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152145061715_OAB_PRIMEIRA_FASE_PROCESSO_CIVIL

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OAB XVII 
PROCESSO CIVIL 
SABRINA DOURADO 
1 
AÇÃO RESCISÓRIA é o instrumento jurídico-
processual que visa desconstituir decisório de 
mérito transitado em julgado, quando 
presentes vícios autorizadores, o objeto da 
rescisão será a sentença de mérito, sejam 
elas nulas ou meramente rescindíveis (neste 
último caso se incluem aquelas que, não 
obstante sejam despidas de vício, possam ser 
rescindidas, haja vista expressa previsão 
legal, tal como ocorre com a prevista no artigo 
485, VII do CPC- quando a parte esteja de 
posse de documento de que não pôde se 
valer quando da época da demanda 
originária). 
 
Liquidação de sentença é o procedimento 
prévio que tem por objetivo tornar certo o 
quantum da obrigação que fora objeto de 
sentença condenatória genérica. 
 
Eis uma fase do processo. Prova disso, está 
no disposto no art. 475-H, CPC (“Da decisão 
de liquidação caberá agravo de instrumento”), 
bem como no parágrafo primeiro do artigo 
475-A (“Do requerimento de liquidação será a 
parte intimada-e não citada-, na pessoa do 
seu advogado”). 
 
Consoante a regra do art. 475-G, a liquidação 
não pode servir de pretexto para a alteração 
da decisão liquidanda. Ainda que a decisão 
liquidanda seja provisória, pendente de 
julgamento de recurso, pois, a liquidação, por 
qualquer de suas formas, não é foro 
apropriado para a discussão de sua justiça. 
Essa regra está de acordo com a regra do art. 
463. 
 
Liquidação por artigos: dar-se-á quando, para 
a fixação da quantia devida, houver a 
necessidade de prova de fatos novos. Fatos 
novos são aqueles que se realizaram 
posteriormente (superveniente) à prolação da 
sentença. 
 
Nada impede que a liquidação seja requerida 
na pendência de recurso. Neste caso, ela 
será processada em autos apartados, no juízo 
de origem, cumprindo ao liquidante instruir o 
pedido com cópias das peças processuais 
pertinentes. 
 
Aplicam-se as sentenças condenatórias, que 
imponham fazer ou não fazer as regras de 
cumprimento de sentença reguladas no artigo 
461 do CPC. Destarte, hoje se prima pela 
técnica da tutela específica ou do resultado 
prático equivalente. Pela primeira, entende-se 
a maior coincidência possível entre o 
resultado da atividade judicial e o da 
obrigação, acaso a mesma tivesse sido 
espontaneamente cumprida. O resultado 
prático equivalente, por sua vez, consiste 
numa forma diferente de obter a mesma 
tutela, o mesmo bem da vida vislumbrado 
pelo autor, através de medidas que levem a 
tal resultado. 
 
Para a efetivação da tutela específica ou a 
obtenção do resultado prático equivalente, 
poderá o juiz, de ofício ou a requerimento, 
determinar as medidas necessárias, tais 
como a imposição de multa por tempo de 
atraso, busca e apreensão, remoção de 
pessoas e coisas, desfazimento de obras e 
impedimento de atividade nociva, se 
necessário com requisição de força policial. 
Eis o disposto no art. 461, parágrafo 5º do 
CPC. 
 
No que pertine às obrigações para 
pagamento de quantia certa, como se vê, a 
pecúnia já integra o objeto de tal obrigação. 
Destarte, o objetivo do legislador quando do 
advento da Lei 11.232/05 foi, justamente, 
fornecer meios para que o adimplemento 
desta espécie de obrigação se desse num 
lapso temporal mais breve possível, de modo 
a atender aos ditames da razoável duração 
do processo e celeridade processual (art. 5, 
LXXVIII, CF). 
 
O devedor, condenado por sentença, terá o 
prazo de quinze dias para cumprir, 
espontaneamente, com a obrigação, sob 
pena de cumprir, forçadamente, com o 
acréscimo de 10% a título de multa. Cabe 
salientar que o pagamento parcial do 
montante da condenação fará com que a 
mesma incida apenas sobre o restante da 
dívida, em respeito ao princípio da 
proporcionalidade. 
 
Uma vez intimado da penhora, o devedor 
poderá adotar uma das seguintes posturas: 1) 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVII 
PROCESSO CIVIL 
SABRINA DOURADO 
2 
pagamento espontâneo, extinguindo-se a 
execução e liberando-se os bens que foram 
alvos da constrição judicial; 2) Impugnação ao 
cumprimento de sentença (art. 475-L, CPC): 
instrumento utilizado pelo devedor para 
insurgir-se contra o cumprimento do comando 
sentencial. 
 
Quanto aos efeitos, a impugnação não terá o 
condão de suspender o cumprimento de 
sentença, tudo em atendimento à duração 
razoável do processo, salvo em apresentando 
perigo de dano de difícil ou incerta reparação, 
caso em que o magistrado poderá atribuir o 
efeito suspensivo à impugnação. 
 
O processamento da impugnação se dará nos 
próprios autos ou em apartado, a depender 
do fato de ter sido ter sido ou não atribuído 
efeito suspensivo à mesma. 
 
Para a implementação dos chamados títulos 
executivos extrajudiciais, listados no artigo 
585 do CPC, será necessário dar início ao 
processo autônomo de execução. 
 
Partes no processo de execução: por consistir 
em disciplina com autonomia e princípios 
próprios no contexto do processo civil, a 
temática referente às partes deve ser tratada 
no âmbito da execução civil. Podemos dividir 
o tema em: legitimação originária: a) Ativa: 
será do credor e do Ministério Público, esse 
último, em casos específicos e legalmente 
previstos; b) Passiva: devedor, sendo aquele 
reconhecido no título executivo (o 
sucumbente da relação processual ou aquele 
apontado no título extrajudicial como sendo o 
responsável pelo cumprimento da obrigação). 
A execução tem dois requisitos basilares, 
quais sejam: o título executivo e o 
inadimplemento do devedor. Os títulos podem 
ser judiciais ( art. 475-N) ou extrajudiciais 
(585 do CPC). 
 
Propositura da ação: dar-se-á com a 
apresentação da petição inicial, preenchida 
com os requisitos da lei (Art. 614, CPC, a 
saber, título executivo e demonstrativo do 
débito atualizado). Poderá, inclusive, o credor 
já indicar bens penhoráveis do devedor, a teor 
do que preceitua o art. 652, §2º, CPC. 
O exequente poderá, no ato da distribuição, 
obter certidão comprobatória do ajuizamento 
da execução, com identificação das partes e 
valor da causa, para fins de averbação no 
registro de imóveis, registro de veículos ou 
registro de outros bens sujeitos à penhora ou 
arresto. 
 
É a chamada averbação premonitória. O 
objetivo é fazer presumir em fraude à 
execução, qualquer alienação de bens 
posterior a essa data, dispensada a prova de 
insolvência. 
 
O executado será citado para, no prazo de 3 
(três) dias, efetuar o pagamento da dívida. 
Não efetuado o pagamento, munido da 
segunda via do mandado, o oficial de justiça 
procederá de imediato à penhora de bens e a 
sua avaliação, lavrando-se o respectivo auto 
e de tais atos intimando, na mesma 
oportunidade, o executado. 
 
Atenção! O credor poderá, na inicial da 
execução, indicar bens a serem penhorados 
(art. 655). 
 
Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, 
os honorários de advogado a serem pagos 
pelo executado (art. 20, § 4º). Vale lembrar! 
No caso de integral pagamento no prazo de 3 
(três) dias, a verba honorária será reduzida 
pela metade. 
 
O oficial de justiça, não encontrando o 
devedor, arrestar-lhe-á tantos bens quantos 
bastem para garantir a execução. Eis o 
chamado arresto executivo, também chamado 
de pré-penhora. 
 
Uma das atitudes que podem ser tomadas 
pelo devedor é a oposição dos embargos à 
execução: Os embargos qualificam-se como a 
defesa com a natureza jurídica de ação 
incidental autônoma. 
 
Serão os embargos distribuídos por 
dependência, autuados em apartado e 
instruídos com cópias das peças processuais 
relevantes. Serão oferecidos no prazo de 15 
(quinze) dias, contados da data da juntada 
aos autos do mandado de citação. 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVII 
PROCESSO CIVIL 
SABRINA DOURADO3 
Vale ressaltar que, não obstante seja a 
execução movida em face de litisconsortes 
com diferentes procuradores, o prazo do 
artigo 191, CPC, não lhes será aplicado. 
 
 Vale lembra que se não encontrar bens 
penhoráveis, o oficial comunicará ao juiz, que 
intimará o devedor para que indique bens 
passíveis de expropriação; considera-se ato 
atentatório à dignidade da jurisdição a 
conduta do devedor que, intimado, não indica 
ao juiz, em 5 (cinco) dias, quais são e onde se 
encontram os bens sujeitos à penhora e seus 
respectivos valores (art. 600, IV, CPC). 
 
Alienação por iniciativa particular: Dá-se 
quando, não realizada a adjudicação dos 
bens penhorados, o exequente requerer 
sejam eles alienados por sua própria iniciativa 
ou por intermédio de corretor credenciado 
perante a autoridade judiciária (art. 685-C). 
 
A negociação do bem é feita 
extrajudicialmente, devendo o juiz fixar: a) o 
prazo em que a alienação deve ser efetivada; 
b) a forma de publicidade; c) o preço mínimo 
(art. 680); d) as condições de pagamento e as 
garantias, bem como, se for o caso, a 
comissão de corretagem. 
 
Na execução para entrega de coisa além de 
anexar o título executivo que serve de base à 
execução, a petição inicial será apresentada 
com a individualização da coisa na hipótese 
do título prever coisa certa ou cuja escolha 
caiba ao credor – art. 629 (na hipótese de 
coisa incerta). 
 
O procedimento cautelar pode ser instaurado 
antes ou no curso do processo principal e 
deste é sempre dependente. Só em casos 
excepcionais, expressamente autorizados por 
lei, determinará o juiz medidas cautelares 
sem a audiência das partes. 
 
Além dos procedimentos cautelares 
específicos, as chamadas cautelares 
nominadas, poderá o juiz determinar as 
medidas provisórias que julgar adequadas, 
quando houver fundado receio de que uma 
parte, antes do julgamento da lide, cause ao 
direito da outra lesão grave e de difícil 
reparação. 
A instrumentalidade é a principal 
característica do processo cautelar e decorre 
dele não ter um fim em si mesmo, mas servir 
à efetividade do processo de cognição ou de 
execução (é instrumento dos mesmos). 
 
A medida cautelar só pode ser deferida se 
houver risco de prejuízo ao processo principal 
pela demora na prestação jurisdicional. 
 
Não há medida cautelar por abuso do direito 
de defesa ou manifesto intuito protelatório do 
réu ou pela falta de contestação de pedido 
formulado em cumulação de ações. São dois 
os seus requisitos: a fumaça do bom direito e 
o perigo da demora. 
 
O indeferimento da medida cautelar não obsta 
a que a parte intente a ação, nem influi no 
julgamento desta, salvo se o juiz, no 
procedimento cautelar, acolher a alegação de 
decadência ou de prescrição do direito do 
autor. 
 
O arresto tem lugar: quando o devedor sem 
domicílio certo intenta ausentar-se ou alienar 
os bens que possui, ou deixa de pagar a 
obrigação no prazo estipulado; quando o 
devedor, que tem domicílio: se ausenta ou 
tenta ausentar-se furtivamente; caindo em 
insolvência, aliena ou tenta alienar bens que 
possui; contrai ou tenta contrair dívidas 
extraordinárias; 
 
põe ou tenta pôr os seus bens em nome de 
terceiros; ou comete outro qualquer artifício 
fraudulento, a fim de frustrar a execução ou 
lesar credores; quando o devedor, que possui 
bens de raiz, intenta aliená-los, hipotecá-los 
ou dá-los em anticrese, sem ficar com algum 
ou alguns, livres e desembargados, 
equivalentes às dívidas e nos demais casos 
expressos em lei. 
 
O juiz concederá o arresto 
independentemente de justificação prévia: 
quando for requerido pela União, Estado ou 
Município, bem como nos casos previstos em 
lei e se o credor prestar caução (Art. 804). 
 
Requerer-se-á a consignação no lugar do 
pagamento, cessando para o devedor, tanto 
 
 
 
 
 
 
 
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OAB XVII 
PROCESSO CIVIL 
SABRINA DOURADO 
4 
que se efetue o depósito, os juros e os riscos, 
salvo se for julgada improcedente. 
 
Tratando-se de prestações periódicas, uma 
vez consignada a primeira, pode o devedor 
continuar a consignar, no mesmo processo e 
sem mais formalidades, as que se forem 
vencendo, desde que os depósitos sejam 
efetuados até 5 (cinco) dias, contados da data 
do vencimento. 
 
A ação monitória compete a quem pretender, 
com base em prova escrita sem eficácia de 
título executivo, pagamento de soma em 
dinheiro, entrega de coisa fungível ou de 
determinado bem móvel. Atenção! É 
admissível a ação monitória fundada em 
cheque prescrito, eis o disposto na súmula 
299 do STJ. 
 
Estando a petição inicial devidamente 
instruída, o Juiz deferirá de plano a expedição 
do mandado de pagamento ou de entrega da 
coisa no prazo de quinze dias. Vale lembrar! 
Cabe a citação por edital em ação monitória. 
Súmula 282 do STJ. 
 
Quem, não sendo parte no processo, sofrer 
turbação ou esbulho na posse de seus bens 
por ato de apreensão judicial, em casos como 
o de penhora, depósito, arresto, sequestro, 
alienação judicial, arrecadação, arrolamento, 
inventário, partilha, poderá requerer lhe sejam 
manutenidos ou restituídos por meio de 
embargos. 
 
Os embargos podem ser de terceiro senhor e 
possuidor, ou apenas possuidor. Equipara-se 
a terceiro a parte que, posto figure no 
processo, defende bens que, pelo título de 
sua aquisição ou pela qualidade em que os 
possuir, não podem ser atingidos pela 
apreensão judicial.

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