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Introdução à Psicologia dr. CCN

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INTRODUÇÃO À PSICOLOGIA
CONCEITO E OBJECTO DE ESTUDO DA PSICOLOGIA
O comportamento e a mente humana sempre despertaram interesse e fascínio, especialmente dos filósofos. Porém, o termo Psicologia surge apenas no século XVI, sugerido por Rudolfo Goclénio, (ROSA, 1995).
O autor acima, acrescenta que a origem etimológica da palavra Psicologia assenta precisamente na noção de alma. 
Deriva do latim: 
psiché (alma) + logos (razão) 
Na mesma ordem de ideias, Aristóteles (séc. IV a.C.), importante filósofo, foi considerado por muitos o autor do primeiro estudo de psicologia intitulado "Acerca da Alma" (ROSA, 1995:67).
Entretanto, Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e as funções mentais. Ou seja, a Psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos (psiquismo), (TELES, 2006:156).
No que se refere ao objecto de estudo da psicologia, podemos destacar que a Psicologia trata de estudar o comportamento humano nas suas diversas manifestações (observáveis e não observáveis).
O comportamento humano é também difícil de ser compreendido pela natureza da sua realidade, bio-psico-sócio-cultural. A análise do seu comportamento requer o cuidado de ter-se em conta essa complexa realidade humana. Por esta razão a Psicologia pode e deve possuir laços interdisciplinares com outras ciências, como por exemplo, as de natureza biológica, sociológica, cultural, etc. Nesta ordem de idéias, CARDOSO, FROIS & FACHADA (1993) consideram como objectivo final da Psicologia a explicação das condutas em função dos factores ou variáveis que as condicionam ou determinam, daí a necessidade de se ter em conta as outras áreas científicas na abordagem dos fenómenos psicológicos.
ESCOLAS PSICOLÓGICAS NO SÉCULO XIX
Designa-se escola psicológica aos grupos de pensadores e pesquisadores que se associam ideológica e, às vezes, geograficamente ao líder de um movimento. Os membros de uma escola de pensamento trabalham em problemas comuns e compartilham uma orientação teórica, (SCHULTZ & SCHULTZ, 1992:124).
No entanto, no século XIX existiram 3 escolas psicológicas que impulsionaram a construção da Psicologia como ciência:
Funcionalismo 
Esta corrente parte das questões: "o que os homens fazem" e" porque o fazem” - William James: o homem usa a consciência para adaptar-se ao meio, (SCHULTZ & SCHULTZ, 1992:126).
Assim, William James (1820-1903): Investigou a utilidade/função dos processos mentais para o organismo nas suas permanentes tentativas de se adaptar ao meio ambiente. 
Objeto de estudo: Consciência 
Método: Observação Introspectiva e técnicas de obtenção de dados, como a pesquisa fisiológica, testes mentais, questionários e descrições objetivas do comportamento 
Estruturalismo 
Esta escola/corrente relaciona os estados da consciência com estruturas mentais. Edward Titchner (1867-1927): Seguidor de Wundt propôs o estruturalismo, o qual pretende analisar a consciência nas suas partes constituintes para assim determinar a sua estrutura. Estruturalismo tentou analisar os três elementos básicos da consciência: sensações, sentimentos e imagens e, desta forma fez um estudo sistemático da mente, analisando sua estrutura e, portanto, foi nomeado como estruturalismo, (SCHULTZ & SCHULTZ, 1992:126).
O objeto de estudo desta escola é a Estrutura da consciência. 
O seu Método é: Introspecção qualitativa que consistia em, observadores descreverem o seu estado consciente após sujeitos a um dado estímulo.
Associacionismo
Esta escola considera que a aprendizagem se dá pela associação de ideias - Lei do Efeito: o comportamento recompensado tende a se repetir.
Edward Thorndike (1874-1949): Elaborou uma teoria objetiva e mecanicista da aprendizagem que se concentra no comportamento manifesto. Importante pesquisador no desenvolvimento da Psicologia Animal, SCHULTZ & SCHULTZ, 1992:127).
Objeto de estudo: Comportamento aprendido 
Método: Experimental que consistia em estabelecer conexões/associações entre situações e respostas 
A PSICOLOGIA COMO CIENCIA 
Há que destacar que “A psicologia se desenvolveu a partir da Biologia e da Filosofia, com objectivo de se tornar uma ciência que descreve e explica como pensamos, sentimos e agimos.” (MAYERS, 1999:1). Numa primeira manifestação a Psicologia foi, simplesmente, uma disciplina descritiva, isto é, tratava de descrever as manifestações comportamentais dos indivíduos sem com isso explicar a causa ou os porquês dessa manifestação. 
No entanto, pode-se considerar dois grandes momentos na estruturação da Psicologia enquanto ciência:
1º - Constituição dos pensamentos que fundamentaram sua origem, denominado Idéias Psicológicas.
2° - Psicologia Científica, momento em que a Psicologia foi considerada e legitimada como ciência, ganhando autonomia em relação à Filosofia.
As Idéias Psicológicas surgiram porque o homem passou a criar respostas sobre os fenômenos que o cercavam. Estas respostas eram, conforme vimos, elaboradas por meio de mitos. Posteriormente, elas passaram a ser organizadas pela razão. A Filosofia deu o embasamento necessário a essas respostas.
Contudo, a Psicologia como Ciência independente (da Biologia e da Filosofia) nasceu em 1879, “data em que o alemão Wilhelm Wundt estabeleceu em Lípsia (hoje Alemanha do Leste), o primeiro laboratório de Psicologia Experimental” (CAPARRÓS, 1999:10), que passou a investigar o comportamento humano, tentando medi-lo, modelá-lo e controlá-lo. Isto fez com que a Psicologia se constituísse como um campo científico próprio gerado a partir de métodos específicos e independentes da Filosofia, atingindo, assim, o status de ciência.
Este foi o momento em que o MÉTODO CIENTÍFICO favoreceu o desenvolvimento tecnológico e passou a ser utilizado pelas CIÊNCIAS NATURAIS para explicar os fatos e fenômenos do cotidiano. Foi a partir de então que os cientistas começaram a se dedicar experimentalmente à Psicologia.
As principais questões da Psicologia baseavam-se no estudo do comportamento humano. Buscava-se definir se esse comportamento era inato ou adquirido, e os fatos eram entendidos a partir de uma perspectiva global.
Assim, considerando-se o constante aprimoramento das ciências, bem como a condição social e histórica do objeto de estudo da Psicologia, podemos dizer que ela se preocupa principalmente com o comportamento humano, analisando-o por meio do método científico. Para tanto, como ciência, entende esse comportamento – consciente ou inconsciente – a partir dos aspectos que envolvem as leis gerais próprias da espécie humana, bem como seus condicionantes ambientais e sociais, dentre outros.
É a partir desta abordagem que os diferentes fenômenos ligados ao comportamento humano vão constituir também domínio da Psicologia.
Suas contribuições passam a ser aplicadas em diferentes campos, como a educação, a saúde, o trabalho e muitos outros, e levam à especialização desta ciência. O objetivo destas contribuições é proporcionar ao homem bem-estar, plenitude física, emocional e social.
Em suma, pode se aferir que a Psicologia é uma ciência com uma história fundamentada pelas bases da Filosofia e se constituiu como ciência a partir do momento em que passou a realizar experimentos específicos, legitimando métodos e técnicas próprias.
Contudo, a partir dos avanços históricos dos métodos e técnicas, podemos afirmar que a
Psicologia é a ciência que investiga o comportamento humano em sua totalidade.
Bibliografia
ROSA, M. Introdução à Psicologia. Petrópolis: Vozes, 1995.
SCHULTZ, D. P. & SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix, 1992.
TELES, M. L. S. O que é Psicologia. São Paulo: Brasiliense, 2006. (Coleção primeiros passos).
MYERS, David. Introdução Psicologia Geral. São Paulo: Editora Santuário, 1999.
CAPARÓS, António. História da Psicologia. Lisboa: Plátano editora, 1999.
CARDOSO, Adelino, FROIS, António,FACHADA, Odete. Rumos da Psicologia. Lisboa, Edições Rumo, 1993.
RESUMO DOS SEMINÁRIOS DOS GRUPOS 
Seminário I
O Homem como unidade Bio-Psico-Sócio-CulturalA evolução psíquica do s indivíduos depende da maturação e do desenvolvimento genético; dos estímulos sociais e afetivos. 
Todo ser humano à nascença já constitui se como indivíduo, com qualidades de integridade próprias, particularidades que o distinguem dos outros. O mesmo não se pode dizer em relação à Personalidade. O ser humano forma sua personalidade em resultado da sua constituição biológica (características herdadas), das influências do meio social e cultural do contexto em que se encontra (aquisições do meio), assim como das experiências de vida (desenvolvimento), e sempre considerando seu desenvolvimento psicológico (estabilidade emocional, d e sentimentos). Por tal se diz ser uma unidade biopsicossocial. 
Em suma podemos ter o seguinte: 
	Unidade
	Descrição
	Bio (Biológica)
	Reproduz e morre
	Psico (Psicológica)
	Pensamento, memória, linguagem, imaginação, atenção, o que lhe permite usar o raciocínio (razão) em todas as suas dimensões 
	Sócio (social)
	O indivíduo influencia e é influenciado pela sociedade (família, grupos, Comunidade, igreja, crech e, escola, em presa ou local de trabalho, meios de comunicação) ao longo do seu processo vital (socialização). 
	Cultural
	Tradições, usos e costumes que o fazem ser semelhantes aos outros seres envolventes. (aculturação, inculturaç ão). 
Psicofisiologia do Sistema Nervoso 
A comunicação no sistema nervoso é central para o comportamento. Em breves anotações examinaremos a organização do sistema nervoso. 
Especialistas acreditam que há de 85 a 180 bilhões de neurônios no cérebro humano.
Obviamente isto é apenas uma estimativa. Se os contássemos sem parar a proporção de um por segundo, estaríamos contando por cerca de 6 mil anos! Multidões de neurônios no sistema nervoso tê m de trabalhar junto para manter a informação f luindo eficientemente. Para fazer isso, eles estão organizados em equipas, várias das quais têm funções e deveres especializados que de pendem, antes de tudo, de sua localização.
Sistema nervoso central (SNC) 
O Sistema Nervoso Cen tral (SNC) é a porção do sistema nervoso que fica dentro do crânio e da coluna espinhal. Assim, o SNC compree nde o cérebro e a medula Espinhal.O SNC é banhado na sua sopa nutritiva especial chamada fluido cérebroespinal (FCE). Este fluido alimenta o cérebro e fornece -lhe uma proteção. 
Embora derivado do sangue, o FC é cuidadosamente filtrado. 
 
Para entrar n o FCE, as substâncias do sangue têm de passar pela barreira cérebro-sanguínea, um mecanismo membranoso semipermeável que impede a passagem de certas substâncias químicas entre a corrente sanguínea e o cérebro. Esta barreira evita que algumas drogas entrem no FCE e afetem o cérebro. 
A medula espinhal liga o cérebro ao resto do corpo através do sistema nervoso periférico. Embora se pareça com um cabo do qual os nervos somáticos saem, ela é parte do sistema nervoso central e vai desde a base do cérebro até um nível abaixo da cintura, abrigando aglomerados axônios que carregam os comandos do cérebro aos nervos periféricos e conduzem sensações de periferia do corpo cérebro. Muitas formas de paralisia resultam de danos na medula espinhal, facto que ressalta o papel crítico que el a representa na transmissão de sinais do cérebro aos neurônios que movem os músculos do corpo. 
 
Cérebro 
Evidentemente, a glória suprema do sistema nervoso central é o cérebro, que, anatomicamente, é a parte do sistema nervoso central que preenche a porção superior do crânio. Embora pese apenas cerca de 2 quilos e possa ser carregado em uma das mão s, ele contém bilhões de células que interagem, integram informação de dentro, coordenam as acções do corpo e nos capacitam a falar, pensar, recordar, planear, criar e sonhar. 
O Sistema Nervoso Periférico 
Constitui o primeiro e o mais importante corte que separa o sistema nervoso central 
(cérebro e medula espinha l) do sistema nervoso p eriférico. O sis tema nerv oso periférico é formado por todos os nervos que ficam fora do cérebro e da medula espinhal. Nervos são aglomera dos de fibras de neurônios (axônios) que estão no sistema nervoso periférico. Essa porção do sistema nervoso é exatamente o que parece, a parte que se estende para a periferia (parte de fora) do corpo. O sistema nervoso periférico pode ser subdividido em dois: somático e autônomo. 
Sistema nervoso somático 
O sistema nervoso somático é formado por nervos que se conectam a os músculos esqueléticos voluntários e a os recetores sensoriais . Estes nervos são os cabos que carregam informação dos recetores na pele, músculos e juntas ao sistema nervoso central e também ordens do sistema nervoso central aos músculos. 
Estas funções requerem dois tipos de fibras nervosas: 
Aferentes, que são axônios que carregam informação para dentro do sistema nervoso central da periferia do corpo; 
Os eferentes, que são axônios que carregam informações para fora do sistema 
nervoso central até a periferia do corpo. 
O sistema nervoso somático permite que nos sintamos e movamos no mundo. 
 
Sistema nervoso autônomo 
 O sistema nervoso autónomo é formado de nervos que se ligam ao coração, aos 
vasos sanguíneos, aos músculos lisos, e s glândulas. 
Como o próprio nome indica, é um sistema separado (autónomo), embora seja principalmente controlado pelo sistema nervoso central. O sistema nervoso autónomo controla funções automáticas, involuntárias, em que normalmente as pessoas não pensam, como a batida cardíaca, a digestão e a transpiração. Ele intermedia muito de o despertar fisiológico, que ocorre quando as pessoas experimentam emoções. Imagine se, por exemplo, caminhando para casa sozinho a noite, quando uma pessoa, de aparência pobre aparece atrás d e nós e começa a seguir-nos. Caso sintamo-nos ameaçados, a nossa batida cardíaca e respiração intensar-se-ão. A nossa pressão sanguínea poderá subir, possivelmente sentiríamos arrepios, e as palmas d as mãos poderão começar a transpirar. Estas reações difíceis de controlar são aspectos do despertar autónomo. 
O sistema nervoso autónomo pode ser dividido em dois ramos: simpático e parassimpático. 
Sistema nervoso simpático
É o ramo do sistema nervoso autónomo que mobiliza o s recursos do co rpo para a 
emergência. Ela cria a reacção de luta ou fuga. A ativação d este sistema desacelera 
processos digestivos e drena o sangue da periferia, diminuindo o sangramento em caso de ferimento.
Os nervos sim páticos principais enviam sinais às glândulas suprarrenais, liberando as hormonas que preparam o corpo para o esforço. 
Sistema nervoso parassimpático 
É o ramo do sistema nervoso autónomo que geralmente conserva os recursos corporais e ativas os processos que permitem ao corpo economizar e armazenar energia. Por exemplo, acções dos nervos parassimpáticos diminuem o ritmo cardíaco, reduzem a pressão sanguínea e promovem a digestão.
O Papel da Hereditariedade e do Meio na conduta 
De acordo com ROBERT PLOMIN (1993),talvez o principal sobre a genética do comportamento na última década, o que os cientistas verificaram a repetidas vezes foi que hereditariedade e experiência influenciam conjuntamente muitos aspectos do comportamento. Além disto seus efeitos são interativos - elas jogam uma com a outra. 
O herdado e o meio: que interacção?
O organismo e o ambiente fazem parte de um todo no qual são interrelacionados e em constante interação.O meio mobiliza ou favorece disposições hereditárias, mas por sua vez a acção do meio não é independente dessas disposições. 
Por um lado, qualquer fator hereditário opera de modo diferente quando as condições do meio ambiente variam. Por outro lado, as condições do meio ambiente exercem diferentes influências sobre as características hereditárias. 
As disposições hereditárias traça m o marco do desenvolvimento e oferecem -nos um plano de construção do organismo. Os genes exercem um papel ou acção diretiva nos fenómenos do desenvolvimento embrionário e , especialmente, dos primeiros anos de vida, isto é, não se transmitem qualidades já desenvolvi das, mas apenas disposições ou possibilidades para configurar essas qualidades. 
Por exemplo, a estatura de um indivíduo depende de toda a carga genética, m as além disso, variará, entre outros factores de acordo com a alimentação recebida nos primeiros anos de vida e com as vicissitudes do desenvolvimento glandular posterior. 
Herança e meio são factores que contribuem para a formação do n ovo se r e 
Herança e o meio são factores que contribuem para a formação do novo ser e se misturam de tal modo que é difícil distinguir o que corresponde a um e ao outro; 
Não podem ser considerados opostos ou antagónicos mas complementares; 
Era comum considerar a herança é rígida, fixa, imutável, irreversível algo como código ou lista de instruções e procedimentos que não admite modificações e na qual cada instrução age de modo independente das demais, mas hoje tal posição não se sustenta por que também os genes podem sofrer uma mutação, brusca ou não.
Portanto, Dizer que um os “genes influenciam x ou y” não quer dizer que os genes determinam x ou y”. Tão pouco quer dizer que o ambiente tenha pouca influência sobre a qualidade em questão. Do início até ao fim da vida, os organismos estão denso constantemente moldados tanto pela hereditariedade como pelo ambiente. A natureza e a extensão de uma influência sempre dependem da contribuição da outra. 
Seminário II
Desenvolvimento filogenético do psíquico e suas teorias (Endógenas e Exógenas)
Dependência da psique ao meio 
A extraordinária variedade que o meio ambiente tem (clima, condições de vida) suscitou a diferenciação dos organismos (na terra vivem milhões de espécies de animais). Entre toda a multiplicidade de fenómenos terrestres, existem suas mudanças cíclicas anuais, a mudança do d ia e da noite, as mudanças de temperatura etc., e todo o organismo vivente adapta -se as condições existentes. 
 
Uma modificação brusca do ambiente provoca n o animal ou o seu desaparecimento. 
O meio e a condição de existência do organismo vivo , e o f ator m ais importante para determinar a vida dos seres viventes, ou seja, dito em outras palavras, a existência dos organismos viventes esta condicionada causalmente pelo meio ambiente. Quanto mais alta e a capacidade do reflexo dentro de um determinado meio, mais livre e a espécie do influxo do meio. 
A psique e a evolução do sistema nervoso 
 
Para que haja um reflexo adequado e necessário antes de mais uma estrutura dos órgãos de sentido e do sistema nervoso . O grau de desenvolvimento dos órgãos de sentido e do sistema nervoso determina constantemente o grau e a forma do reflexo psíquico. 
Em corresponderia com o desenvolvimento do sistema nervoso se tem mais completas as formas do reflexo psíquico ou seja quanto mais completo e o sistema nervoso tanto mais perfeito e a psique. 
 
A evolução d a psique não ë linear, ate que se aperfeiçoe em diferentes direções. 
Num mesmo meio habitam animais com os mais variados níveis de reflexo e ao contrário, em meios diferentes podem-se encontrar diferentes tipos de animais com níveis de reflexos semelhantes. 
O meio, como a mateira, não e invariável, e le evolui. A este meio em evolução adapta-se a espécie animal que nele habita. Pode acontecer, sem dúvidas, que o meio radicalmente se modifique para alguns animais e isto influencia no desenvolvimento das funções psíquicas, ao mesmo tempo, a mudança ocorrida não exerce uma influência determinante n o desenvolvimento das f unções dos outros animais.
 
Surgimento da consciência no processo da Actividade humana 
 Consciência 
A psique como conjunto de reflexos da realidade no cérebro do s homens caracteriza-se por possuir diferentes níveis. 
O mais alto nível da psique, que é próprio do Homem, forma a consciência. A consciência e a forma superior integrante d a psique d o Homem que s e forma como resultado das condições histórico-sociais na actividade laboral e na permanente comunicação oral com as demais pessoas. Neste sentido, pode -se dizer que a consciência e em última instância (como dize m os clássicos marxistas) um produto social, a consciência e a existência consciente. 
Diferença entre psique humana e psique animal 
Sem dúvidas existe uma imensa diferença qualitativa entre a psique humana mais altamente organizada e a psique animal. Assim não e possível fazer um a comparação entre “linguagem” dos animais e a linguagem humana, pois enquanto o animal com a sua linguagem pode somente emitir sinais a seus congéneres, em relação a fenómenos limitados por uma situação imediata, 
directa, pelo contrario o Homem pode informar a outras pessoas com ajuda da 
linguagem, sobre o passado, o presente, o futuro e transmitir aos outros a experiência social. 
Mediante muitas pesquisas os investigadores mostraram que o pensamento pratico e somente próprio aos animais superiores. Nenhum investigador observou a forma abstrata do pensamento no estudo da psique dos animais. O animal pode somente atuar dentro das marcas duma situação visivelmente percebida, da qual não pode abstrair e da qual não pode assimilar os princípios abstratos. O animal e escravo da situação percebida de forma imediata. A conduta do Homem caracteriza-se pela sua capacidade de abstrair-se ou afastar-se duma situação concreta dada e prever as consequências que podem surgir 
em relação a dita situação. 
Desta forma, o pensamento concreto ou prático dos animais e somente a sua impressão directa sobre a situação dada, enquanto a capacidade do Homem de pensar abstratamente supera a dependência directa da situação dada. O Homem e capaz de enfrentar não somente a s influências diretas do meio, mas pode também prever aquelas que podem suceder. O Homem tem a capacidade de abstrair em correspondência com a necessidade conhecida, ou seja conscientemente. Esta e a primeira distinção entre a psique humana e a psique animal. 
A outra diferença e que o Homem tem a capacidade de criar e conservar ferramentas. O animal cria instrumentos ou ferramentas num a situação concreta. Fora desta dada situação concreta o animal nunca identifica os instrumentos, nem se aproveita deles, uma vez que o instrumento joga um papel naquela dada situação, que mediatamente deixa de existir para as outras situações; 
Os homens criam instrumentos de acordo com um plano previsto anteriormente , utiliza estes instrumentos segundo o fim a que estão destinados, e a conserva; e to do o homem adquire experiência com os outros homens no uso destes instrumentos;
A transmissão das experiências sociais , caracteriza o homem o qual dispõe dum a experiência a cumulada pelas geraçõesanteriores. As experiências sociais transmitidas ao homem desenvolvem - se em grande parte na psique. Desde a mais tenra idade a criança aprende a dominar as formas de utilização d os instrumentos e as formas de trata -los. As funções psíquicas do homem mudam qualitativamente graças ao domínio de cada sujeito em particular sobre os instrumentos do desenvolvimento cultural da humanidade. E no homem se desenvolvem as funções superiores propriamente humanas 
(linguagem, memória, pensamento atenção). 
A quinta distinção entre a psique humana e animal são os sentimentos: para o homem e animais superiores o sentimento e mais daquilo que ocorre em seu redor, os objetos e os acontecimentos podem suscitar nos animais e homens determinados tipos de reações dependendo da quilo que influencia -os, ou emoções positivas e negativas. Sem dúvidas somente no homem pode existir a capacidade de sentir pena ou alegria sobre o outro Homem, somente o homem pode experimentar determinados sentimentos ao tomar consciência de algum aspecto vital nisto. 
Teorias de Desenvolvimento do Psíquico
Endogénicas
O desenvolvimento psíquico é feito dependentemente de factores biológicos: a hereditariedade e as predisposições inatas tornam lugar de relevo. O desenvolvimento do Homem está programado e preformado pelas disposições. 
Segundo esta teoria, os factores do meio ambiente são apenas um atributo subordinado, as aptidões e qualidades psicológicas da personalidade são reduzidas aos instintos inatos d e acordo com Mendel, W eizman e Morgan. 
Exogénicas 
O Homem seria no momento do nascimento um a tábua rasa, pelo adestramento e hábito poder-se-ia fazer-se tudo quando são aplicados os métodos respetivos. Este grupo de teorias acentua o meio ambiente em que decorre o desenvolvimento comparativam ente aos outros factores como força determinante de desenvolvimento psíquico. 
O desenvolvimento é mais ou menos diretamente reduzido á educação e formação. 
Contudo a criança e o jovem são considerados como objetos positivos das influências externas e deste modo expostos a métodos mecânicos de educação, segundo Watson.
Desenvolvimento da consciência no processo da Actividade Humana
O desenvolvimento humano deve ser entendido com uma globalidade, mas, para efeito de estudo, tem sido abordado a partir de 4 aspectos básicos. 
Aspecto físico-motor: Refere-se ao crescimento orgânico, a maturação neurofisiológica, a capacidade de manipulação de objetos e de exercício do próprio corpo.
Aspecto Intelectual - Concerne a capacidade de pensamento, raciocínio. 
Aspecto Afectivo-emocional - É modo particular de o indivíduo integrar as suas experiências. É o sentir. A sexualidade faz parte deste aspecto.
Aspecto Social - Diz respeito a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas. 
Seminário III
Psicologia de Desenvolvimento
O termo desenvolvimento humano é utilizado para indicar um processo complexo de transformação contínua, dinâmica e progressiva que começa com a vida, isto é, na concepção, e a acompanha, sendo agente de modificações e aquisições (PINHEIRO, 2013:49). 
Este processo ocorre durante todo o ciclo vital, por meio da interacção entre as características biológicas individuais (crescimento e maturação) com o meio ambiente ao qual o sujeito é exposto (PAPALIA & OLDS, 2006:37).
Neste sentido, o termo meio ambiente deve ser entendido como algo muito amplo, que envolve cultura, sociedade, práticas e interacções.
Factores que influenciam no desenvolvimento humano
Diversos factores indissociáveis e em contínua interacção afectam todos os aspectos do desenvolvimento. São eles (BOCK, FURTADO & TEIXEIRA, 1999):
Hereditariedade – conjunto de processos biológicos que asseguram que cada ser vivo receba e transmita informações genéticas através da reprodução, sendo responsável pelos muitos aspectos da forma do corpo, do funcionamento dos órgãos e do tipo de comportamento. A carga genética define o potencial do indivíduo, que pode ou não desenvolver-se. 
Temos como exemplo as pesquisas que comprovam os aspectos genéticos da inteligência, no entanto, ela pode desenvolver-se aquém ou além do seu potencial, dependendo das condições do meio que encontra. 
Crescimento orgânico – processo responsável pelas mudanças do organismo tanto em tamanho como em complexidade. Refere-se às transformações do organismo como um todo, sofrendo influências tanto ambientais quanto do processo maturacional. 
Por exemplo, pensemos nas possibilidades de descobertas de uma criança, quando começa a engatinhar e depois a andar, em relação a quando esta criança estava no berço com alguns dias de vida. 
Maturação neurofisiológica – diz respeito ao processo de evolução da maturação do sistema neurofisiológico, tornando possíveis determinados padrões de comportamento. 
Como exemplo, temos o processo de alfabetização, que depende dessa maturação, pois para segurar o lápis e manejá-lo como nós é necessário um desenvolvimento neurológico que a criança de 2 ou 3 anos ainda não tem. 
Meio – diz respeito ao conjunto de influências e estimulações ambientais que interferem nos padrões de comportamento do indivíduo, incluindo neste termo a cultura, sociedade, práticas e interacções. 
Desenvolvimento e Socialização
Designa os processos pelos quais os indivíduos se apropriam das normas, valores e funções que regem o funcionamento da sociedade.
SAVOIA (1989:55) garante que “o processo de socialização consiste em uma aprendizagem social, através da qual aprendemos comportamentos sociais considerados adequados ou não e que motivam os membros da própria sociedade a nos elogiar ou a nos punir”.
Assim, ela favorece a adaptação de cada indivíduo à vida social e mantém uma certa coesão entre os membros da sociedade.
Tipos de socialização 
O processo de socialização ocorre durante toda a vida do indivíduo (SAVOIA, 1989); por isso, esse processo é dividido em etapas: 
Socialização primária: ocorre na infância com os agentes socializadores citados anteriormente, que exercem uma influência significativa na formação da personalidade social;
Socialização secundária: ocorre na idade adulta. Geralmente, nessa etapa, o indivíduo já se encontra com sua personalidade relativamente formada, o que caracteriza certa estabilidade de comportamento. Isso faz com que a acção dos agentes seja mais superficial, mas abalos estruturais podem ocorrer, gerando crises pessoais mais ou menos intensas.
Desenvolvimento cognitivo
A Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget:
A influencia de Jean Piaget não tem andado longe da Freud. Nascido em Suécia em 1896, Piaget passou a maior a parte da sua vida dirigindo um instituto de desenvolvimento infantil em Genebra. Publicou um numero extraordinário de obras e trabalhos científicos, não apenas sobre o desenvolvimento da criança, mas também sobre educação, historia do pensamento, filosofia e lógica, e manteve a sua prodigiosa produção ate a data da sua morte em 1980. 
Embora Freud tenha dado tanta importância, nunca estudou directamente a criança. A sua teoria foi desenvolvida a partir de observações feitas no decurso de tratamento de pacientes adultos em sessões de psicoterapia. Piaget, pelo, contrario, passou, passou a maior parte da sua vida observando o comportamento de bebes, crianças e adolescentes. Baseou-se muito do seu trabalho em observações minuciosas de um numero limitado de indivíduos, mais do que no estudo de grandes amostras. Não obstante, defendia que a maioria das suas das suas principais descobertas eram validas para o desenvolvimento das crianças de todas as culturas.
 O desenvolvimento cognitivo (desenvolvimento do pensamento)
De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é produto do equilíbrio entre o organismo e o meio, porque a aquisição ou assimilação de conhecimentos é um processo evolutivo deconstrução, na teoria epistemológica de conhecimento ou epistemologia genética.
No desenvolvimento cognitivo colocam-se as questões como: " como é possível o conhecimento"? como é que os conhecimentos aumentam, (compreensão? extensão)? quer dizer em quantidade como em qualidade. 
Um conhecimento é construído com base nos conhecimentos anteriores organizando-se em processos cognitivos segundo a adaptação do organismo ao meio. A ideia piagetiana é estrutural ou construcionista quando evidencia a construção ou organização de estruturas mentais ou processos cognitivos. Por outro lado, é funcional ou psicobiológica devido a adaptação orgânica e intelectual ao meio como condições funcionais no sentido de surgir uma organização das estruturas cognitivas. Assim, o desenvolvimento cognitivo surge das funções de organização e de adaptação.
	 O desenvolvimento leva as mudanças progressivas e sequenciais na estrutura da organização dos processos cognitivos por causa da dialéctica ou interacção a organização e adaptação. A progressiva adaptação orgânica e intelectual ao meio conduz ou leva a uma progressiva mudança na sequência das estruturas cognitivas, tendo um estado mutável e não rígido.
Assim, o processo de adaptação realiza-se por meio de equilíbrio entre assimilação e acomodação. O equilíbrio leva a aquisição de estruturas cognitivas (o desenvolvimento cognitivo). As estruturas cognitivas se resumem em dois tipos: esquemas e conceitos.
Um esquema é um conjunto de regras que define um género especifico de comportamento (actividades de chuchar, apalpar, olhar, etc.) como parte da estrutura cognitiva da criança. Quando mais cresce, vai conhecendo o seu meio, também vai desenvolvendo estruturas mentais (conceitos segundo Piaget), referindo aquelas normas que descrevem acontecimentos ambientais, relações entre conceitos, seus efeitos. Pois, a adaptação ao meio ambiente faz-se através do processo de assimilação e acomodação.
Assimilação como processo espontâneo da criança consiste em integrar ou interiorizar a experiência do meio ambiente onde esta inserido (processo). Consiste em acrescentar novos elementos a um conceito ou a um esquema. Enquanto, a acomodação refere o ajustamento desses elementos a nova situação. O ajustamento que o indivíduo faz ao incorporar a realidade externa. Se a assimilação consiste na capacidade do sujeito interiorizar e conceptualizar as suas experiências do meio, a acomodação é a resposta do sujeito as exigências imediatas e constrangedoras do meio, e o grau de adaptação aos estímulos externos , mediante a reorganização cognitiva, em vez de respostas mecânicas.
 Os estádios do desenvolvimento cognitivo
Piaget divide os períodos do desenvolvimento humano de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamentos, o que, por suas vez, interfere no desenvolvimento global.
Piaget acentua bastante a capacidade da para entender activamente o mundo. As crianças não observam de uma forma passiva a informação, mas seleccionam e interpretam o que vêem, ouvem e sentem acerca do mundo que as rodeia. A partir dos estudos e de numerosas experiências que efectuou sobre as formas de pensar da criança, chegou a conclusão de que os seres humanos atravessam vários estádios distintos de desenvolvimento cognitivo - ou seja, vão aprendendo a pensar sobre eles próprios e mundo a sua volta. Cada estádio implica a aquisição de novas capacidades e esta dependente de uma de uma conclusão bem sucedida da fase anterior.
Estádio sensório-motor (0 a 2 anos de idade)
Ate uma idade máxima de quatro meses, um bebe não consegue diferenciar-se do que o rodeia. O desaparecimento do objecto no campo visual da criança perde todo interesse por ele (não existe/nunca existiu); por exemplo a criança não entende que são os próprios movimentos que provocam o ranger do berço e não diferencia entre objectos e pessoas. A actividade cognitiva e comportamental. Pensar e agir. Irreversibilidade. O bebe não tem noção de que existe algo fora do seu campo de visão. Como demonstram alguns estudos, os bebes aprendem de forma gradual a, a distinguir as pessoas dos objectos, começando a perceber que ambos tem uma existência independente das suas percepções mais imediatas. Aos 6 meses de idade, a criança investida as características do objecto. Procura o objecto escondido, continua a existir.
 Piaget chama a este primeiro estádio sensorio-motor, pois as crianças aprendem usando os seus diferentes sentidos, sobretudo tocando objectos, manipulando-os e explorando fisicamente o meio ambiente. De 1 ano e meio o pensamento da criança esta ligado a linguagem, esquemas motores e a conceitos de objectos e das suas características. A principal conquista neste estádio e que, no fim, a criança já entende que o meio ambiente tem propriedades próprias e imutáveis.
Estádio pre-operatório (2-7 anos de idade)
Foi aquele que Piaget dedicou grande parte da sua investigação. Nesta fase desenvolvem-se outras estruturas cognitivas: a criança e capaz de distinguir o "eu" do objecto; adquire noção de tempo e espaço. Tem inicio a reversibilidade. A criança já domina a linguagem e se torna capaz de usar palavras para, de uma forma simbólica, representar objectos e imagens. Uma criança de quatro anos, por exemplo, pode usar a mão em movimento para representar o conceito de "avião" . Inicio da aquisição de noção de conservação da massa e volume (quantidade) Piaget apelida este estádio de pré-operacional, pois as crianças ainda não são capazes de usar, de uma forma sistemática, as suas capacidades mentais em desenvolvimento. A maneira de ver o mundo característica destas crianças e o egocentrismo, ela acredita que as pessoas vêem o mundo exactamente como ela vê, p. Ex: ao contar um facto, omite pormenores importantes "julgando" que os outros tem a mesma visão do facto. Este conceito não se refere a egoísmo mas a tendência da criança interpretar o mundo exclusivamente em função da sua própria posição. (ex. pedir explicação de uma ilustração enquanto o livro esta virado para si. A criança não entende que o outro não vê); as crianças falam ao mesmo tempo mas não com a outra, como os adultos fazem; não tem categorias de pensamento que os adultos tem, as crianças não tem conceitos de causalidade, velocidade, peso ou numero (mesmo se a criança observar alguém a deitar agua num recipiente alto e estreito para o outro mais baixo e largo, não entende que o volume continua o mesmo - mas conclui que há mais agua no segundo recipiente, porque o nível da agua esta mais abaixo.
Estádio de operações concretas (7-12 anos de idade)
Existe um equilíbrio estável entre assimilação e acomodação. Durante esta fase as crianças dominam noções lógicas e abstractas. São capazes de, sem grandes dificuldade, lidar com ideias como a de causalidade. Uma criança nesta fase de desenvolvimento e capaz de reconhecer o raciocínio falso implícito na ideia de que o recipiente mais largo continha menos agua do que o mais estreito, mesmo que os níveis da agua sejam diferentes. Torna-se capaz de efectuar operações matemáticas, como a multiplicação, a subtracção ou divisão. As crianças neste período são muito menos egocêntricas. Se perguntar a criança quantas irmãs tem ela dirá uma, mas se perguntar quantas irmãs tem a tua irmã ela provavelmente dirá "nenhuma" porque não e capaz de se colocar na posição da irmã, não e capaz de raciocinar em termos hipotéticos.
Estádio das operações formais (12 -18 anos de idade)
Desenvolvimento das capacidades lógicas, de representação simbólica. Criação de hipóteses e sua verificação. Pensamento abstracto, dedutivo (processo de transição do geral ao particular) e indutivo. Raciocínio formal segundo a cultura. Quando deparam com um problema, as crianças nesta fase são capazes de rever todas as formas possíveis de resolver, examinando-o teoricamente de maneira a chegar a uma solução. Um jovem na fase operacional, e capaz de entender porque e que algumas questões são traiçoeiras. 
	De acordo com Piagetos primeiros três estádios de desenvolvimento são universais; mas nem todos os adultos alcançam o estádio operacional formal. O desenvolvimento deste tipo de pensamento esta dependente, em parte, dos processos de escolaridade. Os adultos com uma educação limitada tendem a continuar a pensar em termos mais concretos e reter largos traços de egocentrismo.
Desenvolvimento Psicossocial
O Desenvolvimento Psicossocial: A Teoria Do Desenvolvimento Psicosocial Segundo Erick Erickson
o desenvolvimento psicológico, seja na dimensão cognitiva como na emotiva, não termina com a idade adulta. Os primeiros anos de vida e o período da adolescência são etapas fundamentais para a construção do mundo psíquico do adulto, mas a obra da reelaboração e da reorganização da própria vida psíquica continua incessantemente por toda a existência humana.
A ideia de que o desenvolvimento psíquico dura toda a vida e que seja estreitamente legada as relações sociais foi elaborada por Erik Erickson. Erikson, nasce em Frankfurt - Alemanha.
Enquanto Freud atribuía mais importância ao inconsciente , Erickson focalizava a sua atenção no papel desenvolvido pelo "Eu" quando se devem enfrentar problemas nos diferentes períodos da vida.
A teoria de Erikson (1950, 1968) afirma que o desenvolvimento psicossocial atravessa oito estádios, em cada um do qual o indivíduo deve enfrentar uma série de problemas, ou a assim chamada crise do estádio, para poder passar ao estádio sucessivo. Segundo Erikson, na medida em que uma criança resolve positivamente os problemas de cada estádio, determina-se a sua possibilidade de tornar-se uma pessoa adulta dotada de capacidade de adaptação. 
Estádios de desenvolvimento psicossocial
Estádio sensorio-oral (0-1): crise entre a confiança e desconfiança . 
Estádio muscular-anal (1-2 anos): crise entre autonomia-duvida\vergonha, a criança começa a explorar o mundo e a entrar em relação com outras pessoas. 
Estádio locomotorio-genital (3 -5 anos): crise de iniciativa/sentimento de culpa.
Estádio de latência ( de 6 anos - a puberdade): crise da diligencia e complexo de inferioridade.
Adolescência: a crise por superar é entre a identidade e confusão a cerca do papel a desempenhar (confusão de identidade).
Primeira idade adulta( 20 -30 anos):. Nesta fase a crise é entre intimidade ou amor/isolamento a pessoa enfrenta a escolha entre uma vida caracterizada de relações de intimidade (capacidade de amizade e amor), encontrar-se em companhia, amar alguém e a ausência de relações afectivas, e transformar-se num isolado, evitando compromisso de amor ou amizade. 
Velhice (dos 60 anos em diante): a crise observa-se entre o sentimento de integração e calma/ desespero.
Desenvolvimento Psicossexual
As descobertas de Freud sobre a sexualidade infantil provocaram grande espanto na sexualidade conservadora do final do século XIX, sendo que nesta época a criança era como um símbolo de pureza, um ser assexuado. Com o tempo, a sociedade vem, pouco a pouco, familiarizando -se e compreendendo as diferentes formas de expressão da sexualidade infantil. Segundo Freud a Sexualidade evolui acordo com etapas de desenvolvimento (oral, anal, fálica, latência e genital). 
Embora as características de cada uma destas fases estejam amplamente difundidas nos meios de comunicação, de tal forma que os pais possam reconhecer as manifestações desta sexualidade em seus filho s, persistem equívocos na forma como eles lidam com esta questão. É comum encontrarmos pais que se espantem ao se defrontarem com seus filhos a masturbarem -se, o u que explicam com meias verdades as clássicas perguntas infantis sobre a origem dos bebês. 
A sexualidade é reconhecida como um instinto com o qual as pessoas nascem e que se expressa de formas distintas de a cordo com as fases do desenvolvimento psicossexual.
A sexualidade na criança nasce masculina - feminina, macho ou fêmea, futuramente sendo homem ou mulher. Entram fatores culturais para modelar. 
Durante a infância ocorre desenvolvimento de jogos corporais onde a s crianças vão-se descobrindo e amadurecendo. 
Desenvolvimento Moral
A Moral - refere -se as normas e regras d a conduta social que caracterizam as conceções a respeito d a justiça e injustiça, do bem e do mal. São mantidas ou cultivadas pela força da opinião pública, hábitos, costumes e educação. 
Desenvolvimento Moral segundo Piaget 
Segundo Piaget, o desenvolvimento moral dá -se em dois estádios principais: 
Realismo moral - caracterizado pelo egocentrismo e pela obediência cega às regras;
Moralidade de cooperação - caracterizado pela empatia e pela compreensão do facto que uma acção vale pelos efeitos que possa ter nos outros. Significa que as crianças entendem e seguem os princípios morais, existe a génese da moral, embora agimos contra os nossos princípios morais. 
 Outros estudos preocupam -se com os fatores que influenciam as acções morais. 
Na vida, as regras m orais começam pela imposição exterior sobre a criança, passando pela interiorização. O reforço negativo ou punitivo (o medo pelo castigo) é um dos aspectos mais importantes para o comportamento moral, ou o apontar bons exemplos, ou a atribuição de culpa á criança (indução do sentimento de culpa). 
 
O Desenvolvimento Moral Segundo Lawrence Kohlberg
No desenvolvimento da personalidade joga um papel fundamental a aquisição de regras de comportamento que refletem os valores da cultura e da sociedade em que o individuo vive. Lawrence Kohlberg, fortemente influenciado pela teoria de Piaget, defendeu que o aspecto moral desenvolve-se gradualmente em estádios. A sua teoria propõe três níveis de moralidade, nomeadamente níveis pré-convencionais, convencionais, e pós-convencional. 
O raciocínio pré -convencional é típico de raciocínio moral utilizado pelas crianças entre 4 e os 10 anos de idade. As decisões morais são egocêntricas, o que significa que as decisões são baseadas nos interesses pessoais. O raciocino moral da criança difere do adulto porque as crianças têm menos experiências e maturidade. 
 
No nível convencional, o raciocínio moral é mais centrado no social  te m em conta os interesses pessoas dos outros numa determinada sociedade. Existe um forte desejo para corresponder as normas morais, fundamenta -las e justifica-las. A maioria dos adolescentes e dos adultos operam neste estádio. 
No entanto, a pessoa que opera no nível pós - convencional nem egocêntrica nem é social, mas autónoma no seu juízo. As pessoas mantêm princípios de justiça que transcendem as leis existentes e as convenções aceites e, se for o caso , entram em conflitos com que é entendido como os direitos básicos de uma pessoa e o que é considerado ser no interesse das pessoas.
Segundo Kohlberg, o carácter moral das pessoas desenvolve -se. Significa que o crescimento moral se faz de acordo co m uma sequência do desenvolvimento . 
Para o desenvolvimento do carácter, “dizer as crianças e adolescentes para adoptarem determinadas virtudes ou manipulá-las até que digam palavras certas não produz um desenvolvimento pessoal ou cogrnitivo significativo”(SPRINTHALL, 1993:170).
Psicologia da Personalidade 
A Psicologia da Personalidade é a área que estuda e procura explicar as particularidades humanas que influenciam o comportamento. A personalidade pode ser definida como o conjunto de características que determinam os padrões pessoais e sociais de uma pessoa, sua formação é um processo gradual, complexo e único a cada indivíduo. 
 
Conceito de personalidade e sua estrutura 
No senso comum o termo personalidade é usado para descrever características marcantes de uma pessoa como “essa pessoa é extrovertida ou aquela menina é tímidae etc,. porém o conceito de personalidade está relacionado às mudanças de habilidades, atitudes, crenças, emoções, desejos, e ao modo constante e particular do indivíduo perceber, pensar, senti e agir, além da interferência de factores culturais e sociais nessas características.” 
A personalidade exprime assim a totalidade de um ser , tal como aparece aos outros e a si próprio, na sua unidade, na sua singularidade e na sua continuidade. É o modo relativamente constante e peculiar de perceber, pensar, sentir, e de agir do indivíduo. Inclui as atitudes, habilidades, crenças, emoções, desejos, o modo de se comportar e, inclusive os aspectos físicos do indivíduo. 
Em suma, a personalidade é o n osso ser global, inclui o consciente e o inconsciente na sua relação com o mundo exterior. 
Estrutura da personalidade 
Fazem parte da estrutura da personalidade as particularidades relativamente constantes e viáveis da própria personalidade (do sujeito). As componentes principais da personalidade são a estrutura endopsíquica e a exopsíquica.
Endopsíquica 
Manifesta a dependência interna mútua dos elementos e das funções psíquicas. É identificada com a actividade psico-nervosa do homem. Relaciona -se com os traços da personalidade com o a recetividade, peculiaridade da memória, perceção, vontade, pensamento, imaginação, etc. A endopsíquica está condicionada biologicam ente, é inata, não depende das forças do meio.
Exopsíquica
Determina a atitude do homem em relação ao meio externo. O exopsiquismo contempla a experiência social (conhecimentos, hábitos, habilidades) e a orientalidade do indivíduo ( inclinações, interesses, motivos, ideias, convicções, sentimentos, etc.). 
A exopsíquica está condicionada socialmente, é adquirida das forças do meio . Não é biologicamente determinada.
Factores Gerais que influenciam a Personalidade
Estrutura Biológica - Hereditariedade - transmissão das características genéticas dos pais para os filhos (crescimento físico/orgânico e maturação neurofisiológica).
Estrutura Psicológica - Compreende os processos, estados, qualidades psíquicas/ideativas (sensação, perceção, memoria, pensamento, imaginação e linguagem). 
Estrutura social - O meio ambiente familiar, comunitário e cultura l, religioso, escolar, profissional, etc. (WITTIG, 1981).
Conceitos de sensação, percepção, atenção, memória, pensamento e imaginação:
Memória
Memória é um processo cognitivo que consiste na retenção e na evocação das informações, conhecimentos e experiencias. A memória é essencial para a nossa sobrevivência, sendo condição de adaptação ao meio e para a aquisição de novas aprendizagens. É a memória que assegura a nossa identidade pessoal. (MONTEIRO e FERREIRA, 2006:64). Esta envolve três processos:
Codificação: Envolve o processo de entrada e registro inicial da informação e a capacidade de mantê-la ativa para o processo de armazenamento.
Armazenamento: Envolve a manutenção da informação codificada pelo tempo necessário para que possa ser recuperada e utilizada quando evocada.
Evocação ou reprodução: Caracterizada pela recuperação da informação registrada e armazenada, para que possa ser usada por outros processos cognitivos como pensamento, linguagem e etc.
A memória ainda pode ser classificada como memória de curto prazo, memória de longo prazo, autobiográfica, episódica e sensorial. A perda ou dificuldade de armazenamento ou recuperação de informações é conhecida como amnésia e deve ser tratada sendo comum em casos de lesões e traumas de diferentes espécies.
Pensamento: 
Processo cognitivo que permite a resolução de tarefas (processo de análise e síntese). Permite reflectir de forma generalizada a realidade objetiva sob a forma de conceitos, leis, teorias e suas relações. 
Pensamento é um processo psíquico, socialmente condicionando e ligado indissoluvelmente a linguagem à busca e descoberta do essencialmente novo, é um processo reflexo indireto e sintetizado da realidade n o curso da sua análise e síntese. O pensamento surge com base na actividade prática provido da cognição sensorial mas ultrapassa de longe os seus limites, (PETROVSKI, 1989: 341).
Sensação 
Denomina-se por sensação ao processo psíquico m ais simples que consiste em reflectir diversas propriedades dos objetos e dos fenómenos do mundo material, assim como estados internos do organismo nas condições de influência directa de excitantes materiais sobre os respetivos recetores, (PETROVSKI, 1989: 290).
Através dos órgãos sensoriais as propriedades dos objetos tais como a cor, luz, cheiros e estados orgânicos (sensação de dor, fome,) são refletidos no nosso cérebro. Estes órgãos permitem receber, se lecionar, acumular a informação e transmiti-la para o órgão central (cérebro). Essa transmissão é feita através de impulsos nervosos que são responsáveis p ela regulação da temperatura d o corpo, do metabolismo, das glândulas de secreção. 
Classificação das sensações 
O organismo possui mecanismos sensoriais especializados que captam cada um destes fenómenos. 
Dependendo da forma como os estímulos são apresentados (se são internos o externos) temos a seguinte classificação:
Sensações Interoceptivas;
Sensações Exteroceptivas ; 
Sensações Proprioceptivas. 
Importância da sensação 
Através da sensação, no processo educativo, tomamos conhecimento do mundo em redor (sons, cores, cheiro , tamanho). São os primeiros ele mentos que nos põem em contacto com a realidade e facilitam a apreensão do material.
Os órgãos do s sentidos recebem, selecionam e acumulam a informação e , transmitem ao cérebro, surgindo o reflexo adequado do mundo circundante e ao próprio organismo. 
Percepção
Refere-se a capacidade de captar os estímulos do meio para processamento da informação. Os órgãos dos sentidos são responsáveis pela captação das informações, ou seja, o processamento cerebral depende da visão, olfato, tato e etc. Ela é considerada uma característica subjetiva, diferentemente da sensação que é classificada como sendo objetiva.
A perceção corresponde acto de organização de dados sensoriais pelo qual conhecemos a presença actual de um objecto exterior.
Tipos de percepção 
A condição essencial para que a percepção ocorra é a existência de um objecto exterior para ser captado. Se isso não ocorrer estamos perante uma alucinação. De acordo com os objetos percebidos existem três tipos de perceção. 
Perceção real ou perceção do objecto físico. 
Perceção pessoal ou percepção de uma pessoa. 
Perceção social ou percepção de grupos ou realidades sociais. 
Imaginação 
A imaginação é um dos elementos integrantes dos processos cognitivos que o seu funcionamento não se estabelece de um modo isolado, pelo que se alia a outras estruturas psíquicas em consideração. Esta estrutura é concebida como sendo: 
Um processo psíquico cognitivo, exclusivo ao homem, mediante o qual se criam (…) imagens e noções que não existam na experiência anterior, ou seja, a habilidade que os indivíduos possuem de formar representações construir imagens mentais a cerca do mundo real ou mesmo de situações não diretamente vivenciadas, (DAVIDOF, 1987:476). 
Importância da imaginação 
Permite conceber o resultado do trabalho antes do início; 
Alarga os horizontes da memória e perceção; 
Permite antecipar e construir o futuro e o nível de desenvolvimento da capacidade inventiva. É parte do processo técnico-científico, literário. 
Permite ao aluno estudar processos, fenómenos inacessíveis para a observação directa, sua interpretação no quadrode diversas ligações e relações; 
Desenvolve nos aluno s a atitude criadora através e da análise e com preensão do actual estado da ciência. 
Tipos de Processos Psíquicos 
Consciente 
É consciente todo processo psíquico de que tomamos conhecimento num dado momento, (GARCIA-ROZA, 1988). 
Inconsciente
São inconscientes os processos psíquicos que não podem ser evocados voluntariamente. Quando algo se torna inconsciente não adianta apenas querer que ele deixe de ser inconsciente para tornar-se consciente, (GARCIA-ROZA, 1988). Para conseguir isso é preciso usar técnicas especiais, técnicas mais poderosas do que a força de vontade, como, o hipnotismo, a sugestão ou a psicanálise.
Perturbações de Processos Psíquicos
Em Psiquiatria e Psicologia, usa-se preferencialmente o termo "transtorno mental" ao invés de "doença mental" (entre outros motivos, para tentar reduzir o preconceito contra o "doente mental"). 
O conceito de "transtorno mental" é um tema polêmico. De uma maneira ampla, são consideradas anormais as seguintes situações:
Sofrimento psíquico - Referido pela própria pessoa; o indivíduo não se sente bem, mentalmente.
Desadaptação funcional - Prejuízo ao pleno desenvolvimento laborativo (capacidade de trabalhar), afetivo etc. Há incapacidade parcial ou plena para estas atividades. 
Desadaptação Social - O comportamento do acometido causa problemas para outras pessoas, embora o mesmo possa não se queixar de n ada ou não reconhecer estar "doente ". Pode haver agressividade verbal ou física, com portamento
Todavia, são considerados doentios o s estados que trazem sofrimento e / ou prejuízo para a pessoa e / ou para a sociedade. E, como visto, um transtorno pode causar diferentes tipos de problemas. 
Pensamento e linguagem 
A linguagem exterioriza o pensamento que se constrói a partir da coordenação entre o material biológico, o psicológico e o social. 
O pensamento está socialmente condicionado e ligado indissoluvelmente com a linguagem, a fala. O pensamento humano é impossível sem a língua. Qualquer pensamento surge e se desenvolve em ligação indissolúvel com a linguagem. Quando mais profundo e bem ponderado é um certo pensamento, tanto mais clara e precisa é a sua expressão em palavras. O homem quando resolve um problema pensa de si para si como se estivesse a conversar consigo mesmo.
CONCEITOS DE SENTIMENTOS, EMOÇÕES, MOTIVAÇÃO, INTERESSE, E VONTADE
Sentimento 
Refere-se ao estado do EU que não p ode ser controlado pela vontade. É provocado por nossas representações e pelos estímulos procedentes do mundo exterior ou alterações sobre vidas no interior do organismo. (SCHNEIDER apud GAUQUEIN,1987). 
Na perspectiva de SARAIVA (1973:220), ’’sentimentos são os estados afetivos complexos resultantes da combinação de elementos emocionais e representativos, de moderada intensidade e relativamente estáveis. É u m estado mais durável que comporta prolongamento e motrizes’’. 
Emoção 
A emoção segundo DAVIDOF (2001:369) refere-se a estados intrínsecos caracterizados por pensamentos, sensações, reações fisiológicas e comportamento expressivo especifico. Para DORON E PAROT (2001:270) é o estado particular do organismo que sobrevem em condições bem definidas, acompanhada de uma experiencia subjectiva e de manifestação somáticas essenciais.
Vontade
Segundo DORON (2001:776) é uma propriedade de carácter de um individuo que se define grau de força o qual este prossegue uma actividade orientada para um fim.
Para PETROVICKY (apud GAUQUEIN, 1987:433) a vontade é regulação consciente e autorregulação pelo homem da sua acividade e conduta orientada para superar as dificuldades a quando da consecução dos objectivos colocados.
As bases fisiológicas da emoção 
Na perspectiva de DORON e PAROT (2001) o sistema límbico ao longo da evolução do cérebro humano adquire três componentes sobrepostos como o mais antigo, situado na parte infero-superior, o seguinte em uma posição intermediaria e o mais recente sobre os três: 
Cérebro intermediário (paleopálio) - Cérebro intermédio ou paleopálio (dos velhos mamíferos), é formado pelas estruturas do sistema límbico. 
Cérebro racional (neopálio) - Também chamado cérebro superior ou racional (dos velhos mamíferos), correspondem a maior p arte d os hemisférios cerebrais (formado por um tipo de córtex mais recente, denominado neocórtex) e alguns grupos neuronais sub corticais. 
Cérebro primitivo (arquipálio) - Arquipálio ou cérebro primitivo é constituído pelas estruturas do tronco cerebral, tronco, cerebelo, ponte e mesencéfalo, pelo mais antigo núcleo da base, o globo palito e pelos bolbos olfactoriais (DORON e PAROT, 2001).
Funções de emoção 
As emoções fazem parte das nossas das nossas experiencia diárias, ela é a primeira manifestação quando nascemos, através do choro. Elas têm as seguintes funções: 
Alertar um perigo; 
Proporcionar a hipótese de criar laço s com os outros, desempenhando um papel importante na vida em sociedade; 
Influenciar na tomada de decisões; 
Alterar o nosso comportamento; 
Fornecem a outros informações sobre o nosso estado interno. 
 
Características das emoções 
As emoções têm como característica o modo com o estão ligadas às ideias, aos valores, aos princípios e ao s juízos complexos que só os seres os racionais podem ter, possuem ainda as seguintes características: 
Tem origem numa causa, num objecto;
São reações corporais específicas, observáveis; 
São publicas e voltadas para o exterior; 
São automáticas e inconscientes; 
Polaridade: podem ser negativas ou positivas; 
São versáteis: variam em intensidade e são de breve duração; 
Relacionam-se com o tempo: as emoções têm princípio e um fim (LOUREIRO e tal., s/d.).
Bases fisiológicas dos sentimentos 
 Os processos fisiológicos que caracterizam os sentimentos estão relacionados com os reflexos que podem ser condicionados ou incondicionados. 
Os sentimentos de reflexo condicionado determina e fixam -se no córtex cerebral, enquanto os reflexos incondicionados complexos se realizam através de gânglio subtropicais dos hemisférios óticos pertencentes a espinal medula e outros centros que transmitem a excitação nervosa das secções superiores do cérebro para o sistema nervoso vegetativo. 
 
Funções de sentimentos 
Sentimentos são estados afetivos mais estáveis e duráveis, provavelmente oriundos de e moções correlatas que lhe são cronologicamente anteriores. A função sentimento é uma função racional, ou seja, de julgamento, de avaliação. O sentimento regista a qualidade e o valor específico das coisas.
Características dos Sentimentos 
Os sentimentos apesar de serem fenómenos subjetivos, são conhecidos de natureza estritamente determinada. Assim, na sua actividade prática e teórica a individuo precisa domina r permanentemente seus sentimentos conter os impulsos emocionais (ROCHA e FIDALGO, 1998), e possuem as seguintes características:
	Natureza dos sentimentos 
	Características 
	Sentimentos sensoriais
	Estão localizados em determinadas partes sensíveis do corpo e se representam como a dor e prazer. Esses sentimentos são mais abrangentes e não devem ser confundidos com as sensações simples, dos cincos sentidos. Os sentimentos sensoriais têm algumas características especiais: actualidade, localização, funcionam como sinal no sentido de que algo está ocorrendo, não tem duração definida e falta lhes a intencionalidade, o que não ocorre com sentimentos superiores.
	Sentimentos vitais 
	São o bem-estar e o mal-estar, o sentimento de saúde ou de inf erioridade, os sentimentos de vida ascendentesou descendentes, a calma e a tensão a alegria, a tristeza e angústia não espiritual pertencem ao organismo como totalidade. Ao contrário dos anteriores, os sentimentos vitais não estão localizados corporalmente, neles existe continuidade, duração e intencionalidade. 
	Sentimentos anímicos ou psíquicos 
	Pertencem ao eu sou formas sentimentais reativas diante do mundo exterior. 
A tristeza e alegria intencional e reativas são claramente formas de sentimentos anímicos. Os anímicos não estão ligados a perceção, m as sim ao sentido, ao significado e apresentação daquilo que é percebido.
	Sentimento Espiritual 
	Trata-se sentimentos relativos ao núcleo da personalidade e sua atitude afetiva diante determinada situação. Esses sentimentos derivam do núcleo da personalidade, do próprio eu, ocasiona sentido pleno dos sentimentos, assim como as tendências valorativas da pessoa. O desespero, o remorso, a paz, o amor, o arrependimento, o perdão e a serenidade espiritual são exemplos desses sentimentos.
	Sentimento metafísico 
	Refere-se ao âmago da personalidade, significado último do mundo no que consigne propriedades serenas.
Bases fisiológicas da vontade 
A vontade surgiu na actividade laboral do homem que determinara a s leis da natureza e que obteve, portanto, a possibilidade d e altera -la de acordo com as suas exigências, ela pode ser consciente ou inconsciente. 
O próprio indivíduo tem a opção de escolher se faz determinado acto, julgando, avaliando, sugerindo e opinando sobre suas próprias acções. A formação de um acto da vontade tem basicamente, como condição a relação consciente. 
Assim, o homem procura sempre satisfazer as suas ne cessidades, utilizando métodos adequados para essa sua satisfação. O acto volitivo que deriva de impulso orienta-se para um fim, tornando a finalidade consciente. 
O estudo geral do organismo influi na vontade, trata-se porém de factores externos que condicionam a vontade, não é só a consciência do querer que constitui a vontade, é antes da consciência de querer e querer como acto de consciência. 
Características da Vontade 
Para desenvolver a vontade é preciso começar pelo reconhecimento de que ela existe; de pois, que temos uma vontade; e, finalmente, que somos essa vontade. A partir disto é necessários analisar cada u m dos seus atributos. E possui as seguintes características: 
Força (Poder) 
Habilidade (Inteligência); 
Boa Direcção (amor); 
Significação Espiritual (Sentido da vida). 
Bibliografia 
DORON, Roland, PAROT Françoise. Dicionário de Psicologia. climeps Lisboa. 2001.
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PIAGET, Jean. Seis estudos de Psicologia. Lisboa, Portugal, Editora, Dom Quixote, 
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SPRINTAHALL, Norman & SPRINTAHALL, Richard C. Psicologia Educacional, Portugal, 1993.
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