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Noções de Direito aplicadas à Administração

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 Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 
Apostila para fins acadêmicos 
Maria Goretti Sanches Lima 
www.direitoaplicado.com 
 
1 
Apostila - Noções de Direito aplicadas à Administração de 
Empresas 
ÍNDICE ANALÍTICO 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................ 2 
NOÇÃO DE SISTEMA.................................................................................................................................... 3 
LÓGICA, ARGUMENTAÇÃO, INTERPRETAÇÃO E RAZOABILIDADE ................................................................... 4 
Falácia...................................................................................................................................................... 5 
Preconceitos.............................................................................................................................................. 5 
Juízo de Valor e Juízo Objetivo ................................................................................................................ 5 
SISTEMA & CIÊNCIA ................................................................................................................................... 6 
CIÊNCIA DO DIREITO (GERAL).................................................................................................................. 6 
CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO (SUB-GERAL) ......................................................................................... 7 
ABORDAGEM JURÍDICA................................................................................................................................... 8 
REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS................................................................ 9 
RAMOS DO DIREITO...................................................................................................................................... 10 
Direito Natural ....................................................................................................................................... 10 
Direito Positivo....................................................................................................................................... 11 
Direito Internacional ............................................................................................................................. 11 
PÚBLICO.....................................................................................................................................................................11 
PRIVADO....................................................................................................................................................................11 
Direito Nacional ..................................................................................................................................... 12 
PÚBLICO.....................................................................................................................................................................12 
PRIVADO....................................................................................................................................................................12 
FONTES DO DIREITO............................................................................................................................... 12 
HIERARQUIA DAS NORMAS ........................................................................................................................... 13 
TIPOS NORMATIVOS...................................................................................................................................... 14 
Norma fundamental ................................................................................................................................ 14 
Lei ordinária ........................................................................................................................................... 15 
Lei Complementar................................................................................................................................... 15 
VIGÊNCIA DA LEI ......................................................................................................................................... 15 
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS ................................................................................ 15 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS LEIS ....................................................................................... 15 
PERDA DA VALIDADE DA LEI ............................................................................................................ 16 
“VACATIO LEGIS”................................................................................................................................ 17 
Irretroatividade da lei............................................................................................................................. 17 
INTERPRETAÇÃO DAS LEIS (HERMENÊUTICA) .............................................................................................. 17 
TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS............................................................................... 18 
Espécies de Tratados .............................................................................................................................. 18 
Tratados Normativos ...................................................................................................................................................19 
Tratados Contratuais....................................................................................................................................................19 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL........................................................................................................ 19 
Constituição............................................................................................................................................ 19 
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO ............................................................................................... 20 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO .................................................................................................. 20 
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS................................................................................... 20 
PODER DO ESTADO ....................................................................................................................................... 21 
Divisão Orgânica do Poder - Tripartição .............................................................................................. 21 
Função Típica e Atípica.......................................................................................................................... 21 
Organização Político-Administrativa ..................................................................................................... 21 
Da Ordem Econômica e Financeira ....................................................................................................... 22 
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 23 
 Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 
Apostila para fins acadêmicos 
Maria Goretti Sanches Lima 
www.direitoaplicado.com 
 
2 
Pessoas ................................................................................................................................................... 23 
PESSOA NATURAL..................................................................................................................................................23 
PESSOA JURÍDICA...................................................................................................................................................23Bens......................................................................................................................................................... 24 
Considerados em si mesmos. ......................................................................................................................................24 
Bens Públicos...............................................................................................................................................................24 
Fato Jurídico........................................................................................................................................... 24 
Contratos ......................................................................................................................................................................25 
NOÇÕES DE DIREITO DO CONSUMIDOR ............................................................................................ 25 
Responsabilidade civil ............................................................................................................................ 25 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO ........................................................................................... 26 
Princípios da Administração Pública ..................................................................................................... 26 
Atos Administrativos ............................................................................................................................... 28 
Autarquia Federal................................................................................................................................... 29 
NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO...................................................................................................... 29 
Tributo .................................................................................................................................................... 30 
Obrigação Tributária.............................................................................................................................. 30 
Classificação dos Tributos...................................................................................................................... 31 
Impostos .......................................................................................................................................................................31 
Taxas.............................................................................................................................................................................32 
Contribuição de Melhoria ...........................................................................................................................................32 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE....................................................................................................... 32 
Norma jurídica tributária ....................................................................................................................... 33 
A Base de cálculo: .................................................................................................................................. 33 
ALÍQUOTA ............................................................................................................................................. 34 
PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA ................................................................................ 34 
Alíquota Progressiva .............................................................................................................................. 34 
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS................................................................................................................ 35 
BIBLIOGRAFIA............................................................................................................................................ 36 
 
INTRODUÇÃO 
 
Para instigar e fomentar a reflexão gostaria de iniciar este trabalho com a seguinte citação: 
 
" O ato de reduzir algo desconhecido a algo conhecido alivia, tranqüiliza, satisfaz, e 
proporciona, alem disto, um sentimento de poder" 
(NIETZSCHE,F., Crespusculo de los idolos, Madrid, Alianza Editorial, 1979,p.66) 
 
Essa frase de Nietzsche, espelha o sentido da busca da Ciência, em todos os campos. Estamos 
constantemente buscando o significado do que está a nossa volta, do mundo real, ou ao menos 
procuramos conformar o máximo possível o sentido de tudo com a realidade. Queremos ter 
controle. É claro que nem sempre alcançamos esse objetivo, pois às vezes na tentativa 
transloucada do homem, da necessidade que tem de objetivar, determinar, solidificar, " coisificar" 
especificar fenômenos, acaba por criar um vácuo maior entre o sentido do fenômeno e a realidade. 
É o que acontece com muitas leis, que tentam ser eficazes, mas que não passam do plano da 
validade1. 
 
Mas nem tudo está perdido, pois só o fato de existir no homem essa sagacidade investigativa do 
objeto do conhecimento, é que revela uma diferenciada capacidade, em relação a outros seres 
vivos, de criar conexões entre idéias, de aferir conceitos axiológicos, de gerar formas de 
pensamento para facilitar a compreensão do real, e também de atribuir a uma única palavra 
 
1
 Existência, Validade e Eficácia são institutos jurídicos dos quais faremos breve menção em aula. 
 Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 
Apostila para fins acadêmicos 
Maria Goretti Sanches Lima 
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3 
múltiplas idéias. As formas de raciocínio lógico, axiológico, sociológicos dentre outras são 
mecanismos de valor na busca da realidade. 
 
Neste trabalho quero, é claro, investigar uma área de conhecimento no nosso ordenamento, traçar 
algumas linhas de compreensão em relação a realidade social e o direito, porém estou longe de 
tranqüilizar ou satisfazer como coloca Nietzsche. Também não se almeja poder, mas um pequeno 
ponto de apoio, ponto esse que já começou a ser esboçado por alguns estudiosos no campo 
acadêmico, mas que necessita, ainda, como todo processo de amadurecimento de mais adesões. 
Estas no sentido de tamanho, em números, não de individualidade, pois como é sabido, em direito 
necessitamos da maioria sensata para se construir uma idéia sensata e aceita pela comunidade 
jurídica. É uma construção sociológica. 
 
Por isso e inúmeros outros motivos aqui não declarados, por absoluta limitação de condições, 
espero que esta singela monografia, material de suporte para as aulas de direito aos alunos dos 
cursos de Administração e Habilitações correlatas, que inspiraram e continuam a inspirar este 
estudo, possa de alguma forma contribuir para suscitar dúvidas e reflexões a respeito da área 
profissional setor que cresce ano a ano no nosso país, e que tem impacto marcante na economia e 
reflexos jurídicos importantes. 
 
Neste trabalho o objetivo é partir da noção de sistema aplicado à Administração e buscar nas 
noções de direito o que de mais significativo precisa ser entendido para visualizar esse sistema com 
abordagem jurídica. Assim, ao invés de partir da idéia geral para a idéia particular, foi pensado o 
inverso, ou seja, partir do objeto de conhecimento – Administração – e determinar dentro dele 
partes da ciência jurídica aplicada a ele, o que dará conseqüentemente os elementos e 
instrumentos para se operar juridicamente esse sistema. 
 
 
 
Noção de Sistema 
 
Pode-se definir sistema como um conjunto de partes que interagem de modo a atingir 
determinado fim, de acordo com um plano ou princípio; ou conjunto de procedimentos, 
doutrinas, idéias ou princípios, logicamente ordenados e coesos com intenção de descrever, 
explicar ou dirigir o funcionamento de um todo.2 
 
Comoeste é um material de estudo específico, referente a uma área do conhecimento, não 
podemos deixar de iniciar com alguns conceitos interdisciplinares que representam um 
importante suporte profissional. São instrumentos que possibilitam a análise, 
investigação, e até mesmo a racionalização dos problemas que um sistema apresenta. 
 
Refere-se ao sistema da seguinte área: Administração. Um conjunto de elementos, 
pressupostos, atributos, requisitos ou o que se entender por isso funcionando, produzindo 
atividade ou não. 
 
Segundo alguns estudiosos, um sistema pode ser aberto ou fechado. É aberto se recebe 
influência externa e também oferece saída de elementos internos, ou seja, há troca entre 
ambientes, interno e externo. É fechado se não há comunicação alguma com o exterior. 
 
 
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4 
 
Alguns entendem que o direito é um sistema aberto, pois sofre modificações pelas Emendas 
Constitucionais, que criam e extinguem direitos e obrigações, bem como por leis, medidas 
provisórias e regulamentos que constantemente alteram as regras do ordenamento jurídico, 
porém há críticos que entendem o oposto e argumentam que a Constituição Federal faz 
parte do sistema está dentro dele e não fora, por isso, o sistema é fechado e não aberto. 
 
Assim, o que nos interessa no momento é entender que o Direito é um sistema. Um sistema 
construído dentro de outros sistemas3 e que por sua vez convive lado a lado com inúmeros 
sistemas4. (ver Figuras 1 e 2) 
 
Da mesma maneira podemos visualizar a Administração de Empresas como um sistema, 
ou se preferir, como um subsistema de sistemas maiores como o Direito, a Economia, a 
Administração, dentre outros. 
 
Lógica, Argumentação, Interpretação e Razoabilidade 
 
Para caminhar um pouco mais em direção ao nosso objeto de estudo, ou seja, “o sistema 
Administração de Empresas”, é preciso também mencionar alguns instrumentos que 
podem ser úteis nos processos de análise de um sistema. Por óbvio, não há possibilidade, 
por razões já intuídas de falar com um pouco mais de detalhes de cada um desses 
instrumentos. Chamo instrumentos porque são ferramentas de visualização, operação e 
análise de situações e de problemas de um sistema. 
 
Seria muita pretensão neste pequeno trabalho tentar discorrer sobre lógica, por isso, a 
intenção é simplesmente dar a notícia. 
 
A argumentação, interpretação e a razoabilidade podem decorrer de um pensamento 
lógico. Por que podem decorrer? Porque a argumentação e a interpretação podem existir 
sem a lógica, já a razoabilidade depende dela. Para argumentar não preciso ter um 
pensamento lógico, posso fornecer um argumento ilógico que não deixa de ser um 
argumento, para interpretar também, minha interpretação pode ser ilógica, mas aceita. No 
entanto, para saber se a minha interpretação foi razoável ou não preciso fazer um exercício 
de raciocínio lógico. Portanto, temos que a razoabilidade é um reforço de argumentação. 
 
Os pensadores mencionam dois tipos de lógica. A lógica formal e a lógica material. Para 
entender o que significa a primeira basta pensar na matemática, nas ciências exatas, já a 
segunda, significa pensar em argumentação, ou seja, a lógica material trabalha com 
premissas que podem ou não ser verdadeiras e que mesmo não sendo podem conduzir a 
raciocínios conclusivos e lógicos. 
 
Um exemplo bem simples seria colocar as três premissas como se seguem: 
 
3
 O sistema Federativo, Republicano e Presidencialista por exemplo. 
4
 Sistema econômico, político dentre outros. 
 Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 
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5 
1. se baleia é mamífero (verdade) 
2. se todo mamífero é peixe (falso) 
3. Então baleia é peixe (verdade/falso) 
 
Note que há premissa falsa, mas mesmo assim conduziu a um raciocínio lógico. É 
possível, portanto inferir que a verdade não importa muito para lógica e sim a forma de 
construção do raciocínio, se indutivo ou dedutivo. 
 
• Todo homem é mortal (v) 
• Sócrates é homem (v) 
• Logo, Sócrates é mortal (v) 
 
Assim, nesse sentido visualiza-se também: 
• Falácia 
• Preconceitos 
 
Falácia 
 
É possível identificar um raciocínio falacioso ou preconceituoso quando se utiliza um 
raciocínio lógico. O exemplo acima é falacioso porque se obtém uma conclusão apressada 
de premissas relevantes, mas insuficientes. A premissa falsa pode ser imperceptível para 
um profissional desavisado, já aquele bem informado perceberá. A diferença porém, é 
que este poderá detectar o problema e saber que trata-se de uma falácia possuindo assim 
mais instrumentos para analisar e tomar decisões. 
 
 
 
 
Preconceitos 
 
Quanto aos preconceitos, a própria semântica5 já nos fornece a idéia do significado: é um 
pré-conceito, ou melhor, um conceito já formado que carregamos conosco e que muitas 
vezes obstruem nosso pensamento impedindo que novas idéias ou conceitos possam ser 
compreendidos de maneira imparcial. É importante, porém, frisar que a idéia 
“preconceito” carrega um sentido negativo atualmente, ou seja, de impedir mudanças 
saudáveis, porém não é sempre assim, pois há conceitos anteriores que adquirimos e que 
formam nossa bagagem de vida que não são necessariamente negativos. 
 
Por isso não posso dizer: não tenho preconceitos. Todos temos. O que é preciso saber se 
são preconceitos que nos prejudicam de enxergar a realidade ou se são fontes de nossa 
bagagem, ou seja, nosso conhecimento das coisas que podem ser úteis. 
 
Juízo de Valor e Juízo Objetivo 
 
 
5
 palavra 
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6 
Nessa mesma linha é possível falar de Juízo de valor e Juízo Objetivo. Em geral a 
tendência é acreditar nos padrões e modelos sociais que nos cercam. A mídia tem forte 
influência nesse processo. Esses padrões acabam se infiltrando tão fortemente em nossas 
vidas que pouco percebemos conscientemente nossas atitudes no ambiente em que 
vivemos. Estão tão intrincados no nosso sistema mental que geralmente achamos difícil 
isolar e examinar individualmente o que cada premissa significa. 
 
Juízos de Valor são normalmente justificados ou defendidos de maneiras diferentes dos 
Juízos Objetivos. 
 
Por exemplo, se pergunto a alguém se prefere ouro ou prata e essa pessoa me responde 
que prefere ouro, posso perguntar-lhe: 
 
Por que você prefere ouro? Ela dirá: 
 
1. os objetos feitos de ouro nunca enferrujaram. 
2. todas as tentativas de enferrujar o ouro falharam. 
 
Uma outra pessoa dirá: 
 
3. Porque com ouro se faz lindas jóias. 
4. As pessoas em geral adoram o brilho de uma jóia feita a ouro. 
 
Os exemplos acima demonstram que as premissas 1 e 2 são juízos objetivos, ou seja, são 
baseadas em fatos, experiência e ciência. As premissas 3 e 4 são juízos de valor, 
julgamentos subjetivos, sem qualquer base em fatos, mas em crenças e percepções 
pessoais. 
 
Se você procurar um argumento que seja forte, para convencer, persuadir, prefira aqueles 
baseados em juízos objetivos, razões de fato. Argumentos baseados em juízo objetivo 
estão mais próximos à realidade e por isso as chances do profissional, em qualquer área, 
aumentam se ele entende a lógica da racionalidade. 
 
Só é bom deixar claro que: como tudo na vida, não existem fórmulas prontas que 
ensinam a receita de sucesso. Isso é ilusão.O que existem são áreas de conhecimento, e 
as tentativas que o homem sempre fez de buscar clareza e aperfeiçoamento em tudo. Por 
isso, diria que esses instrumentos são de aperfeiçoamento, pois nem sempre a 
racionalidade funciona, às vezes a percepção intuitiva também traz benefícios desde que 
propositada e moderada. É uma questão de escolha e bom senso. 
 
 
Sistema & Ciência 
CIÊNCIA DO DIREITO (geral) 
 
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7 
-Todo o sistema do direito é dinâmico. 
-As normas jurídicas são objeto da ciência jurídica. 
-E o objeto da ciência jurídica é o direito. 
-As relações inter-humanas só são objeto de um conhecimento jurídico enquanto relações 
jurídicas. 
(Ex.Pai que obriga o filho a estudar – temor reverencial) O pai quando exerce esse poder 
coativo sobre o filho não está transgredindo regras jurídicas, embora o filho possa pensar o 
contrário. O filho pode achar que está sendo prejudicado em sua liberdade e que tem direito 
à ela. De fato, a Constituição Federal do Brasil assegura liberdades individuais, porém 
nenhum direito é absoluto, e no caso acima, o filho obedece ao pai por ter um temor 
reverencial à ele, e não porque o a lei lhe impõe essa obediência.. 
-Determina valores e normas sociais de bom relacionamento e convívio fundadas em 
princípios basilares do direito aplicáveis a toda a sociedade. 
 
CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO (sub-geral) 
 
- conjunto de fatores que possibilitam entender e definir: 
o normas e funções estruturais de elementos interligados para obtenção de 
resultados. 
o Conhecimentos gerais sobre princípios e práticas administrativas. 
- objetiva estudar entendimentos estruturais e estratégicos para tomada de decisões. 
- Pode ser desdobrada em: 
o Administração Fazendária 
o Administração Financeira 
o Administração Contábil 
o Administração Direta 
o Administração Indireta 
o Administração Pública 
o Administração Privada 
 
CIÊNCIA DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS (Particular) 
Alguns autores preferem não particularizar a noção de Administração de Empresas, 
outros citam a Administração de Empresas como dogmática.6 
 
- Engloba, principalmente, conceitos de Economia, Marketing, Direito, 
Contabilidade, dentre outras ciências. 
- Objetiva disciplinar os elementos de produção e submeter a produtividade a um 
controle de qualidade, para a obtenção de um resultado eficaz. 
 
 
Você pode estar se perguntando: O que tudo isso tem de importante para a Administração 
de Empresas? Tem tudo de importante. Um profissional desse ramo, em qualquer função, 
 
6
 relativo a dogmas e dogmatismos que se apresenta com caráter de certeza absoluta. 
 Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 
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8 
tem como objetivo final a satisfação dos clientes pelos serviços que presta ou produtos que 
produz. A lógica e a razoabilidade agregam valor ao quadro de funcionários – o 
patrimônio social da empresa. Por isso é fundamental entender a estrutura de pensamento, 
os conceitos basilares que dão forma a uma área de conhecimento. 
Abordagem jurídica 
Como entender o Sistema de Administração de Empresas e o Direito? Conforme foi dito, 
o Direito também é um sistema, podemos até ousar e definir esses sistemas da seguinte 
forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Sistemas e Subsistemas 
 
 
 
 A figura acima é uma tentativa reducionista de demonstrar os reflexos que um sistema tem 
em outro. Digo reducionista porque pensar em sistema não é tão simples. O raciocínio 
precisa ser abstrato, de difícil demonstração prática, porque envolve interligações e 
relações complexas de um sistema no outro. Pode ser representado também conforme a 
figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Sistemas e Subsistemas intersecções 
 
A figura 2 também pode fornecer essa idéia de representação dos sistemas e subsistemas, 
talvez até um pouco melhor que a figura 1, porque mostra que há pontos que se relacionam 
e aqueles que não se relacionam e ao mesmo tempo dá a idéia de relações. 
 
 Direito 
Economia 
Administração 
 Direito 
 Administração 
Administração de 
Empresas 
Economia 
Administração de 
empresas. 
 Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 
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9 
De qualquer forma, as figuras ajudam a encaminhar o pensamento. 
 
Assim, note que o direito é amplo, se aplica a vários outros sistemas ou subsistemas. A 
Economia como área de estudo tem subsistemas, assim como a área da Administração que 
é nosso objeto de estudo dentro do Direito. A área da Administração tem várias 
especificidades que compõem também um sistema. 
 
REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 
Este trabalho faz um corte predominantemente, na dogmática7 do Direito. Pense no direito como 
um todo. Como assim? Tente pensar “no direito”. Você consegue? 
 
Começam os questionamentos. O que é o direito? Para que serve? Por quê? 
Em breves palavras, segundo Hans Kelsen: direito é a ciência do dever-ser. Somos alguém um 
“ser” mas para conviver em sociedade “devemos” observar certas regras. Se não observamos 
haverá sanção, ou seja, uma punição, que a sociedade impõe para aqueles que desrespeitam as 
regras de convívio. Por exemplo: “Não matar” é uma regra jurídica que a sociedade, através do 
direito, construiu para que exista ordem social, ou seja, ordem pública. 
 
Pense como seria difícil conviver numa sociedade na qual o direito permitisse fazer justiça com as 
próprias mãos. O que o “ser” ( a pessoa) entendesse justo ou injusto, passaria a ser mais 
relevante que o dever. Na verdade, Kelsen demonstrou que deve existir um equilíbrio entre o ser 
e o dever-ser, ambos são importantes para o direito. A justiça deve, portanto buscar sempre esse 
equilíbrio. 
Assim como há inúmeras normas que regulam a vida em sociedade, setores da economia 
também são normatizados, ou seja, há normas para tudo. Nesse sentido que se entende a 
Administração de Empresas como um setor que está inserido dentro da economia, do direito, da 
contabilidade, dentre outras ciências. Há normas gerais e específicas para o setor. 
 
É possível falar, então em Regime Jurídico da Administração de Empresas? Os acadêmicos dividem-
se quanto à conceituação exata da palavra regime, porém a idéia é a mesma. Alguns chamam de 
ramo do direito o que outros definem como regime de direito. 
 
Só se pode dizer que é um ramo autônomo quando existem princípios que lhe 
conferem autonomia própria no confronto com os demais ramos. 
 
A tendência é de se relacionar o regime jurídico com o objeto e, portanto dizer que o regime existe 
devido a essa relação. Ocorre que facilmente se demonstra o oposto, pois não é o tema, mas a 
disciplina que lhe confere qualidade. 
 
A visão jurídica que sempre se deve ter, em primeiro lugar, é procurar um conjunto de regras, de 
princípios que se aplicam em dada situação. Dessa forma, seria inadequado até esta data, dizer 
que existe um ramo do Direito de Administração de Empresas, o que existe é o ramo do Direito 
Societário, Direito Comercial, e o próprio Direito Civil (que traz regras de direito comercial. Há 
normas de outros ramos do direito que se aplicam às Empresas. Por exemplo: regras de Direito 
Civil, Direito do Consumidor, Direito Penal, Direito Tributário, Direito Ambiental, Direito Comercial. 
 
Poderíamos dizer que uma parte dos ramos, acima mencionados, é diretamente aplicável na 
Administração de Empresase por isso não é menos útil afirmar que o Regime Jurídico da 
Administração de Empresas é Público e Privado. Público porque sofre influxos de Direito 
 
7
 idem anterior. 
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10 
Público, como por exemplo tributário e ambiental, dentre outros ramos, e Privado porque há regras 
dispositivas como as do Código Comercial e Código Civil. 
 
Por ser público e privado há normas cogentes7 e também normas dispositivas8 
Ramos do Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Ramos do Direito 
Direito Natural 
O homem sempre teve consciência de direitos fundamentais decorrentes de sua 
natureza, que não viessem de pactos, contratos, convenções ou tratados. De uma 
certa forma existem tendências gerais, comuns a todos os homens, de iguais 
emoções, impulsionando-os. Atos humanos seriam acolhidos ou repudiados por uma 
consciência coletiva, capaz, naturalmente de separar o bem, do mal. O certo do 
errado, o direito do torto, o justo do injusto. 
 
O direito natural é a idéia abstrata de direito, ou seja, aquilo que corresponde ao 
sentimento de justiça da comunidade. 
 
Os gregos criticavam as leis e mostravam-se céticos ao direito, porque diziam eles 
que as leis eram feitas exclusivamente com motivações políticas, e ditadas por elas. 
É famosa a passagem, que afirmavam que aquilo que é natural é em todos os 
lugares. O mesmo fogo, diziam, que arde na Grécia arde na Pérsia, porém as leis 
vigentes na Grécia divergem daquelas vigentes na Pérsia. Logo o fogo é natural; o 
direito, simplesmente artificial. 
 
7
 Normas de ordem pública, impostas – não são negociáveis. (Direito ambiental, tributário etc) 
8
 Normas que permitem negociação entre as partes envolvidas. (Direito Civil, Comercial) 
Direito 
positivo 
Natural 
Internacional 
Nacional 
Público 
Privado 
Público 
Privado 
• Constitucional 
• Civil 
• Penal 
• Tributário 
• Administrativo 
• Comercial 
• Processual 
• Econômico 
• Eleitoral 
• Ambiental 
• Consumidor (etc..) 
• Civil (parte) 
• Comercial 
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Direito Positivo 
Ao contrário do direito natural, o Direito Positivo é aquele conjunto de regras 
elaborados e vigentes num determinado país em determinada época. São as normas, 
as leis, todo o sistema normativo posto, ou seja, vigente no país. 
 
Exemplo: Código Civil, Código Penal, Código Comercial, Código de Defesa do 
Consumidor, Leis esparsas... 
 
DIREITO POSITIVO & DIREITO NATURAL 
O direito positivo, por exemplo, uma lei, não obriga ao pagamento de duplicata 
prescrita, ao passo que para o direito natural esse pagamento seria devido e correto. 
 
Direito Internacional 
 
PÚBLICO 
É um conjunto de normas que regulam as relações entre os Estados membros da 
comunidade internacional e organismos análogos. 
Exemplo1: ONU (Organização das Nações Unidas), OIT (Organização 
Internacional do Trabalho). 
Exemplo2: Tratado de Kyoto, Declaração Universal dos Direitos Humanos, etc. 
-A sociedade internacional caracteriza-se por ser universal, igualitária, aberta, sem 
organização rígida e com Direito originário. 
- Universal porque abrange todos os entes do Globo terrestre. 
- Igualitária porque supõe igualdade formal entre os seus membros. 
- Aberta porque todos os entes, ao reunirem certas condições, dela se tornam 
membros sem necessidade de aprovação dos demais. 
-A cooperação internacional é a regra que motiva o relacionamento entre os 
membros, portanto, não há hierarquia entre as normas internacionais e as normas 
internas de um país. 
 
PRIVADO 
É um conjunto de normas internas de cada país, elaboradas e instituídas 
especialmente para definir se em determinados casos se aplicará a lei interna ou a lei 
de outro país. Pelo Direito Internacional Privado regula-se; 
• Conflito de leis no espaço 
• O comércio entre empresas privadas, com sede em países diferentes 
• A situação do estrangeiro 
• A nacionalidade 
• A validade ou não de sentenças estrangeiras 
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• Bens referentes à legitima de estrangeiro, etc.. 
 
Direito Nacional 
 
É o sistema legal elaborado para ser posto, vigente, em determinada época, dentro 
das fronteiras de um país. 
 
Só é válido dentro da jurisdição do país que o elaborou. Não se aplica a países 
vizinhos. 
 
PÚBLICO 
É composto predominantemente por normas de ordem pública , que são normas 
imperativas, obrigatórias. 
Exemplo: Se houve um homicídio, mesmo que a vítima concorde em não punir o 
assassino, haverá punição, pois se trata de norma de ordem pública, prevista no 
Código Penal. 
 
PRIVADO 
É composto predominantemente por normas de ordem privada, o que significa dizer 
que são normas de caráter supletivo, vigoram apenas enquanto os interessados não 
dispuserem do contrário, ou seja, enquanto a vontade deles permanecer, a norma é 
lei entre as partes. 
 
 
Exemplo1: um contrato de compra e venda, celebrado entre uma empresa e alguém 
que quer vender um automóvel. A empresa compra o automóvel. Se houver 
desistência do negócio, ou qualquer aditamento no contrato, valerá o que foi 
estipulado pela primeira vez no contrato. 
 Exemplo2: A divisão de despesas com a construção de um muro. As partes (as 
pessoas envolvidas) podem dispensar a divisão, ou até omitirem-se quanto a isso, 
pois se trata de norma de ordem privada e precisa ser combinada. Art.588 δ 1o do 
Código Civil. 
FONTES DO DIREITO 
 
O direito tem várias fontes, ou seja, origem, inicio. 
a. DIRETAS 
 
- Normas 
1. Constituição (Federal / Estadual) 
2. Lei complementar 
3. Tratados e Convenções Internacionais 
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4. Lei ordinária 
5. Lei delegada 
6. Medidas Provisórias 
7. Decretos 
8. Regulamentos complementares 
(NR, Resolução, Instruções, Portarias, Circulares, etc..) 
- 
- 
- Costumes 
É a reiteração constante de uma conduta, na convicção de ser a 
mesma obrigatória, ou seja, uma prática geral aceita como sendo o 
direito. Exemplo: Fazer fila para pegar o ônibus, ou para entrar no 
teatro. 
Na falta de lei sobre determinado assunto o Juiz pode se valer do 
costume.(art.4o. da Lei de Introdução ao Código Civil) 
 
b. INDIRETAS 
- Doutrina 
O sistema legal, incluindo as normas, nestas as leis, precisa ser 
interpretado. Essa interpretação não é feita só pelo judiciário. Aliás o 
judiciário, muitas vezes, para fazer sua interpretação se socorre da 
doutrina. Assim, a doutrina é uma interpretação realizada por 
estudiosos da matéria, e pode ser considerada nos; 
• Tratados; 
• Seminários; (cujos debates foram publicados) 
• Pareceres; 
• Obras intelectuais como livros; 
• Monografias. 
 
 
- Jurisprudência 
São decisões reiteradas dos tribunais. É a interpretação realizada 
por juízes de todas as instâncias, e que servem de fonte para outros 
juízes. 
Hierarquia das normas 
 
É sempre bom lembrar que o ordenamento jurídico brasileiro é construído de forma a 
obedecer uma hierarquia. Hans Kelsen foi o teórico que desenvolveu a idéia de uma 
pirâmide jurídica, na qual a Constituição está no ápice. No segundo patamar encontram-se 
as leis ordináriase complementares9; no terceiro os decretos, atos normativos, 
 
9
 A doutrina discute se os tratados internacionais têm status legal ou Constitucional. Alguns defendem que: se os tratados 
internacionais versarem sobre direitos fundamentais da pessoa humana será acolhido no nosso ordenamento com status 
Constitucional, do contrário será Lei Ordinária. 
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deliberações, instruções normativas dentre outros atos regulamentadores; e por fim os 
contratos firmados entre as pessoas. 
 
 
 
 
 Constituição 
 
 Leis (ordinárias/complementares) 
 
 Decretos, Atos Normativos, etc.. 
 
 Contratos 
 
Figura 3: Hierarquia das normas 
 
 
Dentre as leis existem normas gerais e específicas. As leis específicas derrogam as leis 
gerais no que for contrári o, ou seja, a lei específica é que irá prevalecer se existir 
contradição com a lei geral. 
 
Para a Administração de Empresas, conforme mencionado anteriormente, aplica-se toda a 
legislação pertinente à sociedade civil, como por exemplo; 
• Código Civil 
• Código Penal 
• Código Processual 
• Código de Defesa do Consumidor 
 
Assim, regras de responsabilidade civil que devem ser observadas por toda a sociedade 
também devem ser pelos administradores. 
 
O enfoque é dirigido para a legislação comum, ou seja, para o segundo degrau da hierarquia 
das normas. Os regulamentos, por serem inúmeros não serão objeto de análise, exceto 
alguns de crucial importância didática para a compreensão da sistemática jurídica voltada 
para o setor privado. 
 
Tipos normativos 
 
Norma fundamental 
- Consiste na lei maior, denominada também de carta magna, vincula todos os 
ramos do direito e invalida as leis que com ela não estejam em harmonia. 
 
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- Enquanto na Federação prevalece a Constituição Federal, nos Estados 
federados existem as Constituições estaduais, que devem guardar um 
paralelismo com a Constituição Federal. 
 
 
- Hans Kelsen foi o precursor do modelo de normas, onde as normas legais 
retiram validade das regras imediatamente superiores, até chegar ao ápice da 
pirâmide, onde está a Constituição, que é o fundamento de todo o ordenamento 
jurídico estatal. Assim, a lei ordinária não pode conter dispositivo contrário à 
Constituição. Nem o decreto ou a portaria pode afrontar a lei ordinária. 
 
Lei ordinária 
 
Dois aspectos básicos para se caracterizar uma lei ordinária: 
- refere-se à matéria e à votação. 
 
- Leis ordinárias são aquelas que relacionadas a qualquer tipo de assunto. Aos 
assuntos que exigem maior rigor na votação é reservado para leis 
complementares. 
 
- Votação : maioria simples = 50% + 1 dos presentes à sessão legislativa. 
(art.47 CF) 
 
Lei Complementar 
 
- Quanto à matéria, às leis complementares são reservadas matérias específicas, 
e a Constituição sempre determina a utilização de lei complementar para 
referida matéria. 
 
- Votação: maioria absoluta = 50% + 1 dos membros da casa. Art.47 e 69 CF 
Vigência da Lei 
• O diploma legal que dispõe sobre a vigência da Lei é o Decreto-Lei 4.657/42 
que é denominado de Lei de Introdução ao Código Civil – LICC. 
 
PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS 
 
• Segundo a Lei de Introdução ao Código Civil, ninguém pode alegar que não 
conhece a lei, ou seja, ninguém pode evitar cumprir a lei simplesmente alegando 
ignorância. (art.3o.) 
 
PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DAS LEIS 
• Só a lei pode revogar a lei. Isso significa que é preciso observar a Hierarquia 
das Leis para entender a funcionalidade de cada norma, ou seja, um Decreto não 
pode revogar uma lei, pois tem uma funcionalidade especifica, regulamentadora. 
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A lei pode mais do que o Decreto. O Decreto pode menos que a lei, assim por 
definição dialética quem pode mais pode o menos mas quem pode o menos não 
pode o mais. 
 
• Assim, a Lei pode revogar um Decreto mas um Decreto não pode revogar 
uma Lei. 
 
• Medida Provisória pode revogar lei? 
 
o Não, Medida Provisória não é propriamente uma lei, é ato do executivo 
com força de lei. 
o A Medida Provisória suspende a eficácia de lei anterior. 
o Se convertida em lei – revoga a lei anterior 
o Se rejeitada restaura-se a eficácia da lei anterior. 
o O que acontece com os contratos e relações jurídicas que se firmaram 
na vigência da MP que foi rejeitada posteriormente? 
� Não se aplica nem a MP nem a lei anterior 
� A CF diz que o Congresso Nacional deve disciplinar essas 
relações baixando um Decreto Legislativo. (art.62 δ único) 
 
PERDA DA VALIDADE DA LEI 
• Existem duas formas da lei perder a validade: 
o Por REVOGAÇÃO 
� Efeito produzido por nova lei, a lei perde a eficácia. 
o INEFICÁCIA 
� É quando a lei, apesar de vigente não pode ser aplicada. A lei perde 
a eficácia sem ser revogada. 
• Formas de Ineficácia: 
o CADUCIDADE; surge situação cronológica ou 
factual que torna a lei inválida. Alguns chamam de 
autorevogação. Ex.Leis temporárias, Excepcionais 
(Estado de sitio). 
 
o DESUSO; cessa o pressuposto de aplicação da 
lei.Ex.Lei proíbe caça às baleias, todas morrem, não 
pode ser aplicada porque não existem mais baleias. 
 
o LEI INCONSTITUCIONAL; (Declarada pelo STF) 
� Por Ação Direta de Inconstitucionalidade, a 
simples decisão já torna a lei ineficaz. 
Controle Concentrado. 
� Se for por Controle Difuso além da decisão 
do STF é preciso resolução do Senado 
suspendendo a eficácia da lei. 
� OBS.A decisão não revoga a lei apenas a 
torna inútil. 
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“VACATIO LEGIS” 
 
o Período entre a publicação e a efetiva entrada em vigor de uma lei. 
o Não é obrigatório. 
o Não é Princípio Constitucional. 
 
Em regra funciona da seguinte forma: 
 
o No silêncio � começa a vigorar 45 dias após a publicação.(art.1o LICC) 
o Se expressa a data � começa a vigorar na data que consta no texto da lei. 
o Lei brasileira para 
ser aplicada a quem 
está no exterior � começa a vigorar 90 dias após a publicação 
 
 
Irretroatividade da lei 
 
o A Lei é editada para reger situações futuras. 
o A Lei pode retroagir? 
 
o Em regra não, exceto se existir cláusula expressa de retroatividade. 
o Ou, SIM desde que exista cláusula expressa de retroatividade. 
o A lei não pode violar o direito adquirido, ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada. (art.5o XXXVI combinado com art.6o da LICC). 
Interpretação das Leis (Hermenêutica) 
 
o O intérprete busca a vontade da lei ou do legislador? 
o Corrente dominante: O intérprete deve buscar a vontade da lei. A vontade do 
legislador é estática e com o tempo torna-se ultrapassada, ao passo que a 
vontade da lei é dinâmica e se adapta às vontades sociais. 
 
o Quem pode interpretar as leis? 
o JUÍZES: por meio de decisões judiciais. Não é obrigatória porque outros 
juízes poderão interpretar diferentemente. Não existe súmula vinculante. 
 
o DOUTRINA: (Livros, monografias, teses etc.) interpretação doutrinária ou 
científica. Nunca é obrigatória. 
 
o LEGISLADOR: Ao baixar uma Lei interpretativa, chamada interpretação 
autêntica ou legislativa. Noções de Direito aplicadas ao curso de Administração de Empresas 
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o Meios utilizados na interpretação; 
o MEIO GRAMATICAL (literal) 
o LÓGICO OU TELEOLÓGICO 
� Busca a razão da lei. O intérprete se vale da interpretação 
sistemática, comparada, histórica e outros. 
 
o MÉTODO SISTEMÁTICO 
o O intérprete compara os diversos dispositivos legais 
para buscar a “razão da lei”. 
o MÉTODO COMPARADO 
o Confrontação da lei brasileira com o direito 
estrangeiro. 
o MÉTODO HISTÓRICO 
o Origem da lei, as discussões, vetos, situação 
econômica que o país atravessava na época. 
 
TRATADOS E CONVENÇÕES INTERNACIONAIS 
 
CONCEITO: Acordo formal concluído entre sujeitos de direito internacional, destinado a 
produzir efeitos jurídicos na órbita internacional (Carlos Roberto Husek pg.62) 
 
TERMINOLOGIA: Tratado, convenção, carta, pacto, “modus vivendi”ato, estatuto, 
declaração, protocolo, acordo, ajuste, compromisso, convênio, memorando, regulamento, 
concordata. 
 
PROCEDIMENTO: Para que tratados e Convenções Internacionais passem a integrar a 
legislação do país, no caso o Brasil, devem passar pelo seguinte procedimento solene: 
- Ser assinado pelo Presidente da República ou Representante; 
- Ser aprovado por decreto legislativo (art.49 I CF) e; 
- Ser promulgado por Decreto do Executivo (art.84 IV CF) 
 
Os tratados após serem promulgados pelo Executivo, incorporam-se ao direito 
interno, com força de lei ordinária. Existe, porém uma corrente que entende que 
tratados e convenções que tratam de matérias sensíveis a direitos e garantias 
fundamentais incorporam-se ao direito interno com força constitucional. 
 
Fundamento normativo: Art.5º § 2º da Constituição Federal. 
 
 
Espécies de Tratados 
 
Normativos (Resolução 158 da OIT) 
Contratuais (Tratado da Amizade URSS X países comunistas da Europa) 
 
 
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Tratados Normativos 
• Estabelecem regras de interesse geral. 
• Os Estados se obrigam ao cumprimento do tratado desde que esse 
tratado transforme-se em norma interna. 
• O tratado normativo estabelece regras gerais entre 
 
Tratados Contratuais 
• Estabelecem regras particulares entre os que assinam o taratado. 
• Tem eficácia entre as partes contratantes. 
 
Noções de Direito Constitucional 
 
Constituição 
 
O que é Constituição? 
 
A palavra “Constituição” tem vários significados, tais como: 
1- Conjunto de elementos essenciais de alguma coisa: a constituição do Universo, a 
Constituição de corpos sólidos; 
2- Temperamento, compleição do corpo humano: uma constituição psicológica 
explosiva, uma constituição robusta”; 
3- Organização, formação: a constituição de uma assembléia, a constituição de uma 
comissão; 
4- O ato de estabelecer juridicamente: a constituição de dote, de renda, de uma 
sociedade anônima; 
5- Conjunto de normas que regem uma corporação, uma instituição: a constituição 
da propriedade; 
6- A lei fundamental de um Estado10. 
 
Para o Professor e ex-Secretario de Segurança Pública do Estado de São Paulo José 
Afonso da Silva, todas essas acepções são analógicas. Todas exprimem a idéia de modo 
de ser de alguma coisa e, por extensão, a de organização interna de seres e entidades. 
Nesse sentido é que se diz que todo Estado tem Constituição, que é o simples modo de ser 
do Estado.11 
 
Como se faz a constituição? 
Constituição -> É um Poder Jurídico 
 
 
 
10
 Estado tem dois sentidos. 1- Estado como soberania, país; 2- Estado como Estado da Federação, ou seja, 
Estado de São Paulo, Estado do Rio de Janeiro etc.. 
11
 SILVA, José Afonso da. “Curso de Direito Constitucional Positivo”, São Paulo, Malheiros Editores, 
1997.pgs.41-42. 
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20 
Poder de fazer a constituição 
- Não é jurídico, é de fato (político) 
 
PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO 
-inicial (inaugura nova ordem e revoga a anterior) 
-ilimitado (pode colocar nessa nova ordem o que bem entender) 
-incondicionado (não está preso a condições pré-estipuladas) 
Titular do Poder Constituinte 
-é o povo 
 
PODER CONSTITUINTE DERIVADO 
-criado para modificar a Constituição (denominado de competência reformadora) 
 
-Titular -> é o povo 
-Quem exerce? -> o Congresso Nacional (art.59 e 60) 
 
Características 
-não é inicial 
-é condicionado (art.60) 
-é limitado 
 
EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
- Não existe norma constitucional sem eficácia 
- Todas as normas constitucionais algum efeito produz 
 
 
Tipos 
-Executáveis 
-Não auto-executáveis 
 
Eficácia 
Plena (forte) 
-sozinhas esgotam toda a vontade do legislador constitucional. Não podem ser 
diminuídas. 
-não precisa de outra legislação 
Ex.Todos são iguais perante a lei. 
Ex.Regras de competência 
 
Contida (forte) 
-é uma norma de eficácia plena mas permite que o legislador infra-constitucional 
reduza seus efeitos. 
-Vale mesmo antes da lei que vai disciplinar. 
Ex.art.5o XII Exame da ordem. 
Enquanto não surgir lei está valendo o direito. 
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Limitada (fraca) 
-não produzem efeitos plenos, são normas consideradas sem nenhum efeito pela 
doutrina. 
-Só valerá após a lei ser promulgada. 
-Os efeitos da norma constitucional são limitados à promulgação de uma lei. A 
doutrina traz duas espécies: 
1o Norma Constitucional limitada de cunho programático-> depende de lei 
complementar. 
Ex.1direito de greve. 
Ex.2 art.180 CF promoção e incentivo ao turismo. 
2o Norma Constitucional limitada instituidora de princípio organizativo. 
-traçam tarefas, programas para o Estado. 
Ex.art.224 CF O Congresso Nacional instituirá o Conselho de Comunicação Social. 
 
 
LEGISLAÇÃO COMUM 
 
-são normas infra-constitucionais, normas de dever-ser estabelecidas por uma 
autoridade. 
-não são verídicas ou inverídicas, mas válidas ou inválidas. 
-devem estar em sintonia com a Constituição da República. 
Poder do Estado 
 
Divisão Orgânica do Poder - Tripartição 
O Poder do Estado é uno, mas a doutrina fala em divisão de Poder ou seja, apesar do 
poder ser um só, existe uma tripartição desse poder com relação às funções. 
Função Típica e Atípica 
Cada órgão do Poder exerce, preponderantemente uma função e secundariamente as duas 
outras. Da preponderância advém a tipicidade da função; da secundariedade a atipicidade. 
As funções típicas do legislativo, executivo e judiciário, são em razão da preponderância, 
legislar, executar e julgar respectivamente. 
 
Ex. O legislativo atipicamente também administra12 e julga13 (art.51 IV e 52 XIII CF) 
 
 
 
 
Organização Político-Administrativa 
 
 
 
 
12
 Licitação para compra de material administrativo, computadores etc. 
13
 CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito e Processos Administrativos. 
União 
Estados 
DF 
Municípios 
Territórios 
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Figura 4: Organização político-administrativa do Estado 
 
 
O Brasil é uma República Federativa formada pela ligação indissolúvel dos Estados, 
Municípios, Distrito Federal e da União (arts.1o.e 18 da CF). A União detém a soberania 
nacional, consistente num poder interno supremo. Os demais entes públicos têm autonomia 
local. 
 
 
Da Ordem Econômica e Financeira 
AS ATIVIDADES DE ADMINISTRAÇÃO COMO ATIVIDADES ECONÔMICAS 
REGULADAS PELAS NORMAS CONSTITUCIONAIS. 
 
 
A Constituição Federal trata nos arts. 170 a 192 da Ordem Econômica e Financeira, que 
inclui: 
� Capítulo I – Dos princípios Gerais da Atividade Econômica (arts.170 a 181) 
� Capítulo II- Da política urbana (arts.182 a 183) 
� Capítulo III-Da política agrícola e fundiária e da reforma agrária (arts.184 a 191) 
� Capítulo IV-Do sistema Financeiro Nacional (art.192) 
 
As LIMITAÇÕES constituem formas de intervenção por via legal. (Ex.abuso do poder 
econômico, ato administrativo do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, 
baseado na Lei 8.884/94) 
 
Mas os FOMENTO nem sempre demanda de lei.(implantação de infra-estrutura, concessão 
de financiamento por instituições oficiais –BNDES, apoio tecnológico) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Intervenção Estatal 
 
 
Obviamente qualquer intervenção do Estado, seja por meio de limitações ou fomento terá 
impacto para as empresas privadas. 
 
Intervenção 
Estatal 
Limitações 
Fomento 
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23 
 
NOÇÕES DE DIREITO CIVIL 
 
Pessoas 
As pessoas podem ser titulares de direitos e passíveis de deveres, dividindo-se em duas 
espécies básicas: 
1. Pessoa Física 
2. Pessoa Jurídica 
 
Conforme a Lei 10.406/02, Código Civil, as Pessoas se dividem em: 
 
PESSOA NATURAL 
1. Absolutamente incapazes para exercerem atos da vida civil (art.3o.) 
• menores de 16 anos 
• deficientes mentais ou enfermos (que não tiverem discernimento para a 
prática de atos) 
• os que por causa transitória não puderem exprimir sua vontade. 
 
2. Relativamente incapazes 
1. Maiores de 16 e menores de 18 anos 
2. Ébrios habituais 
3. viciados em tóxicos 
4. deficiente mental com discernimento reduzido 
5. excepcionais (sem desenvolvimento mental completo) 
6. pródigos 
 
 
 
 
 
 
Cessará para os menores a incapacidade: 
 
1. pela concessão dos pais ou sentença do juiz. 
2. casamento 
3. exercício de emprego público efetivo. 
4. colação de grau em curso de ensino superior 
5. estabelecimento civil ou comercial. 
 
 
PESSOA JURÍDICA 
(ART.40 do Código Civil) 
1. DE DIREITO PÚBLICO 
1.1. Interno 
1.1.1. União 
A menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à 
prática de todos os atos da vida civil. 
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24 
1.1.2. Estados, DF e territórios 
1.1.3. Municípios 
1.1.4. Autarquias 
1.1.5. Demais entidades de caráter público criadas por lei. 
1.2. Externo 
1.2.1. Estados estrangeiros 
1.2.2. Pessoas que forem regidas pelo direito internacional público 
 
2. DE DIREITO PRIVADO 
2.1. associações 
2.2. sociedades 
2.3. fundações 
2.4. organizações religiosas 
2.5. partidos políticos 
 
 
Bens 
 (art.79 do Código Civil) 
 
Considerados em si mesmos. 
 
1.1. Imóveis 
1.2. Móveis 
1.3. Fungíveis e consumíveis 
1.3.1. São fungíveis os bens móveis que podem substituir-se por outros da mesma 
espécie, qualidade e quantidade. (cadeira) 
1.3.2. São consumíveis bens móveis cujo uso importa destruição imediata da 
própria substância. (feijão) 
1.4. Divisíveis 
1.4.1. Os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição 
considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. (Ex.chocolate) 
1.5. Singulares e Coletivos 
1.5.1. São singulares os bens que embora reunidos, se consideram de per si, 
independentemente dos demais. (Ex.porteira fechada – casa com tudo o que 
tem dentro) 
 
Bens Públicos 
 
• de uso comum do povo (rios, mares, estradas, ruas) 
• de uso especial (edifícios, terrenos do Poder Publico – utilizado) 
• dominicais (patrimônio das pessoas jurídicas de direito público) 
 
Fato Jurídico 
 
São os acontecimentos em virtude dos quais as relações de direito nascem, se 
transformam e se extinguem (Savigny) 
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25 
 
Em sentido amplo: 
1. FATOS NATURAIS 
1.1. morte, nascimento, inundação 
 
2. ATOS HUMANOS 
2.1. Atos Jurídicos (contratos, casamento, testamento – conforme as normas jurídicas). 
2.2. Atos Ilícitos (estelionato, homicídio, agressão – contrário ao direito). 
 
Contratos 
Os contratos são atos jurídicos que uma vez celebrados fazem nascer uma relação de 
direitos e obrigações entre aqueles que o formalizam. 
 
É bom salientar que essas provas não são taxativas, ajudam apenas a caracterizar uma 
relação contratual. A relação contratual também pode ser provada por outros meios, como 
testemunhas por exemplo. 
NOÇÕES DE DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
Responsabilidade civil 
Direito do Consumidor pode ser classificado como uma variação do Direito Civil. Alguns 
autores classificam separadamente, outros destacam essa variação. 
 
A responsabilidade civil nada mais é do que o dever de indenizar o dano que surge sempre 
quando alguém deixa de cumprir um preceito estabelecido num contrato ou quando deixa 
de observar o sistema normativo que rege a vida do cidadão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Responsabilidade Civil 
contratual Decorre de acordo entre as partes 
extracontratual 
Subjetiva 
culpa 
Objetiva 
risco 
Ato ilícito 
pura 
impura 
Ato lícito 
Fato jurídico 
Responsabilidade 
de terceiro 
Fato do animal ou 
coisa inanimada 
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A responsabilidade extracontratual objetiva está prevista no art. 12 da Lei 8078/90 denominada 
Código do Consumidor, bem como nos artigos 931, 932 III e IV e 933 do Novo Código Civil, Lei 
10.406/02. 
 
 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
Princípios da Administração Pública 
 
Conceitos Exemplos 
� LEGALIDADE 
o Esse princípio constitui umas das 
principais garantias de respeito aos 
direitos individuais. Isto porque a 
lei, ao mesmo tempo em que os 
define, estabelece também os 
limites de atuação administrativa 
que tenha por objeto a restrição ao 
exercício de tais direitos em 
benefício da coletividade.14 
 
o Assim, com uma dicotomia inversa 
a Administração Pública só pode 
fazer aquilo que a lei determina, 
enquanto o particular pode fazer 
tudo aquilo que a lei não proíbe. 
Para o particular se aplica o 
princípio da autonomia da vontade, 
enquanto para a Administração 
Pública o princípio da legalidade. 
 
 
1. Se uma Autarquia Federal quer cobrar uma taxa de 
serviço de fiscalização, e não existe nenhuma lei que 
mencione isso. A Autarquia não poderá cobrar essa 
taxa. A administração só pode fazer o que a lei 
determina. 
 
2. Se um empreendimento empresarial, ao fazer 
terraplanagem para construção de uma de suas 
unidades encontra objetos antigos e decide cobrar das 
pessoas que querem visitar o terreno para ver esses 
objetos caso não exista lei proibindo, a empresa 
poderá fazer isso. Porém se existir lei que atribua 
valor de interesse público, desapropriando esses bens 
a empresa não poderá exibi-los sob cobrança dos 
visitantes. Assim o particularpode fazer tudo aquilo 
que a lei não proíbe. 
� SUPREMACIA DO INTERESSE 
PÚBLICO 
o Este princípio é também chamado 
de princípio da finalidade pública, 
está presente tanto no momento de 
elaboração da lei, quanto no 
momento de sua execução pela 
Administração Pública. Ele inspira 
o legislador e vincula a autoridade 
administrativa em toda a sua 
atuação. 
 
Pode-se dizer que o direito público somente começou 
a se desenvolver quando, depois de superado o 
 
1- Direito de Propriedade. Um cidadão tem 
uma casa. Paga os impostos e usufrui o bem 
adequadamente. O Município do local onde 
essa propriedade esta localizada decide 
construir um viaduto que passará bem em 
cima da propriedade referida. Para isso será 
necessário desapropriar o imóvel. O que 
entra em choque será o Direito de 
Propriedade e o Princípio da Supremacia do 
Interesse Público. É claro que o interesse 
público de construir um viaduto no local 
que beneficiará muitas pessoas acaba 
prevalecendo em detrimento do interesse de 
 
14
 DI PIETRO, Maria Sylvia.Direito Administrativo. Atlas, S.Paulo, 2001.p.67 
15
 DI PIETRO, Maria Sylvia.Ob.citada.p.68 
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primado do Direito Civil (que durou muitos séculos) e 
o individualismo que tomou conta dos vários setores 
da ciência, inclusive a do direito, substituiu-se a idéia 
do homem como fim único do direito (própria do 
individualismo) pelo princípio que hoje serve de 
fundamento para todo o direito público e que vincula 
a Administração em todas as suas decisões: o de que 
os interesses públicos têm supremacia sobre os 
individuais.15 
 
um único indivíduo. (Ressalva-se as 
exceções para as hipóteses de ilegalidade no 
processo de desapropriação) 
 
2- Direito de Propriedade art.5o. XXIII da CF. 
 
3- Função Social da Propriedade art.182 δ 2o. e 
4o. da CF. 
� PUBLICIDADE 
o O princípio da publicidade inserido 
no art.37 da CF, exige a ampla 
divulgação dos atos praticados pela 
administração pública, ressalvadas 
as hipóteses de sigilo previstas em 
lei. 
� Defesa da intimidade ou 
interesse social (art.5o. 
LX) 
� Acesso à informação 
resguardado o sigilo da 
fonte, quando necessário 
ao exercício profissional. 
(art.5o.XIV). 
 
o A lei 4.680/65 (Lei de propaganda) 
define propaganda e publicidade 
como sinônimos, mas atualmente é 
possível distinguir publicidade e 
propaganda segundo a situação que 
estejam relacionadas. Sob o ângulo 
caracterizador dos dois vocábulos, a 
propaganda traz o sentido de 
persuasão, de comunicação 
persuasiva, já na publicidade se 
reconhece prioritariamente o 
objetivo de informar. 
o Para alguns autores a propaganda 
seria espécie do gênero publicidade, 
consistente em arte ou ciência de 
indução do consumidor a preferir 
produto ou serviço cuja qualidade 
proclama. 
 
 
 
1. O Código de defesa do Consumidor no 
art.37 δ 1o. refere-se à publicidade e no δ 
2o. do mesmo artigo à propaganda. 
 
Publicidade = informações técnicas 
δ 1o. “É enganosa qualquer modalidade de 
informação ou comunicação de caráter publicitário, 
inteira ou parcialmente falsa, ou por qualquer outro 
modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em erro 
o consumidor a respeito da natureza, características, 
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e 
quaisquer outros dados sobre produtos e serviços.” 
(grifos nossos) 
 
Propaganda = persuasão 
δ 2o. “É abusiva, dentre outras, a publicidade 
discriminatória de qualquer natureza, a que incite à 
violência, explore o medo ou a superstição, se 
aproveite da deficiência de julgamento e experiência 
da criança, desrespeite valores ambientais, ou que seja 
capaz de induzir o consumidor a se comportar de 
forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou 
segurança.” (grifos nossos) 
 
 2- Nas audiências realizadas no Fórum o Princípio da 
Publicidade é aplicado ao se permitir que pessoas 
estranhas ao processo tenham o direito de assistir à 
sessão, exceto nas varas de família e sucessão que 
segue o art. 5o. da CF que determina sigilo em caso de 
defesa da intimidade ou interesse social. Assim 
processos de separação de casais, por exemplo, 
correm em segredo de justiça. 
 
 
IMPESSOALIDADE 
� Tem dois sentidos: em relação aos 
administrados e em relação à própria 
administração. 
o Em relação aos administrados está 
relacionado com a finalidade 
pública, ou seja, a administração 
não pode atuar com vistas a 
 
1- Um ex-prefeito da Capital do Estado de São 
Paulo, tinha um desafeto. Na tentativa de 
atingi-lo decretou a desapropriação de um 
imóvel que pertencia à essa pessoa. Como o 
ocupante de um cargo público não pode 
prejudicar nem beneficiar particulares no 
exercício de sua função esse ex-prefeito feriu 
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prejudicar ou beneficiar o 
particular, uma vez que é sempre o 
interesse público que deve nortear 
seu comportamento. 
 
Quanto à Administração, os atos administrativos são 
imputáveis não ao funcionário que o pratica, mas ao 
órgão ou entidade administrativa da Administração 
Pública. O órgão é o autor do ato e não o funcionário. 
 
o princípio da impessoalidade, pois misturou 
assuntos pessoais com a atividade 
administrativa, ou seja, não havia interesse 
público na desapropriação e sim interesse 
pessoal. 
 
 
� CONTINUIDADE DO SERVIÇO 
PÚBLICO 
o Por esse princípio entende-se que o 
serviço público, sendo a forma pela 
qual Estado desempenha funções 
essenciais ou necessárias à 
coletividade, não pode parar. Dele 
decorrem conseqüências 
importantes: 
� Proibição de greve nos 
serviços públicos; (a greve 
só é admitida com certos 
limites art.37 VII CF) 
� Faculdade que se 
reconhece à Administração 
de utilizar os 
equipamentos e instalações 
da empresa com quem ela 
contrata, para assegurar a 
continuidade do serviço 
público. 
 
 
 
1- A empresa “X” participa de uma licitação 
com o poder público e é contratada para 
realizar a construção de um Hospital. O país 
começa a atravessar uma crise econômica, e 
planos são baixados, e a Administração 
Pública suspende o pagamento de todos os 
contratos por um tempo determinado. A 
empresa “X” inconformada, paralisa a obra. 
Em conformidade com o Princípio da 
Continuidade do Serviço Público a 
Administração poderá por si utilizar-se dos 
equipamentos e instalações da empresa 
contratada para dar continuidade à obra. 
 
 
Atos Administrativos 
 
Ato de competência vinculada. 
A Administração Pública para desempenhar suas funções deve observar a lei. O Poder que 
detém é limitado pelo princípio da legalidade, que restringe as ações da Administração 
Pública de forma a impedir abusos e arbitrariedades das autoridades. 
 
Assim, os atos de uma autoridade administrativa estão vinculados à lei, ou seja, a 
Administração só pode fazer tudo aquilo que a lei determina. 
 
 
Ato de competência discricionária. 
 
A discricionariedade significa uma margem de atuação que a autoridade administrativa 
dispõe, dentro da própria lei. É uma possibilidade de escolha que a lei dispõe ao 
administrador para que ele possa decidir segundo critérios de oportunidade e conveniência, 
justiça e razoabilidade. A discricionariedade implica liberdade de atuação nos limites 
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traçados pela lei. Se a Administraçãoultrapassa esses limites sua decisão passa a ser 
arbitrária, ou seja, contrária à lei. 
 
 
 Diante de um caso concreto a lei apresenta: 
Vinculado Uma única solução possível. 
 
Discricionário Escolha de uma ou mais soluções segundo critérios de 
conveniência e oportunidade. 
 
 
Ex. Um auditor fiscal do Ministério do Trabalho realiza uma fiscalização na Empresa V5” 
que tem uma unidade em construção. O Auditor constata vários problemas de segurança. 
Os empregados estão expostos a riscos de saúde pela falta de saneamento básico como 
banheiros inadequados; de integridade física pela falta de capacetes e EPIs (equipamento de 
proteção individual). A lei e normas regulamentadoras exigem essas providências. De 
acordo com os critérios de conveniência e oportunidade a autoridade administrativa 
poderá: 
1- Notificar a empresa para regularizar a situação em prazo determinado; 
2- Multar e exigir a regularização dentro de determinado prazo; 
3- Embargar (suspender a obra), multar e exigir a regularização dentro de 
determinado prazo. 
4- Embargar e exigir a regularização dentro de determinado prazo. 
 
Autarquia Federal 
Os teóricos dividem a Administração Pública em Direta e Indireta. A Administração 
Pública Direta é composta por órgãos da Administração, ou seja, Ministérios, Secretarias, 
Delegacias Regionais, enquanto a Administração Pública Indireta, segundo grande maioria 
dos administrativistas, é composta por: 
• Autarquias 
• Fundações 
• Sociedades de Economia Mista 
• Entes em colaboração com a Administração (Concessionárias, Permissionárias de 
serviços públicos. 
 
Infelizmente não há espaço neste trabalho para discorrer sobre cada uma delas, por isso 
como o enfoque é a Administração de Empresas foi necessário falar do tema para situar 
alguns órgãos reguladores do setor como as Agências Reguladoras que são autarquias. 
 
NOÇÕES DE DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
• O ramo do Direito Tributário estuda os princípios e normas jurídicas que 
disciplinam: 
 
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o Tributação Estado 
 
 
 
Figura 7: Tributação 
o Ação Estatal de exigir tributos 
o Relações jurídicas que se estabelecem entre o fisco e contribuinte 
 
 
 
Tributo 
• É um instituto jurídico especial porque alcança: 
o A liberdade e 
o A propriedade das pessoas 
 
• CONCEITO: é obrigação “ex lege” em moeda que não se constitui em sanção de 
ato ilícito16 e que tem como sujeito ativo (credor) normalmente uma pessoa política; 
e como sujeito passivo (devedor) qualquer pessoa apontada pela lei da entidade 
tributante. 
 
• O que faz nascer o tributo é o fato imponível, ou seja, o fato gerador “in concreto” 
 
• Conforme a lei (art.3o.CTN) nenhum tributo pode nascer de ato ilícito. Ex.Imposto 
sobre o jogo do bicho. 
 
Obrigação Tributária 
• Tanto faz falar em Tributo ou em obrigação tributária. O que importa é que existe 
uma relação jurídica e, portanto tem: 
Sujeito ativo 
É o credor do tributo, aquele que tem o direito subjetivo de cobrar o tributo. 
É quem tema competência tributária e capacidade tributária ativa. Essa 
capacidade é delegável a terceiros para ARRECADAR tributo. 
 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA # CAPACIDADE TRIBUTÁRIA 
Indelegável Delegável 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16
 Ou seja, o tributo não é multa tem por pressuposto a prática de um fato lícito qualquer. A multa nasce de 
uma ilicitude. 
Pessoa 
Política 
União 
Estados membros 
Municípios 
Distrito Federal 
O direito tributário se preocupa fundamentalmente com o tributo. 
PARAFISCALIDADE 
É a delegação de capacidade tributária ativa que 
a pessoa política por meio de lei faz a 3a. pessoa 
a qual por disposição dessa mesma lei passa a 
dispor do produto arrecadador. 
Ex.INSS tem capacidade para arrecadar as 
contribuições previdenciárias conforme Lei 
Ordinária por delegação da União. 
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Sujeito Passivo 
 
• É a pessoa que tem o dever jurídico de efetuar o pagamento do tributo. 
• É a pessoa que tem capacidade tributária passiva. 
 
1. Pessoa políticas (pode-se dizer que não têm capacidade passiva plena porque 
não são alcançadas pelos tributos) 
2. Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista (essas têm capacidade 
tributária passiva plena) 
3. Empresas privadas 
4. Particulares. 
 
 
Classificação dos Tributos 
 
 
Tributo 
 
(art.145 CF) 
 
 
também 
são considerados 
tributos 
(não pacífico) 
 
 
Figura 8: Classificação dos Tributos 
 
 
 
Impostos 
 
• O tributo não é vinculado a uma atuação estatal. É exigido pelo Poder de Império do 
Estado. 
• O imposto é um tipo de tributo que tem como Hipótese de Incidência um 
comportamento do contribuinte ou uma situação jurídica na qual ele se acha. (Ex. 
compra de um veículo - IPVA, compra de um imóvel - ITBI) 
 
 
Portanto: Tributos são normalmente arrecadados pela própria pessoa 
política e excepcionalmente por terceiros. 
Impostos 
Taxas 
Contribuições de Melhoria 
• Empréstimos Compulsórios (combustíveis) (148 CF) 
• Impostos extraordinários 
• Contribuições Parafiscais (Inss, OAB) (art.149 CF) 
 
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Pessoa Política Norma Imposto 
 
 
 
União 
 
 
 
Art.153 CF 
 
II 
IE 
IR 
IPI 
IOF 
ITR 
IGF 
 
 
Estados e 
DF 
 
 
Art. 155 CF 
ITCM 
ICMS 
IPVA 
ITCD 
 
 
Municípios e 
DF 
 
 
Art. 156 CF 
IPTU 
ISS 
ITBI 
 
Taxas 
• São tributos vinculados a uma atuação estatal. (art.145 II CF) Pode consistir em: 
o Serviço Público17 ou 
o Ato de Polícia 
 
 
 
 
 
Contribuição de Melhoria 
É o tipo de tributo que tem por hipótese de incidência uma atuação estatal referida ao 
contribuinte. 
 
Obra pública que causa valorização imobiliária é requisito essencial para a contribuição 
de melhoria. 
 
Não é um tributo que se renova o contribuinte só pagará uma vez. 
 
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE 
Alguns tributos só poderão ser exigidos no exercício seguinte àquele em que foi publicada a 
lei que os instituiu ou aumentou. 
Exceções ao princípio também denominada de Anterioridade Especial. 
• II 
• IE 
 
17
 Coleta de Lixo, iluminação pública 
No Brasil só taxa de Serviço Público e de Polícia são válidas. Outras taxas serão 
inconstitucionais. 
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• IPI 
• IOF 
• Impostos extraordinários (guerra) 
• Empréstimos compulsórios ( calamidade pública, guerra ou expectativa de guerra) 
• Contribuições sociais para a seguridade. 
 
 
Norma jurídica tributária 
 
É a norma que cria o tributo. Para ser considerada perfeita deve conter: 
 
• Hipótese de incidência 
• Sujeito Ativo 
• Sujeito Passivo 
• Base de cálculo 
• Alíquota 
 
A Base de cálculo e a Alíquota conjugadas revelam a “quantia devida”. 
 
A Base de cálculo: 
• É a dimensão legal da materialidade do tributo. È a perspectiva da Hipótese de 
incidência. Portanto, deve guardar uma correlação lógica com a hipótese de 
incidência, caso contrário o tributo não é válido

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