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Aula 00 – Aula Demonstrativa Curso: Direito Empresarial p/ ICMS-RS (RESUMO + QUESTÕES CESPE) Professor: Wangney Ilco Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. SAIU EDITAL!!!! (12/09/2018) PROVA: 02 E 03 DE FEVEREIRO/2018 SALÁRIO INICIAL: R$ 20.463,50 BANCA: CESPE Olá pessoal! Tudo beleza? Finalmente temos o edtial tão esperado. Não há tempo a perder. Este concurso é de alto nível e muito desejado. Assim, sejam bem-vindos ao Curso de Direito Empresarial para o cargo de Auditor Fiscal do Estado do Rio Grande do Sul (ICMS-RS) O curso está 100% atualizado com as normas legais editadas e em vigor em 2018, e conforme o edital de 12/09/2018. A nossa disciplina será cobrada na prova junto com direito civil e penal com 28 questões e mínimo de 14. Ou seja, teremos uma quantidade bem razoável de questões da nossa disciplina, ok? Não podemos adotar como estratégia “deixar de lado para estudar outra disciplina”. Beleza? Este é um curso de resumo e questões comentadas CESPE, mais indicado para quem já tem certo conhecimento sobre os assuntos e necessita fazer aquela revisão de qualidade. Assim, o diferencial do presente curso de Direito Empresarial é a objetividade e a facilidade na assimilação da matéria, por meio de muitos esquemas gráficos, tabelas e etc. APRESENTAÇÃO Se não puder voar, corra. Se não puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito. (Martin Luther King Jr.) Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Sumário Apresentação do professor .................................................................. 5 Estrutura do curso ............................................................................... 5 1- Direito Comercial e a atividade empresarial ................................... 7 1.1- Origem e evolução histórica ............................................................................................... 7 1.2- Teoria dos atos de comércio .............................................................................................. 8 1.3- Teoria da Empresa .............................................................................................................. 8 1.3.1- Atributos da Teoria da Empresa ................................................................................. 9 1.4- A empresa .......................................................................................................................... 9 1.5- O empresário .................................................................................................................... 10 1.6- Exceções à Teoria da Empresa ......................................................................................... 11 1.7- Empresário Individual....................................................................................................... 11 1.8- Requisitos e impedimentos para o exercício da atividade empresarial .......................... 12 1.8.1- Capacidade Civil do Empresário Individual .............................................................. 12 1.8.2- Capacidade Civil da Sociedade Empresária - sócio................................................... 13 1.8.3- Impedimentos: Empresário Individual ..................................................................... 14 1.9- Empresário casado ........................................................................................................... 14 1.10- Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI ......................................... 15 2- Prepostos ..................................................................................... 16 2.1- O Gerente ......................................................................................................................... 17 2.2- O Contabilista ................................................................................................................... 17 3- Registro da empresa .................................................................... 17 3.1- Órgãos de registro da empresa ........................................................................................ 17 3.2- Atos de registro ................................................................................................................ 18 3.3- Registro do empresário .................................................................................................... 19 3.4- Registro da sociedade empresária ................................................................................... 19 3.5- Registro da atividade rural ............................................................................................... 20 3.6- A inatividade da empresa ................................................................................................. 20 3.7- Empresário irregular......................................................................................................... 21 4- Livros Comerciais ......................................................................... 22 4.1- Sigilo dos livros comerciais ............................................................................................... 22 5- Nome empresarial ........................................................................ 23 6- Estabelecimento Empresarial ....................................................... 25 Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 6.1- Trespasse .......................................................................................................................... 26 6.2- Aviamento ........................................................................................................................ 27 6.3- Clientela ............................................................................................................................ 28 6.4- O ponto empresarial (ou comercial) ................................................................................ 28 7- Questões propostas ...................................................................... 30 8- Gabarito ....................................................................................... 35 9- Questões Comentadas .................................................................. 36 Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro duçã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Apresentação do professor Pois bem, agora vou me apresentar: Meu nome é Wangney Ilco. Sou ex-aluno do Colégio Naval (ingresso em 1997) e Escola Naval (ingresso em 2000). Bacharel em Ciências Navais pela Escola Naval com especialidade em Sistemas (2004). Após alguns anos como Oficial da Marinha, decidi deixar a vida militar e ingressei nesta doce vida de “concurseiro”. O foco era a área fiscal, mais especificamente o fisco do Estado do Rio de Janeiro. Nos dois primeiros certames (2008) não fui feliz devido a alguns problemas pessoais. Porém, já no ano seguinte, após alguns meses sem estudar, retornei com muita força já com edital na praça. Fiz alguns ajustes. Foram 45 dias de dedicação total e foco máximo. Resumos, gráficos, esquemas, mapas- mentais foram utilizados para aproveitar o tempo com a máxima eficiência. E deu certo! Obtive a tão sonhada aprovação: Auditor Fiscal da Receita Estadual do Rio de Janeiro. Cargo que exerço atualmente! Assim, desde final de 2009, troquei de lado e venho participando intensamente na preparação dos alunos para diversos concursos (ICMS, ISS, AFT, AFRFB, CGU), sempre em Direito Empresarial e, mais recentemente, em Direito Civil (confira meus cursos de civil AQUI). Por fim, vale ressaltar que, no momento, estou cursando Direito na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO. Portanto, meus caros, já tenho certa experiência em contribuir com a aprovação de alunos em concursos públicos na disciplina de Direito Empresarial. Estrutura do curso Bem, sem perder muito tempo, é necessário apresentar o curso. Este curso é de Direito Empresarial: Resumo + Questões Comentadas CESPE para o ICMS-RS!!! É importante ressaltar que este curso é indicado aos alunos já com certo conhecimento teórico de Direito Empresarial e que necessitam de treinos e de familiaridade em relação às questões da banca. Também, aquele aluno que não dispõe de muito tempo livre até a prova, poderá dar aquele “Sprint Final” utilizando os resumos e fazendo algumas questões recentes para verificar a tendência atual da BANCA. Para quem ainda está “cru” ou iniciando os estudos, recomendo o curso de teoria. Beleza? O programa de empresarial que consta no edital foi organizado da seguinte forma em nosso curso: Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. AULA ASSUNTO 00 Empresário: caracterização, inscrição, capacidade. Empresa individual de responsabilidade limitada. Estabelecimento: disposições gerais; registro; nome empresarial; prepostos. Escrituração. 01 Sociedade: empresária e simples; sociedade não personificada; sociedade personificada; espécies. Sociedade nacional; sociedade estrangeira. Sociedade cooperativa; empresa de pequeno porte e microempresa. Órgãos sociais; responsabilidade dos sócios; responsabilidade dos administradores. Desconsideração da personalidade jurídica. 02 Sociedade Anônima (Lei Federal nº 6.404/76). Liquidação da sociedade; transformação; incorporação; fusão; cisão. Sociedades coligadas, controladoras e controladas; grupo de sociedades; consórcio; 03 Títulos de crédito: regras e princípios gerais; requisitos; classificação; exceções oponíveis e inoponíveis ao portador; Nota promissória; letra de câmbio; duplicata; cheque. Contratos e obrigações mercantis: regras e princípios gerais; compra e venda mercantil; transporte. 04 Falência e recuperação judicial (Lei nº 11.101/2005, e suas alterações): regras e princípios gerais; caracterização e decretação da falência; efeitos da decretação da falência; administração da falência; declaração, verificação e classificação dos créditos; liquidação; extinção das obrigações; crimes falimentares. O comércio eletrônico *Confira o cronograma de liberação das aulas no site do Exponencial Concursos, na página do curso. Além de abordar a parte teórica, faremos cerca 300 questões. Todas as questões inseridas nas aulas serão devidamente comentadas, de modo a não deixar dúvidas. Desse modo, este curso será completo. Ele foi elaborado visando ser sua única fonte de estudos de Direito Empresarial. Por fim, não deixem de usar e abusar de nosso fórum tira-dúvidas. É uma ferramenta importante onde a interação com os alunos é maior. Além disso, recomendo utilizar nosso SISTEMA DE QUESTÕES e SIMULADOS para uma eficiência maior nos estudos. E, para mais informações sobre nossa disciplina, acessem minha página no Exponencial Concursos (AQUI) e Facebook: Wangney. Pois bem, vamos ao que interessa! Antes, porém, tenho o hábito de deixar sempre uma frase motivacional no início das aulas, ok? Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 1- Direito Comercial e a atividade empresarial 1.1- Origem e evolução histórica • Idade Média: Com fundamento nas obrigações e nos contratos do Direito Romano, o Direito Comercial surge e ganha autonomia frente ao Direito Civil, para regular o intenso comércio marítimo na região do Mar Mediterrâneo. As relações comerciais e os mercadores e artesões se organizaram em corporações de ofício. O Direito Comercial surge nessa fase corporativista e subjetivista. • Teoria dos Atos de Comércio: fase objetiva ganha força além das corporações de ofício. Surgem novos institutos do Direito Comercial, como títulos de crédito. Assim, o Direito Comercial passou a regular objetivamente qualquer indivíduo (fora das corporações) que praticasse ato próprio de comércio. • Teoria da Empresa: fase atual da evolução do Direito Comercial. Dá o nome moderno à nossa disciplina: Direito Empresarial. O foco passa a ser a atividade exercida pelo indivíduo. Teoria adotada pelo Código Civil de 2002. •Surgimento e autonomia do Direito Comercial. •Corporações de ofício. Fase corporativista e subjetivista •Teoria dos atos de comércio. Fase objetiva •Teoria da Empresa. Fase subjetivista moderna Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 1.2- Teoria dos atos de comércio CÓDIGO COMERCIAL DE 1850 1ª PARTE Atos de Comércio Revogada pelo Código Civil de 2002 2ª PARTE Direito Marítimo Ainda em vigor 3ª PARTE Direito Falimentar Não estava mais em vigor desde a antiga lei de falências (DL 7.661/45). Em vigor a nova Lei de Falências (Lei 11.101/05) Então: • Código Comercial de 1850 ➔ regia as sociedades comerciais. • Código Civil 1916 ➔ regia as sociedades civis. 1.3- Teoria daEmpresa Então, o Código Civil de 2002 entrou em vigor e adotou a TEORIA DA EMPRESA sob a influência do direito italiano. Bem, por meio desta teoria, passou-se a priorizar o desenvolvimento da atividade em detrimento do ato de comércio, do objeto em si. TEORIA DOS ATOS DE COMÉRCIO – forma objetiva de enquadrar as atividades no regime jurídico comercial. O que importava era o objeto da atividade em si. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 1.3.1- Atributos da Teoria da Empresa 1.4- A empresa A Teoria da Empresa foi adotada pelo Novo Código Civil de 2002, no entanto, NÃO há um conceito jurídico de empresa. Temos, porém, o conceito econômico. Por conta disso, foi criada a teoria dos Perfis de Empresa (Prof. Asquini) para o entendimento do instituto EMPRESA. Perfil Subjetivo A empresa está relacionada ao indivíduo que exerce de forma organizada e profissional uma atividade econômica objetivando a produção ou circulação de bens ou de serviços. O EMPRESÁRIO é o sujeito de direito, pois é ele quem exerce a atividade empresarial. Perfil Funcional A empresa está relacionada à ATIVIDADE EMPRESARIAL em si, direcionada a um determinado fim produtivo, que é gerar riquezas. Perfil Objetivo ou patrimonial A empresa está relacionada ao ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL, considerando os bens patrimoniais da empresa como resultado do fator econômico. Perfil Corporativo ou institucional A empresa relacionada ao grupo organizacional formado pelo empresário e seus colaboradores. Este perfil está superado, pois não tem correspondência na realidade atual. Teoria da Empresa Profissionalismo Atividade econômica Organização (fatores de produção) O que importa é a forma como o objeto da atividade é exercido Teoria dos atos de comércio Habitualidade Lucro Intermediação O que importa é o objeto da atividade em si Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Obs.: Teoria dos feixes de contratos: formulada pelo economista britânico Ronald Coase, a teoria dos feixes de contratos define a empresa sob a ótica econômica. Então, a empresa seria um feixe de contratos com o objetivo de organizar a atividade econômica (fatores de produção) e de reduzir os custos de transação. 1.5- O empresário • DEFINIÇÃO DE EMPRESÁRIO Empresário Profissionalismo Estabilidade e habitualidade Atividade econômica LUCRO - atividades sem fins lucrativos não são empresárias Organização Dos fatores de produção Produção ou circulação de bens ou serviços Qualquer atividade pode ser empresária DEFINIÇÃO de EMPRESA: É a ATIVIDADE econômica ORGANIZADA para a produção ou a circulação de bens ou serviços, exercida de forma PROFISSIONAL pelo EMPRESÁRIO. Art. 966 do CC. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL EMPRESÁRIO EMPRESA Atividade Empresarial Sujeito que exerce a atividade Complexo de bens Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 1.6- Exceções à Teoria da Empresa 1.7- Empresário Individual A RESPONSABILIDADE do empresário individual é ILIMITADA e DIRETA, pois ele NÃO possui personalidade jurídica e, por consequência, os BENS da pessoa física e do empresário individual são os MESMOS, se confundem. Neste caso, ele responde com seus próprios bens ATIVIDADE EMPRESARIAL Empresário Individual Pessoa Física Sociedade Empresária Pessoa Jurídica Exceções à Teoria da Empresa • PROFISSIONAL INTELECTUAL Natureza científica, artística ou literária – não é empresário. Considera-se empresário EXCETO SE a organização dos fatores de produção for mais importante que a atividade pessoal desenvolvida (Aí constitui Elemento de empresa) • ATIVIDADE RURAL O indivíduo (ou sociedade) tem a OPÇÃO de ser empresário • SOCIEDADES COOPERATIVAS São sempre sociedades simples. Independente da forma com que a atividade é exercida §único, art. 966, CC Art. 971 e 984, CC §único, art. 982, CC Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. (ilimitadamente) para saldar as dívidas surgidas no curso da atividade empresarial. 1.8- Requisitos e impedimentos para o exercício da atividade empresarial Os primeiros requisitos para o exercício da empresa são aqueles que a caracterizam como tal - Teoria da Empresa. Considera-se empresário aquele que: ➢ COM Profissionalismo – habitualidade no exercício da atividade econômica; ➢ EXERCE A Atividade econômica – objetivo de auferir lucros; ➢ DE FORMA Organizada – principal requisito. Organização dos fatores de produção; ➢ PARA A Produção ou a circulação de bens ou de serviços – objetivo de satisfazer as necessidades do mercado exercendo qualquer tipo de atividade econômica. Além desses requisitos, temos a capacidade e impedimento, nos termos do art. 972, do CC. “Art. 972 do CC. Podem exercer a atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não forem legalmente impedidos.”. 1.8.1- Capacidade Civil do Empresário Individual Absolutamente Incapaz x Relativamente Incapaz Absolutamente Incapaz Relativamente Incapaz Idade Menor de 16 anos 16 a 18 anos Pessoas Ébrios habituais, viciados em tóxicos, pródigos, aquele que não puder exprimir sua vontade (por causa transitória ou permanente). Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Então, temos duas situações de exceções, conforme esquema abaixo: 1.8.2- Capacidade Civil da Sociedade Empresária - sócio Os pressupostos que devem ser atendidos CUMULATIVAMENTE para apessoa incapaz ser sócio da sociedade empresária: Empresário Individual Deve ter capacidade civil EXCEÇÕES Mediante Autorização Judicial após análise das circunstâncias e riscos 1ª-Em favor do incapaz no caso de sucessão da empresa por causa mortis. 2ª-Pela incapacidade superveniente do empresário. O INCAPAZ é representado ou assistido Regra Atendidos os pressupostos REGISTRAR o contrato e suas alterações na JUNTA COMERCIAL • O sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade; • O capital social deve estar totalmente integralizado; • O sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente incapaz deve ser representado por seus representantes legais. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Por fim, vale ressaltar, ainda, que a prova de emancipação do menor e a autorização do incapaz devem ser registradas no Registro Público das Empresas Mercantis (Junta Comercial). 1.8.3- Impedimentos: Empresário Individual O empresário individual além de ter que possuir o pleno gozo da capacidade civil, precisa não estar legalmente impedido para exercer a atividade empresarial, ou seja, embora o indivíduo seja civilmente capaz, a lei poderá impedi-lo. O indivíduo não poderá se valer do impedimento para se livrar de obrigações assumidas na condição de empresário, respondendo por elas (art. 973 do CC). SÓ PARA RECORDAR: Então, vimos que temos as seguintes condições para o exercício da atividade empresarial: - Capacidade civil: deve estar em pleno gozo (arts. 3º, 4º e 5º do CC). Exceções: incapacidade superveniente e sucessão da empresa (causa mortis). - Sem impedimentos legais: possui capacidade civil e não é proibido legalmente. 1.9- Empresário casado Obs.: Os cônjuges, separadamente, podem contratar sociedade com terceiros, independente do regime de casamento. O empresário casado pode alienar os imóveis que integram o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real (limitação de fruição e disposição do bem), sem necessidade de outorga do outro cônjuge, independente do regime do casamento (art. 978, CC). Os conjugês (juntos) PODEM fazer parte de sociedade entre si Exceto quando: (regime de comunhão) - Universal -Separação Obrigatóriacom terceiros Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 1.10- Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI EIRELI Pessoa Jurídica de Direito Privado (art. 44,CC) *Inscrição no registro competente: RPEM ou RCPJ Constituída por única pessoa Titular de todo o capital social **Pessoa Física ou Jurídica Capital social Totalmente integralizado Não inferior a 100 salários- mínimos vigente Nome empresarial Firma ou Denominação + "EIRELI" Pessoa natural - EIRELI Só pode figurar numa única EIRELI É titular de todo o capital social Constituição da EIRELI Originária - Já é criada na forma de EIRELI Derivada - transformação de outro tipo social em EIRELI Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 2- Prepostos São as pessoas que auxiliam o empresário no exercício da atividade empresária. Sobre as funções do preposto (art. 1.169 e 1.170, CC): Responsabilidade do PREPOSTO Perante Preponente PESSOALMENTE responsáveis pelos atos culposos Perante Terceiros SOLIDARIAMENTE com o preponente pelos atos dolosos Preposto Autorização escrita Pode fazer-se substituir Sem autorização - responsabilidade pessoal pelos atos praticados Autorização expressa Para negociar por conta própria ou de terceiro e fazer concorrência (operação do mesmo gênero) Sem autorização - responde p/ perdas/danos e os lucros são retidos Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 2.1- O Gerente *Na falta de disposição diversa: • DOIS ou MAIS Gerentes➔ seus PODERES são SOLIDÁRIOS 2.2- O Contabilista A escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, SALVO se nenhum houver na localidade. Logo, outro preposto poderá ser o responsável pelos assentos lançados nos livros ou fichas do preponente. 3- Registro da empresa 3.1- Órgãos de registro da empresa O registro da empresa, independentemente do seu objeto, ocorre no chamado Registro Público de Empresas Mercantis (sigla RPEM), regulado pela Lei nº 8.934/94. GERENTE PODE praticar todos os ATOS necessários Para o exercício dos poderes outorgados SE a lei não exigir poderes especiais RESPONDE junto com o PREPONENTE pelos ATOS praticados em seu nome, mas a conta do preponente PODE estar em JUÍZO em nome do preponente pelas Obrigações no exercício de suas funções Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. *NOTA: As funções do DNRC agora são da competência do Departamento de Registro Empresarial e Integração – DREI. Ainda, o DREI é órgão que pertence à estrutura da recém-criada Secretaria da Micro e Pequena Empresa – SMPE. Então, as instruções normativas que veremos acerca dos atos de registro foram emitidas pela DREI – as instruções do DNRC foram revogadas. 3.2- Atos de registro • Matrícula – dos leiloeiros, tradutores públicos e intérpretes comerciais, trapicheiros e administradores de armazéns-gerais; • Arquivamento – dos atos constitutivos, alterações, dissolução e extinção de firmas mercantis individuais, sociedades mercantis e cooperativas; dos atos relativos a consórcio e grupo de sociedade; dos atos concernentes a empresas mercantis estrangeiras autorizadas a funcionar no Brasil; das declarações de microempresa; de atos ou documentos que, por determinação legal, sejam atribuídos ao RPEM ou daqueles que podeminteressar ao empresário e às empresas mercantis; • Autenticação – dos instrumentos de escrituração das empresas mercantis registradas e dos agentes auxiliares do comércio, na forma de leis próprias. Registro Público das Empresas Mercantis (RPEM) Departamento Nacional de Registro de Comércio - DNRC* Função SUPERVISORA, orientadora, normativa e técnica. Juntas Comerciais Função EXECUTORA E ADMINISTRADORA do serviço de registro. Órgão estadual com função de natureza federal. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 3.3- Registro do empresário Enunciados da Jornada de Direito Civil: 3.4- Registro da sociedade empresária Inscrição do empresário Obrigatório Mas NÃO é constitutivo Necessário ter as qualidades de empresário É Declaratório Regularidade perante a lei SOCIEDADES Sociedade Empresária RPEM (Junta Comercial) Sociedade Simples Registro Civil das Pessoas Jurídicas - RCPJ Enunciado 198 Art. 967: A inscrição do empresário na Junta Comercial não é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil e da legislação comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em contrário. Enunciado 199 Art. 967: A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito delineador de sua regularidade, e não de sua caracterização. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. No caso de omissão ou demora, o sócio ou qualquer interessado poderá ir ao RPEM/RCPJ e efetuar o registro dos atos constitutivos, respondendo por perdas e danos aqueles obrigados a requerer o registro. Se o registro ocorrer além do prazo de 30 (trinta) dias, ele só produzirá os efeitos próprios (regularidade) após a concessão ou averbação pelo RPEM/RCPJ. 3.5- Registro da atividade rural Exceção à teoria da empresa. 3.6- A inatividade da empresa A inatividade da empresa ocorre quando ela não proceder a qualquer arquivamento na Junta Comercial por 10 anos contados da data do último arquivamento e não se manifestar a respeito quando intimada pela Junta Comercial. Então, como resultado, a empresa será considerada inativa e terá o seu registro cancelado. Além disso, perde a sua proteção ao nome empresarial. Atividade rural - principal profissão Registro Civil das Pessoas Jurídicas Opção - RPEM de sua sede Equipara-se ao empresário Lavratura (assinatura) dos atos constitutivos 30 dias Prazo final para levar os atos ao registro Registro dos atos constitutivos Averbação pelo registro Regularidade Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 3.7- Empresário irregular Há uma série de consequências para o empresário irregular perante a lei, em decorrência da falta de registro no RPEM, bem como escrituração dos livros irregularmente. Vejamos algumas mais importantes: Consequências Fundamento legal Não tem legitimidade ativa para pedir a falência do seu devedor, pois somente o empresário regularmente inscrito na Junta Comercial pode requerer. Art. 97, § 1º da LF (Lei nº 11.101 /2005 - Lei de Falências) Não tem legitimidade ativa para se beneficiar de recuperação judicial e extrajudicial, pois somente o empresário regularmente inscrito na Junta Comercial pode se valer de tais benefícios legais. Arts. 48, 51, V e 161 da da LF (Lei nº 11.101 /2005 - Lei de Falências) A escrituração da empresa não poderá ser autenticada no RPEM, pois é necessário estar registrado. Assim, os livros não possuirão a eficácia probatória em caso de litígio. Art. 32, III; art. 39, I da Lei 8.934/94 (Lei do RPEM) e art. 379 do CPC. Crime falimentar - Deixar de elaborar, escriturar ou autenticar os documentos de escrituração contábil obrigatórios Art. 178 da LF (Lei nº 11.101 /2005 - Lei de Falências) Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 4- Livros Comerciais A escrituração constitui a prova do exercício regular da atividade empresarial Conforme o art. 1.180 do CC, o único livro obrigatório para TODOS os empresários é o Diário, com exceção do pequeno empresário (Microempreendedor Individual – MEI – receita brutal anual de até 60 mil reais). 4.1- Sigilo dos livros comerciais • QUEBRA DO SIGILO DOS LIVROS COMERCIAIS: Empresário e sociedade DEVEM Manter sistema de contabilidade Mecanizado ou não Realizar Escrituração uniforme dos livros Apresentar Balanço patrimonial e resultado econômico Autenticar livros e fichas previamente no RPEM Conservar em boa guarda escrituração e documentos Pelo prazo decadencial ou prescricional dos atos LIVRO DIÁRIO Pode ser substituído por fichas de lançamento Quando Escrituração mecanizada ou eletrônica Pode ser substituído pelo livro Balancetes Diários e Balanços Quando sistema de fichas de lançamento É indispensável Pequeno empresário - DISPENSADO Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Para complementar o esquema acima, é importante termos atenção às sumulas do STF: 5- Nome empresarial Pode ser dividido nas seguintes espécies: FIRMA e DENOMINAÇÃO. • FIRMA INDIVIDUAL ➔ formada pelo nome civil, de forma completa ou abreviada, seguida opcionalmente de designação mais precisa da sua pessoa ou do gênero de sua atividade. Sigilo dos livros Regra geral (art. 1.190, CC) Garantido o sigilo total Autoridade, juiz ou tribunal NÃO podem verificar as formalidades legais. Autoridades Fazendárias (art. 1.193, CC e 195, CTN) Exametotal ou parcial da escrituração para verificar o pagamento do imposto. STF: limita o exame aos pontos objeto da investigação. EXIBIÇÃO TOTAL: JUDICIAL requerimento da parte (art. 1.191,CC) Sucessão, comunhão ou sociedade, falência e administração ou gestão à conta de outrem Liquidação da sociedade ou sucessão por morte do sócio (art. 420, NCPC) EXIBIÇÃO PARCIAL (art.1.191,§1º, CC) Juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento - somente os pontos que interessar ao litígio. (art. 421, NCPC) Súmula 439: Estão sujeitos à fiscalização tributária ou previdenciária quaisquer livros comerciais, limitado o exame aos pontos objeto da investigação. Súmula 260: O exame de livros comerciais, em ação judicial, fica limitado às transações entre os litigantes. Súmula 390: A exibição judicial de livros comerciais pode ser requerida como medida preventiva. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. • FIRMA OU RAZÃO SOCIAL ➔ usada para sociedades. Semelhante à firma individual. Formada pelo nome civil de um ou mais sócios. • DENOMINAÇÃO ➔ formada por expressão ou nome fantasia e, obrigatoriamente, por expressão indicativa do objeto social (ramo de atividade). É permitido o uso do nome de um ou mais sócios. Lembrando que a denominação é somente usada em caso de sociedade. Tipo Societário Espécie Empresário Individual Firma individual Sociedade Simples Razão social ou Denominação Sociedade em nome coletivo Razão social Sociedade Comandita Simples Razão social (apenas o comandidato aparece no nome) Sociedade Limitada Razão social ou Denominação Comandita por ação Razão social ou Denominação Micro Empresa e Empresa de Pequeno Porte Razão social ou Denominação Sociedade Anônima Denominação (vedado o uso de “companhia” ou “Cia.” no final da denominação) Cooperativas Denominação Obs1: a Sociedade em conta de participação não possui nome empresarial (art. 1.162). Obs2: Micro empresa e Empresa de pequeno porte – Pode usar firma ou denominação. O art. 72 da LC 123 foi revogado. Assim, a partir de 01/01/2018, fica vedado o uso das expressões “Microempresa” ou “Empresa de Pequeno Porte”, ou suas respectivas abreviações. Também, a inclusão do objeto da atividade exercida passa a ser obrigatória quando tratar-se de denominação. Porém, os nomes empresariais já anteriormente registrados poderão ser mantidos, caso for do interesse da sociedade – por ocasião de qualquer solicitação de mudança no nome empresarial da ME ou EPP, as expressões “ME” ou “EPP” já deverão ser excluídas. Beleza? Obs3: Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI): firma ou denominação + expressão “EIRELI”. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. • PROTEÇÃO • Âmbito ESTADUAL – Junta Comercial (JC) • PRINCÍPIO DA VERACIDADE • NÃO pode conter informações falsas. • NÃO pode conter sócio falecido ou excluído ou se retirado. • PRINCÍPIO DA NOVIDADE • Deve ser único no registro (JC) • EXTINÇÃO DO NOME • Requerimento de qualquer interessado • Encerramento da atividade • Liquidação • OMISSÃO da expressão “LTDA” • Responsabilidade solidária e ilimitada dos administradores pelo ato de omitir. REGRA: o nome empresarial não pode ser objeto de ALIENAÇÃO, EXCETO se por ato entre vivos o contrato de trespasse (contrato de alienação do estabelecimento empresarial) permitir. Neste caso, o adquirente do estabelecimento PODE utilizar o nome do alienante precedido de seu próprio nome, com a qualificação de sucessor. 6- Estabelecimento Empresarial • Bens corpóreos: mercadorias, instalações, máquinas e utensílios; • Bens incorpóreos: bens industriais (patente de invenção, de modelo de utilidade, registro de desenho industrial, marca registrada, nome empresarial e título de estabelecimento) e o ponto comercial Sociedade - sócio c/ responsabilidade ILIMITADA Firma social SOMENTE o nome do sócio c/ resp. ILIMITADA na firma Se outro figurar no nome > responde SOLIDÁRIA e ILIMITADAMENTE “Estabelecimento empresarial é o CONJUNTO DE BENS reunidos pelo empresário para a exploração de sua atividade econômica.” (Fabio Ulhoa Coelho). Obrigatório Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Natureza jurídica - UNIVERSALIDADE DE FATO. Obs.: SÚMULA nº 451 do STJ: é legítima a penhora da sede do estabelecimento comercial. 6.1- Trespasse Desde que os débitos estejam regularmente contabilizados => SOLIDARIEDADE entre o alienante e o adquirente => prazo de 1 (um) ano, nesses termos: É proibido ao alienante ou cedente do estabelecimento empresarial fazer concorrência ao adquirente – CLÁUSULA DE NÃO RESTABELECIMENTO. TRANSFERÊNCIA do estabelecimento empresarial Alienação, usufruto ou arrendamento Só produz efeitos perante TERCEIROS após averbado no RPEM e publicação oficial. Tem validade mesmo antes de averbado e publicado Eficácia da alienação depende: Do pagamento de todos os credores Ou do consentimento dos credores em 30 dias após notificados Ou do silêncio dos credores após 30 dias da notificação Quanto aos débitos já vencidos 1 ano Contado da data da publicação do trespasse. Quanto aos outros débitos (vincendos) 1 ano Contado da data de seu vencimento. TRESPASSE: É o contrato comercial inter-vivos pelo qual a titularidade do estabelecimento empresarial é transferida (contrato de compra e venda). Se não restarem ao alienante bens suficientes. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. E quanto aos contratos em vigor no momento do trespasse? • CONTRATOS ➔ Alienante e adquirente acertam entre si; • Contrato de caráter pessoal ➔ adquirente NÃO ASSUME; • RESCISÃO de contratos ➔ até 90 dias de publicado a transferência em caso de justa causa. Obs.: CONTRATO DE LOCAÇÃO do ponto comercial ➔ não se transmite automaticamente. Enunciado 8 da I Jornada de Direito Comercial: “A sub-rogação do adquirente nos contratos de exploração atinentes ao estabelecimento adquirido, desde que não possuam caráter pessoal, é a regra geral, incluindo o contratode locação”. 6.2- Aviamento O aviamento é considerado um atributo do estabelecimento empresarial e pode ser conceituado como: Obs. (1): Fundo de comércio (ou fundo de empresa): ora é empregado como sinônimo de estabelecimento empresarial, ora é empregado como aviamento. Azienda (do italiano) também pode vir empregado como sinônimo de fundo de comércio e estabelecimento empresarial. ALIENAÇÃO •Adquirente precisa autorizar expressamente; •Ou o alienante pode fazer concorrência após 5 anos da transferência Usufruto ou arrendamento •Proibida enquanto durar o contrato de usufruto ou arrendamento, obviamente. “... sobrevalor, agregado aos bens do estabelecimento empresarial em razão da sua racional organização pelo empresário” (Ulhoa) “... é a aptidão da empresa de produzir lucros, decorrente da qualidade e da melhor perfeição de sua organização” (Requião) Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Obs. (2): Goodwill of a trade (ou somente goodwill): expressão econômica que também podemos encontrar como sinônimo de aviamento. (CESPE/Juiz- PI/2007) “...mais valia do conjunto de bens do empresário em relação à soma dos valores individuais, relacionado à expectativa de lucros futuros”. 6.3- Clientela A clientela também é um atributo do estabelecimento empresarial e representa as pessoas que mantém certa relação com a empresa na busca por bens e serviços. A doutrina majoritária entende que a clientela NÃO pode ser considerada como ELEMENTO DO ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL, já que não pode ser quantificada ou mensurada. Assim, não pode ser objeto de alienação isolada, pois só existe enquanto a empresa estiver em funcionamento. Considera-se, por isso, que a clientela seria uma manifestação externa do aviamento. 6.4- O ponto empresarial (ou comercial) ....é o local onde a atividade empresarial é exercida de maneira contínua e a clientela relaciona-se com o empresário. Note que o ponto empresarial é parte integrante do estabelecimento e não se confunde com o local físico; sua definição vai além do simples conceito de imóvel, pois é consequência do trabalho desenvolvido no local. É um bem incorpóreo do estabelecimento empresarial!!! ... A Lei nº 8.245/91 (Lei de Locação-LL) é o instrumento a ser utilizado no caso de imóvel alugado, conferindo ao empresário locatário o direito de permanecer no imóvel ou de indenização em caso de não renovação, conforme a lei – Direito de Inerência. No entanto, alguns requisitos legais devem ser observados no caso de renovação obrigatória do contrato de locação (art. 51 da LL). Requisitos para renovação do contrato de locação Locatário: Empresário ou seu sucessor ou sócio sobrevivente (no caso de sociedade) Contrato escrito a renovar c/ prazo mínimo ou soma dos prazos de 5 anos Mesma atividade exercida no local pelo prazo mín. e ininterrupto de 3 anos. O pedido de renovação deve ser promovido no intervalo entre um ano e seis meses do final do contrato a ser renovado Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Então, pessoal, este foi o nosso RESUMO de nossa aula demonstrativa. Espero que tenham assimilado com atenção o que foi apresentado. Agora é “arregaçar as mangas” e fazer muitos exercícios. Ressalto a importância de fazer muitas e muitas questões. Esse é o nosso objetivo. É simples: aprender a fazer questões. Marcar o “xis” na alternativa correta. A parte teórica é para nos dar o suporte, a base para acertarmos as questões. Ela é importante também. Óbvio que sim. Mas só saber a parte teórica, sem treinar, não vai ser o suficiente no dia da prova. Com certeza não vai ser. Beleza? Então, elaborei a sequência de questões abaixo. Há questões bem “fresquinhas”. Sugiro que iniciem pela lista de questões que se encontra logo depois das questões comentadas, para de fato treinar, sem verificar os comentários. Aí, depois estudem os comentários e aprimorem os seus conhecimentos. Façam com atenção! Forte abraço! Até a próxima aula. Wangney Ilco Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 7- Questões propostas Pessoal, seguem as questões propostas da aula de hoje. No último tópico, elas estão detalhadamente comentadas. Basta conferir!!!!! 1. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência-Área 2-ABIN/2018) No que concerne aos requisitos, impedimentos, direitos e deveres do empresário, aos atos de comércio e aos contratos de empresas, julgue o item subsecutivo. Situação hipotética: João, empresário e proprietário de uma loja de roupas, sofreu um acidente vascular cerebral, razão por que foi decretada a sua incapacidade civil. Assertiva: Nessa situação, João poderá continuar na empresa, assistido ou representado pelos seus pais, mediante autorização judicial. 2. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência-Área 2-ABIN/2018) Em relação ao conceito e à natureza do estabelecimento, ao fundo de comércio e à sucessão comercial, à natureza e às espécies de nome empresarial e ao registro de empresas, julgue o item a seguir. A firma, além de identificar o exercente de atividade empresarial, funciona como assinatura do empresário ou da sociedade empresária. 3. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência-Área 2-ABIN/2018) Em relação ao conceito e à natureza do estabelecimento, ao fundo de comércio e à sucessão comercial, à natureza e às espécies de nome empresarial e ao registro de empresas, julgue o item a seguir. O imóvel de uma sociedade empresarial utilizado exclusivamente como clube para seus funcionários integra o estabelecimento empresarial. 4. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência-Área 2-ABIN/2018) Em relação ao conceito e à natureza do estabelecimento, ao fundo de comércio e à sucessão comercial, à natureza e às espécies de nome empresarial e ao registro de empresas, julgue o item a seguir. Os exercentes de atividade econômica rural estão obrigados a realizar a sua inscrição no registro público de empresas mercantis, como empresários ou sociedade empresarial. 5. (CESPE/Defensor Público-DP-AL/2017) Assinale a opção que apresenta a denominação dada a pessoa capaz ordenada ao exercício profissional de atividade economicamente organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o,ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. a) sociedade anônima b) sociedade limitada c) empresa d) empreendedor e) empresário 6. (CESPE/Juiz-TJ-RN/2013) Acerca do empresário, assinale a opção correta. a) Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, independentemente do regime de bens adotado no casamento. b) O empresário casado pode, mediante a necessária outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. c) Não poderá o incapaz, ainda que por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz. d) Em nenhuma hipótese, considera-se empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores. e) É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. 7. (CESPE / ICMS-ES / 2013) Em relação à empresa, ao estabelecimento comercial e ao nome empresarial, assinale a opção correta. a) Empresário que se tornar absolutamente incapaz não poderá continuar a empresa. b) Para a eficácia do trespasse, é necessário o pagamento de todas as dívidas ou o prévio consentimento dos credores, salvo na hipótese de o alienante permanecer solvente após a alienação. c) A sede do estabelecimento comercial é necessária ao desempenho da atividade empresarial, por isso ela não pode ser objeto de penhora. d) Se o sócio que tiver emprestado seu nome civil à composição do nome empresarial for retirado da sociedade, não será necessária a alteração da firma da referida sociedade limitada. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. e) O conceito de empresário abrange o exercício episódico da produção de certa mercadoria destinada à venda no mercado. 8. (CESPE/Procurador-TC-DF/2013) Considerando que o atual Código Civil, instituído em 2002, inaugurou no ordenamento jurídico brasileiro o que a doutrina denomina de unificação do direito privado, passando a disciplinar tanto a matéria civil quanto a comercial, julgue os itens a seguir. Instituído em 1850, o Regulamento 737 que então definiu os atos de mercancia, embora já tenha sido revogado há muito tempo, ainda é albergado pela doutrina e tem aplicação subsidiária na nova ordem do direito empresarial calcada na teoria da empresa. 9. (CESPE/Juiz-TJ-AL/2008) O massagista Rogério colocou nos fundos de sua casa equipamentos voltados para a prática de exercícios físicos, que utilizou para prestar serviços onerosos ao público em geral por meio de uma academia de ginástica, identificada pela designação de Aleatória Work- Out, conforme cartaz afixado sobre a porta do imóvel. Após dois anos, a atividade alcançou substancial desempenho, o que levou Rogério a alugar um imóvel para reinstalar a academia, bem como a contratar uma secretária e dois fisioterapeutas para auxiliá-lo com os clientes. Esse sucesso chamou a atenção de Serviços do Corpo Ltda., academia concorrente, que propôs a Rogério o trespasse de seu estabelecimento empresarial para a sociedade limitada, celebrando-se esse negócio. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) A alienação só valerá se Rogério estiver inscrito no Registro Público de Empresas Mercantis como empresário ou como sociedade empresária, sem o que faltará requisito essencial ao negócio de trespasse. b) No preço do trespasse, poderá ser contabilizado o valor do aviamento, que corresponderá à soma das quantias concernentes aos aspectos subjetivo e objetivo desse bem imaterial, a serem transferidas, com a alienação, ao comprador. c) A designação Aleatória Work-Out constitui o título do estabelecimento alienado, e a negociação desse bem pelo trespasse ocorrerá sob as mesmas regras aplicáveis ao nome empresarial. d) Publicado o negócio de trespasse, os clientes da academia de Rogério deverão adimplir suas mensalidades perante o adquirente do estabelecimento, mas qualquer pagamento dessa natureza feito de boa-fé ao alienante valerá contra a sociedade limitada. e) Os débitos vincendos referentes às atividades da academia serão assumidos por Serviços do Corpo Ltda., mas Rogério continuará por eles Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. solidariamente responsável pelo prazo de um ano, contado da data da publicação do negócio de trespasse. 10. (CESPE/Delegado da PF/2013) No que concerne ao empresário e às sociedades empresárias, julgue o próximo item. Ao empresário individual não é permitida a realização da atividade-fim intuitu personae, uma vez que ele é o organizador da atividade empresarial. Por isso, ele deve contratar pessoas para desempenhar esse tipo de atividade. 11. (CESPE/Delegado da PF/2013) Julgue o item seguinte, relativo ao direito empresarial. O delegado, no desempenho de sua função institucional de investigação de infração legal, deve diferenciar se o ato ilegal foi praticado por pessoa jurídica empresa ou por pessoa física ou jurídica empresário, pois a empresa não se confunde com a pessoa que a compõe, tendo personalidade jurídica distinta da de seus sócios. 12. (CESPE / Juiz-TJ-TO / 2007) Considere que SB Móveis Ltda. possua vários móveis, imóveis, marcas e lojas intituladas de Super Bom Móveis, em diversos pontos da cidade. Nessa situação, à luz da disciplina jurídica do direito de empresa, assinale a opção correta. a) O ponto empresarial confunde-se com o imóvel onde funciona cada loja da SB Móveis Ltda b) O aviamento e o nome fantasia Super Bom Móveis são elementos integrantes do estabelecimento empresarial da SB Móveis Ltda. c) A lei veda a alienação do nome empresarial da SB Móveis Ltda. d) Pelo princípio da veracidade, o nome empresarial da SB Móveis Ltda. deve se distinguir de outros já existentes. 13. (CESPE/Procurador-AGU/2010) Marcos exerce atividade rural como sua principal profissão. Nessa situação, Marcos poderá requerer, observadas as formalidades legais, sua inscrição perante o Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, equiparando-se, após a sua inscrição, ao empresário sujeito a registro. 14. (CESPE/Procurador-TCE-BA/2010) As disposições relativas à escrituração previstas no Código Civil não se aplicam às sucursais, filiais ou agências no Brasil de empresário ou sociedade com sede em país estrangeiro. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de stear qu ivo . U so in div idu al. 15. (CESPE/Procurador-AGU/2010) Sérgio, administrador da pessoa jurídica Gama Ltda., celebrou contrato em nome dessa pessoa jurídica com a pessoa jurídica Delta Ltda. e, no respectivo instrumento, apôs a firma de Gama, omitindo tanto a palavra limitada como a sua abreviatura. Nessa situação, a omissão deve ser considerada mero erro material e não ensejará nenhuma repercussão jurídica. 16. (CESPE/Procurador-PG-DF/2013) Para Ronald Coase, jurista norte- americano cujo pensamento doutrinário tem sido bastante estudado pelos juristas brasileiros, a empresa se revelaria, estruturalmente, como um “feixe de contratos” que, oferecendo segurança institucional ao empresário, permite a organização dos fatores de produção e a redução dos custos de transação. Nesse aspecto, a proposta de Coase coincide com o perfil institucional proposto por Asquini. 17. (CESPE/AJAJ-TRF-1ª Região/2017) Julgue o item a seguir, considerando o entendimento legal e doutrinário acerca da figura jurídica do empresário e das pessoas jurídicas. Faculta-se ao empresário a decisão de tornar público o seu objeto social. 18. (CESPE/AJAJ-TRF-1ª Região/2017) Julgue o item a seguir, considerando o entendimento legal e doutrinário acerca da figura jurídica do empresário e das pessoas jurídicas. O empresário, para iniciar suas atividades formalmente, deve se inscrever no registro público de empresas mercantis. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 8- Gabarito 15 CERTO 16 CERTO 17 ERRADO 18 ERRADO 19 E 20 E 21 B 22 ERRADO 23 D 24 ANULADA 25 ANULADA 26 C 27 CERTO 28 ERRADO 29 ERRADO 30 ERRADO 31 ERRADO 32 CERTO Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 9- Questões Comentadas 15. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência-Área 2-ABIN/2018) No que concerne aos requisitos, impedimentos, direitos e deveres do empresário, aos atos de comércio e aos contratos de empresas, julgue o item subsecutivo. Situação hipotética: João, empresário e proprietário de uma loja de roupas, sofreu um acidente vascular cerebral, razão por que foi decretada a sua incapacidade civil. Assertiva: Nessa situação, João poderá continuar na empresa, assistido ou representado pelos seus pais, mediante autorização judicial. Comentários O item está CERTO. Conforme o art. 974 do CC, “Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança”. Esta continuidade da empresa deverá ser precedida de autorização judicial, de acordo com o previsto no §1º do artigo em questão: “§1º Nos casos deste artigo, precederá autorização judicial, após exame das circunstâncias e dos riscos da empresa, bem como da conveniência em continuá-la, podendo a autorização ser revogada pelo juiz, ouvidos os pais, tutores ou representantes legais do menor ou do interdito, sem prejuízo dos direitos adquiridos por terceiros”. Portanto, a regra é que para o exercício da atividade empresarial o empresário seja civilmente capaz. A exceção fica por conta de incapacidade superveniente ou sucessão da empresa por causa mortis. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 16. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência-Área 2-ABIN/2018) Em relação ao conceito e à natureza do estabelecimento, ao fundo de comércio e à sucessão comercial, à natureza e às espécies de nome empresarial e ao registro de empresas, julgue o item a seguir. A firma, além de identificar o exercente de atividade empresarial, funciona como assinatura do empresário ou da sociedade empresária. Comentários O item está certo. Segundo o Prof. Fábio Ulhoa Coelho, “Nome empresarial é aquele utilizado pelo empresário para se identificar, enquanto sujeito exercente de uma atividade econômica”. A firma é uma espécie de nome empresarial. Continua Ulhoa: “…Quer dizer, a firma possui uma função que a denominação não tem: ela serve também de assinatura do empresário”. Para concluir, o Prof. André Luiz Santa Cruz Ramos leciona que “A firma individual ou social possui a função específica de servir como a própria assinatura do empresário individual ou da sociedade empresária, respectivamente. Já a denominação, por sua vez, não funciona como assinatura”. 17. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência-Área 2-ABIN/2018) Em relação ao conceito e à natureza do estabelecimento, ao fundo de comércio e à sucessão comercial, à natureza e às espécies de nome empresarial e ao registro de empresas, julgue o item a seguir. O imóvel de uma sociedade empresarial utilizado exclusivamente como clube para seus funcionários integra o estabelecimento empresarial. Comentários O item está errado. Conforme o art. 1.142, CC, “Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”. Segundo a definição do Prof. Fábio Ulhoa Coelho: Portanto, o imóvel utilizado como clube não integra o conceito de estabelecimento empresarial, pois não se destina à exploração da atividade econômica da sociedade empresarial. “Estabelecimento empresarial é o CONJUNTO DE BENS reunidos pelo empresário para a exploração de sua atividade econômica.” (Fabio Ulhoa Coelho). Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. 18. (CESPE/Oficial Técnico de Inteligência-Área 2-ABIN/2018) Em relação ao conceito e à natureza do estabelecimento, ao fundo de comércio e à sucessão comercial, à natureza e às espécies de nome empresarial e ao registro de empresas, julgue o item a seguir. Os exercentes de atividade econômica rural estão obrigados a realizar a sua inscrição no registro público de empresas mercantis, como empresários ou sociedade empresarial. Comentários O item está errado. A inscrição do produtor rural tem natureza constitutiva, ou seja, se ele optar por se inscrever na Junta Comercial, se sujeitará ao regime-jurídico empresarial e será considerado empresário rural. Então, o ato de inscrição gera a constituiçãode atividade empresarial por parte do produtor rural. E, não o contrário, como sugere a questão: o exercício da atividade rural como empresário ou sociedade empresarial não gera a obrigação de inscrição no RPEM. A inscrição no RPEM é facultativa. Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro. Enunciado nº 202/CJF: O registro do empresário ou sociedade rural na Junta Comercial é facultativo e de natureza constitutiva, sujeitando-o ao regime jurídico empresarial. É inaplicável esse regime ao empresário ou sociedade rural que não exercer tal opção. 19. (CESPE/Defensor Público-DP-AL/2017) Assinale a opção que apresenta a denominação dada a pessoa capaz ordenada ao exercício profissional de atividade economicamente organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. a) sociedade anônima b) sociedade limitada c) empresa d) empreendedor e) empresário Comentários Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Letra E. Questão “dada”. O enunciado representa a definição de empresário expressa no art. 966 do CC: Acerca da letra C (empresa), é importante destacar que o empresário não se confunde com a empresa (atividade empresarial) nem com o estabelecimento empresarial. 20. (CESPE/Juiz-TJ-RN/2013) Acerca do empresário, assinale a opção correta. a) Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, independentemente do regime de bens adotado no casamento. b) O empresário casado pode, mediante a necessária outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. c) Não poderá o incapaz, ainda que por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz. d) Em nenhuma hipótese, considera-se empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda que com o concurso de auxiliares ou colaboradores. e) É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade. Comentários e) Correta, nos termos literais do art. 967, CC. a) Incorreta. Os cônjuges podem contratar sociedade, entre si ou com terceiros, EXCETO no regime de comunhão universal ou separação total de bens (art. 977, CC). Art. 966 do CC. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. Obs.: Os cônjuges, separadamente, podem contratar sociedade com terceiros, independente do regime de casamento. b) Incorreta, conforme o art. 978, CC, não há necessidade de outorga conjugal. Este é o entendimento da doutrina que privilegia a atividade empresarial. Porém, há divergência neste ponto, já que pelo art. 1.647 do CC, há a previsão de outorga conjugal: Art. 978. O empresário casado pode, sem necessidade de outorga conjugal, qualquer que seja o regime de bens, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-los de ônus real. Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta: I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis; (...) c) Incorreta, pois o incapaz poderá exerce a atividade empresarial respeitadas algumas condições, conforme o art. 974, CC. Art. 974. Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança. d) Incorreta, pois na hipótese de existir elemento de empresa, considera-se empresário o profissional liberal. Art. 966. Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 21. (CESPE / ICMS-ES / 2013) Em relação à empresa, ao estabelecimento comercial e ao nome empresarial, assinale a opção correta. a) Empresário que se tornar absolutamente incapaz não poderá continuar a empresa. b) Para a eficácia do trespasse, é necessário o pagamento de todas as dívidas ou o prévio consentimento dos credores, salvo na hipótese de o alienante permanecer solvente após a alienação. c) A sede do estabelecimento comercial é necessária ao desempenho da atividade empresarial, por isso ela não pode ser objeto de penhora. d) Se o sócio que tiver emprestado seu nome civil à composição do nome empresarial for retirado da sociedade, não será necessária a alteração da firma da referida sociedade limitada. Có pi a re gi st ra da p ar a Fe lip e G om es (C PF : 0 16 .53 5.9 76 -58 ) D ire ito s au to ra is re se rv ad os (L ei 96 10 /98 ). P roi bid a a re pro du çã o, ve nd a o u c om pa rtil ha me nto de ste ar qu ivo . U so in div idu al. e) O conceito de empresário abrange o exercício episódico da produção de certa mercadoria destinada à venda no mercado. Comentários b) Correta. Art. 1.145 do CC. Lembrando que o consentimento dos credores deve ser expresso em até 30, após notificados, ou tácito, no caso do silêncio deles. a) Incorreta. Para exercer a atividade empresarial o empresário necessita estar civilmente capaz. Porém, esta regra fica afastada na forma prevista no art. 974, CC: incapacidade superveniente do empresário e sucessão causa mortis. c) Incorreta. Esta alternativa cobrou o conhecimento da súmula nº 451 do STJ, que permite a penhora da sede do estabelecimento comercial. d) Incorreta, pois é necessária a alteração do nome empresarial, conforme o princípio da veracidade e art. 1.165, CC. e) Incorreta. Pela teoria da empresa adotada pelo CC de 2002, para ser considerado empresário a pessoa deve exercer a atividade econômica profissionalmente de forma organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. O modo profissional pressupõe o exercício habitual e estável da atividade. Logo o termo “episódico” afasta a teoria da empresa por remeter a ideia de esporádica, mesmo destinada ao mercado. Ressalta-se que uma atividade sazonal é empresária, já que pressupõe o exercício habitual em certas estações do ano, por exemplo. 22. (CESPE/Procurador-TC-DF/2013) Considerando que o atual Código Civil, instituído em 2002, inaugurou no ordenamento jurídico brasileiro
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