 
centralização das 
compras de distribui-
ção.
• Maior participação 
no mercado, dado o 
crescimento da rede.
• Maior cobertura 
geográfica, com o 
atendimento a clien-
tes e mercados antes 
não explorados.
• Possibilidade de 
encontrar franque-
ados estimulados 
para maximizar as 
vendas e reduzir os 
custos para aumen-
tar o lucro.
• Perda parcial do 
controle sobre os 
atos dos franquea-
dos.
• Potencial de cria-
ção de concorren-
te.
• Insuficiência nos 
serviços de abas-
tecimento de con-
sultoria, dada uma 
expansão acelera-
da.
• Seleção inadequa-
da dos franquea-
dos.
• Potencial menor 
de lucro, em com-
paração com o cres-
cimento interno 
por meio de filiais.
Fonte: adaptado de Santos (2002 apud 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
51
FERREIRA et al., 2010).
Nos últimos anos, tem sido comum os empreen-
dedores franquearem os negócios para obtenção 
de lucro. Entretanto, ressaltamos a relevância 
de ter um negócio pronto que já esteja dando 
certo no mercado para, a partir desse momento, 
pensar na possibilidade de franquear. Existe a 
necessidade de dar a devida assessoria para que 
o franqueado não acabe com a reputação do 
negócio; para prestar o auxílio, o próprio fran-
queador precisa estar convicto do negócio, das 
dificuldades e do que pode ser feito para solu-
cionar os problemas.
Agora, vamos abordar as vantagens e desvan-
tagens para o franqueado, conforme o Quadro 4.
Quadro 4 - Principais vantagens e desvantagens 
para o franqueado
VANTAGENS DESVANTAGENS
Maior probabilidade 
de sucesso: adota um 
produto/serviço co-
nhecido e testado no 
mercado e com uma 
rede e marca bem-su-
cedidas.
Controle sobre as ope-
rações: auditorias fre-
quentes e controle das 
vendas e do cumpri-
mento de procedimen-
tos e normas.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
52
Apoio contínuo do 
franqueador: experi-
ência de gestão, trei-
no e consultoria.
Autonomia e criativi-
dade limitadas: imple-
mentar modelo exis-
tente.
Potencial de maiores 
lucros: beneficia-se de 
economias de escala 
e de marca reconheci-
da.
Restrições no encer-
ramento da atividade 
e na cessão/venda da 
propriedade.
Proteção da concor-
rência de outros fran-
queados da mesma 
rede: direitos territo-
riais exclusivos.
Custo do franchising 
pode ser mais elevado 
do que em um negó-
cio independente.
Permite aprender com 
as experiências de ou-
tros franqueados.
Fraco desempenho de 
outros franqueados 
pode ter efeitos na 
reputação de toda a 
rede.
Fonte: adaptado de Santos (2002 apud 
FERREIRA et al., 2010).
Os candidatos ou aqueles que são franqueados 
possuem responsabilidades e precisam estar 
cientes. Ao assistir depoimentos de franquea-
dores de sucesso, eles sempre comentam que o 
sucesso do negócio está na mão do franqueado 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
53
em mais de 70%. Isso porque precisa assegurar 
que todos os processos pré, durante e pós-fun-
cionamento da franquia funcionem diretamente, 
envolvendo processos logísticos, de recursos 
humanos, marketing e financeiros.
Segundo Ferreira et al. (2010), o perfil do franque-
ado envolve os seguintes aspectos:
 ■ Aceitar que há um risco: a franquia não 
evita o risco, ainda que este possa ser menor 
do que em um negócio independente.
 ■ Capacidade de iniciativa: a franquia não 
é uma fórmula que funciona sozinha, uma 
vez que as decisões do dia a dia determi-
nam o sucesso ou fracasso do franqueado.
 ■ Incentivar os colaboradores: cabe ao empre-
endedor estimular, liderar, criar ambiente de 
trabalho agradável.
 ■ Trabalhar com menos autonomia: carac-
terística mais marcante que diferencia o 
empreendedor independente do franqueado.
Para ajudá-lo(a) a refletir sobre os principais 
pontos a serem avaliados por quem deseja ser 
um franqueado, apresentamos o Quadro 5.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
54
Quadro 5 - Pontos de reflexão para o 
franqueado 
ESTRUTURA 
FÍSICA
É ESSENCIAL SABER 
O ESPAÇO FÍSICO 
NECESSÁRIO PARA 
AS INSTALAÇÕES,BEM COMO TODAS AS 
ESPECIFICIDADES PARA O 
FUNCIONAMENTO.
Recursos fi-
nanceiros
Importante avaliar o inves-
timento necessário para ad-
quirir a autorização para abrir 
uma unidade franqueada.
Recursos hu-
manos
O número de funcionários 
necessário para funcionar, 
bem como as qualificações 
necessárias para exercer o 
cargo.
Planejamento
Mesmo sendo uma fran-
quia, o cuidado com o pla-
nejamento é necessário. Para 
abrir uma unidade, precisa-se 
pensar bem e também após a 
abertura do negócio.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
55
ESTRUTURA 
FÍSICA
É ESSENCIAL SABER 
O ESPAÇO FÍSICO 
NECESSÁRIO PARA 
AS INSTALAÇÕES, 
BEM COMO TODAS AS 
ESPECIFICIDADES PARA O 
FUNCIONAMENTO.
Autoanálise 
pessoal
Antes de pensar em ter um 
negócio para trabalhar me-
nos ou porque franquia é 
mais fácil que uma empresa, 
tome cuidado. Você precisa 
avaliar se tem o perfil para 
empreender, se realmente 
está disposto a correr riscos 
e, no caso da franquia, se está 
preparado para seguir pa-
drões impostos pelo franque-
ador, inibindo sua liberdade 
para criar ou implementar 
processos e atividades.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
56
ESTRUTURA 
FÍSICA
É ESSENCIAL SABER 
O ESPAÇO FÍSICO 
NECESSÁRIO PARA 
AS INSTALAÇÕES, 
BEM COMO TODAS AS 
ESPECIFICIDADES PARA O 
FUNCIONAMENTO.
Avaliação de 
mercado
O momento das franquias é 
muito bom. Entretanto, é in-
teressante avaliar o tipo de 
segmento que se deseja abrir 
e conhecer a região para sa-
ber se existe potencial para o 
local.
Retorno do 
investimento
É claro que todo mundo de-
seja o retorno do investimen-
to no menor tempo possível, 
até porque os valores inves-
tidos são altos. Entretanto, 
é preciso saber a média de 
tempo e os esforços necessá-
rios para tal feito.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
57
ESTRUTURA 
FÍSICA
É ESSENCIAL SABER 
O ESPAÇO FÍSICO 
NECESSÁRIO PARA 
AS INSTALAÇÕES, 
BEM COMO TODAS AS 
ESPECIFICIDADES PARA O 
FUNCIONAMENTO.
Conhecimen-
tos gerais e ge-
renciais
Não importa o tipo de negó-
cio, o conhecimento geren-
cial é fundamental. Conhecer 
um pouco de Marketing, Fi-
nanças, Produção e Recursos 
Humanos é essencial para 
gerenciar a unidade franque-
ada.
Manuais de 
procedimen-
tos
Toda franquia tem procedi-
mentos que devem ser se-
guidos seja na operação, na 
parte financeira, no layout ou 
na forma de atender. Por isso, 
o franqueado deve analisar 
essas informações, porque, se 
é uma franquia, deve possuir 
manual de procedimento.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
58
ESTRUTURA 
FÍSICA
É ESSENCIAL SABER 
O ESPAÇO FÍSICO 
NECESSÁRIO PARA 
AS INSTALAÇÕES, 
BEM COMO TODAS AS 
ESPECIFICIDADES PARA O 
FUNCIONAMENTO.
Contatos da 
rede
Conversar com franqueados 
da rede é importante para sa-
ber como realmente funciona 
o negócio e as exigências ne-
cessárias.
Suporte e as-
sessoria
Cada rede de franquia ofe-
rece serviços diferenciados, 
como planejamento estraté-
gico, treinamento de recur-
sos humanos, assessoria em 
marketing, entre outros. Cabe 
ao candidato avaliar o que a 
franquia disponibiliza.
Dedicação ao 
negócio
A dedicação faz diferença 
numa franquia. Se for soma-
do a isso o conhecimento 
gerencial e habilidades inter-
pessoais, as chances de su-
cesso aumentam.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
59
ESTRUTURA 
FÍSICA
É ESSENCIAL SABER 
O ESPAÇO FÍSICO 
NECESSÁRIO PARA 
AS INSTALAÇÕES, 
BEM COMO TODAS AS 
ESPECIFICIDADES PARA O 
FUNCIONAMENTO.
Processo sele-
tivo
O candidato a franqueado 
precisa conhecer os procedi-
mentos necessários para ser 
selecionado. É importante 
coletar informações prévias e 
adequar-se às etapas de ins-
truções.
Circular de 
Oferta 
de Franquia 
(COF)
Toda franquia deve ter e dis-
ponibilizar antecipadamen-
te ao interessado para que 
possa avaliar todas as infor-
mações, exigências e proce-
dimentos para saber se está 
preparado e compatibilizado 
com as expectativas do fran-
queador.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
60
ESTRUTURA 
FÍSICA
É ESSENCIAL SABER 
O ESPAÇO FÍSICO 
NECESSÁRIO PARA 
AS INSTALAÇÕES, 
BEM COMO TODAS AS 
ESPECIFICIDADES PARA O 
FUNCIONAMENTO.
Filiação a ABF
É comum as franquias serem 
filiadas com a Associação Bra-
sileira de Franchising - ABF 
que costuma premiar as me-
lhores franquias com um selo 
de excelência. Se não for as-
sociado, procure conhecer os 
motivos e as justificativas.
Fonte: os autores.
As franquias têm sido utilizadas como impor-
tante forma de ampliação do negócio, uma vez 
que propiciam uma grande rede de atuação, 
sem implicar na concentração de esforços e de 
recursos para o empreendedor franqueador. E, 
para o empreendedor franqueado, tem possibi-
litado maior segurança e conhecimento acerca 
do negócio que se propõe a iniciar. Entretanto, 
é fundamental ter consciência das responsabi-
lidades, das vantagens e das desvantagens desse 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
61
tipo de negócio.
No próximo tópico, vamos falar da importân-
cia dos negócios gerados pelo empreendedorismo 
para o desenvolvimento de uma região.
O PAPEL SOCIAL E ECONÔMICO DO 
EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo tem aparecido como 
um importante fator promotor do desenvolvi-
mento local. No entanto, é importante destacar 
a diferença entre os conceitos de crescimento 
econômico e desenvolvimento. O crescimento 
econômico se refere apenas a dados econômicos 
e quantitativos de uma determinada localidade. 
Assim, podem ser considerados como refe-
rências de crescimento econômico o aumento 
do PIB, a redução da inflação, a melhoria do 
poder aquisitivo da população, entre outros. 
Por outro lado, o conceito de desenvolvimento é 
mais amplo, pois envolve, além do crescimento 
econômico, os aspectos sociais e ambientais. 
Dessa forma, só é possível falar em desen-
volvimento quando há ganhos quantitativos e 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
62
qualitativos, como a qualidade de vida de uma 
população, a geração de trabalho e renda e os 
cuidados com o meio ambiente. Por isso, são 
muitos os benefícios gerados pelo empreende-
dorismo por meio da criação de novos negócios, 
como os apontados por Stoner e Freeman (1999):
 ■ Contribui para o crescimento econômico.
 ■ Promove ganhos com a produtividade, 
utilizando melhor os recursos produtivos.
 ■ Realiza investimentos em pesquisas e 
desenvolvimento, gerando novas tecnolo-
gias, produtos e serviços.
Também é importante destacar que os estu-
dos sobre a evolução do empreendedorismo 
mostram grandes possibilidades de se trans-
formarem na mola propulsora da integração 
do desenvolvimento regional e mundial, como 
possível solução para os problemas econômicos, 
políticos e sociais (BARBOSA, A. P.; BARBOSA, 
A. C., 2009). 
Para isso, a gestão dos negócios precisa pautar-
-se sob uma conduta ética que se preocupa com 
seu entorno, formando redes e parcerias em prol 
das sociedades em que atuam as organizações 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
63
criadas. Preocupando-se com todos os grupos 
que se relacionam e têm interesse no negócio 
em andamento (stakeholders).
Para Mello Neto e Froes (2002), existe uma 
corrente que apresenta o empreendedorismo 
como estratégia de desenvolvimento local, pois 
tem as seguintes características:
 ■ O objetivo de difundir as políticas de 
desenvolvimento local por meio do 
empreendedorismo.
 ■ O foco no maior desenvolvimento econô-
mico e social em nível local, cujo lócus são 
as agências e fóruns de desenvolvimento 
local.
Além disso, conforme discute Dornelas (2005), 
é preciso estimular o empreendedorismo por 
oportunidade, de maneira a planejar adequa-
damente a estrutura do negócio, reduzindo a 
possibilidade de riscos e aumentandoa possi-
bilidade de sucesso de cada empreendimento. 
Assim, é possível gerar trabalho e renda, e atuar 
por meio de uma conduta sustentavelmente 
comprometida.
Vale destacar que a maior parte dos negócios 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
64
é formada por micro e pequenos negócios que 
geram grande parte dos empregos. Por isso, a 
relevância de iniciativas e práticas empreen-
dedoras para o desenvolvimento das regiões, 
porque impactam social e economicamente. É 
importante o papel deles uma vez que geram tra-
balho e renda para os colaboradores e é o meio 
de subsistência dos empreendedores.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
65
MITOS SOBRE O EMPREENDEDORISMO
A definição do empreendedor ainda é carre-
gada de muitos mitos por parte da sociedade 
em geral, trazendo alguns estigmas inadequa-
dos e até problemas para a implementação de 
carreiras empreendedoras de sucesso, isso por-
que pensava-se que o empreendedor deveria 
possuir todas as características empreendedo-
ras que apresentamos anteriormente e, também, 
porque o estímulo a iniciativas empreendedo-
ras não era feito de forma adequada. 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
66
Visamos, nesta parte, apresentar os principais 
mitos e desvendá-los, e vamos utilizar a abor-
dagem de Dornelas (2005, p. 35) que cita os três 
principais mitos sobre os empreendedores: 
1. Empreendedores são natos, nascem para 
o sucesso: embora alguns empreendedores 
nasçam com certo nível de inteligência, para 
obter sucesso é necessário estar preparado. 
Eles acumulam habilidades, experiências 
e contatos com o tempo, e a capacidade de 
ter visão e perseguir oportunidades pode 
ser desenvolvida e aprimorada.
2. Empreendedores são jogadores que assu-
mem riscos muito altos: os empreendedores 
de sucesso só assumem riscos calculados, 
evitam riscos desnecessários, comparti-
lham os riscos e desmembram em partes 
menores. O planejamento é um importante 
instrumento.
3. Os empreendedores são ‘lobos solitários’ 
e não conseguem trabalhar em equipe: 
normalmente, os empreendedores são óti-
mos líderes, criam equipes competentes e 
desenvolvem um excelente relacionamento 
interpessoal.
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
67
A jornada de um empreendedor é repleta de mui-
tos desafios, sendo necessário ter capacidade para 
enfrentar riscos e lidar com a adversidade. Os mitos 
criam um pensamento de que o empreendedor é um 
ser sozinho, egocêntrico e quer toda a glória, mas, se 
observarmos os grandes exemplos, possuem uma con-
duta diferente. Vamos, também, abordar outros mitos 
utilizando o pensamento de Ferreira et al. (2010):
1. Qualquer um pode iniciar um negócio: na 
realidade, é preciso ter conhecimento sobre 
o negócio, para que ele tenha chance de 
sucesso, apenas boa vontade não é suficiente.
2. Há a necessidade de protagonismo: o 
empreendedor de sucesso sabe valorizar sua 
equipe, reconhecendo o trabalho de cada 
um, visto que tem consciência de que não 
consegue nada sozinho.
3. Trabalham muito: o empreendedor, nor-
malmente, dedica muita energia à realização 
do seu negócio, mas isso não significa que 
ele não tenha tempo para a família, o lazer 
e a busca por formação.
4. Iniciam negócios de risco: só iniciam 
negócios com riscos calculados, conhecem 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
68
a viabilidade do negócio para fazer o 
investimento.
5. O empreendimento é apenas para os ricos: 
os empreendedores costumam ter boas 
ideias e viabilizar a sua implementação, para 
isso, acabam por buscar várias formas de 
financiamento.
6. Idade é uma barreira: não há idade para ser 
empreendedor. Os estudos apontam que a 
maioria dos empreendedores são jovens e 
estão cada vez mais presentes no mercado.
7. São motivados pelo dinheiro: outras 
motivações, como realização pessoal, inde-
pendência e liberdade também fazem parte 
do interesse do empreendedor. A realização 
de um sonho pode ser a maior delas.
8. Procuram o poder e o controle sobre os 
outros: o empreendedor de sucesso tem se 
mostrado um bom líder, que envolve sua 
equipe e não tem energias para gastar com 
disputa de poder e controle sobre os outros.
9. Se tiverem talento, o sucesso chega em um 
ou dois anos: não há medida de tempo para 
o sucesso. E, ainda, não é apenas a falta de 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
69
talento que faz um negócio não ter sucesso, 
obstáculos de mercado também podem pro-
vocar o insucesso de um negócio.
10. Qualquer pessoa com uma boa ideia 
pode enriquecer: apenas uma boa ideia não 
é suficiente para o sucesso do negócio, pois 
também é preciso que exista uma oportu-
nidade de mercado.
11. Tendo dinheiro é fácil falhar: o capi-
tal não é suficiente para suportar falhas 
contínuas em um negócio, por isso, o pla-
nejamento, mais uma vez, aparece como 
ferramenta para evitar a falha.
12. Os empreendedores sofrem de estresse: 
o empreendedor precisa ter cautela e ener-
gia para fazer seu negócio dar certo, por 
isso, também precisa reequilibrar-se com 
atividades de lazer e descanso. O estresse 
só atrapalha o negócio.
Os mitos abordados neste material são comumente 
difundidos pela sociedade, o que tem atrapalhado o 
desenvolvimento e a expansão do empreendedorismo 
por utilizar um pensamento equivocado. Agora que 
você já conhece esses mitos, pode nos ajudar a cons-
truir um ambiente empreendedor e propício para os 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
70
indivíduos. 
Seu papel, agora, é ser mais um empreendedor na 
sociedade e que difunda a ideia dos males que os mitos 
pode fazer para quem pretende empreender. Afinal, 
um dos grandes sonhos do brasileiro é ter o próprio 
negócio, mas fica com medo diante de tantos obstácu-
los que são colocados e de que não pode falhar porque 
será um fracassado.
É muito importante dizer que não há uma 
receita de sucesso, mas uma jornada que vai 
sendo construída ao longo dos dias e cada um 
trilha a sua caminhada conforme o seu ritmo. 
Os erros fazem parte da nossa vida e os empre-
endedores estão mais propensos por arriscarem, 
mas não podem ser considerados como fracas-
sados. Para o empreendedor criar uma empresa 
de sucesso, ele pode demorar até 4 vezes para 
conseguir, conforme pesquisas nacionais e 
internacionais.
Contamos com a sua colaboração para criar 
um ambiente empreendedor mais próspero!
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
71
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Parabéns! Você finalizou a primeira unidade! 
Vamos recapitular os conhecimentos adqui-
ridos? Primeiro, começamos apresentando 
empreendedorismo de forma a compreender as 
abordagens ao longo dos anos. Houve mudan-
ças de foco na forma de compreender e estudar 
esse campo de estudo, conforme se pode notar 
com Marco Polo, passando por Schumpeter até 
os dias atuais.
Empreender é transformar uma ideia em 
oportunidade e isso ocorre de diferentes for-
mas. Se você já é empreendedor(a) ou conhece 
alguém que é, saberá que existem muitas deci-
sões a serem tomadas, obstáculos e interferências 
que exigem pensamento rápido e capacidade de 
improvisação. Isso é uma realidade, porque, se 
não souber lidar com as diferentes variáveis que 
surgem por conta dos colaboradores, consumi-
dores, fornecedores, poder público, imprensa e 
sociedade, haverá muita dificuldade para fazer 
o negócio sobreviver.
Outro ponto importante são os campos de 
estudo, sendo que apresentamos apenas alguns, 
INTRODUÇÃO AO EMPREENDEDORISMO
72
como mulheres, jovens e a mortalidade de empre-
sas, mas existem mais de 25 temas de estudos 
e pesquisas e que aumentam conforme surgem 
novidades no funcionamento do mercado. É 
possível notar que essa área é muito ampla. No 
nosso material, fizemos um pequeno recorte à 
apresentação da importância de estudar e com-
preender o empreendedorismo.
Há diferentes formas de empreender,pois 
uma pessoa pode herdar um negócio, abrir um 
negócio com ou sem planejamento ou até intra-
empreender. Com isso, notamos que existem 
diferentes formas de empreender e essa é uma 
das dificuldades de se conseguir definir um 
conceito.
Para finalizar, concluímos a discussão com 
uma reflexão sobre a importância social e econô-
mica do empreendedorismo e de seu papel ético, 
o qual se preocupa com o entorno dos empre-
endedores na condução dos seus negócios.
Esperamos que esses conhecimentos tenham 
despertado a curiosidade por essa área e que 
tenhamos colaborado para o seu desenvolvi-
mento profissional.
Até a próxima unidade!
1. As franquias têm se apresentado como uma 
ótima opção de negócios, sendo que os in-
dicadores, como o PIB das franquias, estão, 
nos últimos anos, crescendo pelo menos 3 
vezes o valor do PIB brasileiro. Com base no 
que foi abordado na unidade a respeito das 
franquias, leia as afirmações e assinale a al-
ternativa correta:
I. A franquia é a única forma garantida de ter 
lucro nos negócios no Brasil.
II. A principal vantagem do franqueador é o 
fato de ter total controle das operações que 
acontecem nas unidades.
III. Uma das principais obrigações do franque-
ador é transmitir todas as normas e proce-
dimentos aos franqueados.
IV. Existem riscos que envolvem o franqueador 
e o franqueado, por isso, a relação deve ser 
de parceria e transparência.
Assinale a alternativa correta: 
a. Somente I e II estão corretas.
b. Somente I, II e IV estão corretas.
c. Somente I, III e IV estão corretas.
d. Somente II e III estão corretas.
e. Somente III e IV estão corretas.
2. O empreendedorismo não se resume so-
mente a abrir negócios ou criar grandes ino-
vações. Existe um tipo chamado empreen-
dedor corporativo ou intraempreendedor, 
que se refere ao indivíduo que não é o pro-
prietário do negócio, mas aquele que con-
tribui para o crescimento do negócio com 
ideias e atitudes. Considerando o assunto 
abordado, avalie as asserções a seguir e a 
relação proposta entre elas.
I. O tipo intraempreendedor é o melhor dos 
tipos de empreendedorismo existente, con-
forme o que foi apresentado no material.
PORQUE
II. O crescimento dos negócios depende uni-
camente dos empreendedores que desen-
volveram o negócio.
Acerca dessas asserções, assinale a op-
ção correta:
a. As duas asserções são proposições verda-
deiras e a II é uma justificativa da I.
b. As duas asserções são proposições verda-
deiras, mas a II não é uma justificativa da I.
c. A asserção I é uma proposição verdadeira e 
a II é uma proposição falsa.
d. A asserção I é uma proposição falsa e a II é 
uma proposição verdadeira.
e. As asserções I e II são proposições falsas.
3. Como abordamos, o conceito de empreen-
dedorismo está em formação, entretanto, 
alguns elementos são considerados como 
essenciais. A partir do entendimento da 
aula e da leitura do livro, leia as afirmações 
a seguir e assinale a alternativa correta:
I. Oportunidade.
II. Pessoas.
III. Novos produtos.
IV. Negócios.
Assinale a alternativa correta:
a. Somente I e II estão corretas.
b. Somente I, II e IV estão corretas.
c. Somente I, III e IV estão corretas.
d. Somente II e III estão corretas.
e. Todas as afirmações estão corretas.
4. Empreender é uma das atividades impor-
tantes para o desenvolvimento de uma so-
ciedade. Dessa forma, deve ser estimulado o 
empreendedorismo por oportunidade por-
que, como vimos, pode modificar um am-
biente de negócios. Com base no material, 
leia os exemplos de empreendedorismo a 
seguir.
I. Vanessa tinha o sonho de ter um negócio 
e foi estimulada pelos pais desde pequena. 
Realizou intercâmbio, fez cursos de gestão 
até que optou por apostar em aplicativo de 
celular na área da saúde que pudesse me-
lhorar a qualidade de vida de pessoas em 
períodos pós-operatórios.
II. Fernando começou a vender produtos arte-
sanais para complementar a renda da casa 
após sua esposa ficar doente.
III. Marcos, após ficar desempregado, investiu 
o dinheiro em um restaurante adaptado 
para deficientes físicos, visto que observa-
va muitas pessoas terem dificuldade de ali-
mentar-se fora de casa.
IV. Marcela, criativa desde a infância, teve a 
ideia de abrir uma empresa que pudesse 
auxiliar pessoas com déficit de aprendiza-
gem a conseguirem melhores resultados 
nos estudos.
Assinale a alternativa que contenha 
exemplos de empreendedorismo por 
oportunidade:
a. Somente I e II estão corretas.
b. Somente I, II e IV estão corretas.
c. Somente I, III e IV estão corretas.
d. Somente II e III estão corretas.
e. Todas as afirmações estão corretas.
5. Empreender em um novo negócio não é 
uma atividade simples, porém, muitas pes-
soas divulgam informações e comentários 
como se fosse fácil. Talvez até a intenção 
não seja ruim, mas incentivar uma pessoa 
que não esteja preparada pode trazer um 
efeito negativo. Essas palavras dissemina-
das são chamadas de mitos, que não tratam 
o empreendedorismo de forma apropriada. 
A respeito do tema, leia as afirmações a se-
guir:
I. Dinheiro não é problema para quem quer 
ter o negócio próprio porque o bom em-
preendedor sempre consegue recursos.
II. Para empreender é muito importante ter 
uma boa ideia, pois se tem competência 
conseguirá sucesso.
III. O empreendedor bem-sucedido é aquele 
que trabalha poucas horas por dia e ganha 
muito dinheiro.
IV. A motivação é o principal componente para 
conseguir ser bem-sucedido nos negócios.
Assinale a alternativa que contenha in-
formações equivocadas sobre o empre-
endedorismo:
I. Somente I e II.
II. Somente I, II e IV.
III. Somente I, III e IV.
IV. Somente II e III.
V. Todas as afirmações.
Vale a pena empreender?
Empreender não é uma tarefa fácil. Quem já 
está nesse caminho sabe que não é uma jor-
nada fácil. Não há hora para começar e nem 
terminar a jornada. E isso é uma opção que 
pode ser perigosa. Por um lado, você pode se 
acomodar, porque não precisa cumprir carga 
horária e há pessoas querendo empreender 
para não ter que cumprir horário fixo. Por ou-
tro lado, a pessoa pode utilizar essa liberdade 
a favor para gerenciar o negócio e, ao mesmo 
tempo, ter mais liberdade para pensar em no-
vidades e dedicar-se à família, por exemplo. A 
opção é sua para escolher aquilo que for mais 
adequado a você.
Não existe um único caminho sempre certo. 
Existem pessoas com mais predisposição a 
adaptar-se à realidade de empreender e ob-
ter vantagens. Se você tem filhos pequenos 
que têm problemas de saúde e necessitam de 
acompanhamento constante, você pode pen-
sar em empreender. Terá mais liberdade de 
horário, mas é fundamental não confundir li-
berdade de horário com menos responsabili-
dade.
Você pode ter optado por estudar na nossa 
instituição para capacitar-se sem precisar fre-
quentar uma sala de aula todo dia por diversos 
motivos, porém, isso não é sinônimo de facili-
dade e isso você perceberá ao longo do cur-
so. Você pode planejar o horário que for mais 
adequado, mas terá que estudar, e muito, se 
pretende terminar um curso a distância.
Voltamos à pergunta inicial: vale a pena em-
preender? É um risco que você tem que pen-
sar se quer correr. Muitas dúvidas e poucas 
certezas você terá ao longo da jornada e não 
haverá facilidades, ou seja, é uma pergunta es-
tritamente pessoal. Para nós, pode valer, mas, 
para você, não. Não é por conta disso que você 
é medroso ou inferior à outra pessoa. Cada um 
tem uma personalidade e precisamos de em-
preendedores e colaboradores para o progres-
so da sociedade.
Esperamos, com esse breve texto, despertar re-
flexões e curiosidades que lhe ajudem a ama-
durecer.
Fonte: os autores.
MATERIAL 
COMPLEMENTAR
O empreendedor: empreender como 
opção de carreira
Ronald Jean Degen
Editora: PrenticeHall, 2009
Sinopse: o livro é dividido em quatro 
partes: empreender, planejar seu 
negócio, desenvolver seu negócio e 
empreendedorismo. Nos 20 capítulos, 
o autor aborda de forma didática 
informações fundamentais para quem 
quer conhecer o empreendedorismo. 
Analisar de uma forma ampla para explicar 
o empreendedorismo como opção de 
carreira, as oportunidades de negócio, o 
reconhecimento, avaliação e dinâmica 
dos negócios, a elaboração do plano 
de negócios, bem como maneiras de 
organizar e administrar o negócio, além 
de capítulos direcionados à explicação 
do empreendedorismo como campo 
de pesquisa e principais mitos sobre o 
empreendedorismo.
MATERIAL 
COMPLEMENTAR
O Global Entrepreneurship Monitor (GEM) é 
uma organização que divulga informações 
internacionais sobre as características do 
empreendedorismo no mundo, inclusive 
no Brasil. O IBQP (Instituto Brasileiro de 
Qualidade e Produtividade), no Brasil, realiza 
o estudo divulgando o nível de atividade 
empreendedora, as características dos 
negócios e informações de cada região 
brasileira. Os estudos do GEM permitem 
compreender o grau de desenvolvimento da 
atividade empreendedora, realizar estudos 
comparativos entre países e perceber as 
características peculiares de cada região.
Disponível em: <http://www.ibqp.org.br/
gem>.
MATERIAL 
COMPLEMENTAR
Recomendamos que assista estes dois vídeos 
que permitem aprofundar os conhecimentos 
sobre o Intraempreendedorismo. O primeiro 
vídeo, O que é o intraempreendedorismo?, 
trata-se de uma palestra proferida pelo 
respeitado professor Marcos Hashimoto.
Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=Kx3JrklyrNI>. 
O segundo vídeo, Cultura empreendedora e 
o intraempreendedorismo, é uma explanação 
do professor Ramon Nunes. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=nTxGEvXN9oE>.
MATERIAL 
COMPLEMENTAR
A Endeavor é uma instituição que incentiva 
o empreendedorismo no Brasil. Por meio de 
cartilhas, vídeos e reportagens disponibiliza 
materiais sobre empreendedorismo com o 
apoio de diferentes referências de mercado e 
empreendedores bem-sucedidos.
Disponível em: <http://www.endeavor.org.
br>.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, A. P.; BARBOSA, A. C. A. A evolução 
do empreendedorismo, de Ford aos nossos 
dias. In: LAPOLLI, É. M.; ROSA, S. B. Empreen-
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Pandion, 2009. p. 125 - 148.
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BRASIL. Lei n° 8.955, de 15 de dezembro de 
1994. Dispõe sobre o contrato de franquia 
empresarial (franchising) e dá outras provi-
dências. Presidência da República, 1994. Dis-
ponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/l8955.htm>. Acesso em: 7 mar. 
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transformando ideias em negócios. 2. ed. Rio 
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mitos e verdades do empreendedor de su-
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Ser empreendedor: pensar, criar e moldar a 
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tema de estudos superiores: palestra pro-
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2012.
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SHANE, S.; VENKATARAMAN, S. The Promise 
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The Academy of Management Review, v. 
25, n. 1, p. 217-226, 2000. 
STONER, J. A. F.; FREEMAN, R. E. Administra-
ção. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1999. 
GABARITO
1. Alternativa E.
Justificativa - A franquia não é a única for-
ma de sucesso nos negócios e o franqueado 
não tem controle das operações.
2. Alternativa E.
Justificativa – As duas afirmações estão in-
corretas, porque não existe o melhor tipo, 
mas diferentes formas de empreender. Ou-
tro ponto é que o crescimento do negócio 
depende, também, dos indivíduos que, se 
forem intraempreendedores, ajudará ainda 
mais no desenvolvimento da organização.
3. Alternativa E.
Justificativa – Todos os elementos estão cor-
retos. O empreendedorismo existe porque 
ideias foram transformadas em oportunida-
des. São as pessoas que atuam nos novos 
ou negócios existentes. Isso acarretará em 
novos produtos que não, necessariamente, 
foram criados, mas incorporados ao negó-
cio.
GABARITO
4. Alternativa C.
As afirmações I, III e IV tratam de exemplos 
de empreendedorismo por oportunidade e 
a afirmação II é um exemplo de empreende-
dorismo por necessidade porque Fernando 
começou a vender produtos por necessida-
de porque havia necessidade financeira de 
obter renda.
5. Alternativa E.
Justificativa - Todas as afirmações tratam de 
equívocos divulgados sobre o empreende-
dorismo.
U
N
ID
A
D
E IIO EMPREENDEDOR E A OPORTUNIDADE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 ■ Reunir as características atribuídas ao 
empreendedor.
 ■ Diferenciar empreendedor de gestor e de 
empresário.
 ■ Compreender os principais conceitos e 
temas da oportunidade empreendedora.
 ■ Apresentar as fontes de inspiração de 
oportunidades de negócio.
 ■ Sintetizar as etapas enfrentadas por um 
empreendedor.
Professor Me. Anderson Katsumi Miyatake
Professora Me. Bianca Burdini Mazzei
Professor Me. Paulo Pardo
U
N
ID
A
D
E
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que 
você estudará nesta unidade:
 ■ Características empreendedoras
 ■ Empreendedor x gestor x empresário
 ■ Oportunidade empreendedora
 ■ Fontes de oportunidades 
empreendedoras
 ■ Processo empreendedor
II
O EMPREENDEDOR E A OPORTUNIDADE
93
INTRODUÇÃO
Olá, vamos continuar os estudos. Nesta unidade, 
vamos destacar dois aspectos muito importan-
tes no empreendedorismo: o empreendedor e, 
também, a oportunidade. Apresentaremos de 
forma breve esses pontos e vamos aprofundar 
para que você consiga compreender os moti-
vos do empreendedorismo ser um fenômeno 
social tão dinâmico e que não existe uma receita 
mágica para ser um empreendedor de sucesso.
Você pode nos questionar os motivos desses 
pontos serem tão relevantes. Nós argumentamos 
da seguinte forma: o estudo sobre o empreende-
dor é importante, porque é possível compreender 
o que leva os empreendedores a terem sucesso. 
Identificaremos uma série de características lis-
tadas pelos pesquisadores que compõem uma 
espécie de perfil ideal. O que devemos ter em 
mente é que essas são listas e nos ajudam a iden-
tificar o que leva um empreendedor a ter êxito, 
mas não são receitas prontas.
Ao estudarmos com mais profundidade,

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