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CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 1 AULA 1 1 - Etapas de um Empreendimento Estética; Arte; Funcionalidade • Arquitetura Distribuição do espaço Conforto e Salubridade Projetos • Planejamento Cronograma Viabilidade Técnico Econômica Orçamento Técnicas • Construção Civil Métodos Procedimentos Mão-de-Obra e Materiais Qualidade 2 - Código de Proteção e Defesa do Consumidor (Lei Federal 6078/90) Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor (nacional ou estrangeiro) e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos de projeto, fabricação, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. Art. 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores, por defeitos relativos à prestação de serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua posse e riscos. Art. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos e serviços: VIII - Colocar no mercado de consumo qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes, ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial - CONMETRO; Art. 40 - O fornecedor de serviços será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio, discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos serviços §4 - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa. CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 2 3 - Normalização 3.1.Definições A normalização é necessária para que haja uniformidade e garantia de uma expectativa de qualidade mínima na execução de uma determinada atividade. Normalizar é estabelecer regras básicas a serem seguidas por todo e qualquer um que pratique uma determinada atividade. Tais regras devem considerar a otimização da economia, as condições funcionais e as exigências de segurança. 3.2.Desenvolvimento de Normas 1 - Verifica-se a necessidade de regulamentar uma determinada atividade; 2 - O Organismo de Normalização do setor analisa a prioridade e faz o agendamento 3 - Cria-se uma comissão de estudos composta por pesquisadores, projetistas, fabricantes, usuários, etc 4 - Elabora-se um Projeto de Norma consensual 5 - Votação no âmbito de atuação da Norma 6 - Análise das sugestões durante a votação 7 - Impressão e Publicação da Norma 3.3.Organismos Normalizadores a) Nível Empresarial: âmbito interno; b) Nível Nacional: devem ser seguidas em todo o país - Ex. ABNT (Brasil); DIN (Alemanha); ASTM, ANSI (EUA); JISC (Japão); CAS (China); AFNOR (França); c) Nível Regional: grupo de países num continente - Ex. CEN (Europa); COPANT (Panamericana); MercoSul; d) Internacional: acordos entre nações de interesses comuns - ISO e IEC (Eletrotécnica 3.4.Comitês da ABNT Comitês Brasileiros ligados à Engenharia Civil • CB - 02: Construção Civil • CB - 06: Metro-Ferroviário • CB - 13: Bebidas • CB - 16: Transporte e Tráfego • CB - 18: Cimento, concreto e agregados • CB - 22: Isolação Térmica • CB - 25: Qualidade • CB - 28: Siderurgia CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 3 PRINCIPAIS NORMAS REFERENTES AO CURSO (1) • NBR - 5732 : Cimento Portland Comum - Especificação • NBR - 5733 : CP de Alta Resistência Inicial - Especificação • NBR - 5735 : CP de Alto Forno - Especificação • NBR - 5733 : CP de Alta Resistência Inicial - Especificação • NBR - 5740 : CP - Extração e Preparação de Amostras • NBR - 5748 : CP - Determinação de Óxido de Cálcio Livre • NBR - 6474 : CP - Massa Específica • NBR - 7224 : CP - Finura Blaine • NBR - 8809 : CP - Calor de Hidratação • NBR - 9479 : Câmara Úmida para Cura de CP PRINCIPAIS NORMAS REFERENTES AO CURSO (2) • NBR - 10907 : Cimento de Alvenaria - Especificação • NBR - 11578 : Cimento Portland Composto - Especificação • NBR - 11579 : Finura por Peneiramento (# no. 200) • NBR - 11580 : Pasta de Consistência Normal • NBR - 11581 : Tempo de Pega • NBR - 11582 : Expansibilidade de Le Chatelier • NBR - 5734 : Peneiras para Ensaio • NBR - 6465 : Abrasão Los Angeles • NBR - 6467 : Inchamento • NBR - 7211 : Agregado para Concreto - Especificação PRINCIPAIS NORMAS REFERENTES AO CURSO (3) • NBR - 7126 : Amostragem de Agregados • NBR - 7217 : Granulometria • NBR - 7218 : Teor de Argila • NBR - 7219 : Teor de Materiais Pulverulentos • NBR - 7251 : Massa Unitária • NBR - 7809 : Índice de Forma de Agregado Graúdo • NBR - 7810 : Agregado Compactado - Massa Unitária • NBR - 9773 : Reatividade de Álcalis • NBR - 9775 : Umidade de Agregados Graúdos (Chapman) • NBR - 9776 : Massa Específica com frasco de Chapman PRINCIPAIS NORMAS REFERENTES AO CURSO (4) • NBR - 9937 : Absorção de Água de Agragado Graúdo • NBR - 9938 : Resistência ao Esmagamento • NBR - 9941 : Amostragem no Campo • NBR - 12696 : Comportamento Água-Estufa • NBR - 11768 : Aditivos para Concreto - Especificações • NBR - 12317 : Desempenho de Aditivos • NBR - 5738 : Moldagem de Corpos de prova de Concreto • NBR - 5739 : Ensaio Resistência à Compressão do Concreto • NBR - 5750 : Amostragem de Concreto em Betoneira • NBR - 7212 : Concreto Dosado em Central CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 4 PRINCIPAIS NORMAS REFERENTES AO CURSO (5) • NBR - 7222 : Ensaio de Tração por Compressão Diametral • NBR - 7223 : Ensaio de Abatimento doTronco de Cone (Slump) • NBR - 7584 : Dureza com Esclerômetro • NBR - 8045 : Resistência Acelerada (Água em Ebulição) • NBR - 8224 : Fluência de Concreto Endurecido • NBR - 8522 : Módulo de Deformabilidade do Conreto • NBR - 8953 : Classificação do Concreto por Resistência • NBR - 9605 : Reconstituição do Traço do concreto Fresco • NBR - 9606 : Espalhamento do Tronco de Cone • NBR - 9779 : Absorção de Água de Concreto Endurecido PRINCIPAIS NORMAS REFERENTES AO CURSO (6) • NBR - 9832 : Pega de Concreto e Argamassa • NBR - 9833 : Massa Específica por Gravímetro • NBR - 10342 : Perda de Abatimento • NBR - 10786 : Permeabilidade do Concreto • NBR - 11686 : Teor de Ar (por pressão) • NBR - 12142 : Tração à Flexão em Corpo de Prova Prismático • NBR - 12694 : Controle Tecnológico dos Componentes • NBR - 12655 : Preparo, Controle e Recebimento do Concreto • NBR - 13956 : Sílica Ativa para Concreto - Especificação • NBR - 13957 : Sílica Ativa - -Ensaio PROGRAMA DE AULAS TEÓRICAS • Introdução ao curso • Aglomerantes • Agregados • Argamassa • Concreto • Água de amassamento • Produtos siderúrgicos (Aço e Ferro Fundido) • Solo-cimento • Betumes • Madeiras • Ligas não-ferrosas • Cerâmicas • Plásticos • Elastômeros • Vidros • Tintas CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 5 AULA 2 CONCRETO ARMADO CIMENTO PORTLAND COMUM É um produto pulverulento constituído de silicatos e aluminatosde cálcio que endurecem com a hidratação elevando a resistência mecânica. É obtido a partir do clínquer (uma mistura de calcário e argila dosado para não haver cal livre) cozido até a fusão. Histórico: Em 1824 John Aspdin registrou a primeira patente. Seu nome veio da semelhança com a pedra cacárea de Portland, de cor acinzentada Ao clínquer é adicionado gesso (retardador de pega), sendo então realizada a moagem, e está pronto o cimento Portland, para ser ensacado ou transportado a granel. A fabricação do cimento PORTLAND Via Úmida • Retirada de matéria prima • Homogeneização • Mistura • Pré-aquecimento • Calcinação (1500º C) • Resfriamento (rápido) • Adição de gesso • Moagem Via seca • Retirada de matéria prima • Britagem • Secagem • Moagem • Homogeneização • Calcinação • Resfriamento • Adição de gesso • Moagem CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 6 Componentes químicos do cimento PORTLAND COMUM • CaO (cal) - 58% a 67% (resistência quando toda combinada) • SiO2 (sílica) - 18% a 27% (da argila: compostos mais importantes) • Al2O3 (alumina) - 4% a 10% (reduz resistência aos sulfatos, mas possibilita a formação do clínquer) • Fe2O3 (óxido de ferro) - 2% a 5% (fundente também) • MgO (magnésia) - 0,8% a 5% (vem do carbonato de magnésio do calcário - dolomito. Reduz a estabilidade de volume) • K2O e Na2O (álcalis) - 0,3% a 2% (fundentes e aceleradores de pega) • SO3 (sulfatos) - <3% (pode formar sulfoaluminato de cálcio; provém do sulfato de cálcio que retarda a pega) • TiO2 , Mn3O4 (o’xidos de titânio e manganês) e P2O5 (anidro fosfórico) A química do cimento PORTLAND (BOGUE, 1929) • C4AF (ferroaluminato tetracálcico) = 4CaO.Al2O3.Fe2O3 - 5% a 12% (pega rápida; retração; resiste a águas agressivas; o primeiro a se combinar com a cal) • C3A (aluminato tricálcico) = 2CaO.Al2O3 - 6% a 13% (resistência pequena após 24 h e pára; não suporta águas agressivas, mas absorve cal) • C2S (silicato dicálcico) = 2CaO.SiO2 - 10% a 35% (resistência após 28 dias e crescente; pouco calor; o terceiro a se formar) • C3S (silicato tricálcico) = 3CaO.SiO2 - 42% a 60% (resistência nas primeiras idades; pega imediata; retração - calor; o último a se combinar com a cal) • MgO (magnésia) - fica fora das reações Resistências com a idade > < Alita < Belita < Microscopia da seção polida de um nódulo de clínquer, onde podemos observar os minerais formados através da queima no interior do forno, que vão dar as características finais da potencialidade do cimento a ser produzido. (pg 22 – tabela nº 3) CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 7 Fórmulas de Bogue • %C4AF = 3,04 (%Fe2O3) • %C3A = 2,64 (%Al2O3) - 1,69 (% Fe2O3) • %C3S = 4,07 (%CaO) - 7,60 (%SiO2) - 6,72 (%Al2O3)- - 1,43 (% Fe2O3) - 2,85 (%SO3) - 4,07 (%CaO livre) • %C2S =2,87 (%SiO2) - 0,754 (%C3S) • %CaSO4) = 1,7 (%SO3) CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 8 Tipos de Cimentos Brasileiros • Cimento Portland Comum: – CP I : Cimento Portland Comum – CP I-S : Cimento Portland Comum com adição • Cimento Portland Composto: – CP II-E : Cimento Portland Composto com Escória – CP II-Z : Cimento Portland Composto com Pozolana – CP II-F : Cimento Portland Composto com Fíler • Cimento Portland de Alto-Forno: CP III • Cimento Portland Pozolânico: CP IV • Cimento Portland de Alta Resisitência Inicial: CP V • Cimento Resistente aos Sulfatos: CP... + sufixo RS • Cimento de Baixo Calor de Hidratação: CP... + sufixo BC • Cimento Portland Branco: CPB CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 9 Características dos Tipos de Cimentos • CP I : 100% clínquer + sulfato de cálcio • CP I-S : 1 a 5% de pozolana • CP II-E : 6 a 34% de escória e 0 a 10% de Mat. Carbonático • CP II-Z : 6 a 14% de pozolana e 0 a 10% de Mat. Carbonático • CPII-F : 6 a 10% de material carbonático • CP III : 35 a 70% de escória granulada (resfriamento lento); reduz a cal livre) • CP IV : 15 a 50% de pozolana (endurece lento, maior trabalhabilidade, menor CH, maior impermeabilidade e maior RS) • CP V : 0 a 5% de material carbonático (maior proporção de C3S e maior finura que o CP I) • CP... RS : menor proporção de C3A • CP... BC : menor proporção de C3A e C3S. • CPB : quase eliminação do C4AF CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 10 Exercício: Tipos de Cimentos Brasileiros Indique qual o melhor tipo de cimento para os seguintes tipos de obras: 1. Construção de pilares de estrutura para serem submetidos à carga de trabalho em uma semana. 2. Construção de monumento totalmente branco, em concreto aparente. 3. Construção de emissário submarino de esgotos. 4. Construção de bloco de fundações com dimensões 50x30x15 metros. • Quais os componentes do cimento que devem ser controlados em cada tipo de cimento acima? • Quais as conseqüências caso um determinado tipo de cimento seja usado nos outros tipos de obras? CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 11 AULA 3 Propriedades físicas do cimento • Massa Específica: aproximadamente 3,1kg/l • Massa Unitária: aproximadamente 1,5 kg/l • Retração (pastas = 7 mm/m; argamassa padrão 4,5 mm/m; concreto dosado 2mm/m) • Finura: governa a velocidade das reações de hidratação; reduz a exsudação; reduz a permeabildiade; aumenta a resistência • Pega do cimento: consistência a partir da qual o cimento não pode ser trabalhado; • Exsudação: segregação da água de mistura, que se acumula na superfície, prejudicando a uniformidade Propriedades químicas • Estabildiade de volume: o volume aumenta com a presença de cal livre e magnésia livre, criando tensões internas. • Calor de Hidratação: as reações de hidratação são exotérmicas aumentando a temperatura; no resfriamento aparecem fissuras; aos 28 dias 90% do calor de hidratação foi liberado; • Resistência a agentes agressivos: contato com água (sulfatadas marinha) e solo; • Reação álcali-agregado: reação entre os íons de hidróxidos de potássio e sódio (do cimento), com algumas sílicas dos agregados; Propriedades Mecânicas • Resistência: à compressão : Corpos de Prova Cilíndricos de 5 x 15 cm – Classes de Resistência: • Resistência: à tração : por compressão diametral ou por flexão no terço médio do vão de corpos de prova prismáticos de seção quadrada CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 12 AGLOMERANTES: CAL A cal usada no brasil é um aglomerante aéreo obtido do calcáreo “sem argila”. CaCO3 >900 º C CaO + CO2Î Após a calcinação, tem-se cal “viva” ou virgem. A adição de água desprende calor e resulta na cal hidratada (extinção da cal), com aumento de volume. CaO + H2O Ca(OH)2 + 15,5 cal A cal dolomítica possui MgO em excesso no calcáreo. Extinção da CAL Quando 1 m³ de cal rende mais de 1,82 m³ de pasta ela é “gorda”, caso contrário, é magra. Tempo de extinção: • rápida: 5 min; colocar cal na água e adicionar água até cessar o vapor; • média: 5 a 30 min; colocar água na cal até submersão; adicionar pouca água e mexer pouco; • lenta: mais de 30 min; colocar água na cal;ao imciar a reação, adicionar água aos poucos para não esfriar; não agitar. Argamassa de Cal A mistura da cal com areia visa obter maior porosidade, o que e reduz a fissuração e facilita as reações do hidróxido com o gás carbônico do ar (recarbonatação): Ca(OH)2 + CO2 CaCO3 + H2O A argamassa deve curtir com água por 24 h, para hidratar os óxidos e dar maior trabalhabilidade (absorção plena de água). Características da argamassa de cal: A cal hidratada fornece aderência, plasticidade, trabalhabilidade e retenção de água (em argamassa mistas, a cal hidrata o cimento, o qual não consegue reter água). CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 13 Patologias • Presença de óxidos (magnésio) não hidratados, que lentamente se hidratam, aumentando volume e provocando descolamento, trincas, etc. • Camadas espessas de argamassa dificultam a carbonatação próxima ao substrato. Pode haver colmatação dos poros por cristalização dos hidróxidos, ocorrendo trincas, fissuras e descolamento. • A perda de água prematura dificulta a dissolução dos hidróxidos e do CO2 e cristalização. Pode ocorrer descolamento, fissuras, pipocamento; • Pintura prematura colmata os poros antes da carbonatação completa dos hidróxidos, provoca descolamento, fissuras e pipocamento. Gesso É um aglomerante aéreo resultante da calcinação da gipsita (sulfato de cálcio bi-hidratado) entre 100 e 180 º C. Na fabricação o gesso fica semi-hidratado: 2(Ca SO4 2H2O) + calor 2(Ca SO4 1/2 H2O) + 3H2O O gesso absorve grande quantidade de calor, protegendo os materiais por ele cobertos. 1,5 cm protege 15 min; 3 cm protege 45 min (abaixo de 100 ºC), com fogo em todas as faces. Ótimo isolante acústico quando misturado com fibras de madeira. CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 14 ARQUIVO EXTRA Ensaio Granulom 1 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0,1 1 10 100 % re ti d a a c u m . log DIÂMETRO (mm) CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 15 Exercício 2 Analise os resultados de ensaios granulométricos dados abaixo e classifique as areias e pedras ensaiadas. % Retida Acumulada Peneira mm Fornec. A Fornec. B Fornec. C Fornec. D Pedra 78 64 50 38 2 5,0 32 4,5 1,1 40,0 25 12,5 4,9 5,0 65,0 19 34,5 17,4 50,0 75,0 12,5 77,5 49,4 80,0 99,0 9,5 94,5 87,4 82,0 99,0 6,3 99,98 96,8 98,0 99,0 4,8 99,98 99,98 98,0 99,0 2,4 99,98 100,0 98,0 99,0 < 2,4 100,0 100,0 100,0 100,0 % Retida Acumulada Peneira mm Fornec. A Fornec. B Fornec. C Fornec. D Areia 9,5 - - - 6,3 5,00 5,00 4,8 0,26 20,00 1,00 20,00 2,4 11,76 43,50 11,50 40,00 1,2 33,66 75,00 32,50 65,00 0,6 58,71 93,00 64,50 75,00 0,3 63,96 98,00 78,50 90,00 0,15 99,56 99,50 98,50 98,00 < 0,15 99,99 99,99 100,00 100,00 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 16 AULA 4 Agregados São os materiais inertes (geralmente) agregados pelos aglomerantes. São de origem pétrea, de forma granular, resistentes, duráveis e preferencialmente inertes. Classificam-se em: • Pesados (magnetita, barita, usadas em usinas nucleares) masa unitária > 2,0 kg/l • Normais: areia = 1,6 kg / l; pedra = 1,4 kg/l • Leves: (argila expandida) aproximadamente 1,0 kg/l Classificação • Miúdo (areia): passa pela peneira 4 (4,8 mm) • Graúdo (pedra): retido na peneira 4 (15% de tolerância) Segundo a origem: • Eruptivas (granito) • Sedimentares (calcáreo, dolomita) • Metamórfica (mármore, ardósia) Definições • Areia natural: material granular que passa na # 4 • Seixo rolado: material natural retido na peneira 4 • Pedra britada: obtida pela trituração de rocha e retida na #4; • Filler: material que passa na # 200 (pavimentação) • Pedrisco: passa pela # 9,5mm e retido na # 4 Granulometria Série de peneiras: # quadrada; a1=0,15 mm; r=2 • Série normal: 0,15 / 0,30 / 0,60 / 1,20 / 2,40 / 4,80 / 9,50 / 19,0 / 38,0 / 76,0 • Série intermediária: 6,3 / 12,5 / 25,0 / 32,0 / 50,0 / 63,0 • Módulo de finura: somatória de todas as porcentagens acumuladas em todas as peneiras ‘so da série normal, dividido por 100. Areia Grossa: MF>3,9 ; Areia média: 3,9 < MF < 2,40; Areia fina: MF < 2,40 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 17 Graduação 0 - 2,4 a 12,5 mm 1 - 4,8 a 25 mm 2 - 9,5 a 32 mm 3 - 19 a 50 mm 4 - 32 a 76 mm dma x curvas do int 9,5 19 25 38 50 76 mm i ii iii i ii iii i ii iii i ii iii i ii iii i ii iii 76 50 14 17 24 38 10 12 18 22 26 36 25 14 17 24 22 26 36 32 38 48 19 10 12 17 23 26 36 29 34 45 37 45 55 9,5 23 26 36 29 35 45 37 45 55 42 51 61 49 58 67 4,8 22 26 35 37 45 55 42 50 61 49 58 67 53 62 72 59 67 76 2,4 37 44 55 49 58 67 53 62 72 59 67 76 62 70 79 66 74 82 1,2 49 58 67 59 67 76 62 70 79 66 74 82 69 76 84 73 79 86 0,6 59 67 76 66 74 82 69 76 84 74 79 86 74 80 87 77 82 88 0,3 68 74 82 74 79 86 74 80 87 77 82 88 78 83 89 80 84 90 0,15 74 79 86 77 82 88 76 83 89 80 84 90 82 86 90 84 86 91 0,01 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100 Classificação da brita pelo Dmáx (mm) Brita nº Dmáx (mm) 0 9,5 1 19,0 2 25,0 3 38,0 4 64,0 5 76,0 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 18 Dimensão máxima característica: Abertura da malha (mm) que corresponde a uma porcentagem acumulada igual ou inferior a 5%. <= 1/3 da espessura da laje; <= 1/4 da largura da forma <= 0,8 vertical entre armadura; <= 1/2 horizontal entre arm. <= 1/4 diâm. Tubulação de bombeamento Umidade • Umidade é a massa de água presente nos agregados em relação à massa seca: Pode ser determinada pela estufa, pelo Speedy ou pelo frasco de Chapman com a equação: 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 0.1 1 10 100log D# (mm) % re tid a a cu m . 100.100.(%) Ms MsMu Ms Ma u 100. 700 500 200 (%) L L u CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 19 Inchamento da Areia • A areia sofre o fenômeno de “inchamento” que é o aumento de volume aparente quando umedecida. O inchamento é dado por: O coeficiente de inchamento é dado por: Curva de Inchamento da Areia • O inchamento cresce com a umidade até um ponto de máximo, decrescendo então por excesso de água. Obtém-se uma curva que pode ser representada de forma simplificada: 100.1 100 100 .100.(%) u u s Vs VsVu I 1 100 (%) I Vs Vu Ci CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 20 AULA 5 Dosagem do concreto • Traço do concreto: é a indicação das proporções dos materiais, devendo ser preferencialmente expresso em massa. c : a : p : x Em obras de porte pequeno e médio pode ocorrer amedida do cimento em massa e dos agregados em volume, devendo-se corrigir a areia (quando úmida) bem como a água. O parâmetro mais importante do concreto estrutural é a relação água / cimento (x), pois influencia diretamente na resistência e na permeabilidade. Pode ser determinada em função da durabilidade desejada para o concreto em função de sua exposição a agentes agressivos ou em função da resistência desejada. Lei de Abrams: quanto maior a relação água cimento, menor a resistência, segundo a função: A resistência de dosagem é estimada estatisticamente pela expressão: - 1,4): - 01 lote a cada 100,0 m³ ou a cada pavimento - quando n > 20 : fckestimado = fm - t . Sd xcj B A f dckcd Sff .65,1 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 21 sendo: n : número de exemplares por lote enviados para ensaio, onde 01 exemplar é composto por 02 corpos de prova, valendo o de maior resistência; fm: resistência média dos exemplares do lote(MPa) Tabela 5 Probabilidade de fck > fckestimado t 99 % 2,330 95 % 1,645 80 % 1,282 85 % 1,036 dias 3 7 28 CP I 32 A 79.4 86.8 92.8 B 25.9 14.9 7.9 CP III 32 (AF) A 87.7 95 121.2 B 44.6 19.5 10.2 POZ 32 A 107.4 97.4 99.7 B 49.7 22.6 11.4 CP40 = 1.2.fd do CP32 CP ARI = 1.25. Fd CP32 até 7 dias e 1.2 até 90 dias Cimentos e Lei de Abrams CP32 A B 0.5 3 79.4 25.9 15.60165 7 86.8 14.9 22.48674 28 92.8 7.9 33.01676 63 95.4 6.8 36.58423 91 97.5 5.9 40.14011 CP III 32 (AF) A B 0.5 3 87.7 44.6 13.13204 7 95 19.5 21.51326 28 121.2 10.2 37.94919 63 123.6 8.2 43.16299 91 125.5 6.5 49.22515 POZ 32 A B 0.5 3 107.4 49.7 15.23443 7 97.4 22.6 20.48824 28 99.7 11.4 29.52859 63 101.7 8.73 34.42023 91 103.4 6.6 40.2484 CP40 = 1.2.fd do CP32 CP ARI = 1.25. Fd CP32 até 7 dias e 1.2 até 90 dias CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 22 Preparo do concreto O concreto misturado manualmente sem betoneira poderá ter menor resistência. Quando não for possível a utilização da betoneira, a quantidade de cimento deverá ser maior, para manter a qualidade do concreto. 1- Espalhar areia 2- Cimento 3- Primeira mistura 4-Pedra 5- Formar coroa 6- Segunda mistura: junte água aos poucos CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 23 - - - 01 lote a cada 30,0 m³ - para pequenos volumes (< 30,0 m³) : fckestimado = n.f1 sendo: f1: resistência de um exemplar (MPa) n 6 7 8 10 12 14 16 >18 n 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02 1,04 Tabela 6: Condições no canteiro de obras Sd (MPa) Medida do cimento Medida dos agregados Umidade do agregado 4,0 em massa em massa Determinada 5,5 em massa em volume Determinada 7,0 em massa em volume Estimada jc cj b a f f 1 28 k) Estimativa da resistência do CP 32 a j dias a partir da resistência aos 28 dias: Relação água/cimento a b 0,38 1,40 5,84 0,48 1,45 7,14 0,58 1,56 10,6 0,68 1,68 15,5 0,78 1,75 19,2 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 24 100. 1 m x H 5,03,0 m a Dosagem do concreto Lei de Lyse: determina qual a proporção de agregados secos do concreto para a relação água / cimento utilizada, de modo a garantir a consistência (slump) desejada: Teor de argamassa seca: indica a proporção adequada de argamassa e agregado graúdo: m = a + p ; Relação a/c: durabilidade Determinação da relação água/cimento em função da durabilidade: Grau de exposição da estrutura Máxima relação a/c Peças protegidas sem umidade 0,65 Peças expostas à atmosfera 0,55 Peças c/ imersão contínua 0,55 (0,6 p/ peças grandes) Peças expostas no litoral 0,48 Peças c/ molhagem e secagem 0,45 (0,5 p/ peças grandes) Peças grandes em meio a sulfatos 0,45 (0,50 c/ CP RS) Peças delgadas em meio a sulfatos 0,40 (0,45 c/ CP RS) * Obs:(reduzir 0,05 para cobrimento < 20 mm) b) ; 6,0% corresponde aproximadamente a slump = 0 12,0% corresponde " slump = 200 mm c) b1)Determinação da relação água/materiais secos (H) em função do tipo de adensamento: Dmáx (mm) Adensamento mecânico Adensamento manual 9,5 9,0 11,0 19,0 8,0 10,0 25,0 7,5 9,5 38,0 8,0 9,0 50,0 7,5 8,5 m a 1 1 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 25 f) H = 6,0% corresponde aproximadamente a slump = 0 H = 12,0% corresponde " slump = 200 mm h) Consistência máxima (abatimento em mm) do concreto para adensamento mecânico: Elemento estrutural Manual? Mecânico Laje 60 10 70 10 ( Viga e parede 60 10 80 10 Pilar de edifício 60 10 80 10 Fundações 60 10 70 10 Pavimentos 25 a 75 15 a 35 barragens 50 a 75 15 a 25 Pecas confinadas 150 a 200 75 a 100 tuneis 80 a 120 50 a 75 Pecas sem armadura 50 a 75 35 a 50 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 26 EXERCÍCIO DE DOSAGEM – PROVÃO Você recebeu materiais na obra, para uma concretagem de pilares, vigas e lajes, a serem posteriormente revestidos, com as características indicadas na tabela a seguir. Material Cimento Areia Brita 1 Massa unitária (kg/m3 ) 1200 1500 1240 A areia e a brita estão estocadas na obra e a umidade de cada uma foi determinada, obtendo-se 5% para a areia e um valor desprezível para a brita. Foi determinado, também, o coeficiente de inchamento da areia para esta umidade, encontrando-se o valor de 1,32, necessário ao cálculo do traço em volume. O teor sendo: m = -2,21 + 12,2 x a/c a = proporção de areia; a/c = relação água/cimento em (kg/kg). m = proporção dos agregados em relação ao cimento em (kg/kg); Dados/Informações Técnicas: Retomando suas notas da época da graduação, você relembrou que: sendo: fc28 = resistência à compressão do concreto a 28 dias em MPa; fck = 20 MPa sd = desvio padrão, estimado em 5,5 MPa. CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 27 Assim, a) operando com, no mínimo, cinco dígitos decimais após a vírgula e apresentados os resultados com dois dígitos, calcule o traço em massa a ser adotado para o concreto (c:a:p:a/c), significando as letrass, respectivamente, CIMENTO, AREIA, BRITA E RELAÇÃO ÁGUA/CIMENTO; b) deseja-se saber se o traço praticado pelo mestre estava correto. Assinale SIM ou NÃO e redija sua justificativa com clareza, baseado nos cálculos desenvolvidos, sabendo que para cada saco de cimento (50 kg) eram utilizados os seguintes volumes: . 64 litros de areia com 5% de umidade; . 117 litros de brita 1; . 29 litros de água. CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 28 AULA 6 Laboratório: 1. Ensaio de Abatimento do tronco de cone; 2. Moldagem de corpo de prova de concreto; 3. Ensaio de Resistência à compressão de corpo de prova de argamassanormal a 28 dias; - Dosagem do concreto; - Traço do concreto; - Lei de Abrams: variação da resistência com a relação água/cimento; - Resistência de dosagem para controle tecnológico; - Lei de Lyse: a trabalhabilidade do concreto; - Teor de Argamassa seca; - Durabilidade da estrutura: a máxima relação água/cimento CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 29 EXERCÍCIO DE DOSAGEM Você recebeu um projeto estrutural de edifício de concreto aparente à beira- mar, e deve estimar o traço em massa do concreto a ser utilizado. Na obra serão utilizados betoneira e vibradores de imersão, porém não se dispõe de balança ou medidor de umidade. Os ensaios dos materiais foram fornecidos, para os três fornecedores, devendo usar os que você recomendou (fornecedor “A”). Também constam uma série de outras informações técnicas que você pode usar ou não, a seu critério. Informações Técnicas: Fck = 20MPa; Brita 1; a)Determinação da relação água/cimento em função da durabilidade: Grau de exposição da estrutura Máxima relação água/cimento Peças protegidas sem umidade 0,65 Peças expostas à atmosfera 0,55 Peças expostas no litoral 0,48 Areia u % no depósito Fornec. o kg/l kg/l I méd % uc % A 2,61 1,40 44,5 3,9 2,5 B 2,64 1,50 42,5 4,5 3,5 C 2,63 1,45 43,1 4,1 2,2 Pedra u % no Fornec. o kg/l kg/l depósito A 2,63 1,47 2,0 B 2,64 1,50 1,9 C 2,65 1,45 2,3 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 30 omkxm . 5,03,0 m a m a As 1 1 oc om om H k 100 oxopoaoc xpa C 1 1000 - Ensaios dos materiais para os três fornecedores: a) xcd B A f ; cimento CP 32 aos 28 dias: A = 92,8 ; B = 7,9 b) b1)Determinação da relação água/materiais secos (H) em função do tipo de adensamento: Dmáx (mm) Adensamento mecânico Adensamento manual 9,5 9,0 11,0 19,0 8,0 10,0 25,0 7,5 9,5 b2) om é a massa específica média dos agregados e oc a do cimento. c) d) ; valor ideal do teor de argamassa seca é 0,5 e) e1) O consumo mínimo consumo de cimento é 300 kg/m³ de concreto; perda de 2 a 4% de argamassa ; Pode-se estimar oc 3,1 kg/litro; c 1,4 a 1,6 kg/l CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 31 jc cj b a f f 1 28 f) Desvio padrão: a) obra de elevado rigor: 4,0 MPa; b) médio rigor: 5,5 MPa; c) baixo rigor: 7,0 MPa g) H = 6,0% corresponde aproximadamente a slump = 0 H = 12,0% corresponde " slump = 200 mm h) Consistência máxima (abatimento em mm) do concreto para adensamento mecânico: Elemento estrutural Pouco armada Muito armada Laje 60 10 70 10 Viga e parede 60 10 80 10 Pilar de edifício 60 10 80 10 Fundações 60 10 70 10 i) Diâmetro característico máximo do agregado graúdo a ser usado: a) Dmáx 1/3 da espessura da laje; b) Dmáx 1/4 da distância entre as faces da forma; c) Dmáx 0,8 do espaçamento horizontal entre armaduras; d) Dmáx 1,2 do espaçamento vertical entre armaduras; e) Dmáx 1/4 do diâmetro da tubulação da bomba; j) Estimativa da resistência do CP 32 a j dias a partir da resistência aos 28 dias: Relação água/cimento a b 0,38 1,40 5,84 0,48 1,45 7,14 0,58 1,56 10,6 0,68 1,68 15,5 0,78 1,75 19,2 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 32 xcd B A f jc cj b a f f 1 28 Exercício de Resistência O dono da Construtora conseguiu comprar um lote de cimento CP 32 abaixo do preço de mercado e estava feliz da vida com o bom negócio pois, quando a fatura fosse descontada em 21 dias, o escoramento seria retirado estando tudo pronto para o revestimento interno e receberia o pagamento de uma parcela da construção. Você observa que a finura parece boa e ele pergunta qual a importância (0,5), deixando claro que não pretende gastar com mais ensaios. Quando chegam o resultado de ruptura dos corpos de prova da concretagem aos 3 dias, você os analisa (0,5), e torna a certificar-se de que na execução do concreto as quantidades foram obedecidas. Quando chega o resultado de 7 dias, você analisa, faz uma estimativa da data em que se poderá retirar o escoramento (1,0) e vê que não há outra forma a não ser comunicar a todos. O dono da construtora se vira para você, que mostra os relatórios de acompanhamento da execução comprovando que tudo atendeu às conformidades, exceto a falta de ensaio prévio do cimento, e explica a possibilidade do problema ser de um dos componentes do cimento (0,5), embora seja necessário confirmação. Por fim determina quais as atitudes corretivas a serem tomadas agora (0,5). Dados: Traço: 1:2:3:0,56 Desvio padrão: 5,5 MPa cimento CP 32 aos 28 dias: A = 92,8 ; B = 7,9 Ensaios obtidos: fc3 = 7 MPa fc7 = 12 MPa Estimativa da resistência do CP 32 a j dias a partir da resistência aos 28 dias: CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 33 Relação água/cimento a b 0,38 1,40 5,84 0,48 1,45 7,14 0,58 1,56 10,6 0,68 1,68 15,5 0,78 1,75 19,2 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 34 EXERCÍCIOS DE DOSAGEM DE CONCRETO 1) Analise o Detalhe do Projeto de uma estrutura de concreto aparente, à beira-mar, para a qual você está prestando consultoria, e defina qual o diâmetro Máximo característico recomendado. Dados técnicos: 1) Diâmetro característico máximo do agregado graúdo a ser usado: a) Dmáx 1/3 da espessura da laje; b) Dmáx 1/4 da distância entre as faces da forma; c) Dmáx 0,8 do espaçamento horizontal entre armaduras; d) Dmáx 1,2 do espaçamento vertical entre armaduras; e) Dmáx 1/4 do diâmetro da tubulação da bomba; Detalhe do Projeto (mm) 150 250 100 Pilar Laje 80 Viga 400 25 40 150 fck 20,0 MPa Volume total = 120,00 m³ CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 35 2) No seu laboratório de ensaios você recebe a análise granulométrica das amostras de agregados de três fornecedores, como é mostrado abaixo, para fazer a classificação. Sabendo que a areia grossa é a mais indicada para este concreto e que a brita é definida pelo resultado do Dmáx, de quais fornecedores você recomendaria que o cliente comprasse os materiais? Resultados dos Ensaios: % Retida Acumulada Peneira mm Fornec. A Fornec. B Fornec. C Pedra 78 64 50 38 2,00 32 4,50 1,10 25 12,50 0,50 4,90 19 34,50 1,50 17,40 12,5 77,50 22,30 49,40 9,5 94,50 78,50 87,40 6,3 99,98 90,50 96,80 4,8 96,00 99,98 2,4 99,98 % Retida Acumulada Peneira mm Fornec.A Fornec. B Fornec. C Areia 9,5 - - - 6,3 5,00 4,8 0,26 20,00 1,00 2,4 11,76 43,50 11,50 1,2 33,66 75,00 32,50 0,6 58,71 93,00 64,50 0,3 63,96 98,00 78,50 0,15 99,56 99,50 98,50 < 0,15 99,99 99,99 100,00 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 36 Informações Técnicas: Classificação comercial da pedra e da areia: Brita nº Dmáx (mm) Areia MF 0 9,5 Grossa > 3,9 1 19,0 Média 2,4 < MF < 3,9 2 25,0 Fina < 2,4 3 38,0 4 64,0 5 76,0 3) Agora você deve calcular o traço em massa do concreto a ser utilizado. Na obra serão utilizados betoneira e vibradores de imersão, porém não se dispõe de balança para pesagem de materiais. A água será medida pelo método do Speedy para correção na mistura. Abaixo estão os ensaios dos materiais foram fornecidos, para os três fornecedores dentre os quais você já selecionou os adequados, devendo usar os que você recomendou. Também constam uma série de outras informações técnicas que você pode usar ou não, a seu critério. PEQUENO MANUAL DE MATERIAIS a)Determinação da relação água/cimento em função da durabilidade: Grau de exposição da estrutura Máxima relação água/cimento Peças protegidas sem umidade 0,65 Peças expostas à atmosfera 0,55 Peças expostas no litoral 0,48 b)Ensaios dos materiais para os três fornecedores: c) xcd B A f ; Lei de Abrams p/ fc28 Lei de Abrams p/ fc63 Cimento A B A B CP I 32 92,8 7,9 95,4 6,8 CP IV 32 99,7 11,4 101,7 8,73 Areia u % no depósito Fornec. o kg/l kg/l I méd % uc % A 2,61 1,40 44,5 3,9 2,5 B 2,64 1,50 42,5 4,5 3,5 C 2,63 1,45 43,1 4,1 2,2 Pedra u % no Fornec. o kg/l kg/l depósito A 2,63 1,47 2,0 B 2,64 1,50 1,9 C 2,65 1,45 2,3 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 37 omkxm . 5,03,0 m a m a As 1 1 oc om om H k 100 oxopoaoc xpa C 1 1000 d) ; ; ; d1)Determinação da relação água/materiais secos (H) em função do tipo de adensamento: Dmáx (mm) Adensamento mecânico Adensamento manual 9,5 9,0 11,0 19,0 8,0 10,0 25,0 7,5 9,5 d2) om é a massa específica média dos agregados e oc a do cimento. d3) H = 6,0% corresponde aproximadamente a slump = 0 H = 12,0% corresponde " slump = 200 mm d4) Consistência máxima (abatimento em mm) do concreto para adensamento mecânico: Elemento estrutural Pouco armada Muito armada Laje 60 10 70 10 Viga e parede 60 10 80 10 Pilar de edifício 60 10 80 10 Fundações 60 10 70 10 e) f) ; valor ideal do teor de argamassa seca é 0,5 g) g1) O consumo mínimo consumo de cimento é 300 kg/m³ de concreto; perda de 2 a 4% de argamassa ; Pode-se estimar oc 3,1 kg/litro; c 1,4 a 1,6 kg/l . O volume de vazios neste concreto pode ser desprezado. h) m = a + p CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 38 i) Resistência de dosagem (ABNT) para n 20: fcd = fck + 1,65.Sd n= número de exemplares (02 corpos de prova/exemplar) Desvio padrão: a) obra de elevado rigor: 4,0 MPa; b) médio rigor: 5,5 MPa; c) baixo rigor: 7,0 MPa 4 – Analise qual o tipo de controle deve ser empregado para a obra em questão. Verifique se a resistência de dosagem foi adequada. - Controle sistemático (fck> 16 MPa ou c < 1,4): - 01 lote a cada 100,0 m³ ou a cada pavimento - quando n > 20 : fckestimado = fm - t . Sd sendo: n : número de exemplares por lote enviados para ensaio, onde 01 exemplar é composto por 02 corpos de prova, valendo o de maior resistência; fm: resistência média dos exemplares do lote(MPa) Tabela 5 Probabilidade de fck > fckestimado T 99 % 2,330 95 % 1,645 80 % 1,282 85 % 1,036 Tabela 6: Condições no canteiro de obras Sd (MPa) Medida do cimento Medida dos agregados Umidade do agregado 4,0 em massa em massa Determinada 5,5 em massa em volume Determinada 7,0 em massa em volume Estimada - Controle assistemático (fck < 16 MPa ou c > 1,4): - 01 lote a cada 30,0 m³ - para pequenos volumes (< 30,0 m³) : fckestimado = n.f1 sendo: f1: resistência de um exemplar (MPa) n 6 7 8 10 12 14 16 >18 n 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02 1,04 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 39 jc cj b a f f 1 28 2 28.log log jfc fca b j 5 - Chegando ao laboratório você recebe de um dos técnicos um resultado de ensaio de resistência do concreto a 3 e 7 dias. Avalie a situação, sabendo que a resistência esperada a 28 dias é o fck da obra. Ruptura dos CPs 3dias: 7,0 MPa 7 dias: 11,0 MPa Resistência especificada para cada cimento: k) Estimativa da resistência do CP 32 a j dias a partir da resistência aos 28 dias: Relação água/cimento A b 0,38 1,40 5,84 0,48 1,45 7,14 0,58 1,56 10,6 0,68 1,68 15,5 0,78 1,75 19,2 Idade em que se atingirá a resistência fcj: Idade 25 MPa 32 MPa 40 MPa ARI 1 dia - - - 11 3 dias 8 10 14 22 7 dias 15 20 24 34 28 dias 25 a 42 32 a 49 40 - 90 dias - - - - CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 40 Exercício de Quantificação (Provão 1998) Questão no 3 Uma construtora tem enfrentado problemas diversos após o término das obras, como fissuras em alvenarias, em revestimentos e custos muito elevado das obras. Depois de o edifício ser entregue aos compradores surgem muitas queixas, sendo necessário mesmo manter uma equipe, durante longo tempo, para executar reparos. Em função disso, a empresa começou a considerar a qualidade dos produtos e a eliminação dos desperdícios. Um dos engenheiros, você, responsável pela obra de um edifício de apartamentos com 10 pavimentos-tipo, estrutura de concreto moldada no local e alvenaria de tijolos cerâmicos furados, está trabalhando no planejamento do serviço do revestimento de argamassa. Na cidade em que a obra é realizada, a argamassa tradicionalmente é de cimento, cal e areia de traço 1:2:9 em massa de materiais secos. Sabe-se que a massa específica da argamassa fresca é igual a 2.020 kg/m3, com 20% de umidade (em relação aos materiais secos). Dados/Informações Técnicas Massas específicas aparentes dos materiais: . Cimento: rcimento = 1.100 kg/m3; . Cal hidratada: rcal = 750 kg/m3; . Areia seca: rareia = 1.400 kg/m3. Para os seus estudos do cálculo do desperdício, você precisa conhecer determinados parâmetros. Desta forma, calcule: a) o traço em volume da argamassa; (valor: 3,0 pontos) b) o consumo de materiais por m3 de argamassa; (valor: 3,0 pontos) c) o consumo percentual a mais de argamassa a ser utilizada para a correção de uma das fachadas com 20 m de largura e 30 m de altura, que apresentou, antes do revestimento, um desvio no prumo desdeo topo até a base, partindo de 0 (zero) no topo e atingindo 10 cm no nível do chão. Considere que a correção será feita exclusivamente com a argamassa e que a espessura mínima especificada é de 2 cm. As figuras 1 e 2 representam os volumes finais de argamassa no prumo e fora do mesmo, respectivamente. (valor: 4,0 pontos) CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 41 Controle da Resistência do Concreto - - 01 lote a cada 100,0 m³ ou a cada pavimento - quando n > 20 : fckestimado = fm - t . Sd sendo: n : número de exemplares por lote enviados para ensaio, onde 01 exemplar é composto por 02 corpos de prova, valendo o de maior resistência; fm: resistência média dos exemplares do lote(MPa) Tabela 1 Probabilidade de fck > fckestimado t 99 % 2,330 95 % 1,645 80 % 1,282 85 % 1,036 Tabela 2: Condições no canteiro de obras Sd (MPa) Medida do cimento Medida dos agregados Umidade do agregado 4,0 em massa em massa Determinada 5,5 em massa em volume Determinada 7,0 em massa em volume Estimada - Controle assistemático (fck < - 01 lote a cada 30,0 m³ - para pequenos volumes (< 30,0 m³) : fckestimado = n.f1 sendo: f1: resistência de um exemplar (MPa) n 6 7 8 10 12 14 16 >18 n 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1,00 1,02 1,04 CV4120 – Materiais de Construção Civil: Professor Kurt Amann Brenda Gardinali Moreno 2015 42 Exercício - Você está acompanhando a construção de um sobrado de três pavimentos cujo volume de concreto está em torno de 15,0 m³ no total. A obra está sendo executada por um Mestre experiente que usa betoneira e caixas de medição para os agregados, além de ir adicionando água aos poucos conforme a consistência do concreto, observada enquanto está sendo misturado. O cliente concordou em fazer ensaios com corpos de prova para estabelecer qual a dosagem do concreto, porém que fosse feito o mínimo número possível, por economia. Você argumenta que seria mais econômico moldar mais alguns corpos de prova ((1,0) - por quê? Dê um exemplo baseado no Manual do Concreto dado abaixo), porém ele não muda de idéia. Considerando que no projeto o fck usado foi 15,0 MPa, (1,0) qual a resistência mínima que você espera para cada exemplar, baseando-se no Manual do Concreto dado abaixo?
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