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PS Plano de Aula_10

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A psicologia social de George H Mead
A interação simbólica
Concebiam a sociedade como um processo inter-relacionado entre o indivíduo e a sociedade.
Consideram o aspecto subjetivo como algo necessário no processo e manutenção da dinâmica do self social e do grupo social.
Psicologia Social - aula 10
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Cooley, Thomas e Mead
A Psicologia Social pesquisa como a construção da subjetividade se dá a partir das interações vividas pelo Homem.
Transcende o puro estudo do comportamento para ser um estudo do psiquismo humano – objeto da Psicologia.
Comportamento Humano nas Organizações - aula 3
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Subjetividade humana
Entre as pessoas
Entre as pessoas e os grupos
Entre os grupos
E as pessoas/grupos e a natureza
Aprendemos a ser Homem com outros Homens.
Comportamento Humano nas Organizações - aula 3
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Subjetividade humana surge da interação
É o nosso mundo interno sendo criado a cada interação.
Sociólogo norte-americano, formou-se na Universidade de Michigan em 1894 e lecionou nesta instituição por trinta e sete anos.
Defendia a aproximação sócio-psicológica para a compreensão da sociedade.
Preocupa-se principalmente com a determinação social do caráter. 
Em Social organization, de 1909, Cooley apresentou o que poderia ser considerado como as conseqüências objetivas de suas idéias psicológicas. Procura demonstrar que o ideal de unidade moral, envolvendo qualidades de lealdade, justiça e liberdade é derivado da participação em grupos primários onde estreitas relações são mantidas como na família, etc. Na ausência de tal experiência moral é provável a ocorrência de fenômenos de desorganização social.
Charles Cooley foi um dos pioneiros na formação do pensamento sociológico norte-americano e contribuiu para o seu desenvolvimento.
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Charles Horton Cooley (1864~1929) 
Considera que a personalidade e a sociedade não são essências diferentes, mas dois aspectos da interação humana do eu social, enquanto unidade orgânica.
Pretende estudar o que designa por processo social vivo. Salienta que as consciência social (social mind) é a consciência mais ampla (larger mind), tendo as suas origens no grupo primário do nós (caso da família e da comunidade de vizinhança) e sendo marcado por uma natureza humana infantil, como no coletivo que nasce dos jogos das crianças.
 Influencia GEORGE HERBERT MEAD e as escolas do interacionismo simbólico.
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Grupos primários
Filósofo americano
Pertencente a Escola de Chicago
Darwinista convicto e acreditava que os seres humanos são criaturas instintivas
Inscreveu-se para mestrado em filosofia e psicologia em Harvard, 1888 foi tutor de um dos filhos de William James
Estudou com Wundt em Leipzig 1888-89
Estudou em Berlim 1889 cursando psicologia fisiológica e experimental com Ebbinghaus
Teve como supervisor em seus estudos de doutorado com Dilthey (filosofia) com tese sobre percepção do espaço estudando a relação entre visão e tato (filósofo dos sentidos)
Professor de Filosofia e Psicologia da Universidade de Michigan em 1891 conheceu Dewey
Iniciou seu curso de Psicologia Social em 1900 e o conduziu até 1930/31
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George Herbert Mead (1863-1931)
Filósofo americano - Escola de Chicago
Darwinista convicto
Anti reducionista
Pragmático – vinculava o conhecimento à ação
Sua síntese intercala o self entre a mente e a sociedade.
Demonstrou a natureza dialética da relação entre o indivíduo e a sociedade.
Para ele, a individualização é o resultado da socialização, e não a sua antítese.
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George Herbert Mead (1863-1931)
Para Mead, toda a atividade grupal se baseia no comportamento cooperativo.
A associação humana surge somente quando:
Cada ator individual percebe a intenção dos atos dos outros e
Constrói sua própria resposta baseado naquela intenção
Isso quer dizer que, para haver cooperação entre as pessoas é necessário que cada um:
Possa entender as linhas de ação do outro
Possa direcionar seu próprio comportamento a fim de acomodar-se àquelas linhas de ação
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A sociedade
Porém suas idéias não coincidiam com as de Watson
Para Mead, o comportamento observável tem uma expressão no interior da pessoa.
O estudo do comportamento humano não pode ser considerado um fim em si mesmo, mas um meio para obter conhecimento sobre os processos internos.
Considerou a consciência como parte do processo estímulo-resposta.
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Passagem pelo behaviorismo social
Estas intenções são transmitidas através de gestos que se tornam simbólicos, ou melhor, passíveis de serem interpretados.
São sentidos compartilhados – entendimentos e expectativas comuns.
Símbolos significantes são gestos que assumem um sentido comum, adquirindo assim um elemento linguístico.
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Símbolos significantes
Para Mead, a mão é importante na evolução da espécie humana,
O polegar nos capacita a pegar e a usar objetos como ferramentas.
Isso dá origem à noção de objeto físico – o valor de um objeto se relaciona com sua função na execução das tarefas humanas – pragmatismo.
Nossa experiência de contato com os objetos no mundo físico nos leva à percepção tridimensional do mundo.
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O mundo físico
O gesto tem uma função comunicativa e expressiva.
Mas para existir comunicação não basta a linguagem dos gestos – estes devem adquirir valor simbólico, transformar-se em gestos significativos 
(o que acontece quando a pessoa é capaz de antecipar a resposta que seu gesto provocará nos demais)
Isso faz com que sejamos sujeitos e objetos de nossa atividade reflexiva.
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Os gestos
O ser humano interage socialmente com os outros e consigo mesmo.
Para Mead, o self é formado através das definições feitas pelos outros que servirão de referencial para que o individuo possa ver-se a si mesmo.
A sociedade, então, representa o contexto dentro do qual o self surge e se desenvolve.
Inicialmente se desenvolve através da imitação, por parte da criança que aos poucos vai aprendendo a assumir o papel dos outros (mãe, pai, professora, herói, vilão, etc).
Quando a criança é capaz de fazer o jogo de diferentes papéis ela constrói o seu “papel coletivo”.
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Self 
A formação do self tem uma fundamentação social.
 o self evolui e se modifica de acordo com as mudanças nos padrões e nos conteúdos das interações que a pessoa vivencia, não só com os outros, mas também, consigo mesma.
Por ter um self, o individuo é capaz de ter uma vida mental.
Por possuir uma mente pode dirigir e controlar a si mesmo.
O self só pode surgir em uma sociedade que haja comunicação.
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A formação do self
O Eu nasce na conduta, quando o indivíduo se torna um objeto social por sua própria experiência. 
A criança age para consigo como age para com os outros. 
Para o indivíduo, o Eu é uma terceira pessoa e sua expressão na conduta para com outros é um papel a ser representado. 
Age-se conforme se espera dessa ação ou melhor como se imagina que é a expectativa de nossa ação.
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O Eu
Para ele só poderá existir o senso do Eu se existir um senso correspondente a um Nós. Ou seja, são as relações sociais e o papel que desempenhamos na sociedade que irá constituir a pessoa.
Cria o conceito de "outros significativos" (aqueles presentes na infância do indivíduo), sendo as suas atitudes caminho para a formação social da criança que com eles convive.
Cria o conceito de "outro generalizados” (sociedade). Alcançado certo desenvolvimento social do indivíduo, este é capaz de perceber que as atitudes dos "outros significativos" são, na verdade, atitudes gerais encontrados na sociedade.
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O Eu e o Nós
A formação da mente acontece quando o indivíduo consegue tomar a sí mesmo como objeto de reflexão. 
Este processo, que ele denomina
comunicação triádica, se dá pela interação reflexiva entre três instâncias simultaneamente subjetivas e objetivas: o "Eu", o "Mim" (que constituem o "self") e o "outro generalizado".
Sociedade seria o mecanismo que nos permite viver com o outro, representado pelas instituições (pelos costumes).
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A Mente
Os escritos de Mead são fragmentos de suas aulas e palestras, não há uma organização do seu material feita por ele mesmo. Seus escritos foram publicados após sua morte e sem grande preocupação de ordenação ou coerência.
Muitos conceitos estão incompletos ou mal-acabados, falta clareza em muitas definições e outras são ambíguas.
Porém, Mead influenciou fortemente a sociologia e a psicologia social no sentido de que o comportamento humano é comportamento em termos do que as situações simbolizam e de que a mente e o self são sociais ao invés de biologicamente constituídos.
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Críticas à teoria de Mead
Sociólogo americano
Foi influenciado pelas idéias e estudos de Mead
Completou seu doutorado em Psicologia Social em 1928
Quando Mead ficou doente, Blumer assumiu seu trabalho na Universidade de Chicago
1937 criou o termo Interacionismo Simbólico ao interpretar a obra de Mead
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Herbert Blumer (1900-1987)
Condensou as idéias de Mead em três premissas:
O modo como as pessoas vêem os objetos depende do significado destas coisas para eles
Este significado ocorre como resultado de um processo de interação social
Significados de objetos podem mudar com o passar do tempo
Um dos seus estudos mais conhecidos fazem parte projeto de pesquisa do Fundo Payne que alertou para o perigo do efeito de filmes sobre as crianças e adultos jovens
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Premissas básicas
Expressão criada por Blumer após a morte de Mead 
Para Mead o ato comunicativo é a unidade básica de análise na psicologia social.
Blumer avaliou a importância da gesticulação expressiva e das formas simbólicas de comunicação para a compreensão da interação social entre os homens.
A sociedade existe como condição prévia às mentes e selfs de seus membros individuais.
Há questionamentos de alguns sociólogos se Blumer apreendeu corretamente a obra de Mead, pois ambos eram muito diferentes em seus trabalhos e formas de pensar.
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Interacionismo simbólico
Segundo a proposição de Hegel, por exemplo, e de outros filósofos que escreveram sobre a linguagem, o mundo simbólico só se constroi por meio da interação entre duas ou mais pessoas e, portanto, o simbolismo não é resultado de interação do sujeito consigo ou mesmo de sua interação com um simples objeto. 
Apesar de ser um sentido individual e uma base para todos e quaisquer sentidos que cada um dá às suas próprias ações, ela é fundada nas interações do indivíduo, ou naquilo que o "eu" faz sendo regulado pelo que "nós" construímos socialmente
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Interacionismo simbólico
Para Blumer, a interação humana é mediada pelo uso de símbolos e significados, através de interpretação, ou determinação do significado das ações um do outro.
Uma das ideias centrais dessa perspectiva teórica é que as pessoas agem como elas agem por causa do modo como definem as situações vividas.
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Interacionismo simbólico
Muitas das redes de fast-food e outras do gênero, utilizam interacionismo simbólico. Com efeito, o que elas têm em comum é o uso das cores primárias vermelho e amarelo nos anúncios das suas casas comerciais. O vermelho e o amarelo se associam, em nossa sociedade, à fome, porque eles simbolicamente representam catchup e mostarda. Assim, aumentam o fluxo de clientes com fome.
A exceção americana: George Herbert Mead
Leitura obrigatória: Haguette, T. M. Metodologias qualitativas na sociologia. Capítulo: A interação simbólica (pp. 25-47).
Leitura para aprofundamento: Farr, R. As Raízes da Psicologia Social Moderna. Cap. 4 (G. H. Mead: Filósofo e Psicólogo Social). pp. 79-112.
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Bibliografia da aula
Bases da Psicologia Social Européia: processo de socialização primária
Leitura obrigatória: Berger, P. L. e Luckmann, T. A Construção Social da Realidade. Item 3, cap 1 (A interiorização da realidade), pp. 173 a 215.
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Bibliografia da próxima aula

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