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04/05/2019 1 Prof. Dr. Thalisson Saymo Placas Oclusais Placa oclusal (Capp, 1999; Ré et al., 2009) Aparelho removível, geralmente confeccionado em acrílico duro, que se encaixa sobre as superfícies oclusais e incisais dos dentes em um arco, criando contato oclusal preciso com os dentes do arco oposto. Conceito: Placa oclusal - Denominações (Capp, 1999; Ré et al., 2009) Protetor noturno Dispositivo interoclusal Aparelho ortopédico (órtese) Placa oclusal (Capp, 1999; Ré et al., 2009) ✓ Terapia reversível e conservadora ✓ Baixo custo operacional ✓ Relativa facilidade de confecção ✓ Sucesso em 70 a 90% dos casos no tratamento das DTMs, quando em associação com outras modalidades terapêuticas. Vantagens: Placa oclusal (Capp, 1999; Ré et al., 2009) ✓ Ferramenta diagnóstica na DTM – melhoram temporariamente as relações funcionais do sistema mastigatório. ✓ Tratamento de DTM: origem muscular. ✓ Tratamento de DTM: origem articular. ✓ Estratégia terapêutica para o Bruxismo Indicação: Placa oclusal (Capp, 1999; Ré et al., 2009) ✓ Seleção apropriada da placa (Identificar o fator etiológico) ✓ Confecção e ajuste da placa ✓ Cooperação do paciente Sucesso x Fracasso da Terapia com placa oclusal: 1 2 3 4 5 6 04/05/2019 2 Cerca de dos pacientes em uso de placa a longo prazo (12 meses): Queixa de desconforto! Placas Oclusais Ekberg et al., 2004 Sensação de apertamento pela placa Sensibilidade dentária Ressecamento bucal Aumento da dor Redução da mobilidade mandibular 20% Placa oclusal (Capp, 1999; Ré et al., 2009) Classificação: Quanto ao material: - Resiliente - Rígido - Misto Quanto ao arco: - Superior - Inferior Quanto a cobertura: - Total - Parcial P la ca O cl us al Classificação: ✓ Cobertura parcial ou total. Quanto a cobertura oclusal: (Caap, 1999, Ré et al., 2009) P la ca O cl us al Classificação: ✓ O uso de uma placa oclusal parcial (anterior ou posterior) deve ser por tempo limitado, por causa do alto risco de migrações dentárias resultante da falta de estabilização em todo o arco. Quanto a cobertura oclusal - Parcial: (Caap, 1999, Ré et al., 2009) P la ca O cl us al Classificação: ✓ Promovem contato oclusal contínuo, uniforme, equilibrado, estabilidade posterior e orientação anterior. Quanto a cobertura oclusal - Total: ✓ Quando em posição, os côndilos se encontram numa posição musculoesquelética estável, no momento em que os dentes apresentam contatos simultâneos e uniformes. (Caap, 1999). P la ca O cl us al (Caap, 1999; Okeson, 2013) Classificação: Quanto a localização: Superior ou Inferior ✓ Placa oclusal superior: mais estável, cobre mais tecido, mais retentiva, menor probabilidade de quebra. ✓ Placa oclusal inferior: facilidade para falar e o menos visível 7 8 9 10 11 12 04/05/2019 3 P la ca O cl us al (Caap, 1999; Okeson, 2013) Classificação: Quanto ao tipo de placa oclusal ✓ Mais usadas: Placa estabilizadora e placa de posicionamento anterior. P la ca O cl us al Classificação: Quanto ao tipo de placa oclusal – Placa estabilizadora ✓ Placa estabilizadora ou placa do tipo Michigan, também denominada de placa miorrelaxante, porque tem como principal função a redução da dor muscular. (Capp, 1999, Ré et al., 2009) P la ca O cl us al Classificação: Quanto ao tipo de placa oclusal – Placa estabilizadora ✓ Terapêutica oclusal mais utilizada em casos de disfunção temporomandibular e na proteção da dentição/ reabilitações orais em casos de hábitos parafuncionais. (Capp, 1999, Ré et al., 2009) P la ca O cl us al Classificação: Quanto ao tipo de placa oclusal – Placa de posicionamento anterior ✓ Utilizada para alterar a posição da mandíbula em relação ao crânio, que assume uma posição mais anterior do que a posição de intercuspidação. ✓ Esta é indicada para tratar mal posicionamento e deslocamento do disco com redução. (Capp, 1999, Ré et al., 2009) ✓ Outros tipos: ✓ Placa resiliente ou macia ✓ Placa de mordida anterior ou “Front-Plateau” ✓ Placa de mordida posterior ✓ Placa pivotanteP la ca O cl us al (Caap, 1999; Okeson, 2013) Classificação: Quanto ao tipo de placa oclusal P la ca O cl us al Classificação: Quanto ao material para confecção: ✓ Rígida (Resina acrílica) ou macia (Resiliente). O material de escolha para confecção das placas oclusais miorrelaxantes é a resina acrílica processada em laboratório, pois é um material rígido, facilmente ajustado e apresentam boa durabilidade. (Capp, 1999, Ré et al., 2009) 13 14 15 16 17 18 04/05/2019 4 Placa de Michigan Placa de estabilização Esplinte de superfície plana Okeson, 2013 Placa Miorrelaxante Outras denominações: (Capp, 1999; Ré et al., 2009) ✓ Geralmente confeccionada para o arco maxilar e fornece uma relação oclusal considerada ideal para o paciente. Placa Miorrelaxante Características: Placa oclusal (Capp, 1999) ✓ Deve fornecer contatos simultâneos no fechamento com todos os dentes do arco oposto e orientação anterior, causando imediata desoclusão dos dentes posteriores. Características: ✓ Podem oferecer uma condição oclusal que permite que os côndilos assumam sua posição articular mais ortopedicamente estável. Placa oclusal (Capp, 1999) Características: ✓ Uso contínuo - é uma terapia reversível e somente é eficaz quando o paciente está usando. ✓ Necessita de ajuste com frequência para manter uniforme o contato oclusal e a desoclusão. (Capp, 1999; Ré et al., 2009) ✓ Desordens musculares. ✓ Desordens articulares inflamatórias. ✓ Bruxismo e apertamento dental excessivo ✓ Tratar cefaléia e dor miofascial ✓ Tratar as retrodiscites e capsulites secundárias a microtraumas e macrotraumas Indicação: Placa Miorrelaxante Placa oclusal (Amorim et al., 2010; Cruz-Reyes, 2011; Kawazoe, 1980). ✓ Reduz e modula a hiperatividade muscular, pois provocam relaxamento imediato e pronunciado nos músculos mastigatórios – alivio da dor muscular. ✓ Eficácia avaliada por testes eletromiográficos, indicando redução na atividade elétrica dos músculos temporal e masseter durante a noite, mostrando um efeito miorrelaxante nestes músculos. Função: 19 20 21 22 23 24 04/05/2019 5 Placa oclusal (Capp, 1999; Ré et al., 2009) ✓ Promove estabilidade oclusal. ✓ Diminui ou altera a quantidade de carga sobre a ATM. Função: Placa oclusal (Capp, 1999; Ré et al., 2009) ✓ Proteger os dentes e suas estruturas de suporte de forças anormais que possam criar colapso e/ou desgaste dentário. ✓ Terapêutica aplicada no bruxismo do sono e na DTM (importante a associação com outras modalidades terapêuticas). Função: (Capp, 1999; Ré et al., 2009) ✓ Adaptação, estabilidade e retenção ✓ Superfície oclusal plana e lisa ✓ Contatos mais acentuados nos dentes posteriores ✓ Oclusão mutuamente protegida ✓ Não promover injúrias aos tecidos moles Requisitos: Placa Miorrelaxante CONFECÇÃO TÉCNICA INDIRETA TÉCNICA DIRETA resina termopolimerizável placa de acetato + resina autopolimerizável resina autopolimerizável Okeson, 2000 Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante 25 26 27 28 29 30 04/05/2019 6 TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa MiorrelaxanteTÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante 31 32 33 34 35 36 04/05/2019 7 TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante 37 38 39 40 41 42 04/05/2019 8 TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante 43 44 45 46 47 48 04/05/2019 9 TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante INSTALAÇÃO Retenção Estabilidade Contatos em RC, protrusão e lateralidade Retornos TÉCNICA INDIRETA Okeson, 2000 Placa Miorrelaxante TÉCNICA INDIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA DIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante 49 50 51 52 53 54 04/05/2019 10 TÉCNICA DIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA DIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante TÉCNICA DIRETA Basso, MFM; Lucas, MG Placa Miorrelaxante Clark, 1989; Okeson, 1992; Okeson, 2000 USO DIURNO USO NOTURNOx - 24 horas X uso noturno - gravidade e extensão da injúria - idade - saúde - estética Wilkinson et al., 1992 Alencar Jr, 2005 - dor ao acordar - dor durante o dia e/ou final da tarde - uso diurno < uso noturno (apertamento diurno agressivo) - uso noturno desordens dolorosas miogênicas - uso contínuo desordens intracapsulares Clark et al., 1984; Wilkinson et al., 1993 Placa oclusalMecanismos de ação da Alteração da condição oclusal. Alteração da posição condilar. Aumento da dimensão vertical. Conscientização. Efeito placebo. Alteração dos impulsos periféricos ao SNC. Regressão à origem. Okeson, 2013 55 56 57 58 59 60 04/05/2019 11 Todos os aparelhos alteram temporariamente a condição oclusal existente. Essa mudança ocasiona uma diminuição da atividade muscular e dos sintomas. Alteração da condição oclusal Okeson, 2013 Muitos aparelhos alteram a posição condilar para uma posição músculo-esqueletal mais estável. Estabilidade articular pode levar a uma diminuição dos sintomas. Alteração da posição condilar Okeson, 2013 Alteração da dimensão vertical Todos os aparelhos oclusais aumentam a D.V. O aumento da D.V. reduz a atividade muscular e os sintomas associados com a DTM. Okeson, 2013 Conscientização Os aparelhos agem como “alertas“. Os pacientes passam a ter consciência dos seus comportamentos funcionais e parafuncionais. Okeson, 2013 Efeito Placebo Efetivo em 40% dos pacientes com DTMs Relação profissional-paciente Condicionamento (esclarecimento do problema e segurança) Diminuição da ansiedade e expectativa Uma relação de confiança com o paciente pode ser o fator final na determinação do sucesso do tratamento Okeson, 2013 Alteração dos impulsos periféricos ao SNC A hiperatividade noturna dos músculos parece ter sua origem no SNC. As placas oclusais promovem uma mudança nos impulsos periféricos e reduzem o bruxismo induzido pelo SNC. Okeson, 2013 61 62 63 64 65 66 04/05/2019 12 Regressão à origem É um termo estatístico para explicar a flutuação dos sintomas associados com as condições de dor crônica. O paciente procura tratamento nas crises de dor. Redução da dor regressão à origem Okeson, 2013 67
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