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Patologias em Pavimentação Flexível

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS DE PAVIMENTAÇÃO FLEXÍVEL 
 
 
 
César Augusto Delgado Medeiros 
Emely Rocha de Lima 
Fábio Wellington Cunha Silva 
Gecineide Maria Giorgi Silva 
Lígia Marques Conceição 
Jéssica Batista de Souza 
 
 
 
São Paulo – SP 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS DE PAVIMENTAÇÃO FLEXÍVEL 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado às Faculdades Metropolitanas Unidas 
como requisito básico para a conclusão do Curso de Engenharia Civil. 
 
Orientador (a): Luiz Dório Victor de Carvalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2016 
RESUMO 
 
Grande parte da malha rodoviária do Brasil é composta de pavimento predominantemente 
flexível e estes são os que apresentam maior ao aparecimento de patologias, sejam elas por 
má execução, qualidade e características dos materiais aplicados, os fatores ambientais ou até 
mesmo erros em projetos. 
 O trabalho aborda as principais patologias, como se apresentam, como minimizar as 
ocorrências e a formas de reabilitar os pavimentos para que possam atender as exigências 
técnicas. 
As limitações locais e técnicas entre outros são fatores que contribuem para o aspecto visual 
que indica a necessidade de ações corretivas para promoção de segurança aos usuários da via. 
O estudo de caso vem enriquecer o conteúdo deste trabalho, apresentando uma visão de obra 
executada concomitantemente as pesquisas acadêmicas e de campo, onde foram vivenciadas 
as dificuldades enfrentadas, as mudanças de rotas para as correções assertiva dentro dos 
parâmetros e critérios técnicos exigidos pelas normas. 
Ainda nos tempos de hoje existem a necessidade de se discutir amplamente as razões e 
motivos pelos quais as vias em pouco tempo apresentam os defeitos e de que forma o 
envolvimento de diversos profissionais e técnicos, o poder público e fiscalizador, bem como 
os da área de materiais poderão contribuir e melhorar as metodologias e mitigar as 
ocorrências precoces das patologias. 
 
 
 
 
PALAVRAS CHAVE: pavimentação, pavimentação flexível, obras de arte corrente. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Most of the road network in Brazil is composed of predominantly flexible pavement and these 
are the ones that present the greatest appearance of pathologies, be they due to poor execution, 
quality and characteristics of applied materials, environmental factors or even errors in 
projects. 
 The work addresses the main pathologies, how they are presented, how to minimize 
occurrences and ways of rehabilitating pavements so that they can meet the technical 
requirements. 
Local and technical limitations among others are factors that contribute to the visual aspect 
that indicates the need for corrective actions to promote safety to road users. 
The case study will enrich the content of this work, presenting a work vision carried out 
concomitantly the academic and field research, where the difficulties faced were experienced, 
the route changes to the assertive corrections within the parameters and technical criteria 
required by the standards. 
Even nowadays, there is a need to discuss broadly the reasons and reasons why roads soon 
present defects and how the involvement of various professionals and technicians, public and 
supervisory power, as well as those in the area of Materials can contribute and improve 
methodologies and mitigate the early occurrences of pathologies. 
 
 
KEYWORDS: flooring, flexible paving, current artwork. 
1 
 
SUMÁRIO 
 
1- INTRODUÇÃO....................................................................................................................3 
2 - OBJETIVOS........................................................................................................................4 
2.1 - Geral...............................................................................................................................4 
2.2 - Específicos.....................................................................................................................4 
3 - JUSTIFICATIVA................................................................................................................4 
4 – METODOLOGIA...............................................................................................................5 
5 - HISTÓRICO........................................................................................................................6 
5.1 - Histórico da pavimentação.............................................................................................6 
6 - PAVIMENTAÇÃO.............................................................................................................6 
6.1 - Definição........................................................................................................................6 
6.2 - Classificação..................................................................................................................7 
6.3 - Pavimentos flexíveis e sua composição.........................................................................8 
7 - Patologias - Defeitos dos Pavimentos Flexíveis.................................................................8 
7.1 - Fissuras..........................................................................................................................9 
7.2 - Trincas........................................................................................................................ ...9 
7.3 - Panela ou Buraco.........................................................................................................10 
7.4 - Afundamento...............................................................................................................11 
7.5 - Ondulação ou Corrugação............................................................................................12 
7.6 - Escorregamento do Revestimento Betuminoso...........................................................13 
7.7 - Exsudação....................................................................................................................13 
8 - Formas de Manutenção, Conservação e Recuperação de pavimentos asfálticos 
Flexíveis...................................................................................................................................14 
8.1. Avaliação dos Pavimentos Flexíveis..........................................................................16 
8.2 Conservação dos Pavimentos......................................................................................16 
8.3 - Serviços de reparos e manutenção............................................................................16 
8.3.1 - Remendos......................................................................................................17 
8.3.2 - Reparos de trincamento.................................................................................17 
8.3.3 - Capas Selantes...............................................................................................18 
8.3.4 - Lama Asfáltica...............................................................................................18 
9 - Gerência de pavimentos asfálticos flexíveis...................................................................18 
2 
 
10 - ESTUDO DE CASO........................................................................................................20 
10. 1 - Método de Estudo de Caso..............................................................................20 
10.2 - Delimitação do Espaço.....................................................................................2010.3 - Descritivo e Cronologia da Obra – Estudo de Caso.........................................21 
10.3.1 – Descritivo.................................................................................................21 
10.3.2 - Cronologia e Fotos....................................................................................22 
10.4 - Patologia do Estudo de Caso............................................................................28 
11 - CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................30 
12 – REFERÊNCIAS..............................................................................................................31 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 - INTRODUÇÃO 
 
 Patologia é uma palavra que vem do grego e largamente utilizada na área médica que 
se traduz em estudo das doenças. Na área de engenharia usualmente ela é usada em especial 
pelos peritos para indicar os estudos de danos e ou defeitos nas obras de engenharia civil. 
O pavimento das vias deve atender ao conforto e à conveniência do usuário, ou 
seja, um bom pavimento é aquele que é seguro e confortável ao rolamento. Para se atingir 
esse objetivo, deve ser projetada e construída de maneira que garanta, economicamente a 
qualidade do rolamento. Quando o pavimento deixa de atender satisfatoriamente a segurança 
e conforto, ou quando sua estrutura está de qualquer forma ameaçada, algum tipo de reparo ou 
reabilitação deve ser empreendido para que volte a sua funcionalidade esperada. (Domingues, 
1993) 
 De acordo com o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de 
Transportes, o Brasil tem quase 1,7 milhão de km de estradas que cortam o país com um 
volume de escoamento de 58% de cargas nacionais, no entanto, 80,3% não são estradas 
pavimentadas. 
Ao todo o país tem apenas 12,1% de rodovias pavimentadas, outros 7,6% são vias 
planejadas e que ainda não saíram do papel. (SVN-2014-Dnit) 
A crescente necessidade de ampliar a malha rodoviária para atender as demandas 
nacionais de transporte de seus produtos, as melhorias na eficiência da rodagem com as obras 
de pavimentação são muitas vezes executadas sem observar e ou aplicar as normas técnicas o 
que em sua maioria confrontam com as restrições ambientais locais provocando grandes 
transtornos e comprometendo a funcionalidade do pavimento. 
Algumas soluções de técnicas de obras e não práticas resultam em diferentes 
ajustes para corrigir os problemas que aparecem na execução, com isso acaba gerando uma 
grande variabilidade de correções informais para correção dos defeitos sem serem 
compatibilizados e ou submetidos às normas técnicas vigentes servindo muitas vezes de 
aprimoramento dos parâmetros técnicos usuais. 
 Com o registro e a compilação dos dados auferidos na execução das obras de 
pavimento flexível é possível estabelecer critérios para execução das obras com baixo 
impacto e erros com aplicação de técnica economicamente viável. 
4 
 
Um pavimento ao ser executado tem como função oferecer e garantir uma 
superfície de rolagem livre e desempenada, destinada à circulação de veículos em adequada 
condições de segurança, impermeabilidade e acabamento final gerando conforto e economia 
para o usuário da via. 
 
2 - OBJETIVOS 
2.1 - Geral 
A finalidade deste trabalho é apresentar os dados técnicos já referenciados nas 
literaturas, observar suas aplicações, restrições, resultando em material de pesquisa para ser 
analisado, verificado, reconhecidos e comparados quando na necessidade de aprofundamento 
nos estudos. 
 
2.2 – Específico 
É objetivo especifico apresentar as patologias sobre os pavimentos flexíveis para 
gerar um documento com conteúdo a ser apreciado por profissionais da área e os que de 
alguma forma os auxiliem em tomada de decisões. 
 
3 - JUSTIFICATIVA 
A obra de pavimentação tem altos investimentos financeiros em sua execução, com a 
confecção de projetos de dimensionamento, licenciamentos e desapropriações, mobilização de 
equipamentos e equipe técnica especializada, material de alto custo, entre outros. 
Não observar os critérios ambientais e compatibilizá-los com os projetos tende a onerar e 
ou inviabilizar a execução da obra trazendo grandes prejuízos. 
 A manutenção e reparos por sua vez merecem igualmente atenção devido aos altos custos 
já quando as vias estão em estados críticos (Balbo T. José, 2007). 
A falta de dimensionamento correto com previsão de uso eventual acima do dimensionado 
é observado em muitas rodovias e estradas, sobretudo as públicas, administradas pelo estado e 
prefeituras municipais onde os problemas são potencializados em zonas periféricas não 
observadas os riscos de acidentes, prejuízos financeiros e perda de produtividade e 
escoamento de produtos. 
5 
 
Justificam-se os estudos e a busca pela melhoria da eficiência das técnicas de execução 
para que sejam minimizadas e ou eliminadas o aparecimento das patologias tendo um efeito 
cíclico no processo com o intuito de diminuir os impactos desconfortáveis do processo 
operacional e financeiro 
De acordo com o levantamento estatístico apresentado pelo Anuário CNT do Transporte – 
2016, conforme quadro abaixo houve pouca evolução na execução de novas obras de 
pavimentação o que justifica a necessidade de manter a manutenção constante das vias 
existentes executando os reparos e ações pontuais sempre que necessária para se evitar o 
aparecimento de patologias. 
 
Figura 1 – Evolução da malha rodoviária por ano segundo o tipo de jurisdição – 2001 – 2015 (MALHA... 
2016) 
 
4 - METODOLOGIA 
Este estudo foi desenvolvido em duas etapas principais: apreciação das obras da 
literatura específica cujas pesquisas transpuseram os meios acadêmicos físicos e adentraram 
pelas bibliotecas virtuais de universidades, sites de empresas com renomado know how na 
execução de obras de pavimentação asfáltica e que puderam agregar conhecimento empírico a 
ser apreciado neste trabalho. 
6 
 
Igualmente interessantes são os assuntos da cronologia histórica das necessidades 
que geraram as aberturas de vias de circulação com revestimentos de solos, seus tipos e 
funcionalidade. 
A segunda etapa consistiu a fase de estudo sobre os métodos de correção, 
habilitação, prevenção e as patologias não relacionadas às estruturas, mas que sua observância 
pode garantir um aproveitamento do dispositivo dentro dos limites e restrições previstas na 
execução. 
O objetivo é compatibilizar e compilar as informações obtidas nesse tópico e 
demonstrar que a normatização confere ao projeto maior segurança e exequibilidade. 
 
5- HISTÓRICO 
5.1 - História da pavimentação 
Segundo Balbo (2007), a pavimentação está intrica à história da humanidade, com relatos 
arqueólogos que levam ao antigo Egito para acesso as pirâmides. No Brasil os primeiros 
registros são da época do descobrimento onde as estradas eram usadas para escoamento do 
ouro Brasil x Portugal, alimentos e para as correspondências. 
As características dos pavimentos antigos são totalmente diferentes das realizadas nos tempos 
de hoje que com as novas técnicas levam em consideração o dimensionamento, a resistência 
do solo, o uso contínuo, a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente (Balbo, 2007). 
 
6 – PAVIMENTAÇÃO 
6.1 - Definição 
 A pavimentação é uma estrutura de múltiplas camadas de espessuras finitas, 
construídas sobre a superfície final de terraplenagem, com execução a ser econômica e resistir 
aos esforços de rolamento oriundos do tráfego de veículos e do clima, e a proporcionar aos 
usuários melhorias nas condições de rolamento,com conforto, economia e segurança. 
(Bernucci, 2006). 
 A melhoria nas condições de rolamento com superfícies mais regulares, proporciona, 
segundo Balbo (2007) melhores condições de deslocamento com maiores velocidades 
gerando economia de tempo. 
7 
 
 Para as empresas onde o fator tempo gera receita ou despesas, a melhoria das vias 
compõe suas planilhas de custos levando em conta além do tempo as manutenções de suas 
frotas, muitas vezes danificadas pelas péssimas condições de rodagens das pistas gerando 
prejuízos. 
 
6.2 - Classificação 
Hoje há diversas formas de pavimentação, muitas com apelo ecológico para garantir a 
sustentabilidade do meio ambiente, porém as grandes obras são classificadas em apenas dois 
grupos básicos de pavimentos: 
 
 
Rígidos 
Camadas com inclusão de concreto, 
simples, armado ou protendido, podendo 
ser ainda semirrígido (Paulo F.S.A.Silva 
2008). Ainda segundo o DNIT é aquele 
revestimento que tem elevada rigidez em 
relação às camadas inferiores, absorvendo 
as tensões. 
 
Figura 2 – Pavimentos rígido e 
flexível (MOURA, 2011) 
 
 
Flexíveis 
Usualmente executado, é composto por 
diversas camadas com materiais derivados 
do próprio local de execução sendo 
melhorada sua resistência com asfalto 
(CA), material granular (BG) e sub-base de 
material granular ou solo. (Paulo 
F.A..Silva, 2008). Segundo o DNIT é 
aquele pavimento que sobre considerável 
deformação elástica em suas camadas 
distribuindo as tensões. 
 
 
 
Figura 3 – Pavimento flexível 
(MOURA, 2011) 
 
Apesar de existir os dois grandes grupos básicos e suas particularidades, este trabalho 
direcionou as pesquisas exclusivamente para os pavimentos flexíveis pois, estes são 
largamente executados tendendo a expor mais o aparecimento dos defeitos. 
 
8 
 
6.3 – Pavimentos flexíveis e sua composição 
 
Segundo o Manual DNIT, 2003 os pavimentos flexíveis dividem-se em camadas sobrepostas 
compostas por materiais diferentes ou não com a finalidade de receber e transmitir os 
esforços para as camadas. Suas composições tipicamente são compostas por base solo – base 
brita e ou pedregulho e revestida em sua última camada com capa asfáltica conforme 
demonstrado abaixo: 
 
 
Figura 4: Camadas do Pavimento Flexível (Hermes, 2013) 
 
7 – Patologias – Defeitos dos Pavimentos Flexíveis 
 
O estudo dos danos e ou defeitos das obras de engenharia faz-se necessários para corrigir e 
melhorar as atividades na execução de diversas obras. 
De acordo com Domingues (1993) o conhecimento das condições do revestimento de um 
pavimento é fundamental para promover a sua reabilitação, permitindo selecionar a melhor 
técnica a ser aplicada. Segundo Domingues os defeitos são determinados, principalmente por 
similaridades no mecanismo de ocorrência e aparência visual e os classifica como: 
 
Classe Estrutural: quando o defeito é associado à habilidade que o pavimento tem de 
transportar a carga determinada em projeto, ou seja responder ao seu dimensionamento. Por 
exemplo: o aparecimento de trincas por fadiga, de alto nível de severidade. 
 
Classe Funcional: quando o defeito é associado às qualidades do rolamento e da segurança 
do pavimento. Exemplo: rolamento suave e confortável, ou a condição a resistência à 
derrapagem. 
 
9 
 
Para entender a magnitude de cada defeito do pavimento, sua descrição, causas, mecanismos 
de ocorrência, localização e entender o nível de severidade que pode ser de não aplicável, 
baixo, médio e alto grau e de acordo com o comprometimento do pavimento, observados nas 
normas técnicas do DNIT o que deu base para descrever principais patologias conforme 
segue: 
 
7.1 - Fissuras 
 
São fendas capilares perceptíveis visualmente. Podem ser longitudinal ou transversal, 
retilíneas ou curvilíneas e extensão inferior a 30 cm em estágio inicial. Ocorrem em qualquer 
parte do pavimento e não tem nível de severidade ou não aplicável, pois não comprometem o 
pavimento nem funcional, estrutural. 
Causas Possíveis: má dosagem da capa asfáltica ou por excesso dos agregados finos, ou por 
má compactação ou o excesso desta (DNIT, 2003). 
 
Figura 5 – Fissura (Arquivo pessoal) 
 
7.2 - Trincas 
 
São causadas pela diminuição gradual de resistência do pavimento devido a carga do trafego. 
Tem início na superfície interior da capa asfáltica e se propagam em várias trincas que se 
conectam formando peças únicas. As condições ambientais (temperatura e umidade) podem 
acelerar o início e a propagação delas (DNIT, 2003). 
 
A água penetrando pelas trincas enfraquece as camadas inferiores, bem como o solo. As 
ocorrências podem ser na direção do eixo da via e têm severidade de baixa, média e até alta 
dependendo do tipo de comprometimento e estágio do dano podendo ser de classe funcional e 
ou estrutural (DNIT, 2003). 
 
10 
 
Causas Possíveis: colapso do revestimento por carga, sub dimensionamento de projeto, solo 
com baixa capacidade de suporte de carga, envelhecimento (vida útil do pavimento), capa 
asfáltica com baixa elasticidade, dura e ou quebradiça ou mesmo quando aplicada com 
temperatura irregular. 
De acordo o DNIT, 2003 são observadas diversos tipos de trincas podendo ocorrer de forma 
transversal, longitudinal, em borda do pavimento, em blocos de trancamentos, com formatos 
de meia lua, podendo ser isoladas, por retração térmica ou pela retração por secagem da base 
B.G.T.C ou solo-cimento, ou do revestimento, fadigas do uso, interligadas assemelhando-se 
ao aspecto de couro de jacaré, representando estágio avançado, podendo ser observadas 
abaixo: 
 
 
Figura 6 - Trincamento por fadiga 
com baixa severidade (Domingues, 
1993) 
 
Figura 7 - Trincamento por 
fadiga de média severidade com 
afundamento (Domingues, 
1993) 
 
Figura 8 - Trincamento por fadiga de alta 
severidade já causando erosão (Domingues, 
1993) 
 
Figura 9 - Bloco de trincamento de 
alta severidade (Domingues, 1993) 
 
Figura 10 - Trincamento de 
bordas de alta severidade 
(Domingues, 1993) 
 
Figura 11 - Trincamento para bordas de alta 
severidade, caracterizada pelo formato de 
meia lua(Domingues, 1993). 
 
7.3 – Panela ou Buraco 
Igualmente as trincas as patologias chamadas panelas ou buracos são comuns com 
classificações de severidade semelhante às das trincas. Tem cavidade que se forma no 
revestimento por diversas causas, podendo atingir a base. Os buracos são evoluções das 
trincas, afundamentos ou desgastes. O acúmulo de água nas trincas leva a uma degradação 
11 
 
mais rápida do revestimento, a qual é conhecida como “stripping”. Por isso, durante os meses 
mais chuvosos, há uma tendência de se formar mais buracos nas ruas e rodovias (DNIT, 
2003). 
 
Figura 12 - Buraco ou panela de baixa severidade o 
que representa uma profundidade de 2,5 cm com um 
diâmetro de área coberta em torno de 60 cm de 
diâmetro (Domingues, 1993) 
 
Figura 13 - Buraco ou panela de média severidade o que 
representa uma profundidade entre 2,5 cm a 5 cm e um 
diâmetro de área coberta em torno de 60 cm de diâmetro 
(Domingues, 1993) 
 
Figura 14 - Buraco ou panela de alta severidade o que representa uma profundidade entre 2,5 cm a 5 cm e um 
diâmetro de área coberta em torno de 10 m² (Domingues, 1993) 
 
7.4 – Afundamento 
Os afundamentos são deformações permanentes caracterizadas por depressões da superfície 
do pavimento, acompanhada, ou não, de levantamento do solo. Podem ser classificadas em: 
afundamento plástico ou afundamento de consolidação. A característica desse defeito é uma 
leve depressão,com percepção após a chuva com o aparecimento de poças d´água. São 
causadas por defeitos de construção, ou recalque do terreno (afundamento), causando 
desigualdade na superfície das camadas (DNIT, 2003). 
Os afundamentos plásticos são causados pela fluência plástica de uma ou mais camadas do 
pavimento ou do subleito e apresentam elevações ao longo dos lados e ocorre em extensão de 
até 6m é denominada afundamento plástico local. Quando a extensão for superior a 6m e 
12 
 
estiver localizado ao longo da trilha de roda é denominado afundamento plástico da trilha de 
roda. 
Os afundamentos de consolidação são causados pela consolidação diferencial de uma ou 
mais camadas do pavimento ou subleito sem estar acompanhado de levantamento do solo e 
ocorre em extensão de até 6m é denominado afundamento de consolidação local. Quando a 
extensão for superior a 6m e estiver localizada ao longo da trilha da roda é denominado 
afundamento de consolidação de trilha de roda. Também tem graus de severidade de acordo 
com o seu formato como verificado abaixo: 
 
Figura 15 - Afundamento de baixa severidade, 
caracterizada quando causa agitação no veículo, mas 
não cria grande desconforto (Domingues, 1993) 
 
Figura 16 - Afundamento de média severidade, causa 
agitação significativa e desconforto (Domingues, 1993) 
 
Figura 17 - Afundamento de alta severidade, causa excessiva agitação no veículo e substancial desconforto, risco a 
segurança ou danos ao veículo forçando o condutor a reduzir a velocidade. (Domingues, 1993) 
 
7.5 – Ondulação ou Corrugação 
Deformação caracterizada por ondulação ou corrugação transversais na superfície do 
pavimento (várias ondulações em intervalos de menos de 3m). Ocorre pela falta de 
estabilidade da mistura asfáltica, excesso de umidade no solo subleito, contaminação da 
mistura de asfalto, ou ainda falta de aeração da massa asfáltica. São geradas pela carga de 
tráfego dos veículos em áreas submetidas à aceleração ou frenagem. É comum em subidas, 
13 
 
rampas, curvas e intersecções e classificada como um defeito funcional e tem característica de 
cisalhamento das tensões, podendo ser observada abaixo seu grau de severidade (DNIT, 
2003). 
 
Figura 18 - Ondulação de baixa severidade, caracterizada 
quando causa agitação no veículo, mas não cria grande 
desconforto (Domingues, 1993) 
 
Figura 19 - Ondulação de média severidade, causa agitação 
significativa e desconforto (Domingues, 1993) 
 
Figura 20 – Ondulação (DNIT, 1993) 
Ondulação de alta severidade, causa excessiva agitação no veículo e substancial desconforto, risco a segurança ou danos ao veiculo 
forçando o condutor a reduzir a velocidade. 
 
7.6 – Escorregamento do Revestimento Betuminoso 
O escorregamento do betuminoso tem como característica o deslocamento do revestimento 
em relação à base, ocorre o aparecimento de trincas em forma de meia lua devido à falta de 
aderência entre a camada de revestimento e a camada subjacente, ou ainda a massa asfáltica 
tem baixa resistência. Ocorre principalmente em áreas de frenagem e de interseções (DNIT, 
2003). 
 
 Figura 21 – Escorregamento (DNIT, 2003) 
14 
 
7.7 – Exsudação 
Quando tem um excesso de ligante betuminoso na superfície do pavimento observa-se a 
migração do ligante através do revestimento devido a dilatação do asfalto com o calor, não 
havendo espaços para ele ocupar (DNIT, 2003). 
 
Figura 22 – Exsudação (DNIT, 2003) 
 
8 - Formas de Manutenção, Conservação e Recuperação de pavimentos asfálticos 
 Flexíveis. 
Objetivando a reabilitação dos pavimentos flexíveis por meio de técnicas usuais na 
engenharia civil é possível através de monitoramento constante e verificação visual passando 
posteriormente para os ensaios e análises técnicas e mecânicas como as de sondagem, é 
possível manter a funcionalidade da via sem grandes intervenções. 
As técnicas ou terminologia técnica mais usuais são descritas conforme o método de 
aplicação e severidade do dano no pavimento flexível que depende de uma análise rigorosa 
(DNIT, 2006). 
As técnicas mais usuais são: 
 
Conservação Corretiva Rotineira 
Conjunto de operações de conservação que tem 
como objetivo reparar ou sanar um defeito e 
restabelecer o funcionamento dos componentes 
da Rodovia com ganhos no aumento da vida útil 
(DNIT, 2006). 
 
Conservação Preventiva Periódica 
Conjunto de operações de conservação realizadas 
periodicamente com o objetivo de evitar o 
surgimento ou agravamento de defeitos e são 
realizadas levando em consideração a topografia e os 
efeitos climáticos (DNIT, 2006). 
15 
 
 
 
Na compreensão dos tipos de deformações dos pavimentos é possível estabelecer uma 
associação clara das causas e classificá-las além de identificar seus efeitos na via conforme 
demonstrado no quadro abaixo extraído: 
 
 
Figura 23 – Resumo das causas e tipos de deformação permanente (DNIT, 2006) 
 
 
A partir do levantamento e identificação é possível sequenciar os trabalhos de recuperação 
e restauração levando em consideração sempre dados e indicações levantados nas normas 
técnicas da engenharia civil que indica diversas atividades que compõem o pacote de serviços 
para a reabilitação da pavimentação tais como a fresagem, a reciclagem, o recapeamento 
estrutural, reconstrução, reconformação ou reparos localizados, melhoria das características 
de drenagem e de atrito do revestimento e prevenção do desgaste e da oxidação do pavimento 
(DNIT, 2006). 
De acordo com o Manual de Pavimentação do Dnit (2006) recomenda-se em especial para 
as Rodovias com acentuado volume de tráfego que leve em consideração os índices 
indicativos nas normas técnicas brasileiras para promover a restauração do pavimento 
flexível. 
 
Conservação de Emergência Conjunto de operações a serem eventualmente 
realizadas com o objetivo de recompor, reconstruir ou 
restaurar trechos que levam a riscos aos usuários com 
sua interrupção (DNIT, 2006). 
16 
 
Os defeitos e danos dos pavimentos flexíveis de acordo com o seu grau de severidade 
levam a intervenções significativas da via e sua interrupção, visto que geram desde 
desconforto ao usuário, elevação de custo operacional e manutenção veicular, além de 
acidentes. Sejam os defeitos de ordem estrutural ou funcional tudo deve ser levado em 
consideração para a tomada de decisão no conjunto de ações a serem implantadas (DNIT, 
2006). 
 
8.1. Avaliação dos Pavimentos Flexíveis 
De acordo o Manual do DNIT, 2006 a condição de um pavimento representa o nível de 
degradação resultante dos processos associados ao meio ambiente e ao seu uso continuado 
pelo tráfego. Na avaliação desta condição é possível por meio do conhecimento de diversos 
parâmetros de referência, já normalizados, determinar: 
 
a) condições de superfície; 
b) condições estruturais; 
c) condições de rugosidade longitudinais; 
d) avaliação das solicitações do tráfego; 
e) condições de aderência pneu/pavimento. 
 
8.2 Conservação dos Pavimentos 
Segundo o Manual DNIT, 2006 a conservação dos pavimentos pode ser definida como 
sendo um conjunto de serviços destinados à preservação do pavimento nas condições em que 
ele foi originalmente construído ou no estado em que foi posteriormente restaurado. 
A infraestrutura rodoviária, se conservada nas condições em que foi construída, 
duraria, teoricamente, para sempre. Na prática, porém, a conservação apenas ajuda a rodovia a 
desempenhar, de maneira satisfatória, o seu papel durante a vida para a qual ela foi projetada. 
 
A conservação tem a finalidade de prolongar a vida útil das rodovias, reduzir o custode operação dos veículos, contribuir para que as vias se mantenham permanentemente abertas 
ao tráfego e permitir uma maior regularidade, pontualidade e segurança aos serviços de 
transporte. 
 
17 
 
Os principais serviços rotineiros para os pavimentos asfálticos são as atividades de 
remendos e selagem de trincas, além destes há outros serviços como a reperfilagem e o reparo 
de panelas. 
 
A detecção e o reparo dos defeitos nas fases iniciais representam o trabalho mais 
importante desempenhado pela equipe de manutenção, ou seja, aquele que resulta na melhor 
utilização dos recursos disponíveis (DNIT, 2006). 
 
8.3 - Serviços de reparos e manutenção 
8.3.1 - Remendos 
 
Segundo o Manual do DNIT, 2006 os remendos são geralmente realizados por meio 
da colocação ou preenchimento com misturas betuminosas à quente ou à frio, em buracos 
produzidos naturalmente pela deterioração ou em escavações preparadas antecipadamente 
pelos trabalhadores. 
 
Quando superficiais podem ser realizados com aplicação de capa selante ou uma fina 
camada de mistura betuminosa, quando profundos deverão ser executados no pavimento já 
em carácter permanente onde a área a ser reparada deverá ser retirada até a profundidade 
necessária para estabelecer uma fundação firme muitas vezes com a remoção de parte do 
subleito. O remendo vem atender à necessidade das categorias de defeitos como as panelas ou 
buracos, trincamento por fadiga, reperfilamento ou ainda a regularização prévia de superfície 
ou ainda como recapeamento asfáltico (DNIT, 2006). 
 
8.3.2 – Reparos de trincamento 
 
Quando os pavimentos flexíveis apresentam e ou se desenvolvem para trincas de 
fadiga ou couro de jacaré com agressividade relativamente média para alta já comprometendo 
a estrutura do pavimento e comprometendo de forma sensível o uso da via pelo tráfego há 
necessidade do uso de técnicas de reforço ou a recapeamento espesso. Entretanto, se as áreas 
mais defeituosas não forem apropriadamente reparadas, o recapeamento pode deteriorar-se 
mais rapidamente nos locais com trincas de fadiga. A correção prévia destes locais pode ser 
chamada de reconstrução localizada. A seleção das áreas que serão reparadas antes da 
18 
 
aplicação do recapeamento é parcialmente influenciada por considerações econômicas (DNIT, 
2006). 
 
8.3.3 – Capas Selantes 
 
Ainda há uma outra técnica para reabilitar o pavimento flexível que é a capa selante, 
esta é executada por penetração invertida, envolvendo uma aplicação de ligante asfáltico e 
uma aplicação de agregado miúdo e tem a finalidade principal de incrementar as condições de 
impermeabilização, geralmente executada com cobertura por agregado miúdo (areia ou pó de 
pedra). 
A capa selante influencia a macrotextura dos revestimentos, melhorando as condições 
de segurança. O ligante que geralmente empregado é a emulsão asfáltica, que pode ser 
aplicada em taxas reduzidas diluídas com água (DNIT, 2006). 
 
8.3.4. Lama Asfáltica 
 
A lama asfáltica é a mistura asfáltica resultante da associação, em consistência fluida, 
de agregados ou mistura de agregados miúdos, material de enchimento ("filler"), água e 
emulsão asfáltica podendo ter uma composição de mistura com materiais de granulometria 
especificada, associados a cimento Portland, beneficiado ainda com material betuminoso tais 
como emulsões catiônicas ou lama asfáltica e água (DNIT, 2006). 
 
9 – Gerência de pavimentos asfálticos flexíveis 
Segundo Hindermann (2001) a definição para conservação e gerência é um conjunto de 
operações destinadas a dar aos usuários as condições de conforto e segurança de circulação, 
previstas no projeto. 
 
Todos os elementos que se deterioram, que são destruídos e mesmo subtraídos, devem ser 
repostos, e essa reposição implica em trabalho rotineiro; todos os elementos que, de alguma 
forma, podem afetar as condições de circulação, devem ser retirados ou eliminados 
rotineiramente. (Hindermann, 2001). 
 
19 
 
As atividades de manutenção, conservação e recuperação dos pavimentos asfálticos flexíveis, 
compreende um processo sistemático que de forma contínua deve ser implementado para 
manter a conformidade de acordo com suas funções e magnitude de tráfego e oferecer ao 
usuário, permanentemente, um tráfego econômico, confortável e seguro e a garantia da 
trafegabilidade em qualquer época do ano e em condições climáticas (Yang, 1972). 
 
A manutenção se consubstancia através de ações sistemáticas e programadas que devem 
ter lugar diante de condicionamentos cronológicos e/ou da ocorrência de eventos 
supervenientes com a finalidade de: 
 
 Prolongar a vida útil das vias; 
 Reduzir o custo de operações dos veículos; 
 Contribuir para que as vias se mantenham permanentemente abertas ao tráfego e 
permitir uma maior regularidade, pontualidade e segurança no uso das vias. 
Além de promover um conjunto de operações de manutenção deve-se pensar nas melhorias 
constantes que visam ampliar os serviços oferecidos onde se contempla: 
 
 O atendimento a demandas operacionais especificamente a geometria da via e/ou o 
sistema de sinalização e de segurança do tráfego. 
 A adequação ou incorporação, face à ocorrência de eventos supervenientes, de 
elementos ou componentes integrantes de drenagem e de proteção da infraestrutura 
e/ou de obras complementares. 
De acordo com o Instituto de Engenharia do Paraná, a correta avaliação dos pavimentos 
flexíveis, tipo de defeitos, causas, métodos de avaliação e sua conservação, auxiliam na 
hierarquização de prioridades e alternativa de intervenção. 
 
Nesse sentido, é objetivo de um sistema de gerência de pavimento proporcionar pavimentos 
com desempenho adequado, ou seja, com superfícies de rolamento em condições estruturais e 
adequadas a circulação dos veículos em velocidade determinada e confortável (Yang, 1972). 
 
 
20 
 
10 - ESTUDO DE CASO 
 
10. 1 - Método de Estudo de Caso 
 
Para o desenvolvimento do presente trabalho, foi realizado um estudo de caso em uma obra 
executada com acesso à faixa de domínio do D.E.R. (Departamento de Estradas e Rodagem) 
com acesso ao município de Rio das Pedras – SP, especificamente no km 02 + 140 m lado 
esquerdo. 
O estudo de caso vem enriquecer esse trabalho de conclusão de curso porque reproduz o 
fenômeno da patologia de pavimentação flexível inserida no contexto real onde se 
fundamenta nas evidências técnicas abordadas aqui. 
 
Para dar base a sequência do estudo aplica-se a cronologia da execução da obra, as 
ocorrências apontadas dentro do cronograma desse cenário, os fatos, as identificações, as 
ações e correções e a finalização e o monitoramento. 
 
10.2 - Delimitação do Espaço 
 
A escolha dessa obra foi feita pela apresentação de ocorrências que pré-dispõem as patologias 
futuras como as descritas anteriormente, o espaço compreende uma faixa de 500 metros de 
diâmetros, onde foi confeccionado um projeto com os parâmetros exigidos pelo órgão 
fiscalizador D.E.R. que emitiu um Termo de Compromisso com readequação em 2016. 
 
As características locais, o meio ambiente, relevo, a funcionalidade do uso da via, estudos 
esses que evidenciaram os fatores que colaborariam para o aparecimento das patologias caso 
fossem descartadas as análises técnicas do projeto. 
Apesar de feitas todas as recomendações, dimensionamentos e ações com os cuidados 
técnicos indicados, esta obra apresentou patologias meses após a entrega. O fator ambiental 
e a característica do solo apesar do tratamento aplicado visando eliminar o aparecimento dos 
problemas e mesmo com o aparecimento, as técnicas de construção foram determinantespara 
observar que não ocorreu grande comprometimento da estrutura implantada sendo possível o 
seu reparo de forma rápida e pontual sem grandes interdições e ou demolições. 
 
21 
 
Para o entendimento da obra este estudo apresenta à cronologia dos fatos, as identificações, as 
ações e correções e a finalização que será apresentada em forma de evidências fotográficas 
material do gerenciamento e auditoria de obra para comprovação da execução dentro dos 
parâmetros do projeto e memorial descritivo ajustado com o executor. O gerenciamento e 
acompanhamento com auditoria da obra teve grande relevância quando da necessidade de 
mudança de rota para que fossem corrigidas as ações ambientais que apresentassem 
comprometimento a exequibilidade da obra bem como atingir o cumprimento do cronograma 
físico e financeiro com garantias em seguro de obra garantindo tranquilidade aos envolvidos e 
ao setor público que concedeu autorização para a execução. 
 
10.3 - Descritivo e Cronologia da Obra – Estudo de Caso 
 
10.3.1 - Descritivo 
 
As atividades dessa obra iniciaram na segunda quinzena de março de 2016 com previsão de 
término no mês de agosto do mesmo ano conforme seguro de garantia execução de obra e 
cronograma físico financeiro. 
A implantação do canteiro de obras, limpeza do local e demarcação topográfica foram 
atividades iniciadas. O acompanhado do clima local para identificar a sequência de atividades 
que poderiam ser executadas sem comprometer o cronograma foi diário e nesta fase a 
precipitação de chuvas torrenciais ajudou a identificar os problemas que seriam enfrentados 
neste início. 
O executor da obra em conjunto com o contratante beneficiado abriram mão de uma técnica 
de engenharia que poderia ter minimizado ainda mais os problemas que sucederam a 
implantação, não houve entre as reuniões para conhecimento do campo de trabalho a 
exigência de fazer uma sondagem do solo para em suas etapas usar técnicas distintas para 
minimizar os problemas, com isso apesar de um atraso inicial com relação ao cronograma, o 
acompanhamento e auditoria de obra conseguiu corrigir via planejamento esse desvio e ao 
longo atingir a meta do Planejamento e Controle de Produção (PCP) e antecipar a data 
prevista para término em agosto/2016 finalizando a mesma em julho/2016, garantindo 
economia com equipe de obra, exposição de funcionários nas pistas e a liberação do tráfego 
para os fins do projeto. 
Toda obra foi executada seguindo os protocolos e padrões do DER desde sinalização, equipe 
de obra especializada, controles tecnológicos do solo, agregados, massa asfáltica, ensaios de 
22 
 
concreto de guia, exigências de documentação técnica dos testes de resistências dos materiais 
utilizados como tubo de concreto e caixas de captação, qualidade do binder. 
 
 
10.3.2 - Cronologia e Fotos 
 
 
Março 2016 
 
 
 
Figura 24 – Cronologia e Fotos (Arquivo Pessoal) 
Fotos da limpeza e demarcação topográfica 
 
 
Figura 25 – Cronologia e Fotos (Arquivo Pessoal) 
Observação de solo em banhado com afloramento do 
lençol freático o que dificultou a execução das 
camadas dimensionadas em projeto. 
 
 
 
Figura 26 – Cronologia e Fotos (Arquivo Pessoal) 
Escavação do solo para preparo das camadas de asfalto. 
 
 
 
Figura 27 – Cronologia e Fotos (Arquivo Pessoal) 
Escavação e lançamento do macadame seco para 
compor as camadas. 
23 
 
 
 
 
 
 
Figura 28 – Cronologia e Fotos (Arquivo Pessoal) 
Com a grande estabilidade do solo observa-se a necessidade 
de correção, no lançamento do macadame seco previsto 
camada menor houve a necessidade do aumento dessa 
camada ficando a mesma com 1 metro de macadame seco e 
rachão o que também não surtiu o efeito necessário. 
 
 
 
 
 
Figura 29 – Cronologia e Fotos (Arquivo Pessoal) 
 
Observa-se que o afloramento da água deixou o 
macadame e rachão solto mesmo com a compactação 
não houve sucesso na execução dessa camada. 
 
 
 
Com a identificação das problemáticas e o envolvimento das equipes houve a necessidade de 
promover as correções usando duas técnicas distintas em trechos diferentes da obra. Foi 
observada a necessidade de aplicação de drenagem com manta têxtil e tubo dreno com 
composição em polímeros e a outra parte em outra parte da obra usar obras de arte corrente 
com implantação de obra de captação e lançamento de águas pluviais para a estabilização do 
solo e andamento dos trabalhos de conclusão das camadas de pavimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
 
Abril -2016 
Técnica de manta geotêxtil e tubo dreno 
 
 
 
Figura 30 – Técnica de manta geotêxtil e tubo 
dreno (Arquivo Pessoal) 
Abertura de canal para condução da água, 
facilitando a execução das obras de estabilização 
do solo. 
 
 
Figura 31 – Técnica de manta geotêxtil e tubo 
dreno (Arquivo Pessoal) 
Aplicação de manta geotêxtil com tubulação para 
drenagem e condução das águas, nessa técnica a água 
segue pelo canal envolto em manta até o ponto de 
lançamento, deixando a parte de cima do solo seco e 
instável. Há uma compactação com macadame e 
rachão, antes do lançamento das demais camadas. 
 
 
 
Figura 32 – Técnica de manta geotêxtil e tubo 
dreno (Arquivo Pessoal) 
 
Observa-se a água saindo pelo tubo de drenagem 
sendo conduzida para o ponto de lançamento 
final. 
 
 
Figura 33 – Técnica de manta geotêxtil e tubo 
dreno (Arquivo Pessoal) 
Fechamento do canal sendo compactado com 
macadame seco. 
25 
 
Abril -2016 
Obra de arte corrente – drenagem de águas pluviais 
 
 
 
 
Figura 34 – Obra de arte corrente – drenagem de 
águas pluviais (Arquivo Pessoal) 
Abertura de vala para implantação de tubo de 
concreto com caixa de captação das águas e 
condução por tubo de concreto. 
 
 
Figura 35 – Obra de arte corrente – drenagem de 
águas pluviais (Arquivo Pessoal) 
Implantação da tubulação padrão CA2 – Concreto 
Armado 2 – conforme exigências do órgão fiscalizador 
DER. 
 
 
 
Figura 36 – Obra de arte corrente – drenagem de 
águas pluviais (Arquivo Pessoal) 
Caixas de captação para compor o sistema de 
drenagem de águas pluviais 
 
 
Figura 37 – Obra de arte corrente – drenagem de 
águas pluviais (Arquivo Pessoal) 
Final do trecho com o lançamento no canal que 
também receberá a tubulação 
 
 
 
 
Figura 38 – Obra de arte corrente – drenagem de 
águas pluviais (Arquivo Pessoal) 
Dissipador de águas pluviais – final tubulação 
evitando erosão 
 
 
 
 
Figura 39 – Obra de arte corrente – drenagem de 
águas pluviais (Arquivo Pessoal) 
Fechamento das valas de tubulação drenagem com 
lançamento de bica corrida e compactação. 
 
26 
 
Maio – Julho -2016 
Obras sequenciais de lançamento das camadas e compactação para pavimentação 
 
 
 
Figura 40 – Obras sequenciais (Arquivo Pessoal) 
 Execução das guias e lançamento da bica corrida. 
 
 
Figura 41 – Obras sequenciais (Arquivo Pessoal) 
Lançamento da bica corrida que compões uma das 
camadas para recebimento do CBUQ. 
 
 
 
 
Figura 42 – Obras sequenciais (Arquivo 
Pessoal) 
Abertura de vala para execução de canaleta 
para escoamento das águas pluviais pela 
lateral da pista 
 
 
 
Figura 43 – Obras sequenciais (Arquivo Pessoal) 
Execução da guia 
 
 
 
 
Figura 44 – Obras sequenciais (Arquivo Pessoal) 
Forração de grama para contenção de erosão. 
 
 
 
 Figura 45 – Obras sequenciais(Arquivo Pessoal) 
Aplicação do CM30 – líquido para expulsar os vazios e 
agregar as partículas de BGS. 
27 
 
 
 
Maio – Julho -2016 
Obras sequenciais execução de guias – lançamento a massa asfáltica e compactação 
 
 
 
Figura 46 – Obras sequenciais (Arquivo Pessoal) 
Execução de guias. 
 
 
Figura 47 – Obras sequenciais (Arquivo Pessoal) 
 Corpo de prova do concreto de guia. 
 
 
Figura 48 – Obras sequenciais (Arquivo Pessoal) 
Lançamento da massa asfáltica pela acabadora já 
nivelada para atender a capa de 3cm de projeto. 
 
 
Figura 49 – Obras sequenciais (Arquivo Pessoal) 
Compactação da massa asfáltica com rolo pneumático 
 
 
 
 
Figura 50 – Obras sequenciais (Arquivo Pessoal) 
 
Guia, aplicação do cm 30 e paisagismo 
 
 
Figura 51 – Obras sequenciais (Arquivo Pessoal) 
Execução da sinalização horizontal e vertical. Essa 
aplicação horizontal deverá ser executada 5 dias após o 
lançamento da massa asfáltica para que o material não 
seja sugado pela massa ainda em cura – agregando as 
partículas. 
28 
 
ENSAIOS E CONTROLE TECNOLÓGICO E LABORATÓRIO 
 
 
 
Figura 52 – Ensaios (Arquivo Pessoal) 
Testes de laboratório para verificar a flexão do 
pavimento. 
 
Figura 53 – Ensaios (Arquivo Pessoal) 
Ensaios de peneiras para verificar a qualidade do 
material granulado aplicado. 
 
 
Figura 54 – Ensaios (Arquivo Pessoal) 
Ensaio de Viga Benkelman para medir a 
flexão do pavimento. 
 
 
Figura 55 – Ensaios (Arquivo Pessoal) 
Medição da deflexão do pavimento. 
 
 
 
Figura 56 – Ensaios (Arquivo Pessoal) 
Sondagem do pavimento para conferir se a capa 
asfáltica foi executada dentro da exigência do 
projeto com 3 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sondagem do pavimento para conferir se a capa asfáltica foi 
executada dentro da exigência do projeto com 3cm. 
 
 
Figura 57 – Ensaios (Arquivo Pessoal) 
Material da sondagem conferindo a capa asfáltica de 
exigência do projeto com 3 cm. 
 
 
10.4 - Patologia do Estudo de Caso 
 
Com a entrega da obra e alguns meses depois se observou o aparecimento de patologia padrão 
panelas em um único trecho do pavimento. Foi realizada a manutenção com abertura do trecho 
e verificação do comprometimento das camadas. A patologia estava superficial sem 
comprometer as camadas inferiores, provavelmente um erro de execução na compactação da 
29 
 
massa asfáltica contribuiu para uma fissura por onde entrou agua de chuva o que provocou essa 
deformidade. 
 
Outubro -2016 
Deformidades patológicas após entrega de obra onde foi feita a manutenção 
pontual. 
 
 
 
 
 Figura 58 – Deformidades (Arquivo Pessoal) 
Aparecimento de panela – patologia. 
 
 
Figura 59 – Deformidades (Arquivo Pessoal) 
Reparo e identificação de infiltração de água 
entre a camada do pavimento e a primeira 
camada subsequente 
 
 
 
Figura 60 – Deformidades (Arquivo Pessoal) 
Retirada da camada asfáltica e a análise identificou 
infiltração superficial o que não atingiu as demais 
camadas. Provavelmente falha na compactação. 
 
 
 
Figura 61 – Deformidades (Arquivo Pessoal) 
Reparo realizado e segue sendo monitorado 
 
 
30 
 
11 – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Pavimentar uma via de circulação é uma obra civil que enseja a melhoria operacional para a 
via, na medida em que é criada uma superfície mais regular, mais aderente e uma superfície 
menos ruidosa. 
Conforme mencionado acima, as estruturas do pavimento têm a função principal de 
suport0061r os esforços oriundos de cargas e de ações climáticas, sem que apresentem 
processos de deterioração de modo prematuro. Assim, o desempenho adequado do conjunto 
de camadas e do subleito relaciona-se à capacidade de suporte e à durabilidade compatível 
com o padrão da obra e as especificidades do tráfego, bem como o conforto ao rolamento e a 
segurança dos usuários. 
No entanto, como toda estrutura, o pavimento também está sujeito a deformações decorrentes 
de diversos fatores tais como tempo de uso, uso inadequado, erros de execução ou até mesmo 
erros de projeto. 
Portanto, o bom desempenho de revestimentos e de tratamentos superficiais asfált icos 
depende, entre outros aspectos, do uso de técnicas adequadas de produção, distribuição, 
execução e controle de execução das camadas asfálticas na pista. 
São imensos os gastos com manutenção e reconstrução precoce de nossos pavimentos. Esses 
gastos são inaceitáveis uma vez que podemos dispor de equipamentos de laboratório e de 
campo que permitam um melhor entendimento dos materiais e de métodos de projeto teórico-
empíricos. A existência de uma infraestrutura laboratorial e a formação de recursos humanos 
de alto nível na área torna possível a investigação de materiais alternativos e novas 
tecnologias para as camadas do pavimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
12 – REFERÊNCIAS 
 
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BÁSICA PARA ENGENHEIROS. Rio de Janeiro: Gráfica Imprinta, 2008. 504 p. Disponível 
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Paulo: Oficina de São Paulo: Oficina de Texto, 2007. 560 p. 
 
MALHA rodoviária total: Evolução da malha rodoviária total por ano segundo o tipo de 
jurisdição - 2001 - 2015. Evolução da malha rodoviária total por ano segundo o tipo de 
jurisdição - 2001 - 2015. 2016. Disponível em: 
<http://anuariodotransporte.cnt.org.br/Rodoviario/1-3-1-1-1-/Malha-rodoviária-total>. Acesso 
em: 05 nov. 2016. 
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DNIT 005/2003 - TER: Defeitos nos pavimentos flexíveis e semi-rígidos Terminologia. Rio 
de Janeiro: Instituto de Pesquisas RodoviÁrias, 2003. 12 p. 
DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte - Manual de conservação 
rodoviária DNIT - Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte - MANUAL DE 
PAVIMENTAÇÃO. 3. ed. Vigario Geral - Rio de Janeiro: Dnit - Departamento Nacional de 
Infra-estrutura de Transporte, 2006. 274 p. Disponível em: 
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DOMINGUES, F.A. A., MID – MANUAL PARA IDENTIFICAÇÃO DE DEFEITOS DE 
REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS DE PAVIMENTOS. São Paulo, s.n., 1993. 
HERMES, Thiago Breunig. IMPACTO DO ALTO TRÁFEGO EM PAVIMENTO 
DIMENSIONADO PARA BAIXO TRÁFEGO –ESTUDO DE CASO:CORONEL 
BARROS –RS. 2013. 73 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Civil, Universidade 
Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí, 2013. 
 
 
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MOURA, Edson de (Org.). Transporte e Obras de Terra: São Paulo: Slid, 2011. 02 slides, 
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SENÇO, Wlastermiler de. MANUAL DE TÉCNICAS DE PAVIMENTAÇÃO. São Paulo - 
Sp: Pini, 2001. 688 p. 
 
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<www.docslide.com.br/documents/manual-de-patologia-e-manutencao-de-pavimentos.html>. 
Acesso em: 12 de maio 2016. 
 
Yang, N. C. (1972). Design of Functional Pavements. McGraw Hill Book Company. New 
York, NY 
 
HINDERMANN, W.l..Maintenance of Asphalt Pavements. Minnesota: Asphalt Institute, 
2001. 23 p

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