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FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO – UBÁ (MG) LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA [ 1 ] FEBRES HEMORRÁGICAS INFECTOLOGIA LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA – FAGOC – 2019/1 HEPATITES VIRAIS ® Vírus A, B, C, Delta e E. ® Também podem ser causadas por outros vírus, como os da febre amarela, o CMV e o Epstein-Barr. ® Sinais e Sintomas: Febre, icterícia, colúria, acolia fecal, dor abdominal, náuseas, vômitos, cefaleia e, em casos raros, pode evoluir para falência hepática (fulminante) seguida de fenômenos hemorrágicos. PROVA! - Incubação: HBsAg (+) - Fase Aguda: HBsAg, HBeAg, Anti-HBc IgM e Anti-HBc IgG (+) - Imunidade/Infecção Recente: Anti-HBc IgG, Anti-HBe e Anti-HBs (+) - Imunidade/Infecção Passda: Anti-HBc IgG (+) - Imunidade/Resposta Vacinal: Anti-HBs (+) ® Tratamento: - Suporte - Medidas de prevenção - Abordagem do alcoolismo LEPTOSPIROSE ® Doença polimorfa, com varias apresentações clínicas distintas: Varia de quadros assintomáticos a formas graves com necessidade de terapia intensiva. ® (PROVA!) Manifestações Clínicas: - Fase Precoce: Ocorre invasão do patógeno no endotélio, rins, pulmão e fígado, gerando sepse e vasculite. - Fase Tardia: Marcada pela resposta humoral, com produção de IgM e convalescença do quadro. ® Diagnóstico: - Pesquisa do agente por cultura ou biologia molecular (PCR) nos primeiros 3-7 dias. - A seguir, a sorologia por método ELISA (IgM) ou microaglutinação (MAT). - A sorologia é sensível, mas somente a cultura e a PCR são específicas. ® Diagnóstico: Síndrome Febril Aguda (febre, cefaleia e mialgia) + Contato com áreas de risco (áreas alagadas, lama, esgoto – principalmente após fortes chuvas; OU que resida ou trabalhe em áreas de risco da doença, nos últimos 30 dias antes do inicio dos sintomas) indicam AVALIAÇÃO CLÍNICA em busca de presença ou não de sinais de alerta. ® Sinais de Alerta (≥1): A presença de sinais de alerta indica encaminhamento para uma unidade de referência (INTERNAÇÃO). - 1. Dispneia, tosse e taquipneia - 2. Alterações urinárias - 3. Fenômenos hemorrágicos (incluindo escarros) - 4. Hipotensão - 5. Alteração do nível de consciência - 6. Vômitos Frequentes - 7. Arritmias - 8. Icterícia ® Ausência de Sinais de Alerta: - Notificação - Acompanhamento ambulatorial - Leucograma de urgência § Leucocitose (> 10.000) = DOXACILINA. § Leucopenia (< 4.000) = Investiga outras doenças. FEBRE TIFÓIDE ® Causada pela Salmonella typhi. Tem período de incubação de 1-3 semanas e com quadro clínico inespecífico inicialmente. ® Quadro Clínico: Febre, cefaleia, mal-estar, dor abdominal, anorexia, constipação ou diarreia, roséolas tíficas, esplenomegalia e Sinal de Faget. ® Sinal de FAGET: Dissociação pulso-temperatura. Em um quadro febril, se espera que o paciente apresente taquicardia, no Sinal de FAGET isso não ocorre. ® Tratamento: Quinolonas (não precisa saber dose) ® Profilaxia: Higiene/Saneamento básico HANTARVÍRUS → PULOU! (Falou que não precisa saber) (PROVA!) DOENÇA MENINGOCÓCICA ® A doença pode se apresentar como inflamação das meninges (meningite) ou sepse (meningococcemia). ® Sorotipos mais comuns: A, B, C, Y e W135. ® Manifestações Clínicas: Febre, prostração, cefaleia, vômitos, petéquias e/ou sufusões hemorrágicas e rigidez de nuca, podendo evoluir rapidamente para choque. - É possível que o paciente apresente meningococcemia sem meningite. ® Diagnóstico: Reação de aglutinação em látex, contraimunoeletroforese, bacterioscopia em líquor e soro, e do isolamento do agente (N. meningitidis) em cultura de líquor, raspado de pele ou hemocultura. ® Tratamento: Suporte clínico, manejo da sepse. - Ceftriaxone 2g EV – 12/12H por 7-14 dias - Isolamento nas primeiras 24H. FACULDADE GOVERNADOR OZANAM COELHO – UBÁ (MG) LUCAS MAGALHÃES DE OLIVEIRA [ 2 ] DENGUE ® Doença febril aguda, de grande impacto em saúde pública. ® Tem evolução geralmente benigna e autolimitada, mas pode evoluir com manifestações graves. ® (PROVA!) Sinais de Alerta: - Dor abdominal contínua, de forte intensidade - Vômitos persistentes - Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural) - Hipotensão postural e lipotimia - Hepatomegalia (maior do que 2cm do RC) - Sangramento de mucosas - Alterações do estado mental (letargia/irritabilidade) - Hemoconcentração (↑ Hematócrito) DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DENGUE ZIKA CHIKUNGUNYA FEBRE ≥ 38°C Intensa (varias X ao dia) SEM FEBRE OU ESPORÁDICA ≤ 38°C (1-2x/dia) FEBRE ALTA Intensa ≥ 38°C (1-2x/dia) DURAÇÃO DA FEBRE 4-7 dias 1-2 dias 2-3 dias EXANTEMA Surge a partir do 4° dia Surge no 1° ou 2° dia Surge do 2° ao 5° dia MIALGIA +++ ++ + ARTRALGIA + ++ +++ ® Conduta: - Iniciar hidratação dos pacientes de imediato de acordo com a classificação, enquanto aguarda os exames laboratoriais. Hidratação oral para os grupos A e B (grupos que não apresentam sinais de alarme e choque) enquanto aguarda avaliação médica. FEBRE AMARELA ® Vírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus (mesmo gênero da dengue e do Zika). ® Espectros assintomático, leve, grave e até fatal. ® Formas silvestre e urbana. ® Manifestações Clínicas: Quadro clínico inicialmente inespecífico. - Fase Prodrômica ou de infecção - Fase de Remissão - Fase Toxêmica (pode levar à insuficiência renal e hepática) ® Tratamento: Suporte MALÁRIA ® Manifestações Clínicas: Febre, mialgia, sudorese, calafrios, náuseas/vômitos e cefaleia - Temperatura acima de 41ºC, hipotensão/choque, icterícia, hemorragias, dispneia, crepitações pulmonares, oligúria, alteração da cor da urina, vômitos repetidos. ® Diagnóstico: Parasitológico (sangue) ® (PROVA!) Tratamento: Artesunato + Clindamicina - Artesunato § ATAQUE: 2,4 mg/Kg, EV; § Seguimento: 1,2 mg/Kg após 12 e 24h do ataque § Manter 1,2 mg/kg/dia durante 6 dias, dose diária pode ser feita VO se o paciente estiver em condições de deglutir. - Clindamicina § 20 mg/Kg/dia, dividida em 3 doses diárias por 7 dias. Cada dose deve ser diluída em soro glicosado 5% e infundida gota a gota em 1 hora. § Se o paciente estiver em condições de deglutir, a dose diária pode ser feita VO. § Não indicada para gestantes no 1º trimestre. FEBRE MACULOSA ® Doença febril aguda, de gravidade variável. ® Bactéria Gram-negativa intracelular obrigatória: Rickettsia rickettsii, Rickettsia parkeri. ® As formas graves apresentam alta letalidade ® Suspeição e tratamento precoce: 5 primeiros dias ® Transmissão: picada do carrapato (4-6 horas aderido a pele). ® Incubação: 2-14 dias ® Sintomas Iniciais: Febre, cefaleia, náuseas e vômitos ® (PROVA!) Exantema máculo-papular (2º ao 6º dia) de inicio em punhos e tornozelos, disseminação centrípeta em palmas e plantas, sem prurido ® Casos Graves: Manifestações hemorrágicas, Insuficiência renal aguda, edema MMII/anasarca, hepatoesplenomegalia, meningite/meningoencefalite, pneumonia intersticial/derrame pleural, vômitos incoercíveis/dor abdominal e icterícia. ® (PROVA!) Definição de Caso Suspeito: - Febre de início súbito, cefaleia, mialgia, com história de picada de carrapatos e/ou contato com animais domésticos e/ou silvestres e/ou ter frequentado áreas sabidamente de transmissão de febre maculosa nos últimos 15 dias. - Turismo rural, pessoas que trabalham com animais, funcionários de zoológico ou reservas florestais, moradores de zona rural e periurbana, trabalhadores do campo e carroceiros. - TEM QUE NOTIFICAR ® (PROVA!) Quadro Clínico: Febre de início súbito, cefaleia, mialgia, seguido de aparecimento de exantemamáculo-papular (entre o 2º e o 5º dias de evolução e/ou manifestações hemorrágicas). ® Laboratório (Só esses que precisa saber): PCR; Cultura; Imunohistoquímica. ® (PROVA!) Tratamento: Doxacilina e Cloranfenicol - Doxacilina: 100 mg, 12/12H, VO/EV (manter por 3 dias após término da febre). PRIORIDADE - Cloranfenicol: 500 mg, 6/6H, VO (manter por 3 dias após término da febre). Em casos graves, fazer 1g, 6/6H, EV (até recuperar consciência ou melhora do quadro clínico geral, mantendo por mais 7 dias na dose 500 mg, 6/6H, VO). ATB até o 5º dia (ideal até 2º ou 3º dia)
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