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Cidade de Muros Caroline Simões RA: C422FA0 Isabelly Carolini RA: C405GA5 Letícia Veiga RA: C629CD6 Thais Santiago RA: B316FH9 PARTE III – Segregação Urbana, Enclaves Fortificados e Espaço Público Sessões 7 e 8 7- ENCLAVES FORTIFICADOS Erguendo Muros e criando uma nova ordem privada “O vigia na guarita fortificada é novo no serviço, e tem a obrigação de me barrar no condomínio. Pergunta meu nome e destino, observando os meus sapatos. Interfona para a casa 16 e diz que há um cidadão dizendo que é irmão da dona da casa. A casa 16 responde alguma coisa que o vigia não gosta e faz "hum". O portão de grades de ferro verde e argolões dourados abre-se aos pequenos trancos, como que relutando em me dar passagem. O vigia me vê subindo a ladeira, repara nas minhas solas, e acredita que eu seja o primeiro pedestre autorizado a transpor aquele portão. A casa 16, no final do condomínio, tem outro interfone, outro portão eletrônico e dois seguranças armados. Os cães ladram' em coro e param de ladrar de estalo. Um rapaz de flanela na mão· abre a portinhola lateral e me faz entrar no jardim com um gesto de flanela. ( ... ) O empregado não sabe que porta da casa eu mereço, pois não -vim fazer entrega nem tenho aspecto de visita. Pára, torce a flanela para escoar a dúvida, e decide-se pela porta da garagem) que não é aqui nem lá. Obedecendo a sinais convulsos da flanela, contorno os automóveis na garagem transparente, subo por uma escada em caracol, e dou numa espécie de sala de estar com pé· direito descomunal, piso de granito, parede inclinada de vidro, outras paredes brancas e nuas, muito eco, uma sala de estar onde nunca vi ninguém sentado. À esquerda dessa sala corre a grande escada que vem do segundo andar. E ao pé da grande escada há uma salinha que eles chamam de jardim de inverno, anexa ao pátio interno onde vivia o fícus. Eis minha irmã de peignoir, tomando o café da manhã numa mesa oval.” Chico Buarque, Estorvo, 1991, pp. 14, 16 Trecho que retrata o novo estilo de vida nas cidades. Se aproximar de um condomínio a pé como visitante = suspeito ENCLAVES FORTIFICADOS: são propriedades privadas para uso coletivo e enfatizam o valor do que é privado e restrito ao mesmo tempo que desvalorizam o que é público e aberto na cidade. Exemplos: * Condomínios residenciais * Conjunto de escritórios * Shopping Centers * Centros de lazer * Entre outros Exemplo - Típica entrada de Enclaves Fortificados “UNIVERSO FECHADO PARA A ELITE” ALGUMAS CARACTERÍSTICAS APONTADAS: ▪ São controlados por guardas armados e sistema de segurança. ▪ Independente do seu entorno imediato. ▪ São fechados e os moradores querem cada vez menos contato com os espaços públicos (condomínios residenciais). ▪ Tendem a ser ambientes socialmente homogêneos. ▪ Estão transformando a natureza do espaço público e a qualidade das interações públicas na cidade. ▪ É nítido a diferenciação de status, aumentando a segregação espacial e social. Condomínio Ânima - São Bernardo do Campo (Rua Braga, Vila Lusitania) “UNIVERSO FECHADO PARA A ELITE” ALGUMAS MUDANÇAS IMPORTANTES NOS VALORES DAS CLASSES ALTAS: Antes moradias em apartamentos eram associados a cortiços e somente as casas eram o símbolo da elite. Áreas isoladas e não urbanizadas passaram a ser mais valorizadas do que tradicionais bairros centrais com boa infraestrutura. Essa mudança marcou a inversão dos valores que haviam prevalecido entre os anos 40 até 80. Bairros Centrais Áreas isoladas Cortiço “DE CORTIÇOS A ENCLAVES DE LUXO” DIFERENÇAS ENTRE PASSADO E PRESENTE Vários elementos diferenciam os apartamentos da déc. de 70 dos condomínios fechados dos anos 80 e 90. Condomínios em bairros centrais Áreas afastadas Integração com a rede urbana Opõe-se à rede urbana Abertos Murados Pouco usos coletivos (ex: moradores) Muitos usos coletivos Prédios Condomínios (vertical ou horizontal) Algo que acontece até nos dias atuais é a desvalorização de casas padronizadas (iguais) tanto na elite como na classe trabalhadora. Os moradores fazem incríveis esforços para dar “personalidade” para as suas casas. Os prédios de apartamentos também seguem o mesmo raciocínio. “UM ESTILO DE VIDA TOTAL: ANUNCIANDO ENCLAVES PARA AS CLASSES ALTAS” No final dos anos 70 os condomínios fechados começaram a serem mais prestigiados entre as classes média e alta. ANÚNCIOS DE INCORPORADORAS: Sempre enfatizam um “novo conceito de moradia” com 5 elementos básicos: 1. Segurança 2. Isolamento 3. Homogeneidade social 4. Equipamentos 5. Serviços As enclaves deixam claro em seus anúncios que são OPOSTAS á cidade. “Eu saí da Av. Paulista por causa do barulho.(...) Nos fins de semana tinha o movimento daqueles restaurantes, daquilo tudo. Então foi ficando impossível de se morar (...) E a circulação de gente durante todo o dia em frente de onde eu morava, era como se fosse o centro da cidade: eram office-boys, aquele movimento permanente, permanente.” Dona de casa, 52 anos, vive no Morumbi com seu marido, executivo numa multinacional, e dois filhos. “Verteville 4-em Alphaville-soluções reais para problemas atuais (...) Vista para dois lagos e bosques. Respire fundo! Densidade de população bem reduzida. Convivência sem inconveniência: centro de convivência completo e hipercharmoso. Vale a pena conhecer: 4 piscinas (a grande, a aquecida, a infantil e a de choque térmico e hidromassagem). Bar aquático. (...) Saunas, Salão de ballet, esgrima e ginástica. Sala de bronzeamento e massagem. Vestiário completo. Mini-drugstore com livros, revistas, tabacaria, etc. (...) Programas diários de atividades orientadas para crianças, esportes, biblioteca, horta, criação de pequenos animais etc. Uma administração independente: totalmente diferente do convencional, criando serviços novos, surpreendentes e fundamentais, como: assistência especial às crianças (...), serviço opcional de faxineiras, serviço opcional de suprimentos: você terá quem faça suas compras de supermercado. Serviço de lavagem de carro. Transporte para os demais bairros de São Paulo. Segurança absoluta, inclusive eletrônica. 3 suítes mais escritório e 3 garagens. 420m2 de área total.” (O Estado de S. Paulo, 4 de outubro de 1987). “UM ESTILO DE VIDA TOTAL: ANUNCIANDO ENCLAVES PARA AS CLASSES ALTAS” EXEMPLO DE ANÚNCIO: ● Áreas comuns pouco usadas (status, e não necessidade) ● Os serviços semanais ou mensais passou a ser mais procurado pela elite. (Muitas vezes administrado pelos condomínios) ● O m² de um Flat era mais caro do que os apartamentos em condomínios. ● Em alguns casos a segurança armada é ilegal. ● Separação de entrada social e serviços (às vezes nos elevadores também) “Membros das classes altas temem o contato e a contaminação pelos pobres, mas continuam a depender de seus empregados pobres. (...)” OUTRAS CARACTERÍSTICAS / PROBLEMÁTICAS APONTADAS: “MANTENDO A ORDEM DENTRO DOS MUROS” Como manter uma democracia dentro do condomínio? “Um condomínio ideal seria um lugar onde tivesse, interesses incomuns, seguindo regras para o bem de todos ” Porém, concordar a respeito de regras comuns parece ser um dos mais difíceis aspectos da vida cotidiana nas residências coletivas. Os moradores interpretam liberdade, como sendo uma ausência de regras e responsabilidadesem relação os vizinhos . “PLACE DES VOSGES” EXEMPLO DE EMPREENDIMENTO NO MORUMBI . (1993) Fizeram uma propaganda induzindo o morador a pensar que ele vai ter uma praça particular igual da Paris. “ Place des Vosges. Á única diferença é que a de Paris é pública. E a sua é particular”. Place des Vosges, situada no Marais, uma das mais bonitas de Paris. É também a mais antiga praça planejada de Paris “BRASIL vs EUA” (VIDAS COLETIVAS) Convivências entre muros; EUA - Os moradores têm pouco interesse e participação com atividades coletivas, como reuniões de condomínio, porém conseguem resolver seus problemas democraticamente. Porque na realidade á referência a comunidade é um recurso teórico. O objetivo é vender ! BRASIL (SP)- Em São Paulo no entanto os assuntos dos moradores são tratados de forma privada e não como questões de interesse público. Quando a Cidade Ainda é Desejável Alto Padrão - Desejável ▪ Infra estrutura urbana ▪ Serviços ▪ Proximidade ao centro ▪ Acessos Alto Padrão - Indesejável ▪ Fugir da Cidade Médio e Baixo Padrão - Desejável ▪ Convívio Social ▪ Uso do Espaço Público ▪ Apropriação da Cidade ▪ Urbanizar-se Médio e Baixo Padrão - Indesejável ▪ Sair da Cidade Dentro de um contexto de abandono das áreas de alto padrão bem equipadas, centrais e tradicionais da cidade, essas “novas cidades”, condomínios, apelam em anúncios aos possíveis moradores com ar de tradição do bairro valorizado. Os anúncios de alto padrão não tem empatia aos usos e convívio da cidade, mas enfatiza aspectos de funcionalidade como infraestrutura pública e urbana, serviços, proximidade ao centro e ainda oferecem segurança e lazer completos. Já os de médio padrão, localizados em bairros tradicionais , usam desse mérito como atrativo sugerindo que a proximidade só é boa se for tradicional e que as pessoas não devem ir para novas áreas da cidade, mas sim permanecer em suas raízes. Empreendimentos direcionados a classe mais baixa se utilizam do apelo social e de convívio, tratando como atrativos pontos próximos como padarias, farmácias, pontos de ônibus e facilidades de pagamento. Quando a Cidade Ainda é Desejável Anúncio Alto Padrão ▪ Os bons tempos voltaram. Você já pode morar num apartamento de alto padrão, num bairro dos mais nobres de São Paulo. Higienópolis. Um bairro que não perdeu suas características. (O Estado de São Paulo 11.1.1976) Anúncio Médio Padrão ▪ Solte sua família no jardim tropical. Vila Carrão, o bairro que aproxima as pessoas. Faz com que criem raízes. Porque aqui, felizmente, ainda se cultiva as amizades, a família, as tradições. Por tudo isso é natural que aqueles que vivem Vila Carrão não queiram mudar de bairro. (O Estado de São Paulo 2.9.1984) Anúncio Baixo Padrão ▪ Aproveite o novo plano da casa própria. Utilize seu FGTS. Aqui tudo é gostoso, todos são amigos(…) Lazer e conforto, aqui você está perto de tudo(…) Padaria, supermercado, farmacia pontos de ônibus(...) O melhor de Sapopemba. (O Estado de São Paulo 24.1.1988) A classe baixa quer fazer parte da cidade, enquanto a alta prefere espaços mais exclusivos “PORTAS FECHADAS” MORUMBI (...) Residentes da classe alta em condomínios fechados e edifícios associam viver dentro de uma dessas fortalezas às sensações de liberdade e proteção (...) - Os moradores de condomínios fechados não demonstra nenhum sentimento de perda em relação a uma residência ou a uma sociabilidade pública diversificada. Os enclaves fortificados são consideradas aquisições positivas. MOOCA Nos bairros mais antigos como a Mooca, as residências passam por um processo de adaptação, sendo implantado muros mais altos, cercas, grades, barras nas janelas, luzes especiais, campainhas e interfones, para se sentirem mais seguros. Essa necessidade de proteção está ligada ao medo do crime. “UMA ESTÉTICA DA SEGURANÇA” Com a “necessidade” de instalações de muros e cercas, esses elementos passam a ser um símbolo de status que afirmam a posição social dos moradores. Quando esses elementos são adicionados a edificações que originalmente não a tinham, fica aparente como algo destoante do original, algo estranho. Enquanto nos anos 90 eram feitos debates para a implantação desses elementos a construções, hoje é praticamente impossível ver construções que não o tenham. De maneira geral, esses elementos pretendem distanciar os indesejáveis 8 - IMPLOSÃO DA VIDA PÚBLICA O ideal moderno no espaço público Com as estratégias de segurança a população transforma o espaço público, afetando a circulação, trajetos diários, hábitos e gestos relacionados ao uso de ruas, do transporte público e dos parques. Essa expansão das estratégias de segurança implica em: segregação, distanciamento social e exclusão e a implosão da experiência da vida pública na cidade moderna. O ideal moderno no espaço público Existe um consenso quanto aos elementos básicos da experiência moderna da vida pública urbana, sendo eles: a abertura de ruas, circulação livre, encontros impessoais, uso público e espontâneo de ruas e praças e a presença de pessoas de diferentes grupos sociais passeando e observando os outros. De maneira geral, o espaço da cidade deve ser aberto, usado e aproveitado por todos. Mas isso não está relacionado apenas a vida moderna, inclui também a política. “O IDEAL MODERNO NO ESPAÇO PÚBLICO” Na política contemporânea, essa falsa cidadania universal se dá através da exclusão de grupos sociais gerando movimentos. (...) Esses movimentos visam uma vida pública e uma comunidade política na qual o respeito igual pelos direitos de todos eliminaria a necessidade de marcar diferenças e desigualdades. O ideal seria uma política democrática onde a coexistência de diferenças não assimiladas encontrariam formas de expressões no espaço público, esses espaços levam o nome de espaço público moderno e democrático. “Cidades de muros e de enclaves fortificados são cidades de fortalezas fixas e espaços de acesso restrito e controlado.” “CIDADE-JARDIM E MODERNISMO: A LINHAGEM DOS ENCLAVES FORTIFICADOS” Cidade-Jardim: Trata-se de cidades pequenas, onde os moradores vivem perto da natureza e baseavam sua economia sobre a terra. Cidades auto-suficientes. Modernismo: Esse tipo de arquitetura está relacionada ao status da burguesia e também um dos principais meios de produzir segregação. Com o planejamento urbano modernista, era aspirado a transformação do domínio público para ser homogêneo patrocinado pelo estado, criando assim uma cidade igualitária. Só que o resultado foi completamente oposto. EX: Brasília. Cidades projetadas para o tráfegos de veículos, ausência de calçadas, enclausuramento e internalização de áreas de comércio e grandes espaços vazios isolando prédios esculturais e áreas residenciais, criam e mantém a separação social. “CIDADE-JARDIM E MODERNISMO: A LINHAGEM DOS ENCLAVES FORTIFICADOS” Essas criações modernistas são usadas para destruir o espaço público. CIRCULAÇÃO: Prioriza os veículos e desestimula os pedestres. COMÉRCIO: As áreas de comércio são mantidas longe das ruas, desencorajando a interação pública ▪ Ruas mortas transformadas em vias expressas; ▪ Construções esculturais separadas por vazio ignorando o aliamento das ruas; ▪ Muros; ▪ Tecnologias de segurança enquadrando o espaço público como residual; ▪ enclaves voltados para o interior; ▪ Separação de funções; ▪ Destruição de espaços diversos e heterogêneos. “VIDA NAS RUAS: INCIVILIDADE E AGRESSÃO.” A autora descreve diferentes tipos de transformação material causados pelo processo de fortificação e ela discute como eles afetam a qualidade de vida pública. Apesar de as mudanças serem de diferentes tipos e terem efeitos diversos, mas todas elas reforçamfronteiras e desencorajam encontros heterogêneos. Todas elas criam fronteiras políticas e consequentemente deixam menos espaço para a indeterminação nos encontros públicos. Todas elas promovem intolerância, suspeita e medo. Na São Paulo contemporânea, o espaço público é o mais vazio e o uso das ruas, calçadas e praças é mais raro exatamente onde há mais enclaves fortificados, especialmente os residenciais. Um exemplo de bairro com essas características ela cita o Morumbi: ▪ As distâncias entre os prédios são muito grandes ▪ Os muros são altos sem proporção com a escala humana ▪ Grande parte possuem arames elétricos ▪ A rua são feitas para automóveis e o pedestre se sente desagradável. Em algumas partes a autora diz que pedestres que andam no Morumbi são suspeitos, que essas pessoas podem até ser trabalhadores que moram em comunidades próximas, mas são tratados pelos vizinhos ricos com distância e desdém. Ela também cita que as favelas são tratadas como enclaves privados, onde apenas os moradores e conhecidos entram nesses lugares. As classes média e alta evitam andar nas ruas e calçadas movimentadas, preferindo lugares fechados e com segurança como shoppings. E como as pessoas dessas classes utilizam somente carros para circular na cidade o transportes públicos são mais utilizados pelas classes trabalhadoras. “ Há pouca cortesia e muita agressão. E certamente há mais preconceito, já que a classe média ensina seus filhos que os ônibus são perigosos [...] O trânsito é um dos piores aspectos da vida pública em SP, o desrespeito às leis e aos direitos das outras pessoas é a norma. Há pouca civilidade, já que uma parte da população age como se as leis de trânsito fossem obstáculos à livre movimentação.”[...] - Trecho do livro pag.321. “VIDA NAS RUAS: INCIVILIDADE E AGRESSÃO.” “EXPERIÊNCIA DO PÚBLICO” Os jovens que estão crescendo nesta cidade de muros, não se sentem infelizes com suas experiências nos espaços públicos. Eles se ligam a uma “juventude globalizada” Por outro lado as pessoas mais velhas recordam a cidade, onde o uso das ruas e dos parques eram livres. A cidade velha é lembrada por essas pessoas como civilizada e mais bonita do que nos dias atuais. Como cita a Praça da Sé, onde para os moradores antigos de São Paulo ela é um símbolo de força, reapropriação política, mas que por outro lado hoje simboliza deterioração de espaço público, crime, perigo. Com a criação de muros, os moradores recriam hierarquias, privilégios, espaços exclusivos etc. Uma cidade de muros não é um espaço democrático. “SÃO PAULO E LOS ANGELES ESPAÇO PÚBLICO CONTRADITÓRIO” São Paulo e Los Angeles hoje são mais socialmente desiguais e mais dispersas do que costumavam ser, e muita das mudanças nos espaços públicos estão causando separação nos grupos sociais. Ambas foram modificadas pela abertura e flexibilização de fronteiras: ▪ Migração e reestruturação econômica em Los Angeles. ▪ Democratização, crise econômica e reestruturação em São Paulo. A autora afirma então que o movimento de construções de muros é portanto compreensível, mais que o problemas é as consequências da fragmentação, da privatização e dos muros são muito altas. O que está acontecendo nesses espaços urbanos é a segregação e intolerância.
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