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Bi ol og ia 30 1 Aula 11 e 12 Aula 11 e 12 Introdução à Citologia A Citologia é a ciência responsável pelo estudo e classifi cação das células. As células são as unidades fi siológicas (funcio- nais), morfológicas (anatômicas) e genéticas da maioria dos seres vivos. Além de possuir células, para ser considerado um ser vivo, esse tem que ser capaz de buscar energia para sobreviver, responder a estímulos do meio, se reproduzir e evoluir. A descoberta da Célula Hoje sabemos que a grande maioria dos seres vivos, com exceção dos vírus, são formados por células. Esse pressuposto é estabelecido pela teoria celular, mas o desenvolvimento dessa idéia só foi possível com a construção do 1º microscópio óptico por Hans e Zacharias Jansen em 1590. Em 1665 Robert Hooke observou pela primeira vez o que viriam a ser conhecidas por células. Robert Brown constatou a existência do núcleo em 1831 e, fi nalmente, entre 1838 e 1839, Mathias Schleiden e Theodor Schwann propuseram a Teoria Celular: “todos os organismos vivos são constituídos por células”. CitologiaCitologia Os Vírus e a Teoria celular A partir da década de 1950, o desenvolvimento do estu- do dos vírus, mostrou que eles são acelulares. Estaria a teoria celular enfraquecida? Pensa-se que não porque os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios, isto é, para se reprodu- zirem e evoluírem necessitam do maquinário de uma célula. Logo, todo o mecanismo essencial à vida se encontra no inte- rior das células. Identidade dos Seres Vivos 1. Organização Estrutural a) Célula Procariota É a mais primitiva e caracteriza-se por apresentar seu núcleo desorganizado (nucleóide) e disperso pelo citoplasma devido à ausência da membrana nuclear (carioteca). Este tipo de célula não apresenta organelas membranosas e nem cito- esqueleto. A única organela é o ribossomo. Como exemplo de células procariotas existe apenas os representantes do reino Monera. Fímbrias CápsulaMesossomoRibossomos Citoplasma Flagelo Nucleóide Plasmídeos DNA associado ao mesossomo Parede celular Membrana plasmática ESTRUTURAS FUNÇÕES Parede Celular É uma estrutura rígida que recobre a membrana citoplasmática e confere for- ma ás bactérias. É composta por pepti- dioglicanos. Píli ou Fímbrias São microfibrilas que se estendem da parede celular. O pilus sexual é uma es- trutura que liga duas bactérias, de modo a trocarem plasmídeos, processo cha- mado conjugação. Ribossomos Nos procariotas são diferentes dos eu- cariotas e essas diferenças foram usadas para desenvolver antibióticos que afe- tam só os ribossomos bacterianos. Nucleóide Consiste em uma única grande molécu- la de DNA com proteínas associadas, um cromossomo circular, sem delimitação por membrana. Plasmídeos São pequenas moléculas de DNA circu- lar. São comumente trocadas na conju- gação bacteriana. Os plasmídeos têm genes, incluindo aqueles que protegem a célula contra antibióticos. Bi ol og ia 30 2 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS CURIOSIDADE! O reino monera é separado em dois grupos, as Arqueobactérias (bactérias primitivas) e Eubactérias (bactérias verdadeiras). O ramo que originou as Arque- obactérias teria, mais tarde, originado os eucariotas. As arqueas vivem em condições ambientais extremas e possuem uma membrana celular com lipídios com asso- ciação de glicerol-éter, enquanto as bactérias possuem glicerol-éster. Os Archaea ao contrário das bactérias não possuem uma parede celular de peptidoglicanos. A comparação bioquímica da subunidade ribossômica 16 S foi o critério utilizado por Carl Woese, em 1990, para classi- fi car os seres vivos em domínios: Bacteria, Archaea e Eukarya. Bacteria Archeae Eukarya Seres procarióticos Seres eucarióticos b) Célula Eucariota É um tipo celular bem mais complexo que a célula proca- riota. É caracterizada principalmente por apresentar o núcleo organizado, pois possui membrana nuclear (carioteca) e tam- bém por conter inúmeras organelas membranosas. Com exemplos temos as células dos representantes do reino protista, fungi, plantae e animalia. Mitocôndrias Endocitose Membrana plasmática RER REL Célula Eucariota Animal Lisossomos Nucléolo Núcleo 2 centríolos Microtúbulos Citoplasma Ribossomo Compexo de Golgi Compexo de Golgi Parede celular Vesícula Ribossomo REL RER Leucoplasto Grande vacúolo Nucléolo Núcleo Complexo de Golgi Cloroplasto Membrana plasmática Membrana do vacúolo Mitocôndrias Citoplasma Célula Eucariota Vegetal Diferenças entre Célula Animal e Vegetal Componentes Célula Vegetal Célula Animal Parede Celular Presente ----------- Cloroplastos Presente ----------- Vacúolos Maiores Menores Complexo de Golgi Vesículas isoladas Vesículas empilhadas Plasmodesmos Presente ----------- Centríolos ----------- Presente Áster ----------- Presente Divisão Celular Acêtrica e Anastral Cêntrica e Astral Citocinese Centrífuga Centrípeta Colesterol ----------- Presente Glicocálix ----------- Presente Reserva Principal Amido Glicogênio 2. Níveis de Organização Biológica (coração) Tecido (músculo) Célula (músculo) Ecossistema Comunidade (Biocinese) (circulatório) Aula 13 Aula 13 01. (UEL) Na tabela, a seguir, estão assinaladas a presença (+) ou a ausência (-) de alguns componentes encontrados em quatro diferentes tipos celulares (A, B, C e D). Componentes Tipos Celulares A B C D envoltório nuclear + - + - ribossomos + + + + mitocôndrias + - + - clorofi la - + + - retículo endoplasmático + - + - Bi ol og ia 30 3 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Os tipos celulares: A, B, C e D pertencem, respectivamente, a organismos a) Procarioto heterótrofo, eucarioto heterótrofo, procario- to autótrofo e eucarioto autótrofo. b) Procarioto autótrofo, eucarioto autótrofo, eucarioto he- terótrofo e procarioto heterótrofo. c) Eucarioto heterótrofo, procarioto heterótrofo, procario- to autótrofo e eucarioto autótrofo. d) Eucarioto autótrofo, procarioto autótrofo, eucarioto he- terótrofo e procarioto heterótrofo. e) Eucarioto heterótrofo, procarioto autótrofo, eucarioto autótrofo e procarioto heterótrofo. 02. (UFPA) “Todos os organismos são compostos de células. Todas as células são originadas a partir de células preexis- tentes”. Essas duas afi rmativas constituem a Teoria Celular. Com base nessa teoria, constatou-se, com auxilio de microscó- pios, a existência de dois tipos de células que constituem os seres vivos: as células eucariotas e as procariotas. Das estruturas ou organelas apresentadas abaixo, identi- fi que aquelas que são encontradas somente em células eucariotas. a) Carioteca, mitocôndrias e peptídioglicano. b) Carioteca, mitocôndrias e lissosomos. c) Parede celular, mesossomas e cloroplastos. d) Cromossomos, fímbrias e lisossomos. e) Carioteca, plasmídeos e aparelho de Golgi. 03. (PUCCAMP) Sabe-se que a membrana externa das células vegetais tem a celulose como componente principal. Eis a razão ou razões prováveis: a) A extrema resistência química da celulose, que se de- compõe com dificuldade. b) Poucos seres são capazes de digeri-la. c) A capacidade de suportar grande tensão e tração. d) As alternativas a, b e c são corretas. e) Permitir a grande elasticidade. 04. (Mackenzie-SP) Assinale a alternativa que apresenta estru- turas encontradas em todos os tipos de células. a) Núcleo, mitocôndrias e ribossomos. b) Parede celular, ribossomos e nucléolo. c) Centríolo, complexo de Golgi e núcleo. d) Ribossomos, membrana plasmática e hialoplasma. e) Hialoplasma, carioteca e retículo endoplasmático. 05. (FUVEST) Assinale a alternativa que, no quadroa seguir, indica os compartimentos celulares em que ocorrem a síntese de RNA e a síntese de proteínas, em animais e em bactérias. Animais Bactérias síntese de RNA síntese de proteínas síntese de RNA síntese de proteínas a) núcleo citoplasma núcleo citoplasma b) núcleo núcleo citoplasma citoplasma c) núcleo citoplasma citoplasma citoplasma d) citoplasma núcleo citoplasma núcleo e) citoplasma citoplasma citoplasma citoplasma 06. (UFU) Considere as características das células A, B e C, em termos de presença (+) ou ausência (-) de alguns de seus componentes, de acordo com a tabela a seguir. Componentes celulares Células A B C Parede celular - + + Envoltório nuclear + + - Nucléolo + + - Ribossomos + + + Complexo de Golgi + + - Mitocôndrias + + - Cloroplastos - + - Com base nestas características, assinale a alternativa cor- reta. a) A célula B é de um animal, a célula A é de uma planta e a célula C é de uma bactéria. b) As células A e C são heterotróficas e a célula B é auto- trófica. c) As células A e B realizam a fotossíntese e a célula C rea- liza a respiração. d) As células A e B são eucarióticas e a célula C é procari- ótica. 07. (UFPA) Embora a diversidade dos seres vivos seja extre- mamente grande, quase todos (exceto os vírus) são cons- tituídos por células. As células dos organismos vivos são muito parecidas, mas apresentam diferenças importantes, por exemplo, a célula vegetal diferencia-se da célula ani- mal por apresentar as seguintes estruturas celulares: a) Membrana celulósica e mitocôndrias. b) Membrana plasmática e centríolos. c) Membrana nuclear e mitocôndrias. d) Membrana celulósica e cloroplastos. e) Membrana nuclear e cloroplastos. 08. (UNESP) Há alguns meses, foi lançado no mercado um novo produto alimentício voltado para o consumidor ve- getariano: uma bebida sabor iogurte feita à base de leite de soja. À época, os comerciantes informavam tratar-se do primeiro iogurte totalmente isento de produtos de origem animal. Sobre esse produto, pode-se dizer que é isento de: a) Colesterol e carboidratos. b) Lactose e colesterol. c) Proteínas e colesterol. d) Proteínas e lactose. e) Lactose e carboidratos. Aula 14 Aula 14 Origem da Célula Eucariota A célula eucariota teria surgido a partir de uma célula pro- cariota cuja membrana plasmática, ao formar invaginações, teria originado o envoltório nuclear e o sistema de endomem- branas (Retículo endoplasmático, Complexo de golgi, outros). A B C D Bi ol og ia 30 4 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Teoria Autogênica 1 ‒ Segundo a hipótese autogênica, as células desenvol- vem sistemas endomembranares resultantes de inva- ginações da membrana plasmática. 2 ‒ Algumas dessas invaginações armaze- navam o DNA, formando um núcleo. 3 ‒ Outras membranas deram a origem a organelos semelhantes ao retículo endoplasmático. 4 ‒ No decurso da evolução, algumas porções do material genético abandonam o núcleo e evoluíram sozinhas no interior de estruturas membranares, dando origem a organelos, como as mitocôndrias e os cloroplastos. Teoria Endossimbiôntica Há provas convincentes de que as mitocôndrias e os clo- roplastos eram células procarióticas primitivas. A teoria en- dossimbiótica descreve como uma célula hospedeira grande e bactérias ingeridas poderiam facilmente tornar-se depen- dentes uns dos outros para sobreviver, resultando em uma re- lação permanente. Ao longo de milhões de anos de evolução, mitocôndrias e cloroplastos se tornaram mais especializados e hoje elas não podem viver fora da célula. Células animais e vegetais con- têm muitas organelas que servem como compartilhamentos para di- ferentes atividades celulares. Mitocôndrias e cloroplastos origi- nam-se de procariontes que vie- ram viver dentro de outras células. O Núcleo, Retículo endoplasmático, Complexo de Golgi, provavelmente se originaram a partir de dobras pro- fundas na membrana plasmática. Procarionte ancestral Bactéria que respira oxigênio Bactéria fotossintética Argumentos da Teoria Endossimbiôntica: 9 Mitocôndrias e Cloroplastos têm impressionantes seme- lhanças com as células bacterianas. 9 Elas têm seu próprio DNA, transcrevem o próprio RNA, apresentam ribossomos semelhantes ao dos procariontes e sintetizam suas próprias proteínas. 9 A dupla membrana é mais uma prova de que cada uma foi ingerida por um hospedeiro primitivo. 9 Elas podem se dividir independentemente das células que as contém. Os Cinco Grandes Reinos Re in os Níveis de organização celular Tipo de nutrição Exemplos M on er a Procariótico. Unicelulares. Parede celular na maioria. Autotrofi smo (fotossíntese e quimiossíntese). Heterotrofi smo (por absorção) Bactérias e Arqueas Pr ot is ta Eucariótico. Unicelulares e Multicelulares com diferenciação reduzida. Com ou seu parede celular. Autotrofi smo (fotossíntese). Heterotrofi smo (por absorção ou por ingestão). Algas e protozoários. Fu ng i Eucariótico. Multicelulari- dade presente em muitas formas. Parede celular, quando existe com quitina. Heterotrofi smo. Digestão extra-corpórea seguida de absorção. Leveduras Cogumelos Bolores Pl an ta e Eucariótico. Multicelulari- dade. Parede celular de na- tureza celulósica. Autotrofi smo (por fotossíntese) Pteridófi tas Gimnospermas Angiospermas A ni m al ia Eucariótico. Multicelulares. Sem parede celular. Heterotrofi smo Digestão intra-corpórea por ingestão. Esponjas Minhoca Bi ol og ia 30 5 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 01. (UFPE) Associe os seres vivos relacionados na coluna 1 com suas respectivas características na coluna 2: COLUNA I 1) Vegetal 2) Animal 3) Protista 4) Fungo 5) Bactéria COLUNA II ( ) pluricelular eucarionte e heterótrofo ( ) unicelular, procarionte, autótrofo por quimiossíntese e/ou fotossíntese ( ) pluricelular, eucarionte e autótrofo por fotossíntese ( ) unicelular ou pluricelular, eucarionte, heterótrofo, com nutrição por absorção ( ) unicelular ou pluricelular, eucarionte, autótrofo ou heterótrofo. A sequência correta é. a) 2, 5, 1, 4 e 3 c) 4, 3, 2, 1 e 5 e) 2, 3, 1, 4 e 5 b) 2, 3, 1, 5 e 4 d) 4, 5, 1, 2 e 3 02. (PUCCAMP) O alto grau de independência de alguns or- gânulos citoplasmáticos levou à elaboração da “hipótese endossimbiôntica”: esses orgânulos teriam se originado de procariontes de vida livre, possivelmente bactérias, que em algum momento associaram-se a uma célula de euca- rionte. Esses orgânulos são os a) Cílios e os flagelos. b) Cloroplastos e os lisossomos. c) Cloroplastos e as mitocôndrias. d) Lisossomos e as mitocôndrias. e) Centríolos, os cílios e os flagelos. 03. (UNIRIO) De acordo com o modelo de Lynn Margulis, as mi- tocôndrias das células modernas já foram microrganismos de vida independente há muitos milhões de anos. Qual a principal evidência para tal afi rmativa? a) O DNA das mitocôndrias assemelha-se ao DNA das bac- térias. b) As mitocôndrias isoladas são capazes de invadir células dos eucariontes. c) As mitocôndrias podem viver independentemente das células. d) As mitocôndrias têm o mesmo tipo de membrana que as bactérias. e) A morfologia das mitocôndrias é muito semelhante à das bactérias. 04. (FUVEST) A membrana celular é impermeável à sacarose. No entanto, culturas de lêvedos conseguem crescer em meio com água e sacarose. Isso é possível porque: a) A célula de lêvedo fagocita as moléculas de sacarosee as digere graças às enzimas dos lisossomos. b) A célula de lêvedo elimina enzimas digestivas para o meio e absorve o produto da digestão. c) As células de lêvedo cresceriam mesmo sem a presença desse carboidrato ou de seus derivados. d) As células de lêvedo têm enzimas que carregam a saca- rose para dentro da célula, onde ocorre a digestão. e) A sacarose se transforma em amido, por ação de enzi- mas dos lêvedos, e entre as célula, onde é utilizada. Bi ol og ia 30 6 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 05. (UFRS) O domínio ‘Archaea’ consiste principalmente de organismos procarióticos que vivem em ambientes extre- mos, como fontes termais, vulcões ou águas hipersalinas. Os ‘Archaea’ são encontrados também dentro do trato di- gestivo de alguns animais, onde produzem metano. Os or- ganismos metanogênicos são capazes de produzir energia segundo a seguinte reação: 4H2 + CO2 CH4 + 2H2O Em relação ao seu metabolismo energético, os ‘Archaea’ metanogênicos podem ser caracterizados como a) Heterótrofos por absorção e anaeróbios. b) Autótrofos e anaeróbios. c) Heterótrofos por ingestão e aeróbios. d) Autótrofos e aeróbios. e) Heterótrofos por absorção e aeróbios. Aula 15 Aula 15 Envoltórios Celulares Para Que as células se mantenham individualizadas ne- cessitam estar separadas do seu meio ambiente por envoltó- rios. Os envoltórios celulares cumprem duas funções básicas: 9 Isolar o conteúdo celular do meio externo; 9 Possibilitar trocas de substâncias com o meio extracelu- lar. 1. Parede Celular Está presente nas bactérias (peptídioglicanos), alguns protistas (celulose ou sílica), fungos (quitina e celulose) e plan- tas (celulose). Apresenta como funções básicas: reforço externo da membrana plasmática, sustentação e revestimento celular. a) Parede Celular Vegetal A parede celular vegetal é uma estrutura rígida e iner- te, porém, permeável. Apresenta perfurações, as pontuações, que possibilitam o surgimento de canais protéicos, os plas- modesmos, através dos quais há comunicação entre os cito- plasmas de duas células vegetais vizinhas. Nos animais esse intercâmbio é feito pelas junções comunicantes. Vacúolo parede celulres plasmodesmo citoplasma lamela mediana lamela mediana composta lamela mediana composta parede primária parede secundária parede secundária membrana plasmática IMPORTANTE! O espaço em que se encontra o Protoplasma (parte viva da célula: membrana plasmática, citoplas- mas e núcleo) é denominado Lúmen. A parede celular vegetal apresenta três camadas: a) Laméla Média: elaborada a partir da organela comple- xo de golgi, durante o final da divisão da célula vegetal (telófase). É constituída de pectátos de cálcio e pectá- tos de magnésio. A pectina (polissacarídeo) une uma célula à outra. b) Parede Primária: depositada sobre a lamela média, dos dois lados. Ela mantém a sua elasticidade permitindo que a célula possa crescer. É composta por hemicelulo- se, pectina e glicoproteínas. c) Parede Secundária: depositada sobre a parede primá- ria, sendo a camada mais espessa e rígida, aparecendo no estágio adulto da célula vegetal. É quimicamente constituída de celulose. lamela mediana parede primária parede secundária S3 S2 S1 CURIOSIDADE! Quando adulta a célula vegetal pode provocar alterações (goma e mucilagem) na parede celular se- cundária ou sofrer impregnações (súber, lignina,...) de diversas substâncias. 2. Membrana Plasmática Em todos os tipos de células encontramos a membrana plasmática, também denominada plasmalema ou membrana celular. Sua constituição química principal é Fosfolipoprotéica, sendo formada de fosfolipídios e proteínas. Ela é viva, elástica e mede cerca de 7,5nm (75Å) de espes- sura, sendo visível apenas ao microscópio eletrônico A membrana isola a célula do meio extracelular, delimi- tando o espaço intracelular, além de controlar as substâncias que entram e saem da célula, demonstrando uma permeabi- lidade seletiva. Permeabilidade elevada Permeabilidade moderada Permeabilidade baixa Permeabilidade muito baixa Etanol (C2H5OH) H2O Água H2CONH2 Uréia Glicose (C6H12O6) Na+, K+, Mg2+, Ca2+, Cl - Aminoácidos, ATP, Proteínas Polissacarídeos Moléculas Polares com carga elétrica lões Pequenas Moléculas polares sem carga Moléculas polares sem carga de elevadas dimensões CO2, N2, O2 Gases Bi ol og ia 30 7 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Função da Membrana A membrana possibilita à célula, manter a composição intracelular diversa em relação ao meio ambiente. Pode atuar, também, na mobilidade celular. É a permeabilidade seletiva da membrana que promove a manutenção da composição química da célula. Líquido extracelular Líquido intracelular Na+ .......... 142 mEq/L .......... 10 mEq/L K+ .......... 4 mEq/L .......... 140 mEq/L Ca++ .......... 2,4 mEq/L .......... 0.0001 mEq/L Mg++ .......... 1,2 mEq/L .......... 58 mEq/L Cl - .......... 103 mEq/L .......... 4 mEq/L HCO3 .......... 28 mEq/L .......... 10 mEq/L Fosfato .......... 4 mEq/L .......... 75 mEq/L SO4 - .......... 1 mEq/L .......... 2 mEq/L Glucosa .......... 90 mEq/L .......... 0 a 20 mEq/L Aminoácidos .......... 30 mEq/L .......... 200 mg/dL ? Coleterol Fosfolipídeos .......... 0,5 mEq/L .......... 2 a 95 g/dL Grasas neutras PO2 .......... 35 mm Hg .......... 20 mm Hg ? PCO2 .......... 46 mm Hg .......... 50 mm Hg ? pH .......... 7,4 .......... 7,0 Proteínas .......... 2 g/dL .......... 16 g/dL (5 mEq/L) 40 mEq/L) Esta atuação da membrana garante a identidade celular, mantendo uma composição intracelular própria, diferenciada do meio extracelular. Estrutura da Membrana Como não se pode enxergar a membrana plasmática, os pesquisadores estabeleceram modelos para explicar a sua es- trutura. O modelo mais aceito atualmente é o do mosaico Fluido, proposto por S. J. Singer e G. Nicholson em 1972. Esse modelo propõe que as moléculas de proteínas fi cam imersas em uma dupla camada de fosfolipídios. As moléculas de proteínas não são fi xas, podendo se movimentar livremente de um lado para outro. Proteína Extrínseca Glicolipídio Glicoproteína Proteína Intrínseca Meio intracelular Bi ca m ad a Fo sf ol ip íd ic a M ei o ex tr ac el ul ar Funções das Proteínas de Membrana Aos lipídios cabe a função de manter a estrutura da mem- brana. As proteínas são responsáveis pelas funções de catali- sar certas reações, atuando como enzimas, e também como “receptores de membrana”, fazendo o reconhecimento de substâncias vindas de dentro ou fora da célula. As proteínas possuem outra função importante: atuam como agentes transportadores de substâncias para dentro e fora da célula. Exemplo de receptor de membrana Glicose Insulina Receptores de insulina Captação de Glicose Transportador de Glicose 3. Glicocálix ou Glicocálice É formado por glicoproteínas, esfi ngolipídios, gli- colipídios e proteoglicanas (mucopolissacarídeos) que se entrelaçam, formando uma rede, que reveste a célula. Ainda existem muitas dúvidas sobre as funções exerci- das pelo glicocálix. É encontrado nas células de animais e alguns protozoários, mas não é encontrada em célula vegetal. Bi ol og ia 30 8 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Glicocálice Tra 1-60 (KSPG) NG2 e 473HD (CSPG) SSEA-3 SSEA-4 Lewis X CD34 PSA-NCAM É possível observar algumas funções no Glicocálice: 9 Inibição do crescimento da célula por contato. 9 Adesão de toxinas, vírus e bactérias. 9 Adesão e reconhecimento celular (Lectinas). 9 Complexo Principal de Histocompatibilidade (rejeição em transplantes).9 Determinação dos grupos sanguíneos (A, B, AB e O). Aula 16 Aula 16 Especializações da Membrana São adaptações específi cas da membrana, a fi m de faci- litar a atividade celular. As especializações mais importantes da membrana são as microvilosidades, mesossomos, cílios, fl agelos, interdigitação e complexo juncional. 1. Complexo Juncional Ocorrem em tecidos epiteliais de revestimento e tem como função aumentar a adesão entre as células ou a adesão das células à lâmina basal. Desmossomo. Ex.: Intestino delgado 2. Interdigitações São dobras das membranas de duas células vizinhas que se encaixam, aumentando a adesão entre elas. Também são encontradas em tecidos epiteliais de revestimento. 3. Microvilosidades São evaginações da membrana, também chamados de microvilos, que possibilitam a célula aumentar a superfície de contato, ampliando a sua capacidade de Absorção. Como exemplo se pode citar as células do epitélio intestinal, que apresentam microvilosidades para aumentar a capacidade de absorver os nutrientes conseguidos na digestão. 4. Mesossomo É uma invaginação destinada à obtenção de energia nos seres procariontes (respiração celular). Provavelmente, o mesossomo também tenha algum papel na divisão da célula bacteriana. Fímbrias CápsulaMesossomoRibossomos Citoplasma Flagelo Nucleóide Plasmídeos DNA associado ao mesossomo Parede celular Membrana plasmática Bi ol og ia 30 9 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 5. Cílios e Flagelos São estruturas móveis, encontradas em células de diver- sos seres vivos. Em bactérias, protozoários, euglenófi tas, pirró- fi tas e em gametas masculinos de plantas e animais (antero- zóides e espermatozóides) eles atuam na motricidade celular. Em tecidos animais, como no epitélio ciliado das tubas uterinas e no epitélio ciliado da traquéia, eles formam um fl uxo de líquido. Em células bacterianas essas estruturas podem ser apenas expansões citoplasmáticas. Já nos protozoários e organismos multicelulares, fl agelos e cílios são mais complexos e ligados ao centríolo (microtúbulos). Os cílios são curtos e numerosos, enquanto os fl agelos são longos e pouco numerosos. Cílios Flagelo Paramecium Euglena 01. As células animais e vegetais podem apresentar, na sua superfície, envoltórios e especializações responsáveis por diversas funções celulares. Faça a associação entre as ca- racterísticas e as estruturas apresentadas abaixo: (1) Participa do reconhecimento e da adesão celular, sendo encontrada na face externa da membrana celular. (2) Promove adesão entre as células, sendo importante para os tecidos submetidos à tração. (3) Permite a passagem de substâncias entre as células. ( ) Desmossomo. ( ) Junção comunicante. ( ) Glicocálice. ( ) Plasmodesmo. Agora, assinale a alternativa que apresenta a associação CORRETA: a) 1, 3, 2, 3. d) 3, 1, 1, 2. b) 2, 3, 1, 3. e) 3, 1, 2, 2. c) 2, 2, 3, 1. 02. Os dois exemplos abaixo referem-se a anomalias orgânicas que ocorrem em seres humanos e que estão relacionadas à constituição das membranas citoplasmáticas. Exemplo I: “Os indivíduos com diabetes tipo II possuem, nas membranas citoplasmáticas de suas células, poucos receptores para o hormônio insulina, o que acarreta um acúmulo de glicose no sangue”. Exemplo II: “A fi brose cística é uma doença caracteriza- da pela secreção de muco muito viscoso e de difícil fl uxo pelos ductos glandulares. Esse problema é desencadeado pela alteração molecular que inativa os elementos bom- beadores do cloro através das membranas citoplasmáti- cas das células”. Nos exemplos I e II, os constituintes das membranas desta- cados em negrito correspondem a: a) Carboidratos, no exemplo I, e a proteínas, no exemplo II. b) Proteínas, no exemplo I, e a lipídios, no exemplo II. c) Proteínas, no exemplo I, e a carboidratos, no exemplo II. d) Proteínas, nos dois exemplos. e) Carboidratos, nos dois exemplos. 03. Na fi gura abaixo, as estruturas indica- das pelas setas são especializações da membrana plasmática que desempe- nham a função de: a) Adesão entre células. b) Comunicação celular. c) Absorção de nutrientes. d) Movimentação celular. 04. Muitas membranas celulares contêm apreciável quanti- dade de ésteres de ácidos graxos insaturados, derivados do ácido fosfórico e proteínas. Essas substâncias têm na membrana, uma distribuição defi nida, isto é, cadeias hi- drofóbicas se estendem para dentro de uma bicamada e os grupos hidrofílicos são orientados para fora em contato com a água. Devem fazer parte da “cabeça” e da “cauda”, respectiva- mente: a) Grupos polares e grupos fosfóricos. b) Longas cadeias carbônicas e grupos polares. c) Grupos polares e longas cadeias carbônicas. d) Longas cadeias carbônicas e grupos apolares. e) Grupos apolares e grupos polares. 05. Responder à questão com base na ilustração adiante, que representa esquematicamente a estrutura das membranas celulares. Das moléculas relacionadas a seguir, a única que NÃO é en- contrada na estrutura que compõe a membrana celular é: a) Proteína. d) Ácido graxo. b) Fosfolipídio. e) Ácido nucléico. c) Glicoproteína. 06. A respeito da membrana plasmática, pode-se afi rmar que: I. É de constituição lipoprotéica. II. É de constituição glicoprotéica. III. Dá forma e consistência à célula. IV. Não é visualizada ao microscópio óptico. V. Tem cerca de 75 ângstrons de espessura. VI. É impermeável à água e aos íons minerais. Assinale a opção que só contenha afirmativa(s) correta(s): a) II, III, IV e VI. d) II, III, IV e V. b) I, II, III e IV. e) I, III, V e VI. c) I, III, IV e V. Bi ol og ia 31 0 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 07. Todas as células possuem uma membrana plasmática ou plasmalema que separa o conteúdo protoplasmático ou meio intracelular do meio ambiente. A existência e integri- dade da membrana é importante, porque: a) Regula as trocas entre a célula e o meio, só permitindo a passagem de moléculas de fora para dentro da célula e impedindo a passagem em sentido inverso. b) Possibilita à célula manter a composição intracelular di- versa da do meio ambiente. c) Impede a penetração de substâncias existentes em ex- cesso no meio ambiente. d) Exige sempre consumo energético para a captação de alimentos do meio externo. 08. A membrana plasmática, apesar de invisível ao microscó- pio óptico, está presente: a) Em todas as células, seja ela procariótica ou eucariótica. b) Apenas nas células animais. c) Apenas nas células vegetais. d) Apenas nas células dos eucariontes. e) Apenas nas células dos procariontes. 09. O reforço externo da membrana celular nos vegetais é: a) Rígido, celulósico e colado à membrana plasmática. b) Elástico, celulósico e colado à membrana plasmática. c) Rígido, celulósico e capaz de se descolar da membrana plasmática. d) Elástico, celulósico e capaz de se destacar da membrana plasmática. e) Rígido e de natureza exclusivamente proteica. 10. Na maioria das células vegetais, encontram-se pontes ci- toplasmáticas que estabelecem continuidade entre células adjacentes. Estas pontes são denominadas: a) Microtúbulos. d) Microvilosidades. b) Polissomos. e) Plasmodesmos. c) Desmossomos. 11. As células animais apresentam um revestimento externo específi co, que facilita sua aderência, assim como reações a partículas estranhas, como, por exemplo, as células de um órgão transplantado. Esse revestimento é denomina- do: a) Membrana celulósica. d) Interdigitações. b) Glicocálix. e) Desmossomos. c) Microvilosidades. 12. Sabe-se que células epiteliais acham-se fortemente unidas, sendo necessária uma força considerável para separá-las. Isto se deve à ação: a) Do ATP, que se prende às membranas plasmáticas das célulasvizinhas. b) Da substância intercelular. c) Dos desmossomos. d) Dos centríolos. e) Da parede celular celulósica. Aula 17 Aula 17 Transportes Através da Membrana Para garantir a identidade química da célula, a membrana tem que permitir a movimentação de substâncias através dela. Esse transporte pode envolver consumo de energia ou não, podendo ser basicamente de três tipos: o transporte passivo, o trans porte ativo e o transporte em bloco ou massa. Transporte Passivo Fala-se em transporte passivo quando não há gasto de energia por parte da célula, já que o deslocamento das subs- tâncias ou íons ocorre a favor de um gradiente químico (con- centração). Pode ser de dois tipos: difusão simples e difusão facili- tada. 1. Difusão Simples A difusão ocorre porque todas as partículas (átomos, moléculas, íons,...) estão em constante movimento e, por isso, tendem a se espalhar (difundir). Para que haja difusão célula-meio, em primeiro lugar a membrana deve ser permeável à substância e, em segundo lugar, deve ocorrer diferença de concentração entre o meio intracelular e o extracelular. Cuidado, não existe isoladamente uma célula hipertôni- ca (muito concentrada) ou hipotônica (pouco concentrada), na verdade o que existe é diferença de concentração entre dois referenciais. Essa movimentação só cessa, quando as concentrações se tornarem iguais (isotônicas). Na célula ocorre a difusão de O2, CO2 e pequenas molé- culas solúveis em lipídios, através da membrana plasmática. Essas moléculas passam pela membrana plasmática atraves- sando as camadas de lipídios, ou através das proteínas de transporte, que apresentam um canal aquoso que facilita a passagem de moléculas solúveis em água. Bi ol og ia 31 1 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS a) Diálise É a difusão do soluto em que se desloca da solução mais concentrada (hipertônica) para a menos concen- trada (hipotônica). b) Osmose É a difusão do solvente que se desloca da solução menos concentrada (hipotônica) para a solução mais concentrada (hi- pertônica). Por ser uma difusão, o processo cessa quando as concen- trações se tornam iguais. Para ocorrer à osmose deve haver um gradiente de concentração entre os meios e uma barreira seletiva que impeça ou difi culte a passagem de solutos, e ao mesmo tempo, permita a passagem do solvente. 2. Difusão Facilitada Certas substâncias entram na célula a favor do gradiente de concentração e sem gasto energético, mas com uma ve- locidade maior do que a permitida pela difusão simples. Isto ocorre, por exemplo, com a glicose, com alguns aminoácidos e certas vitaminas. A velocidade da difusão facilitada não é proporcional à concentração da substância. Aumentando-se a concentração, atinge-se um ponto de saturação, a partir do qual a entrada obedece à difusão simples. Isto sugere a existência de molé- culas transportadoras chamadas permeases. As permeases são enzimas transportadoras que participam do processo de difusão transmembranosa a favor do gradiente, facilitando a passagem de certas substâncias que, por difusão simples, de- morariam muito tempo para atravessar a membrana. Na difu- são facilitada não ocorre gasto de energia. Aula 18 Aula 18 Transporte Ativo No transporte ativo, a célula absorve ou elimina substân- cias contra seu gradiente de concentração e, por isso, gasta energia (ATP). Os íons Na+ e K+ atravessam como outras substâncias, a membrana por difusão e a tendência natural seria de igualda- de entre o meio extracelular e intracelular. A situação de dife- renças de concentração é mantida por transporte ativo que recebe o nome de bomba de sódio e potássio. A manutenção de uma maior concentração de K+ den- tro da célula é importante, pois o K+ é utilizado na síntese de proteínas e no processo da respiração celular. A alta concen- tração de K+ dentro da célula causaria desequilíbrio osmótico, pois tomaria a célula hipertônica. O bombeamento de Na+ para fora da célula serve então, para reequili brar a concen- tração da célula. A bomba de sódio e potássio também está relacionada à condução do impulso nervoso pelos neurônios. Bi ol og ia 31 2 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Tranporte em Bloco É o transporte de macromoléculas através da membrana. Quando o transporte é de entrada, denomina-se endocitose e quando é de saída, exocitose. 1. Endocitoses Endocitoses são processos que permitem à célula, a in- gestão de grandes partículas que não atravessariam a célula por difusão. Há dois tipos de endocitoses: a) Fagocitose Através da fagocitose, a célula pode ingerir grandes par- tículas sólidas. É utilizado por microorganismos unicelulares, como alguns protozoários, para obter seu alimento e por células de defesa, como os glóbulos brancos dos mamíferos, que capturam microorganismos causadores de doenças que invadem o corpo. b) Pinocitose A pinocitose permite a célula, ingerir grandes partículas líquidas, como gotículas que contenham moléculas orgânicas, que sirvam de alimento para ela. 2. Exocitoses A exocitose permite que as células eliminem grandes partículas, que não possam atravessar a membrana plasmá- tica por permeabilidade. Esse processo ocorre em células das glândulas, que tem que eliminar suas secreções e na clasmo- citose, que é a eliminação de resíduos resultantes de digestão intracelular. Aula 19 Aula 19 01. Analise o experimento representado abaixo. Com base nessa análise, é CORRETO afirmar que: a) a solução I é hipotônica em relação à solução II, que é hipertônica. b) A passagem de água de I para II caracterizará a osmose. c) A difusão e a osmose são processos ativos. d) Ocorrerá difusão com passagem do sal de I para II. 02. A representação a seguir indica as concentrações intra e extracelular de sódio e potássio relativas a uma célula ani- mal típica. Observou-se, em uma experiência, que as concentrações de sódio nos dois compartimentos se tornaram aproxima- damente iguais, o mesmo acontecendo com as concentra- ções de potássio. Neste caso, poderia ter ocorrido: a) Uma inibição do processo de difusão facilitada. b) A utilização de um inibidor específico da bomba de cálcio. c) Um estímulo ao processo de osmose. d) A utilização de ativador específico da bomba de sódio e potássio. e) A utilização de um inibidor da cadeia respiratória. Bi ol og ia 31 3 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 03. Quando ganhamos fl ores, se quisermos que elas durem mais tempo, devemos mergulhá-las dentro d’água e cor- tarmos, em seguida, a ponta da sua haste. Este procedi- mento é feito com o objetivo de garantir a continuidade da condução da seiva bruta. Tal fenômeno ocorre graças à diferença de osmolaridade entre a planta e o meio onde ela está, que são respectivamente: a) Hipotônica e isotônico. b) Isotônica e hipotônico. c) Hipertônica e isotônico. d) Hipotônica e isotônico. e) Hipertônica e hipotônico. 04. Um peixe tipicamente marinho é introduzido em um tan- que contendo água doce. Analisando o balanço osmótico, podemos dizer que: a) O corpo do peixe perde água para o meio externo. b) A perda de água do corpo do peixe para o meio externo é impedida pela presença de escamas e muco. c) A água do meio externo, menos concentrada, penetra no corpo do peixe que é mais concentrado. d) A água do meio externo, mais concentrada, penetra no corpo do peixe que é menos concentrado. e) O corpo do peixe entra automaticamente em equilíbrio com a água circundante, evitando a entrada ou a saída de água. 05. (FESO-JULHO) A penetração da substância X numa célula, em função da concentração desta substância no meio externo, está indi- cada no gráfi co acima, no qual as curvas I e II representam, respectivamente, um processo de:a) Osmose e difusão. b) Difusão e osmose. c) Difusão e transporte facilitado. d) Transporte facilitado e difusão. e) Transporte facilitado e transporte ativo. 06. Batatas, antes de serem fritas, são imersas em água com sal durante alguns minutos e depois escorridas em papel ab- sorvente. Além de realçar o sabor, qual o efeito biológico acarretado por essa providência? a) As batatas amolecem tornando-se mais fáceis de mas- tigar. b) A água com sal hidrata o alimento tornando-o mais vo- lumoso. c) A água lava o alimento e elimina as bactérias alojadas nas células. d) As batatas perdem água, fritam melhor e tornam-se mais crocantes. e) A água acelera os processos mitóticos, aumentando a massa das batatas. 07. Células vegetais plasmolisaram-se ao entrar em contato com uma determinada solução. Sobre tal fenômeno pode- se dizer que: a) Na plasmólise o soluto move-se do meio hipotônico para o hipertônico. b) Células túrgidas plasmolisam-se quando entram em contato com uma solução hipotônica. c) A solução era hipertônica em relação à concentração do suco celular. d) Plasmólise é a perda de água pela célula para uma solu- ção hipotônica. e) Para ocorrer a deplasmólise é necessário submeter as células a uma solução hipertônica. 08. É prática comum temperarmos a salada com sal, pimenta- do-reino, vinagre e azeite. Porém, depois de algum tempo, observamos que as folhas vão murchando. Isto se explica porque: a) O meio é mais concentrado que as células. b) O meio é menos concentrado que as células. c) O meio apresenta concentração igual à das células do vegetal. d) As células do vegetal ficam túrgidas quando colocadas em meio hipertônico. e) Por uma razão diferente das citadas acima. 09. O esquema abaixo representa a concentração de íons den- tro e fora dos glóbulos vermelhos. A entrada de K+ e a saída de Na+ dos glóbulos vermelhos pode ocorrer por: a) Transporte passivo. d) Difusão. b) Plasmólise. e) Transporte ativo. c) Osmose. 10. As substâncias entram e saem das células, atravessando suas membranas plasmáticas, por transporte ativo ou pas- sivo. Considere as afi rmações abaixo sobre características des- ses dois tipos de transporte. 1) A diferença de concentração entre os lados da membra- na determina o sentido do transporte. 2) A substância passa da região em que se apresenta em maior concentração para a de menor concentração. 3) A substância que atravessa a membrana o faz contra a tendência do fluxo. 4) A energia necessária para esse tipo de transporte pro- vém da hidrólise do ATP. A alternativa que contém a associação correta entre cada tipo de transporte e suas características é: Transporte Passivo Ativo a) 1 e 2 3 e 4 b) 1 e 3 2 e 4 c) 2 e 3 1 e 4 d) 2 e 4 1 e 3 e) 3 e 4 1 e 2 Bi ol og ia 31 4 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 11. Observe o esquema a seguir. O processo representado chama-se: a) Clasmocitose. b) Fagocitose. c) Pinocitose. d) Osmose. e) Difusão. 12. (UEPA) Existem pessoas que têm o hábito de jogar sal so- bre as lesmas. Elas derretem e morrem por desidratação. Entretanto, essa atitude não deve ocorrer, pois além do sofrimento causado ao animal provoca-se ainda desequi- líbrio no ecossistema. A morte do animal a que o texto se refere ocorre porque: I. Há a formação de uma solução salina na superfície da pele do animal. II. A solução que se forma na superfície do corpo do ani- mal é mais concentrada que a solução dos fluidos cor- póreos da lesma. III. A desidratação do animal se dá pela passagem de líqui- do do meio menos concentrado para o mais concentra- do. De acordo com as afirmativas acima, a alternativa correta é: a) I. b) I e II. c) I e III. d) II e III. e) I, II e III. 13. (UFF) Os venenos de serpentes são ricos em proteínas e peptídeos ativos, responsáveis por sua morbidade e leta- lidade. Para o estudo dos efeitos desses venenos, um dos testes utilizados é a hemaglutinação que envolve a lava- gem e a manutenção das hemácias, em solução isotônica, até a realização dos testes com os venenos. As fi guras a seguir mostram o que ocorre com hemácias quando submetidas a soluções de diferentes concentra- ções: Sabe-se que a solução A é isotônica em relação à hemácia e contém 0,9% de cloreto de sódio (NaCl) em água. Após a análise das fi guras, pode-se afi rmar que o percentual de cloreto de sódio a) Na solução B é maior do que 0,9%, pois nela a hemácia sofreu crenação. b) Na solução B é menor do que 0,9%, pois nela a hemácia sofreu crenação. c) Na solução C é menor do que 0,9%, pois nela a hemácia sofreu hemólise. d) Na solução B é maior do que 0,9%, pois nela a hemácia sofreu hemólise. e) Na solução C é maior do que 0,9%, pois nela a hemácia sofreu crenação. Aula 20 Aula 20 Citoplasma O citoplasma compreende toda a região entre a membra- na plasmática e a membrana nuclear (carioteca). Pode ser subdividido em hialoplasma e citoplasma fi gu- rado. Hialoplasma O hialoplasma, também chamado de citoplasma funda- mental ou citosol, é um líquido constituído por água e várias mo léculas dissolvidas, tais como proteínas, aminoácidos, sais minerais, dentre outros. Fisico-quimicamente o citosol é de natureza coloidal, , ou seja, de consistência gelatinosa. As partículas de soluto cha- madas micelas, num colóide, apresentam dimensões varian- do entre 0,1 e 0,001 micrômetros de diâmetro. 1. Citoesqueleto É formado por vários tipos de fi bras de proteínas que cru- zam a célula em diversas direções, dando-lhe consistência e fi rmeza. Entre as fi bras protéicas componentes do citoesqueleto podem ser citados os microfi lamentos, fi lamentos interediá- rios e microtúbulos. Bi ol og ia 31 5 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 1.1. Microfilamentos de Actina São os mais abundantes, constituídos da proteína con- tráctil actina e encontrados em todas as células eucarióticas. São extremamente fi nos e fl exíveis, chegando a ter 5 a 7 nm (nanômetros) de diâmetro, cruzando a célula em diferentes di- reções , embora concentram-se em maior número na periferia, logo abaixo da membrana plasmática. Muitos movimentos executados por células de animais e de vegetais são possí- veis graças aos microfi lamentos de actina. Por exemplo, podemos citar: a) Fagocitose e Microvilosidades b) Contração Muscular c) Ciclose Uma corrente movimenta os organóides e distribui nu- trientes por toda célula. Em algumas células vegetais e em algas uni celulares, a ciclose é tão intensa que pode ser ob- servada ao microscópio óptico. Sua velocidade aumenta com elevação da temperatura e diminui em temperaturas baixas, assim como na falta de oxigênio. d) Movimento Amebóide Por ser uma solução coloidal, o hialoplasma pode ser divi dido em duas partes: 9 Ectoplasma: porção mais próxima da membrana, mais densa e que se encontra no estado do gel (plasmagel). 9 Endoplasma: localizada mais internamente, é mais fl uida e se encontra no estado de sol (plasmasol). A alternância entre os estados de gel e sol em determina- dos locais da célula permite a formação de pseudópodes e a loco moção através de movimento amebóide (amebas e gló- bulos brancos). e) Citocinese: anel contrátil 1.2.Filamentos Intermediários Os fi lamentos intermediários são assim chamados por te- rem um diâmetro intermediário, cerca de 10 nm, em relação aos outros dois tipos de fi lamentos protéicos. Nas células que revestem a camada mais externa da pele existe grande quantidade de um tipo de fi lamento interme- diário chamado queratina. Um dos papéis desse fi lamento é impedir que as células desse tecido se separem ou rompam ao serem submetidas, por exemplo, a umestiramento. A associação entre fi lamentos intermediários e demos- somos contribui para a arquitetura e estabilidade estrutural das células e tecidos. Distendo uma camada de células com fi lamentos intermediários 1.3. Microtúbulos Os microtúbulos, por sua vez, são fi lamentos mais gros- sos, de cerca de 20 a 25 nm de diâmetro, que funcionam como verdadeiros andaimes de todas as células eucarióticas. São como o nome diz, tubulares, rígidos e constituídos por mo- léculas de proteínas conhecidas como tubulinas, dispostas helicoidalmente, formando um cilindro. Os microtúbulos participam da constituição de várias es- truturas: 9 Centrossomo e Centríolos. 9 Cílios, Flagelo e Corpúsculo basal. 9 Fuso mitótico e meiótico. Bi ol og ia 31 6 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Os microtúbulos apresentam polaridade positiva (+) e negativa(-). Na interfase as extremidades positivas apontam para membrana plasmática e as estremidades negativas parte de uma região que as estabilizam, Os centros organizadores de microtúbulos (MTOC), representados pelos centrossomos. Proteínas Motoras Outro papel atribuído aos microtúbulos é o de servir como verdadeiras “esteiras” rolantes que permitem o desloca- mento de substâncias, de vesículas e de organóides como as mitocôndrias e cloroplastos pelo interior da célula. Isso é possível a partir da associação de proteínas mo- toras com os microtúbulos. As proteínas motoras se dividem em: a) Cinesínas: possibilitam o movimento em direção a extre- midade positiva (+). b) Dineínas: possibilitam o movimento em direção a extremi- dade negativa (-). Essas proteínas motoras ligam-se de um lado, aos mi- crotúbulos e, do outro, à substância ou organóide que será transportado, promovendo o seu deslocamento. Não formam fi lamentos, apenas interagem quimicamente com os microtú- bulos, gastando ATP. Exemplos dos transportes da Cinesína e Dineína Nas células pigmentosas, chamadas melanóforos, en- contrada na pele de anfíbios e nas escamas dos peixes, os mi- crotúbulos transportam os grânulos de pigmento ao longo de toda a célula, ajustando a cor do animal. Peixe escuro Migração centrípeta rápida e contínua (cinesina) Migração centrífuga lenta e descontínua (dineína) Peixe claro IMPORTANTE! As miosinas formam pequenos fi lamentos mas também dependem de outros para trabalhar, no caso os fi lamentos de actina. A miosina utiliza, assim como as dineínas e as cinesinas, esse outro fi lamento como um trem utiliza os trilhos para se mover, interagindo com eles. 01. (UFRGS) O quadro a seguir refere-se aos tipos de citoes- queletos, à sua composição e às suas funções. TIPOS COMPOSIÇÃO FUNÇÕES microtúbulos 2 preenchimento de cílios microfi lamentos actina 3 1 proteínas fi brosas reforço de mem- brana Assinale a sequência de termos que correspondem, res- pectivamente, aos números 1, 2 e 3 do quadro, completan- do-o. a) Filamentos intermediários - troponina - formação de centríolos b) Filamentos intermediários - tubulina - preenchimentos de microvilosidades c) Tonofilamentos - miosina - formação do fuso mitótico d) Citoqueratinas - miosina - preenchimentos de flagelos e) Citoqueratinas - tubulina - formação de centríolos 02. (UFC) O citoplasma de células eucarióticas apresenta um conjunto de fi bras fi nas e longas, de constituição protéi- ca, chamado de “citoesqueleto”. Assinale a alternativa que apresenta uma função dessa estrutura na célula. a) Manter a forma e a sustentação de bactérias. b) Participar da descondensação dos cromossomos. c) Permitir a digestão de vários compostos nas células. d) Possibilitar a oxidação de substâncias orgânicas no in- terior da célula. e) Permitir a adesão da célula a células vizinhas e a superfí- cies extracelulares. Bi ol og ia 31 7 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 03. (PUCMG) Observe o esquema, que mostra o transporte in- tracelular em um melanóforo, cujos grânulos de melanina se deslocam em direção centrípeta por estímulo nervoso, ou centrífuga, quando esse estímulo cessa. Dessa forma, os peixes mostrados podem se adaptar à cor do ambiente, defendendo-se de seus predadores. Peixe escuro Migração centrípeta rápida e contínua (cinesina) Migração centrífuga lenta e descontínua (dineína) Peixe claro O componente celular envolvido diretamente nesse pro- cesso é: a) O núcleo. b) A membrana plasmática. c) O citoesqueleto. d) As mitocôndrias. 04. (UFPEL) O citoesqueleto é formado por um conjunto de fi lamentos (actina, fi lamentos intermediários e microtúbu- los) presentes no citoplasma das células. Ele é responsável por várias funções celulares e por isso é uma estrutura altamente dinâmica que se modifi ca confor- me a necessidade das células. De acordo com o texto e seus conhecimentos, é INCORRE- TO afi rmar que: a) O fuso mitótico é constituído por citoesqueleto e, duran- te a mitose, ele se liga aos centrômeros dos cromosso- mos metafásicos. b) O citoesqueleto participa da contração e distensão das células musculares, da ciclose e do movimento ameboi- de das células. c) O citoesqueleto está envolvido na determinação da for- ma da célula e sua sustentação, assim como na organi- zação interna das organelas. d) O citoesqueleto está presente nos cílios e flagelos, am- bos com função de movimento, porém os cílios são pas- sivos e não gastam energia enquanto que o flagelo é ativo. e) Os centríolos não apresentam na sua constituição o cito- esqueleto, apesar de estarem envolvidos no movimen- to dos cromossomos durante a divisão celular. 05. (UFPB) Em uma aula de Biologia, os estudantes puderam observar, ao microscópio, emissão de pseudópodos em amebas e movimento de ciclose em células de folhas de Elodea. As estruturas celulares diretamente envolvidas nos movimentos celulares observados são os a) Microtúbulos. d) Cílios. b) Microfilamentos. e) Flagelos. c) Filamentos intermediários. Aula 21 Aula 21 Citoplasma Figurado Compreende as organelas imersas no hialoplasma. Tais organelas são estru turas que compõem a maquinaria meta- bólica da célula. Organelas Não-membranosas 1. Centríolos - Ocorrência: São encontrados em células de protistas, animais e plan- tas criptógamas (briófi tas e pteridófi tas). Não são encontrados em fungos complexos, plantas espermatófi tas (gimnospermas e angiospermas) e nematóides (minhoca). - Localização: Em célula animais, normalmente, há um par de centríolos (diplossomos) perpendiculares entre si e próximos do núcleo. - Estrutura: Centrossomos Centríolos Microtúbulos Cada centríolo é um cilindro constituído por nove conjuntos de três microtúbulos periféricos. - Origem: Os centríolos são formados de centríolos pré-existentes (possuem autoduplicação inde- pendente). - Função: Forma os cílios e fl agelos (corpo basal) e orientam a for- mação do Fuso acromático durante a divisão celular. Cílios e Flagelos Os cílios e fl agelos são estruturalmente idênticos. Apre- sentam três partes: haste, corpo basal e raiz. a) Haste Consiste em um prolongamento da membrana plasmáti- ca que envolve um eixo de sustentação, o axonema. O axone- ma é um conjunto de nove pares de microtúbulos periféricos de tubulina, que se diferencia do centríolo pela presença de um par de microtúbulos centrais (estrutura 9 + 2). b) Corpo Basal Situa-se na base do cílio ou fl agelo, no interior do cito- plasma. Em cada corpúsculo basal há um conjunto de nove trios de microtúbulos, formando uma estrutura semelhante a dos centríolos. c) Raiz Conjunto de microfi lamentos de actina que fi xam o cor- po basal no hialoplasma. Bi ol og ia 31 8 CIÊNCIAS DA NATUREZAE SUAS TECNOLOGIAS 2. Ribossomos - Ocorrência: É a única organela presente em procariontes, isto é, única organela comum em procariontes e eucariontes. Todavia, em ambos, difere quanto a sua composição química. - Localização: 9 Livre no Citosol - formando conjuntos de 4 a 40 unidades, ligados por um fi ta de RNAm (mensageiro), constituído os polissomos ou polirribossomos livres; 9 Associados ao retículo endoplasmático rugoso e na membrana nuclear externa. 9 No interior de cloroplastos e mitocôndrias. - Estrutura: Nas células procariontes, mitocôndrias e cloroplastos, os ribossomos são do tipo “70S” (S=coefi ciente de sedimenta- ção), e no hialoplasma das células eucariontes, do tipo “80S”. São formados por moléculas de ribonucleoproteínas, ou seja, RNAr (ácido ribonucléico ribossômico - cerca de 60% da massa do ribossomo) associado à proteínas. - Origem: Os ribossomos são originados a partir do nucléolo. O nu- cléolo tem por função a organização dos ribossomos. - Função: Os ribossomos são responsáveis pela síntese protéica. Na maioria das vezes quando a proteína é produzida nos po- lissomos, ela normal mente permanece dentro da célula (pro- teína estacionária) para uso interno. 01. (UFPB) Alguns antibióticos, como estreptomicina e tetra- ciclina, são largamente utilizados para combater infecções causadas por bactérias em seres humanos. Esses antibióti- cos agem inibindo, apenas nas bactérias, o funcionamento da estrutura celular responsável pela síntese de proteínas. A ação seletiva desses antibióticos deve-se a algumas dife- renças moleculares existentes entre as estruturas celulares responsáveis pela síntese de proteínas nesses dois organis- mos. Essas estruturas correspondem ao(s) a) Ribossomos, nas bactérias, e ao reticulo endoplasmático nas células humanas. b) Ribossomos, tanto nas bactérias como nas células hu- manas. c) Retículo endoplasmático granular, tanto nas células hu- manas como nas bactérias. d) Mesossomos, nas bactérias, e aos ribossomos nas célu- las humanas. e) Mesossomos, nas bactérias, e ao retículo endoplasmáti- co nas células humanas 02. (MACKENZIE) Assinale a alternativa correta a respeito da or- ganela representada no desenho acima. a) Representa o comple- xo de Golgi. b) Está presente tanto em células procariotas quanto em células eucariotas. c) Apresenta um sistema de membranas duplas e possui DNA e RNA próprios. d) É responsável pelo armazenamento e secreção de subs- tâncias. e) Está diretamente envolvida na síntese protéica. 03. (CFTCE) Dentre as opções a seguir, marque aquela que NÃO representa uma característica essencial da vida. a) A vida é baseada em soluções aquosas b) As reações bioquímicas ocorrem dentro das células c) Nem todas as células possuem ribossomos, e isto não impede a síntese protéica d) Todos os lipídeos são formados a partir de um grupo limitado de ácidos graxos e) O fluxo de energia, no mundo vivo, é acompanhado pela formação e pela hidrólise de ligações de fosfatos, nor- malmente as do ATP 04. As fi guras A e B representam duas células. Pode-se dizer que a célula A a) É de um animal e que a célula B é de um vegetal. b) É de um vegetal e que a célula B é de um animal. c) É de um fungo e que a célula B é de um animal. d) É obrigatoriamente um parasita da célula B. e) Pode sintetizar suas próprias proteínas, assim com a cé- lula B. Bi ol og ia 31 9 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Aula 22 Aula 22 Organelas Membranosas 1. Retículo Endoplasmático - Estrutura: É uma rede de pequenos canais que distribui substâncias dentro da célula, estendendo-se desde a carioteca até a mem- brana plasmática. - Funções: Basicamente podemos falar em síntese, transporte e ar- mazenamento de substâncias. - Origem: É formado a partir de invaginações da membrana plas- mática, e, por sua vez origina a membrana nuclear (carioteca). - Tipos: Exis tem dois tipos de retículo endoplasmático: o liso (REL) e o rugoso (RER). a) Retículo Endoplasmático Rugoso Também denominado de Retículo endoplasmático granu lar ou ergastoplasma, possui diversos grânulos de ri- bossomos aderidos a sua superfície externa. - Funções: 9 Transporte de substâncias pelo interior da célula. 9 Facilita a ocorrência de reações químicas, visto que au- menta a superfície interna da célula. 9 Síntese de Proteínas (Maioria de exportação). 9 Síntese de Enzimas digestivas. 9 Formação da Carioteca. IMPORTANTE! É desenvolvido nas células com função secre- tora, como por exemplo, o pâncreas. b) Retículo Endoplasmático Liso Também denominado de retículo endoplasmático agranu lar. - Funções: 9 Transporte de substâncias pelo interior da célula. 9 Facilita a ocorrência de reações químicas, visto que au- menta a superfície interna da célula. 9 Síntese de lipídios (Esteróides, Fosfolipídios,...). 9 Desintoxicação do organismo. 9 Depósito de cálcio e ATP nas células musculares estriadas; 9 Síntese de corticóides. IMPORTANTE! É abundante em células do fígado, das gôna- das, pâncreas e osteoclastos. 2. Complexo de Golgi - Estrutura: É um sistema formado por vários sáculos achatados so- brepostos e inúmeras vesículas que brotam destes sáculos. Cada unidade do complexo de Golgi é denominada dictios- somo ou golgiossomo. - Origem: É formado a partir do Reticulo Endoplasmático. - Funções: 9 Armazenamento, empacotamento e secreção de subs- tâncias. 9 Completa as modifi cações pós-tradução. 9 Formação do acrossomo dos espermatozóides. 9 Formação da lamela média em células vegetais. 9 Síntese de polissacarídeos da parede celular vegetal (pecti- na e hemicelulose). 9 Formação dos lisossomos primários. 9 Formação do glicocálix (glicosilação). 9 Introdução de radicais glicídios às proteínas (glicosilação), formando mucopolissacarídeos. 9 Origina o vacúolo central das células vegetal. IMPORTANTE! As enzimas do lisossomo primário são pro- duzidas pelo Ergastoplasma e transferidas para o Complexo de Golgi. Bi ol og ia 32 0 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 3. Lisossomo - Estrutura: São vesículas citoplasmáticas de tamanho variado, geral- mente arredondadas, repletas de enzimas hidrolíticas (hidro- lases ácidas). - Origem: A membrana lisossômica é formada pelo complexo de Golgi, mas as enzimas digestivas são produzidas pelo ergas- toplasma. - Função: Relaciona-se ao processo de digestão intracelular. Aula 23 Aula 23 Digestão Intracelular Se o material a ser digerido for de origem exógena (fa- gocitado ou pinocitado do meio externo), a digestão será dita heterofágica. Entretanto, se o material a ser digerido for de origem endógena (da própria célula), fala-se em autofagia. Vejamos agora o processo de digestão intracelular, no qual a participação dos lisossomos é essencial: - Heterofagia A célula ingere partículas alimentares por fagocitose ou pinocitose, formando, respectivamente, o fagossomo ou o pi nossomo, que podem ser denominados igualmente por vacúolo alimentar. Os lisossomos primários se aproximam e se fun dem aos vacúolos alimentares, formando os vacúolos disgetórios, também chamados de lisossomos secundários. No interior dos vacúolos digestivos ocorre a ação das en- zimas, que hidrolisam a partícula alimentar. Os nu trientes são lançados no hialoplasma e utilizados pela célu la. Dentro do va- cúolo permanecem as partículas não aproveitáveis pela célula, e este passa a ser denominado vacúolo residual. O vacúolo residual desloca-se até a membrana plasmática, fundindo-se a ela de tal maneira que os resíduos são lançados para o meio externo, num processo denominado clasmocitose ou clasma- tose. - Autofagia O processo deautofagia é indispensável para a sobrevi- vência da célula. Por meio desse processo a célula é capaz de destruir e reconstituir os seus constituintes, garantindo uma renovação de suas estruturas. Por outro lado, uma vez que o organismo privado de alimento, tendo esgotado suas reser- vas energéticas, como estratégias de sobrevivências as células digerem partes de si mesma. Um exemplo de autofagia é a digestão de mitocôndrias em Eritoblastos (hemácias jovens) durante o processo no qual se transformam em eritrócitos (hemácias adultas). a) Autólise A autólise ou citólise é o processo pelo qual uma célula se autodestrói espontaneamente. Autólise Positiva (apoptose): É o fenômeno ligado à manutenção evolutiva de uma de- terminada espécie. Podemos exemplifi car: 9 A autólise da cauda dos girinos. 9 No útero a volta ao tamanho normal após o parto. 9 No feto o desparecimento das membranas interdigitais. b) Autólise Negativa: Trabalhadores de minas de carvão, jazidas, minerais, en- tre outros, podem aspirar o pó de sílica que, através das vias respiratórias, chega aos pulmões. Rapidamente, macrófagos migram em direção aos pulmões e fagocitam o pó de sílica que, acumulam no interior do lisossomo, promovendo sua ruptura. O fenômeno da autólise que destruirá o macrófago. As enzimas, após atacarem os macrófagos, atacam aos alvéo- los pulmonares, provocando silicose. CURIOSIDADES! • O excesso de vitamina A, por exemplo, pode in- duzir a autólise em células ósseas e cartilagino- sas, o que explica as fraturas espontâneas nes- ses órgãos quando os organismos apresentam um quadro de intoxicação por vitamina A. • Certas doenças degenerativas do organismo humano são creditadas à liberação de enzimas lisossômicas dentro da célula. Isso ocorreria, por exemplo, em certos casos de artrite, doença das articulações ósseas. 4. Peroxissomos - Estrutura: São estruturas membranosas, presentes em células euca- riontes (células animais e vegetais). Bi ol og ia 32 1 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS - Origem: Estas organelas formam-se a partir do retículo endoplas- mático. - Funções: A principal função consiste no desdobramento do peró- xido de hidrogênio (H2O2- água oxigenada), daí o nome pero- xissomo, por meio da enzimas catalase. Outras funções incluem a quebra de ácidos graxos, dispo- nibilizando-o para o metabolismo celular, e, a desintoxicação feita, por exemplo, pelos peroxissomos dos hepatócitos que metabolizam o etanol em substâncias menos agressivas (mais ou menso 25% do álcool e o resto pelo REL). Nos vegetais, participam na fotorrespiração e promovem a conversão de lípidios em glicidios. 5. Vacúolo de Suco Celular É uma cavidade delimitada por uma membrana (tono- plasto) e contém o suco celular que é composto de subs- tâncias ergástricas e em algumas células podem conter pigmentos como as fl avonas e antocianinas. Células jovens geralmente têm vários vacúolos pequenos que ao longo de seu desenvolvimento se fundem em um mega vacúolo. Eles atuam na regulação osmótica expulsando água da célula ou podem se fundir aos lisossomos e participar do processo de digestão intracelular. - Origem: Origina-se a partir de membranas do retículo endoplas- mático ou do complexo de golgi. -Função: 9 Armazenar água, sais, carboidratos, proteínas,.... 9 Principais responsáveis pelas cores de folhas e fl ores. 9 Armazenar Pigmentos e Cristais. 9 Digestão em células vegetais. 6. Vacúolo Pulsátil ou Contrátil Em protozoários de água doce existem vacúolos pul- sáteis (também chamados contráteis), que exercem o papel de reguladores osmóticos. O ingresso constante de água, do meio para o interior concentrado da célula, coloca em risco a integridade celular. A remoção contínua dessa égua mantém a concentração dos líquidos celulares constante e evita o risco de rompimento da célula. Esse trabalho consome energia. 01. (UEL) Para que ocorra a digestão no interior de uma ame- ba, é necessário que os fagossomos fundam-se a: a) Lisossomos. d) Cinetossomos. b) Mitocôndrias. e) Desmossomos. c) Ribossomos. 02. Durante a metamorfose dos anfíbios, a cauda desaparece ao mesmo tempo em que os seus constituintes celulares são digeridos e seus produtos são utilizados no desenvol- vimento do animal. A organela que participa ativamente deste processo é: a) O peroxissoma. d) O plasto. b) A mitocôndria. e) O centríolo. c) O lisossoma. 03. (UFSE) Qual a alternativa da tabela abaixo cujos termos preenchem corretamente a frase seguinte? “Os lisossomos têm como função I e são pro- duzidos na organela chamada II .” I II a) Síntese de proteínas cloroplasto b) Síntese de açúcares cloroplasto c) Digestão intracelular retículo endoplasmático d) Síntese de proteínas retículo endoplasmático e) Digestão intracelular complexo de Golgi 04. (PUC-SP) Considere os seguintes eventos: I- Fusão do fagossomo com lisossomo. II- Atuação das enzimas digestivas. III- Clasmocitose. IV- Formação do fagossomo. A sequência correta em que esses eventos ocorrem no processo de englobamento e digestão intracelular de par- tículas em uma célula é: a) I - II - III - IV. c) IV - I - II - III. b) II - I - III - IV. d) II - III - I - IV. 05. (FATEC-SP) O esquema a seguir representa basicamente o processo da digestão intracelular. As estruturas numeradas 1, 2, e 3 representam, respectivamente: a) Ergastoplasma, fagossomo e vacúolo digestivo. b) Retículo endoplasmático liso, complexo de Golgi e va- cúolo digestivo. c) Retículo endoplasmático liso, ergastoplasma e comple- xo de Golgi. d) Ribossomos, ergastoplasma e fagossomo. e) Ergastoplasma, complexo de Golgi e vacúolo digestivo. Bi ol og ia 32 2 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 06. (U.C.MG) De acordo com o esquema a seguir, na autólise ocorre: a) Danificação da membrana do número 5. b) Destruição da membrana do número 1. c) Não formação do número 2. d) Fusão dos números 4 e 5. e) Rompimento da membra- na do número 4. 07. (ENEM) A especialização de células no desempenho de di- versas atividades permite afi rmar que as organelas predo- minantes nas fi bras musculares, nas células pancreáticas e nos osteoclastos do tecido ósseo são, respectivamente: a) Citoesqueleto, retículo endoplasmático e lisossomo. b) Citoesqueleto, complexo de Golgi e retículo endoplas- mático. c) Vacúolo, complexo de Golgi e lisossomo d) Mitocôndrias, retículo endoplasmático e vacúolo. e) Peroxissomos, vacúolo e mitocôndrias 08. Uma criança de aproximadamente 1 ano, com acentuado atraso psicomotor, é encaminhada pelo pediatra a um ge- neticista clínico. Este, após alguns exames, constata que a criança possui ausência de enzimas oxidases em uma das organelas celulares. Esse problema pode ser evidenciado no dia-a-dia, ao se colocar H2O2 em ferimentos. No caso dessa criança, a H2O2 “não ferve”. O geneticista clínico ex- plica aos pais que a criança tem uma doença de origem genética, é monogênica com herança autossômica reces- siva. Diz também que a doença é muito grave, pois a crian- ça não possui, em um tipo de organela de suas células, as enzimas que deveriam proteger contra a ação dos radicais livres. A organela que apresenta defi ciência de enzimas e a ori- gem das enzimas, respectivamente, é a) Lisossoma e ergastoplasma. b) Lisossoma e polissomos livres. c) Complexo de Golgi e ergastoplasma d) Peroxissoma e polissomos livres. e) Peroxissoma e ergastoplasma. 09. Observe o desenho a seguir e assinale a alternativa que preenche corretamente os espaços da frase a seguir. A organela indicada no desenho é o ............., responsável pela eliminação do excesso de ............. que entra por ............. em uma célula que vive em um meio .............em relação ao seu citoplasma. a) Vacúolo pulsátil; água; osmose; hipotônico. b) Vacúolo digestivo; sais minerais; osmose; hipertônico. c) Vacúolo pulsátil; água; transporte ativo; hipertônico. d) Vacúolo digestivo; sais minerais; difusão; hipertônico. e) Vacúolo pulsátil; sais minerais; transporte ativo; hipertô- nico. 10. (Mackenzie-SP) A silicose é uma doença que ocorre quan- do cristais de sílica são inalados e atingem os pulmões. As células dos alvéolos fagocitam essas partículas, mas não conseguem digeri-las. Os vacúolos digestivos acabam sen- do perfurados e a célula morre. A morte dessas células deve-se: a) Ao derramamento de enzimas digestivas, provocando destruição da célula. b) À interrupção da síntese protéica causada pelo acúmulo de sílica no citoplasma. c) À diminuição da taxa de respiração celular. d) À ação excessiva dos anticorpos produzidos pelas célu- las do pulmão. e) Ao depósito de toxinas provenientes do metabolismo da sílica. Aula 24 Aula 24 7. Mitocôndrias São os organóides que observadas ao microscópio ele- trônico, mostram a existência de duas membranas limitantes: uma externa e lisa e a outra interna, dotada de invaginações denominadas cristas e que aumentam a superfície interna da membrana, ampliando a área para ocorrência de reações quí- micas. A cavidade interna é preenchida por uma matriz que apresenta DNA, RNA, ribossomos e enzimas, dando às mito- côndrias capacidade de autoduplicação independentemente da célula. As mitocôndrias realizam a liberação de energia através da respiração celular. Neste processo, as moléculas de glicose, ao serem degra- das, vão liberando sua energia na forma de ATP para o traba- lho celular. Bi ol og ia 32 3 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS 8. Plastos Os plastos, também denominados plastídios, são orga- nóides encontrados exclusivamente em células de algas e ve- getais. Podem ser diferenciados pela coloração em dois tipos bá- sicos, os leucoplastos e os cromoplastos. Acontece que nas células meristemáticas encontramos uma vesícula primitiva denominada proplasto, em cujo inte- rior existe DNA, RNA, enzimas e ribossomos, mas não há tila- cóides e nem clorofi la. Quando o proplasto é exposto à luz, evolui para cromoplasto e na ausência de luz evolui pra leu- coplasto. a) Leucoplastos São plastos incolores, que apresentam função de armaze- namento. Como exemplo temos: 9 Amiloplastos ‒ armazenam amido; 9 Oleoplastos ‒ armazenam óleo; 9 Proteoplastos ‒ armazenam proteínas. b) Cromoplastos São plastos que contém pigmentos e são diferenciados pela coloração. Como exemplos temos: 9 Eritroplastos ‒ apresentam pigmentos ver- melhos, principalmente os carotenóides; 9 Xantoplastos ‒ apresentam pigmentos amarelos, predominantemente a xantofi la; 9 Cloroplastos ‒ são os mais abundantes e importantes. Apresentam pigmento verde (clorofi la), principal responsável pela fotossín- tese. Os plastos vermelhos e amarelos estão relacionados a coloração de fl ores e frutos, o que é fundamental para atrair animais polini- zadores e comedores de frutos. Espalham-se, assim, as sementes, facilitando a dispersão dos vegetais. Os cloroplastos são responsáveis pela re- alização da fotossíntese. Sua estrutura, quan- do observada ao microscópio eletrônico, evi- dencia duas membranas: uma externa e lisa e outro interna e ramifi cada, que delimita uma matriz incolor, constituída basicamente de água e proteínas, denominada estroma. No estroma encontramos DNA, RNA, ribossomos e enzimas, concedendo ao cloroplasto a capa- cidade de se duplicar independentemente da célula e de sintetizar suas próprias proteínas. As ramifi cações internas da membrana são denominadas lamelas e nelas encontra- mos pequenas unidades discóides, empilha- das umas sobre as outras. Cada unidade é denominada tilacóide e uma pilha de tilacóides é chamada granum. Ao conjunto de granum chamamos grana. A clorofi - la encontra-se armazenada na membrana dos tilacóides. A fotossíntese é um processo de transformação de ener- gia, onde a energia luminosa proveniente do sol é transforma- da em energia química e condensada na molécula de glicose. É, portanto, um processo de produção de matéria orgânica energética, tendo a luz como fonte de energia. Bi ol og ia 32 4 CIÊNCIAS DA NATUREZA E SUAS TECNOLOGIAS Relação entre respiração celular e fotossíntese 01. As mitocôndrias, organelas celulares relacionadas com a produção de energia (ATP), estão presentes em: a) Células animais e vegetais. b) Eucariotos e procariotos. c) Células animais apenas. d) Células vegetais apenas. e) Procariotos. 02. Relativamente à organela celular representada na fi gura a seguir, é correto afi rmar que: a) É formada por uma membrana simples com invagina- ções chamadas lamelas. b) está ausente nas células animais, sendo exclusiva de ve- getais. c) apresenta enzimas responsáveis pela quebra de glicose para produção de ATP. d) possui vesículas membranosas em forma de disco, os tilacóides, com pigmento para absorção de luz. e) É visível somente ao microscópio eletrônico. 03. O esquema representa a troca de substâncias e de energia entre duas organelas celulares. Energia luminosa Cloroplasto Mitocôndrias ATP 1 2 3 4 5 Analise e assinale a alternativa que apresenta apenas ítens incorretos I- As setas l e 2 indicam, respectivamente, a passagem de água e a de gás carbônico da mitocôndria para o cloro- plasto. II- A seta 3 indica a passagem de glicose do cloroplasto para a mitocôndria. III- A seta 4 indica a transferência de gás carbônico do clo- roplasto para a mitocôndria. IV- A seta 5 indica a formação de energia química que fica acumulada na forma de trifosfato de adenosina. a) I. c) III. b) II. d) IV. 04. O alto grau de independência de alguns orgânulos cito- plasmáticos levou à elaboração da “hipótese endossimbi- ôntica”: esses orgânulos teriam se originado de procarion- tes de vida livre, possivelmente bactérias, que em algum momento associaram-se a uma célula de eucarionte. Esses orgânulos são os a) Cílios e os flagelos. b) Cloroplastos e os lisossomos. c) Cloroplastos e as mitocôndrias. d) Lisossomos e as mitocôndrias. e) Centríolos, os cílios e os flagelos. 05. As mitocôndrias se originam a partir a) Dos centríolos. b) Do retículo endoplasmático rugoso. c) Do complexo de Golgi. d) Do retículo endoplasmático liso e) De mitocôndrias pré-existentes. 06. Células do fígado possuem até duas mil mitocôndrias, ocupando cerca de 1/5 do seu volume. O número alto de mitocôndrias nestas células pode ser explicado porque as células hepáticas: a) São maiores que as demais células. b) Apresentam respiração aeróbica. c) Têm grande atividade metabólica. d) Têm volume citoplasmático maior. e) Produzem enzimas digestivas em grande quantidade. 07. A liberação de O2 e a fi xação de CO2 realizadas pelas plan- tas verdes representam as trocas gasosas da: a) Respiração aeróbica b) Transpiração c) Fotossíntese c) Respiração anaeróbica e) Fermentação alcoólica 08. No interior de cloropastos e mitocôndrias são encontradas pequenas quantidades de DNA, RNA e ribossomos. Tais componentes permitem que os cloroplastos sejam capa- zes de realizar: a) Fluorescência e síntese lipídica. b) Fotossíntese e secreção celular. c) Autoduplicação e síntese proteica. d) Ciclo de Krebs e síntese de ATP. e) Fermentação anaeróbica e síntese de clorofila.
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