Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal Fluminense (Uff) Administração Pública - Polo: Itaocara Matéria: Gestão Social e Economia Solidária Aluno: Cristiano Nascimento Campos - Matrícula: 14113110366 Atividade Avaliativa 04: De forma a embasar a criação da moeda social eletrônica, devemos começar pela economia solidária que pode ser entendida como o conjunto de atividades econômicas de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito e sua organização pode ou não ser autogerida. Estas associações são constituídas por cooperativismo popular, desenvolvendo ao mesmo tempo a produção, a prestação de serviços, o sistema de trocas, a finança solidária etc. Em quase sua totalidade são experiências estritamente vinculadas a um território, região, cidades, bairros, etc., pois atende a população mais carente, dando em visão de “pertencimento” (grupo social). A moeda social eletrônica Mumbuca tem como parceiro o Banco de Palmas, criado na comunidade “Conjunto Palmeira”, localizado na periferia de Fortaleza. Este desempenhou um papel fundamental na urbanização do bairro, que até o momento era uma favela. A associação criou em 1998 um banco popular (Banco Palmas) que veio a financiar inúmeras atividades solidárias, englobando praticamente toda cadeia socio-produtiva local. Suas atividades envolvem inúmeras linhas de microcrédito a fim de apoiar grupos produtivos com labor em artesanato, confecções e material de limpeza, dando incentivo ao consumo solidário local, através de um cartão de crédito (aceito na microrregião de atuação). Ainda criou um clube de trocas com adoção de uma moeda social do bairro, articulou um sistema de compras coletivas e de venda dos produtos do bairro com a criação de uma loja solidária, etc. Usando como arcabouço uma breve descrição do Banco Palmas, parceiro da cidade de Maricá na criação da Mumbuca, podemos entender como funciona esta moeda digital eletrônica. O Mumbuca foi o mais novo banco comunitário inaugurado no país. Chegando à marca atual de 104 instituições no país. Em dezembro de 2013 cada família com cadastro no programa "Bolsa Mumbuca” recebia 70 Mumbucas, o equivalente a R$ 70,00 (Setenta Reais), que eram usados por cartões de débito, que já os são aceitos nos estabelecimentos locais, que aderiram à iniciativa municipal. Este programa tem o intuito de mitigar a pobreza na cidade, com aproximadamente 13 mil famílias com renda de até um salário mínimo mensal. É uma forma de complementação de renda (redistribuição de renda) e os recursos do programa são limitados a cidade de Maricá, estimulando o comércio local. Ao contrário do programa Bolsa Família do Governo Federal, sacado em espécie, o crédito dos cartões dos beneficiários do Mumbuca, vão para o comercio local, havendo um controle de onde o dinheiro é gasto. Como também impede que os recursos sejam usados com produtos ilícitos. O comércio local sentiu o aumento das vendas com o uso da moeda social eletrônica social. A Rede Brasileira de Bancos Comunitários e o Instituto Palmas, fomentou o programa em Maricá. O uso da Mumbuca como forma de complementar a renda faz parte da primeira fase do programa. Agora a Prefeitura de Maricá está criando meios legais para destinar sobras de recursos da Câmara Municipal de Vereadores na confecção de um cartão que pode vir a ser utilizado por universitários da cidade na compra de livros. A prefeitura tem o intuito de liberar, usando banco comunitário, 15 Mil Mumbucas em linha de crédito, a fim de atender micro e pequenos empreendedores. Também pretendem aumentar a bolsa em até 300 mumbucas. Neste caso supracitado, vemos um exemplo de Gestão Social (Prefeitura de Maricá), onde a economia solidária foi fomentada pelo governo municipal, com transferência de renda, porém este manteve o capital girando na cidade, como artifício criou a moeda social eletrônica. O “know how” veio do Instituto Palmas (Banco Palmas, que foi criado em meio ao cooperativismo e econômia solidária, diferente de Maricá, onde o Gestor Municipal, através de seus colaboradores, usou da prática de Gestão Social e Econômia Solidária. Referências: FRANCA FILHO, Genauto Carvalho de. A problemática da economia solidária: um novo modo de gestão pública?. Cad. EBAPE.BR, Rio de Janeiro, v. 2, n.1, p. 01-18, Mar. 2004 . Available from < http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679- 39512004000100004&lng=en&nrm=iso >. accesso em 07 mai. 2019. G1: Para diminuir pobreza, Maricá, no RJ, cria 1ª moeda social eletrônica do país. Disponibilizado em: < http://g1.globo.com/rj/regiao-dos-lagos/noticia/2014/04/para-diminuir-pobreza- marica-no-rj-cria-1-moeda-social-eletronica-do-pais.html >. Acessado em: 07 mai. De 2019. SILVA JÚNIOR, Jeova Torres, GONÇALVES, Sarah Maria da Silva, CALOU, Ângela Lima - Administração Pública e Gestão Social: Os Bancos Comunitários como Instrumento de Desenvolvimento Socioeconômico de Territórios: Investigando as Singularidades destas Experiências de Finanças Solidárias. Disponível em: < http://www.anpad.org.br/admin/pdf/APS-C2557.pdf >. Acessado em: 07 mai. De 2019.
Compartilhar