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ROTEIRO DE AULA PRÁTICA_ SENSAÇÕES SOMESTÉSICAS (1)

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A. LIMIAR DE DISCRIMINAÇÃO TÁTIL 
OBJETIVOS: 
- Demonstrar a variação do limiar de discriminação tátil entre dois 
pontos nas diferente áreas da superfície corporal no homem. 
- Demonstrar que o grau de localização de estímulo tátil em diferentes 
regiões do corpo apresenta variações. 
- Entender fisiologicamente as razões das variações que ocorrem no limiar de 
discriminação tátil. 
 
METODOLOGIA: 
1. Discriminação entre dois pontos: 
a) Abrir o compasso de maneira que a distância entre as pontas tenha 12 cm. Estimular, 
tocando as duas pontas ao mesmo tempo, a região escapular. O colega voluntário, que não 
poderá estar vendo a experiência, devendo estar olhando para o outro lado ou estar com os 
olhos fechados e deverá responder quantos pontos foram estimulados. Repetir o 
experimento cada vez com distâncias menores entre as pontas do compasso, diminuindo 
em 1 cm a cada repetição, até que o colega voluntário percebe apenas um ponto, apesar de 
se estar estimulando dois pontos. Anote este resultado no quadro abaixo. 
b) Teste a distância encontrada no item acima na palma da mão do mesmo voluntário. Em 
seguida, vá diminuindo em 0,5 cm a distância entre as pontas do compasso até que o 
colega perceba apenas um ponto. Anote este valor no quadro abaixo. 
c) Teste distância encontrada no item b na ponta do dedo indicador. Vá diminuindo a 
distância entre as duas pontas do compasso em 0,1 cm, até que o colega perceba apenas 
um ponto. Anote este valor no quadro abaixo. 
 
DISCRIMINAÇÃO ENTRE DOIS PONTOS (mm) 
 
Aluno Indicador Mão Antebraço Escápula Panturrilha Reg. dos rins 
Jonson 0,2 cm 0,5 cm 5 cm 6 cm 1 cm 3 cm 
Jaqueline 0,3 cm 1,5 cm 1 cm 6 cm 3 cm 2 cm 
Daniel 0,4 cm 1,5 cm 4 cm 7 cm 4 cm 0,5 cm 
Igor 0,1 cm 0,1 cm 2 cm 2 cm 2,2 cm 1,5 cm 
Média 0,25 cm 0,9 ​cm 3 cm 5,25 cm 2,55 cm 1,75 ​cm 
 
2) Discriminação de localização. 
a) Peça para seu colega ficar de olhos fechados e com o braço esticado. Deslizar uma das 
pontas do compasso sobre a palma da mão de um colega. Ele deverá pedir que pare no 
momento em que a ponta do compasso atingir uma das pregas do “M” da palma da mão, 
previamente estabelecida. Medir com uma régua a distância entre a ponta do compasso e o 
ponto da prega do M. Esta diferença é considerada como erro de localização. 
b) Repetir o mesmo procedimento sobre a prega anterior da dobra do cotovelo. 
 
ERRO DE LOCALIZAÇÃO (mm). 
 
Nome Prega do dedo 
indicador 
Prega da mão Prega anterior 
do cotovelo 
Prega posterior 
do joelho 
Jonson 0,1 cm 0 cm 3 cm 5,5 cm 
Jaqueline 1 cm 0 cm 0 cm 0 cm 
Daniel 1 cm 0,5 cm 0 cm 0 cm 
Igor 0 cm 0,1 cm 0 cm 4 cm 
Média 0,525 cm 0,15 cm 0,75 ​cm 2,375 cm 
 
Calcular a média dos resultados obtidos nas diferentes regiões corporais. Comparar os 
resultados e discutir os mecanismos fisiológicos envolvidos que explicam tais diferenças. 
Estes resultados seriam os mesmos se houvesse uma lesão da via da coluna dorsal 
lemnisco medial? Qual região do córtex cerebral está envolvida no processamento destas 
informações? 
 
Resultado: Alguns apresentaram sensações mais próximas umas das outras, outros já não, 
mostrando a plasticidade e diferença entre os diferentes organismos, quanto maior a 
capacidade de percepção de 2 pontos, maior o número de receptores de determinada 
região. A qualidade da informação mecânica (precisão) vai depender do tamanho do campo 
receptivo do receptor e da densidade. Isso significa que não possuímos a mesma sensação 
em toda superfície corporal. Repare que o médico “mede” a freqüência cardíaca no pulso do 
paciente usando o sentido os dedos indicador e médio e não a palma da mão. Na palma da 
mão observa-se que os campos receptivos dos corpúsculos de Pacini são amplos e os de 
Meissner, bem pequenos. Quanto maior a capacidade de resolução espacial maior é a 
densidade de receptores com campos receptores pequenos. 
O sistema coluna dorsal-lemnisco medial é a via sensorial responsável por transmitir as 
informações de tato fino, vibração e consciência proprioceptiva do corpo para o córtex 
cerebral. L​esões nos lemniscos mediais causam déficits na percepção sensorial de vibração 
e de toque-pressão, então os resultados não seriam os mesmos. Cada estímulo possui um 
tipo de receptor e há 3 categorias sensoriais, no caso de percepção originadas na superfície 
do corpo e no sistema músculo-esquelético os responsáveis são os mecanorreceptores. O 
estímulo ao entrar na medula espinhal, sobe em direção ao tronco cerebral pelas colunas 
dorsais, no bulbo ocorre a primeira sinapse, os axônios dos neurônios secundários cruzam 
a linha média do SNC e formam o lemnisco medial que sobe até o tálamo, a partir dos 
neurônios talâmicos, projetam-se as fibras que vão até o córtex sensorial somático. 
 
B. SENTIDO DA POSIÇÃO 
OBJETIVOS: 
- Perceber que a propriocepção é uma sensação que independe de sinais visuais; 
- Entender que toda e qualquer movimentação altera a função de receptores 
articulares e musculares que possibilitam a sensação consciente do sentido e da 
velocidade do movimento; 
- Discriminar objetos de diferentes pesos e associar esta capacidade sensorial com a 
ativação de diferentes tipos de receptores sensoriais. 
 
METODOLOGIA: 
 Manobras utilizadas em exames neurológicos para examinar a sensibilidade profunda: 
a) ​Sentido de posição: 
● Um dos membros é colocado em posição determinada, mas pouco comum, num 
sujeito com olhos fechados. O sujeito deverá repetir com o outro membro, 
colocando-o na mesma posição do membro mobilizado pelo examinador. 
● Outra modalidade deste teste é a do dedo a dedo: Um de seus braços é movido até 
nova posição, onde é colocado com o dedo indicador estendido. O sujeito deve, em 
seguida, tocar a extremidade desse indicador estendido com a ponta do indicador da 
outra mão. 
b) ​Tensão muscular: ​É avaliada pedindo-se ao sujeito que segure dois pesos diferentes, em 
após o outro, em cada uma das suas mãos e, em seguida que identifique o mais pesado. 
Segurar inicialmente os dois pesos com a mão apoiada da mesa e, em seguida, sem o 
apoio. 
 
Em qual das duas situações foi a mais fácil determinar a diferença dos dois pesos? Por 
quê? Qual das duas vias sensoriais foi utilizada para a comparação dos pesos? 
Os testes que você realizou com as manobras acima mencionados mostraram a importância 
de quais receptores sensoriais? Por que essas manobras devem ser feitas com os olhos 
vendados? 
 
Resultado: ​Em ambas as situações tivemos dificuldade em determinar a diferença dos 
pesos, mas a que obteve maior índice de acerto foi segurar os pesos com as mãos soltas, 
pois nesse caso é possível mensurar a queda em altura de cada uma das mãos quando o 
peso foi segurado e compará-las. 
As manobras mencionadas acima mostraram a importância dos mecanorreceptores que 
são responsáveis pelas sensações originadas na superfície do corpo e informações 
mecânicas das vísceras, além dos sentidos de audição e equilíbrio. As manobras devem ser 
feitas com olhos fechados para uma melhor percepção mecânica, sem interferência da 
visão para determinar qual das mãosabaixou mais. 
 
C. SENSAÇÕES TÉRMICAS 
OBJETIVO: 
Entender os princípios fisiológicos relacionados com a sensibilidade, somação e a 
adaptação das sensações térmicas. 
 
METODOLOGIA: 
 
Experimento 01: Determinação do limiar de sensibilidade ao frio. 
Em um tubo de ensaio colocar gelo picado. Aplicar o tubo de ensaio na face, no braço e na 
panturrilha. Comparar a intensidade da sensação de frio nas diferentes regiões. 
 
Explique fisiologicamente como ocorre a estimulação do receptor térmico para o frio. Qual a 
razão dessa diferença na sensibilidade das diferentes regiões corporais ao frio. 
 
Resultado: Por terminações livres, podemos reconhecer graduações térmicas que vão do 
frio congelante (excessivo), gelado, frio, indiferente, morno, quente e muito quente 
(excessivo). Os receptores térmicos estão esparsamente espalhados pelo corpo. Quando 
amplas áreas são estimuladas, o sistema sensorial pode detectar variações de até 0,01ºC, 
mas uma região pequena de 1 a 2 cm sofrer uma variação de 100 vezes maior é como se 
não tivesse acontecido nada. 
 
Experimento 02: Somação espacial das sensações térmicas. 
Colocar um dedo da mão em um recipiente contendo água a 40º C, em um dedo da outra 
mão em um recipiente contendo água a 15º C. Em seguida, colocar a mão inteira em cada 
recipiente. Compare a intensidade da sensação térmica sentida. 
 
Explique fisiologicamente a necessidade de somação para a sensação térmica e 
exemplifique situações do cotidiano onde experimentamos essas sensações. 
 
Resultado: Quando uma certa temperatura (estímulo) atua sobre uma superfície maior do 
corpo, é possível discriminar variações muito menores de temperatura, ou seja, a 
sensibilidade é muito maior em relação a uma superfície corporal menor. Isso se deve 
graças à somação espacial na ação dos termorreceptores pelo fato de existirem menos 
receptores térmicos na superfície corporal, é muito mais fácil determinar a temperatura 
quanto maior a área de exposição corporal. 
Por isso, ao colocarmos a mão inteira na água de diferente temperatura, sentimos uma 
diferença muito maior de intensidade da sensação térmica em relação a colocar somente o 
dedo na água. 
 
Experimento 03: Adaptações a estímulos térmicos. 
Colocar a mão direita em um recipiente contendo água a 40 C e a mão esquerda em outro 
recipiente contendo água a 15 C. Aguarde cerca de um minuto e em seguida coloque as 
duas mãos em um recipiente contendo água a temperatura de 30 C. 
 
Explique o mecanismo de adaptação dos receptores. A sensação térmica sentida foi a 
mesma? Explique. Cite fatos do cotidiano onde experimentamos sensações semelhantes a 
esta aqui observada. Qual o tipo de via que transmite a sensação térmica​. 
 
Resultado: ​Nesse experimento houve uma troca de calor entre as mãos e a água. Sabendo 
que o calor vai do corpo mais quente para o mais frio, quando colocamos a nossa mão na 
água quente a 40º C, ela ganhou calor da água e sua temperatura aumentou, e quando 
colocamos a nossa mão na água fria a 15º C, ela perdeu calor para a água e sua 
temperatura diminui. Ao tirar as mãos das águas quente e fria e colocá-las na água morna, 
ocorreram as trocas de calor: na mão que estava na água fria tivemos a sensação da água 
estar mais quente e o mesmo aconteceu com a mão que estava na água quente, a 
sensação era que estava mais fria, quanto maior a diferença de temperatura entre nosso 
corpo e aquilo em contato conosco, mais quente ou frio ele parece, pois mais calor 
ganhamos ou perdemos. 
 Elevando a temperatura do corpo, como acontece quando estamos com febre, faz 
aumentar a diferença de temperatura entre o corpo e o ambiente, causando aumento da 
perda de calor e também da sensação de frio. Um exemplo é quando sentimos frio ao sair 
de um banho quente. Um banho agradável para o corpo acontece com a temperatura da 
água praticamente igual à temperatura do corpo, de maneira que não perdemos nem 
ganhamos calor para ela. Num banho quente, por sua vez, a temperatura da água está um 
pouco acima da temperatura do nosso corpo, com isso, a temperatura da superfície da pele 
aumenta e, quando saímos do banho, aumenta a diferença entre a temperatura do corpo e 
a ambiente e perdemos mais calor, sentindo mais frio. 
A sensibilidade térmica aumenta conforme o organismo se adapta a uma temperatura, 
sendo assim um organismo adaptado ao calor é mais sensível ao frio e adaptado ao frio é 
mais sensível ao calor, tanto a curto prazo quanto a longo prazo. Os receptores de frio e de 
calor estão localizados imediatamente abaixo da pele e espalhados pelo corpo todo 
inclusive na boca, nariz e orelha. As variações térmicas, são discriminadas por pelo menos 
três tipos de receptores sensoriais: receptores do frio (Corpúsculo de Krause), do calor 
(Corpúsculo de Ruffini) e até dor (terminações nervosas livres). Os receptores de dor são 
estimulados apenas pelos graus extremos de calor ou frio, identificando as sensações de 
"frio congelante" e de "calor escaldante" com o objetivo de mobilizar o organismo a se 
esquivar ou se proteger da origem desse estímulo. 
 
Referências 
 
Nishida, S. M. Apostila do Curso de Fisiologia. Departamento de Fisiologia, IB 
Unesp-Botucatu 2012. 
 
Furlan, P. M. Gazola, V. - Apostila sistemas sensoriais - Maringá UEM

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