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Resumo de liquidos corporais

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RESUMO DE LÍQUIDOS CORPORAIS
INTRODUÇÃO
A água é o solvente biológico por excelência, constitui cerca de 70% a 60% do organismo humano. Há variáveis que interferem na quantidade de agua corporal como idade, sexo e peso. A passagem de água na célula se dá por meio de poros presentes na membrana plasmática. O corpo mantém o volume dos líquidos corporais ganhando e perdendo água.
Formas de ganhar água (INGESTÃO): ingerindo, produzindo através de reações químicas como a oxidação de carboidratos, inspirando. 
Formas de perder água (EXCREÇÃO): na expiração (perspiração é a excreção de água na expiração), suor, fezes, rins.
OS COMPARTIMENTOS DOS LIQUIDOS CORPORAIS: LÍQUIDOS EXTRACELULAR E INTRACELULAR; LÍQUIDO INTERSTICIAL 
A manutenção de um volume relativamente constante e de uma composição estável dos líquidos corporais é essencial para a HOMEOSTASE (Homeostasia é um termo usado pelos fisiologistas para definir a manutenção das condições quase constantes no meio interno). Há uma constante troca entre líquidos e solutos com o meio externo.
O líquido corporal está dividido em líquido intracelular e líquido extracelular.
O líquido extracelular é dividido em plasma sanguíneo e interstício. Existe outro compartimento menor de líquidos chamado líquido transtubular, este compartimento inclui líquidos dos espaços sinoviais, peritoneais, pericárdio, intracelulares e cefalorraquidiano. 
LÍQUIDO EXTRACELULAR (corresponde a aproximadamente 20% do peso de um indivíduo)
PLASMA: parte não celular do sangue
INTERSTICIO: liquido presente entre as células
O volume sanguíneo contém tanto líquido extracelular (plasma) como o líquido intracelular (interior das hemácias).
A volemia é o volume do sangue contido no espaço vascular que corresponde ao volume do plasma sanguíneo. Ela apresenta variações como hipervolemia, euvolemia e hipovolemia. A primeira indica o aumento do volume plasma em relação ao volume ideal, a segunda representa o volume ideal do plasma sanguíneo, enquanto que a terceira indica uma diminuição do volume plasmático quando comparado com o volume ideal. 
Cerca de 7% do peso de um indivíduo é constituído por sangue, deste 60% é constituído pelo plasma e 40% por células. O hematócrito é a fração do sangue representado pelas hemácias. (Células/Plasma = hematócrito).
LÍQUIDO INTRACELULAR (corresponde a aproximadamente 40% do peso de um indivíduo)
CONSTITUINTES DOS LÍQUIDOS EXTRACELULAR E INTRACELULAR.
O plasma e o interstício são separados por uma membrana capilar altamente permeável a íons. A diferença mais importante entre esses líquidos é que no plasma há uma concentração maior de proteínas. E em virtude do efeito Donnam que é caracterizado pelo equilíbrio entre íons que podem atravessar a membrana e os que não podem, ocorre um equilíbrio entre as cargas das soluções. Grandes partículas negativamente carregadas, como proteínas, que não atravessam a membrana semipermeável, atraem os íons carregados positivamente e repelem os carregados negativamente. Assim, se estabelece um gradiente elétrico e de concentração de íons. No equilíbrio, os produtos e as concentrações iônicas de cada lado das membranas são iguais. Consequentemente, a concentração de partículas é desigual em ambos os lados das membranas e se estabelece um gradiente osmótico em direção ao compartimento das proteínas e por isso a concentração dos íons positivamente carregados é um pouco maior no plasma que no interstício. 
O Líquido extracelular possui maior concentração de íons de cloreto, sódio e cálcio além de mais oxigênio, glicose e ácidos graxos. No líquido intracelular, por sua vez, há maior quantidade de íons como potássio, magnésio e fosfatos.
A troca de íons e outras substancias é feita por meio da membrana plasmática. A membrana plasmática é uma bicamada lipoproteica, em que as proteínas ficam incrustadas nos lipídios. A maioria das substancias proteicas atuam como proteínas transportadoras. A membrana plasmática possui permeabilidade seletiva sendo altamente permeável à agua.
REGULAÇÃO DA TROCA DE LÍQUIDOS E EQUILIBRIO OSMÓTICO.
A membrana celular permite a passagem de água por meio de aquaporinas (canais permeáveis à água), ela é relativamente impermeável a íons menores que a agua como sódio e cloreto. Esses íons portanto são transportados por meio de proteínas carreadoras contidas na membrana plasmática chamados de canais iônicos. 
Os transportes que podem ocorrer por meio da membrana plasmática podem ser do tipo passivo ou ativo.
O transporte passivo, também chamado de difusão, é o mecanismo de passagem natural de pequenas moléculas através da membrana plasmática que ocorre sem gasto de energia. Em outras palavras, a difusão implica em movimentos moleculares aleatórios da molécula da substância pelos espaços intermoleculares da membrana ou em combinação com proteína carreadora, sendo que a energia geradora da difusão é a energia do movimento cinético normal da matéria. O movimento vai a favor do gradiente de concentração (valor da concentração de determinada substância por unidade de espaço). O transporte passivo através da membrana celular se divide em três tipos: difusão simples, difusão facilitada e osmose.
A difusão simples é classificada como o movimento cinético molecular de moléculas ou íons através de pertuito (furo, poros) da membrana ou dos espaços intermoleculares, sem necessidade de fixação a proteínas carreadoras da membrana. A difusão facilitada também chamada de difusão mediada por carreadores, implica a interação das moléculas ou íons com proteína carreadora que facilita sua passagem através da membrana, provavelmente por se fixar quimicamente a ela e se deslocar, através da membrana, nessa forma fixada. A osmose é o movimento efetivo de água através da membrana celular, fazendo com que a célula murche ou inche, dependendo da direção desse movimento efetivo. Esse processo de movimento efetivo da água, causado por diferença de concentração da própria água.
O Transporte Ativo ocorre quando a membrana celular transfere moléculas ou íons contra um gradiente de concentração, ou contra um gradiente elétrico ou de pressão. O transporte ativo é dividido em dois tipos, de acordo com a fonte de energia utilizada para o transporte. São chamados de transporte ativo primário e de transporte ativo secundário. No primeiro caso, a energia é derivada diretamente da degradação do trifosfato de adenosina (ATP) ou de qualquer outro composto de fosfato rico em energia. Já no segundo caso, a energia é derivada, secundariamente, de gradientes iônicos que foram criados, primariamente, por transporte ativo primário. Em ambos os casos, o transporte depende de proteínas transportadoras, que atravessam a membrana, de modo semelhante à difusão facilitada. No entanto, no transporte ativo, a proteína transportadora funciona de modo distinto, pois ela é capaz de transferir energia para a substância transportada, com o objetivo de que possa mover-se contra o gradiente eletroquímico.
TONACIDADE DE LÍQUIDOS
O efeito de diferentes concentrações de solutos impermeáveis do líquido extracelular no volume das células pode ser observado na figura ao lado. 
Solução Isotônica: as células não aumentam seu volume, pois as concentrações dos líquidos intra e extracelular são iguais e os solutos não podem entrar ou sair da célula. 
Solução Hipertônica: apresenta uma concentração maior de solutos impermeáveis, a água sai da célula do líquido intracelular para o extracelular. Neste caso a célula "murchar" até que as osmolaridades voltem a ficar iguais.
Solução Hipotônica: é a solução que apresenta menor concentração de solutos do que outra solução que se encontra separada da primeira por uma membrana semipermeável. A água se difunde do meio extracelular para o intracelular, causando um "inchamento" da célula. Caso o inchamento ultrapasse a capacidade de distensão da membrana, ela vai se romper, fenômeno chamado de "lise".
OSMOLALIDADE PLASMÁTICA (soluto/solvente(volemia) = osmolalidade plasmática)
Osmolalidade é a concentraçãoem osmóis por quilograma de água. Refere-se apenas ao plasma, é uma variável monitorada diariamente pelo organismo, é a concentração das partículas osmoticamente ativas. 
Pode ocorrer um aumento REAL da osmolalidade e isso significa que houve um aumento na concentração de soluto, já um aumento RELATIVO da osmolalidade significa que houve uma diminuição do solvente.
 Uma vez que o sódio é o principal cátion no líquido extracelular, ele é utilizado como referência para determinar a osmolalidade plasmática. Os sensores especializados em identificar a quantidade de sódio são chamados de osmoreceptores ou receptores osmóticos. Receptores exclusivos para o sódio são chamados de natrioreceptores. 
A principal medida rapidamente disponível ao médico para uma avalição do status do líquido do paciente é a concentração de sódio no plasma, seguindo os seguintes conceitos:
NATREMIA é a concentração plasmática de sódio.
HIPONATREMIA: a concentração de sódio no plasma é abaixo do ideal. Uma perda primária de sódio resulta em uma desidratação hipoosmótica e é associada a redução do volume do meio extracelular. As causas da hiponatremia podem ser excesso de água ou perda de sódio.
HIPERNATREMIA: quando a concentração de sódio no plasma é acima do ideal. As causas podem ser excesso de sódio ou perda de água. Se houver maior perda de água do que ingestão, há desidratação hiperosmótica, perda de água livre, que é a quantidade de água em excesso, água pura. A perda de água isosmótica, ou seja, perda de água e soluto na mesma proporção pode-se chamar de desidratação, mas, nesse caso, é comum dizer que está ocorrendo uma hipovolemia, porque a tonicidade do organismo se mantém constante. 
PRINCIPAIS HÔRMONIOS QUE ATUAM NA HOMEOSTASIA DOS LÍQUIDOS CORPORAIS
Hormônio antidiurético (ADH) também chamado de vasopressina (AVP): é produzido no hipotálamo e armazenado pela neurohipófise. Sua principal função está relacionada com o controle da taxa de excreção de água. O ADH permite a reabsorção de água livre, pois abre canais (aquaporinas) no ducto coletor, que permitem a osmose, isso causa a vasoconstrição e aumento da pressão arterial.
Aldosterona: é produzido pelo córtex adrenal na região glomerular. A aldosterona estimula a reabsorção de cloreto de sódio renal e água, um volume líquido isosmótico. O local primário de atuação se localiza nas células do tubo cortical. Portanto, o impacto dessa ação é óbvio sobre a volemia, mas não modifica a osmolaridade do organismo. Ela também aumenta a excreção de potássio na urina, além da secreção de íons de hidrogênio. A aldosterona é sensível a calemia (concentração de potássio no sangue)
Peptídeo natriurético atrial (ANP): é produzido no átrio direito e age sobre os rins. Sua função é reduzir a reabsorção de sódio pelos ductos coletores dos rins. Isso causa um aumento na excreção de sódio e água pelos rins reduzindo a pressão arterial. Este hormônio é sensível à volemia. Se ocorrer uma hipovolemia o ANP é inativado, se ocorrer uma hipervolemia o ANP é ativado e liberado na corrente sanguínea
ALGUNS EXEMPLOS ENVOLVENDO MECANISMOS HOMOSTÁTICOS DO ORGANISMO
Quando há um AUMENTO na osmolalidade plasmática
Aumento na concentração de soluto: O aumento da concentração de soluto faz com que o organismo busque o equilíbrio homeostático e por isso ocorre uma maior ingestão de água ou menor excreção de água. O aumento da osmolalidade plasmática ativa receptores no sistema nervoso central. O hipotálamo então estimula a sede e neurônios. Com a estimulação dos neurônios ocorre uma síntese de AVP ou ADH pelo hipotálamo e sua liberação na corrente sanguínea pela neurohipófise (hipófise posterior). Dessa maneira, quando ao AVP chega aos rins via corrente sanguínea ocorre uma reabsorção de água nos túbulos renais. Com isso ocorre uma diminuição na excreção de água e por isso a urina torna-se mais concentrada.
Aumento na concentração de potássio: o aumento de potássio estimula a secreção de aldosterona que eleva sua captação celular. O aumento de aldosterona na corrente sanguínea provoca um aumento acentuado na excreção de potássio pelos rins. A aldosterona aumenta a reabsorção de sódio nos túbulos distais e a reabsorção de sódio induz uma reabsorção de água e aumento na excreção de potássio.

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