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Da pessoa natural

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DA PESSOA NATURAL 
Art. 1° a 39, CC/02 
 
 
A capacidade civil 
 
Art. 1​o​ , CC: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
 
A norma em questão trata da ​capacidade de direito ou de gozo​, que é 
aquela para ser sujeito de direitos e deveres na ordem privada, e que todas as 
pessoas têm, sem distinção. 
A ​capacidade de fato ou de exercício​ é aquela para exercer direitos e que 
algumas pessoas não têm - os incapazes. 
 
 
CAPACIDADE DE DIREITO + CAPACIDADE DE FATO = CAPACIDADE 
CIVIL PLENA 
 
 
A personalidade civil 
 
Art. 2°: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; 
mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
 
1. Teoria natalista:​ O nascituro não poderia ser considerado pessoa, pois o CC 
exige, para a personalidade civil, o nascimento com vida. Assim sendo, o 
nascituro não teria direitos, mas mera expectativa de direitos. 
 
2. Teoria da personalidade condicional:​ A personalidade civil começa com o 
nascimento com vida, mas os direitos do nascituro estão sujeitos a uma 
condição suspensiva, ou seja, são direitos eventuais. 
 
3. Teoria concepcionista:​ Sustenta que o nascituro é pessoa humana, tendo 
direitos resguardados pela lei. 
 
 
Os incapazes 
 
Absolutamente incapazes: 
Art. 3° São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil 
os menores de 16 (dezesseis) anos. 
Relativamente incapazes: 
Art. 4° São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade; 
IV - os pródigos. 
 
 
Emancipação 
 
Conceituada como ato jurídico que antecipa os efeitos da aquisição da 
maioridade e da consequente capacidade civil plena, para data anterior àquela em 
que o menor atinge a idade de 18 anos, para fins civis. Com a emancipação, o 
menor deixa de ser incapaz e passa a ser capaz. Todavia, ele não deixa de ser 
menor. 
A emancipação, regra geral, é definitiva, irretratável e irrevogável. No entanto, 
conforme o Enunciado n. 397, a emancipação por concessão dos pais ou por 
sentença do juiz está sujeita a desconstituição por vício de vontade, por exemplo, 
por erro ou dolo. 
 
1. Emancipação voluntária parental:​ por concessão de ambos os pais ou de 
um deles na falta do outro. Não é necessária a homologação perante o juiz, 
eis que é concedida por instrumento público e registrada no Cartório de 
Registro Civil das Pessoas Naturais. O menor deve ter, no mínimo, 16 anos 
completos. 
 
2. Emancipação judicial:​ por sentença do juiz, que afasta a necessidade de 
escritura pública. Deve ser registrada no Cartório de Registro Civil das 
Pessoas Naturais, sob pena de não produzir efeitos. 
 
3. Emancipação legal matrimonial:​ pelo casamento do menor. O divórcio, a 
viuvez e a anulação do casamento não implicam no retorno à incapacidade. 
 
4. Emancipação legal por exercício de emprego público efetivo:​ todos os 
casos envolvendo cargos ou empregos públicos, desde que haja nomeação 
de forma definitiva. 
 
5. Emancipação legal por colação de grau em curso de ensino superior 
reconhecido:​ essa situação torna-se cada vez mais difícil de ocorrer na 
prática. 
 
6. Emancipação legal por estabelecimento civil ou comercial ou pela 
existência de relação de emprego, obtendo o menor as suas economias 
próprias, visando a sua subsistência:​ necessário que o menor tenha ao 
menos 16 anos. Ter economia própria significa receber um salário mínimo. 
 
 
Direitos da Personalidade 
 
São direitos subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a 
sua integridade física (direito à vida e ao corpo vivo ou morto, alimentos), a sua 
integridade intelectual (liberdade de pensamento, autoria científica, artística e 
literária) e a sua integridade moral (liberdade política e civil, honra, recato, segredo 
pessoal, profissional e doméstico, imagem, identidade pessoal, familiar e social). 
 
A pessoa jurídica! 
Por equiparação, a pessoa jurídica possui direitos da personalidade, conforme 
consta do art. 52, CC. 
 
 
 
Domicílio da pessoa natural 
 
As regras quanto ao domicílio da pessoa natural constam entre os arts. 70 a 
78, CC. 
O domicílio pode ser definido como o local em que a pessoa pode ser sujeito 
de direitos e deveres na ordem privada. É a sede jurídica da pessoa, onde ela 
presume presente para efeitos de direito e onde exerce ou pratica, habitualmente, 
seus atos e negócios jurídicos. 
 
1. Domicílio voluntário:​ é aquele fixado pela vontade da pessoa, como 
exercício da autonomia privada. 
 
2. Domicílio necessário ou legal:​ é o imposto pela lei, a partir de regras 
específicas que constam no art. 76, CC. 
- o domicílio dos absolutamente e relativamente incapazes é o mesmo 
dos seus representantes ou assistentes. 
- o domicílio do servidor público ou funcionário público é o local em que 
exercer, com caráter permanente, as suas funções. 
- o domicílio do militar é o do quartel onde servir ou do comando a que 
se encontrar subordinado. 
- o domicílio do marítimo ou marinheiro é o local em que o navio estiver 
matriculado. 
- o domicílio do preso é o local em que cumpre a sua pena. 
Macete!​ “SEIMMPRE é necessário ter domicílio.” 
Se​rvidor Público,​ I​ncapaz,​ M​ilitar, ​M​arítimo, ​Pre​so 
3. Domicílio contratual ou convencional:​ nos contratos escritos, poderão os 
contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e 
obrigações deles resultantes. 
 
 
Morte da pessoa natural 
 
O fim da personalidade da pessoa natural, como se sabe, dá-se pela morte. 
 
1. Morte real:​ a morte real é a morte cerebral, ou seja, dá-se quando o cérebro 
da pessoa para de funcionar. 
 
2. Morte presumida sem declaração de ausência:​ o art. 7°, CC enuncia dois 
casos de morte presumida: desaparecimento do corpo da pessoa, sendo 
extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; e se 
alguém, desaparecido em campanha militar ou feito prisioneiro, não for 
encontrado até dois anos após o término da guerra. 
 
3. Morte presumida com declaração de ausência:​ a ausência é hipótese em 
que há uma presunção legal relativa (​iuris tantum​), quanto à existência da 
morte da pessoa natural, sem deixar corpo presente. A pessoa está em local 
incerto e não sabido (LINS), não havendo indícios das razões do seu 
desaparecimento. 
Fases relativas à declaração de ausência: 
 
- Da curadoria dos bens do ausente (arts. 22 a 25, CC) 
- Da sucessão provisória (arts. 26 a 36, CC) 
- Da sucessão definitiva (arts. 37 a 39, CC) 
 
 
Comoriência 
 
De acordo com o art. 8°, CC : “Se dois ou mais indivíduos falecerem na 
mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos 
outros, presumir-se-ão simultaneamente mortos.” O comando em questão não exige 
que a morte tenha ocorrido no mesmo local, mas ao mesmo tempo, sendo pertinente 
tal regra quando os falecidos forem pessoas da mesma família, e com direitos 
sucessórios entre si. 
A presunção da morte simultânea é relativa, podendo ser afastada por laudo 
médico ou outra prova efetiva e precisa do momento da morte real.

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