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AV2 - REVISÃO DIREITO CIVIL III -CONCLUIDA

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Ana Carolina Silva da Silveira 
REVISÃO – DIREITO CIVIL III 
 
CONTRATO DE COMPRA E VENDA 
“Denomina-se compra e venda o contrato bilateral pelo qual uma das partes (vendedor) se 
obriga a transferir o domínio de uma coisa a outra pessoa (comprador), mediante 
remuneração de certo preço em dinheiro”. (GONÇALVES, 2010, p. 190) – art. 481, CC.” 
• Vendedor (alienante): quem aliena o bem; 
• Comprador (adquirente): quem adquire o bem. 
 
 É CONTRATO: 
 Bilateral ou sinalagmático 
 Oneroso 
 Consensual 
 Típico 
 Nominado 
 
ELEMENTOS ESSENCIAIS DA COMPRA E VENDA 
 
É interessante apontar, ainda, que a coisa transmitida deve ser corpórea, pois se for 
incorpórea não há compra e venda, mas contrato de cessão de direitos. Na visão clássica e 
contemporânea, os elementos da compra e venda são: 
 
I) PARTES (comprador e vendedor), sendo implícita a vontade livre, o consenso 
entre as partes, sem vícios (consensus). 
Essas devem ser capazes sob pena de nulidade ou anulabilidade da compra e 
venda, o que depende da modalidade de incapacidade. Nesse sentido, não se 
pode esquecer das regras especiais de legitimação, como a que consta do art. 
1.647, I, do CC, que trata da necessidade de outorga conjugal para venda de bens 
imóveis a terceiros. 
 
II) COISA (res). 
- Bens corpóreos ou incorpóreos (embora para esses o mais correto seja usar o 
termo cessão); 
- Fungíveis ou infungíveis; 
- Consumíveis ou inconsumíveis; 
- Móveis ou imóveis: 
a)A coisa deve ser existente, individuada ou determinável e disponível; 
b)Venda de coisas atuais e futuras: art. 483, CC: 
 
No caso de venda de coisa futura o contrato ficará sem efeito se esta não vier a 
existir, salvo em se tratando de contrato aleatório. 
 
c)Venda de coisa alheia ou litigiosa: art. 457, CC – não poderá o comprador 
reclamar pela evicção se tinha conhecimento de que a coisa era alheia ou litigiosa. 
 
AV2 
III) PREÇO (pretium). 
Deve ser determinado ou determinável. A ausência de fixação do preço torna a 
venda nula. O preço deve ser sério e real. 
 
IV) CONSENTIMENTO (consensus) 
Emitido pelas partes, que deve ser livre e espontâneo, deve ainda recair sobre os 
demais elementos do contrato de compra e venda, quais sejam a coisa e o preço. 
Em havendo um dos vícios do consentimento (erro, dolo, coação moral, estado de 
perigo e lesão), o contrato de compra e venda é anulável, conforme as regras que 
constam da Parte Geral do Código Civil. 
 
 
NULO – ART. 166, CC ANULÁVEL – ART. 171, CC 
Celebrado por absolutamente incapaz Agente relativamente incapaz 
Ilícito, impossível ou indeterminável seu objeto Erro (ART. 138) 
Motivo determinante ilícito Dolo (ART. 145) 
Não revestir forma prescrita em lei Coação Moral (ART.151) 
Preterida solenidade que a lei considere essencial Estado de Perigo (ART. 156) 
Objetivo de fraudar lei imperativa Lesão (ART.157) 
A lei o declarar nulo ou proibir a pratica Fraude contra credores (ART. 158) 
 
EFEITOS DA COMPRA E VENDA 
 
I. Obrigações reciprocas (sinalagma); 
II. Responsabilidade do vendedor por vícios redibitórios; 
III. Responsabilidade do vendedor pela evicção; 
IV. Repartição das despesas: salvo estipulação expressa em contrario: 
• As despesas de escritura e registro ficam a cargo do comprador. 
• As despesas de tradição ficam a cargo do vendedor. 
 
RESPONSABILIDADE PELOS RISCOS DA COISA 
 
 ART. 492, CC: Até a tradição os riscos sobre a coisa são do vendedor e os riscos 
sobre o preço são do comprador: 
• O comprador responde pelos riscos da coisa se estiver em mora de as 
receber. 
 
 ART.493, CC: A tradição da coisa deve ocorrer no lugar onde ela se encontra ao 
tempo da venda, salvo estipulação expressa em contrario. 
 
OBRIGAÇÕES DO VENDEDOR 
 
I. Entregar a coisa com seus frutos e acessórios; 
II. Garantir ao comprador a propriedade e as qualidades da coisa vendida. 
 
 
 
 
 
OBRIGAÇÕES DO COMPRADOR 
 
I. Pagar o preço no tempo e forma ajustados; 
II. Nas vendas a prazo, se antes da tradição o comprador cair em insolvência o vendedor 
poderá sobrestar a entrega da coisa, até que o comprador lhe apresente a caução (real ou 
fidejussória) de pagar no tempo ajustado; 
III. O comprador pode se negar a pagar o preço se houver turbação na posse da coisa; 
IV. O comprador pode reter o pagamento enquanto não lhe for oferecida a quitação. 
 
LIMITAÇÕES À COMPRA E VENDA 
 
 Art. 496. É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros 
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido. 
Parágrafo único. Em ambos os casos, dispensa-se o consentimento do cônjuge se o 
regime de bens for o da separação obrigatória. 
OBS: O prazo para anular esse tipo de venda é decadencial de 2 anos. (ART.179,CC) 
 
 Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta 
pública: 
 I – pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à 
sua guarda ou administração; 
II – pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que 
servirem, ou que estejam sob sua administração direta ou indireta; 
III – pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários 
ou auxiliares da justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em tribunal, juízo ou 
conselho, no lugar onde servirem, ou a que se estender a sua autoridade; 
IV – pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados. 
 
Parágrafo único. As proibições deste artigo estendem-se à cessão de crédito 
 
 Art. 499. É lícita a compra e venda entre cônjuges, com relação a bens 
excluídos da comunhão. 
 
 Não pode alienar: 
O falido os seus bens; 
 
A pessoa solvente os bens arrestados, sequestrados ou penhorados; 
 
CONDOMÍNIO 
 
 Art. 504. Não pode um condômino em coisa indivisível vender a sua parte a 
estranhos, se outro consorte a quiser, tanto por tanto. O condômino, a quem não se 
der conhecimento da venda, poderá, depositando o preço, haver para si a parte 
vendida a estranhos, se o requerer no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de 
decadência. Parágrafo único. Sendo muitos os condôminos, preferirá o que tiver 
benfeitorias de maior valor e, na falta de benfeitorias, o de quinhão maior. Se as 
partes forem iguais, haverão a parte vendida os comproprietários, que a quiserem, 
depositando previamente o preço. 
 
• O direito de preferencia dos condomínios é de natureza real, pois não se 
resolvem em perdas e danos. 
• O condômino preterido em seu direito de preferência poderá exercê-lo pela ação de 
preempção que deve ser proposta no prazo máximo de 180 dias contados da data em 
que teve ciência da venda, devendo o codômino preterido fazer o depósito do preço; 
 
A VENDA DA PARTE INDIVISA A TERCEIROS PODEM SER REALIZADAS: 
 
 Se comunicada aos demais condôminos; 
 Se lhes for possibilitado o exercício do direito de preferência pelas mesmas condições 
ofertadas a terceiros; 
 Se os condôminos, notificados, não exercerem a preferência dentro do prazo 
decadencial máximo de 180 dias, se a coisa for móvel ou de 2 anos se imóvel, se outro 
não foi o prazo estabelecido pelas partes (art. 513, CC). 
 
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA 
 
A adjudicação compulsória é uma ação judicial destinada a promover o registro imobiliário 
necessário à transmissão da propriedade imobiliária quando não vier a ser lavrada a escritura 
definitiva em solução de uma promessa de compra e venda de imóvel. Quando o vendedor e o 
comprador de um imóvel celebram um contrato de promessa de compra e venda, para 
pagamento do preço em prestações, ambas as partes se comprometem, após quitado o preço, 
a promover a lavratura da escritura definitiva. Se qualquer das partes, seja o promitente 
vendedor, seja o promissário comprador, porrazões diversas, não concluir o negócio jurídico 
com a lavratura da escritura definitiva, a parte interessada pode ajuizar a ação de adjudicação 
compulsória com a finalidade de, mediante sentença, obter a carta de adjudicação, que será 
levada, então, para o competente registro no cartório de imóveis, independente da celebração 
da escritura. 
 
CONTRATO ESTIMATÓRIO – ART. 534, CC 
“Denomina-se contrato estimatório o contrato em que alguém recebe um ou mais bens 
móveis, ficando autorizado a vendê-los, e devendo pagar um preço previamente estimado, 
caso não restitua as coisas dentro do prazo estipulado”. (RIZZARDO, 2010, p. 433) É contrato 
de natureza mercantil. 
 
CONSIGNANTE (tradens): É aquele que entrega o bem; 
CONSIGNATÁRIO (accipiens): É aquele que recebe o bem. 
 
 É CONTRATO: 
 Real 
 Bilateral 
 Oneroso 
 Comutativo 
 A termo (prazo p/ entrega) 
 
 CARACTERÍSTICAS: 
 
Exige a entrega da coisa; 
II. A coisa deve ser um bem móvel; 
III. Acarreta a obrigação do consignatário de restituir o bem ou pagar o preço; 
IV. O preço é elemento essencial e deve ser previamente estimado pelas partes; 
V. É contrato a termo; 
VI. Transfere ao consignatário a disponibilidade da coisa. 
 
 O consignatário não está exonerado de pagar o preço em caso de 
perecimento. 
 
 
 Art. 535. O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a 
restituição da coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que por 
fato a ele não imputável. 
 
 Art. 536. A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro 
pelos credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o preço. 
 
 Art. 537. O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou 
de lhe ser comunicada a restituição. 
 
TROCA OU PERMUTA – ART. 533, CC 
 
Foi a primeira espécie contratual conhecida pelo homem. 
 
 “define-se troca ou permuta como o contrato pelo qual as partes se obrigam a dar uma coisa 
por outra, que não seja dinheiro”. Arnaldo Rizzardo (2010, p. 431) 
 
Sua natureza é a mesma da compra e venda, mas suas prestações são sempre em espécie. 
 
 É CONTRATO: 
 Bilateral 
 Oneroso 
 Comutativo 
 Consensual 
 
Por ser considerado forma de alienação, exige-se que os permutantes sejam donos da coisa e 
que esta seja suscetível de venda. Aplicam-se à troca as disposições referentes à compra e 
venda, exceto art. 533, CC: 
 
I. Salvo disposição em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade das despesas 
do instrumento de troca; 
II. É anulável a troca de valores desiguais entre ascendentes e descendentes sem o 
consentimento dos outros descendentes e do cônjuge meeiro, quando o objeto pertencente 
ao ascendente for mais valioso. 
 
Ao contrato de troca aplicam-se as teorias dos vícios redibitórios e da evicção. 
 
 
 
 
 
DOAÇÃO – ART. 538, CC 
Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu 
patrimônio bens ou vantagens para o de outra. 
 
 CLASSIFICAÇÃO: 
 Oneroso 
 Gratuito 
 Comutativo 
 Aleatório 
 Unilateral 
 Consensual 
 Formal 
 
Há divergência doutrinária sobre ser bilateral ou unilateral, mas ele nasce unilateral. 
 
MODALIDADES DE DOAÇÃO 
 
 DOAÇÃO PURA E SIMPLES (Sem encargo) 
É aquela feita por mera liberalidade ao donatário, sem lhe impor qualquer 
contraprestação, encargo ou condição. 
 
 DOAÇÃO ONEROSA OU MODAL (Com engargo) 
É aquela gravada com um ônus, havendo liberalidade somente no valor que exceder o 
(ART.540, CC). Não sendo atendido o encargo cabe a revogação da doação, como 
forma de resilição unilateral. 
EX: Alguém doa um terreno a outrem para que o donatário construa em parte dele um 
asilo. 
 
 DOAÇÃO REMUNERATÓRIA (Em agradecimento) 
É aquela feita em caráter de retribuição por serviço prestado pelo donatário, mas cuja 
prestação não pode ser exigida pelo ultimo. Isso porque, caso fosse exigível , a 
retribuição deveria ser realizada por meio do pagamento, uma das formas de extinção 
das obrigações. 
 
 DOAÇÃO EM RAZÃO DE CASAMENTO (Propter Nuptias) 
É aquela realizada em contemplação de casamento futuro com pessoa certa e 
determinada. Trata-se de uma doação condicional, havendo uma condição suspensiva, 
pois o contrato não gera efeitos enquanto o casamento não se realizar. 
 
 DOAÇÃO DE SUBVENÇÃO PERIÓDICA 
Trata-se de uma doação de trato sucessivo, em que o doador estipula rendas a favor 
do donatário (ART. 545, CC). Por regra, terá como causa extintiva a morte do doador 
ou do donatário, mas poderá ultrapassar a vida do doador, havendo previsão 
contratual nesse sentido. 
EX: Mesada. 
 
 DOAÇÃO CONJUNTIVA (Para 1 ou + pessoas) 
É aquela que conta com a presença de dois ou mais donatários (ART.551,CC), presente 
uma obrigação divisível. Em regra, incide uma presunção relativa de divisão igualitária 
da coisa em quotas iguais entre os donatários. 
 
 DOAÇÃO COM CLÁUSULA DE REVERSÃO 
É aquela em que o doador estipula que os bens doados voltem aos seu patrimônio se 
sobreviver ao donatário (ART.547,CC). Trata-se esta clausula de uma condição 
resolutiva expressa, demonstrando o intento do doador de beneficiar somente o 
donatário e não os seus sucessores, sendo, portanto, uma clausula intuitu personae 
que veda a doação sucessiva. 
 
 DOAÇÃO AO NASCITURO 
A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal. O 
nascituro, aquele que foi concebido, mas ainda não nasceu, poderá receber a doação, 
mas a sua aceitação deverá ser manifestada pelos pais ou pelo curador incumbido de 
cuidar dos seus interesses, nesse ultimo caso, com autorização judicial. 
 
 DOAÇÃO MANUAL 
É a doação de bem móvel de pequeno valor, pode ser celebrada verbalmente, desde 
que seguida de entrega imediata da coisa (tradição). 
 
 DOAÇÃO FICTA 
É para a doação ao incapaz. O incapaz não pode emitir uma declaração de vontade, 
qualquer que seja. No entanto, tendo em vista que o regime legal visa à proteção e ao 
benefício do incapaz, nunca podendo ser invocada em seu prejuízo, e levando em 
consideração que a doação traduz-se em liberalidade que nada mais faz do que 
favorecer o donatário, a ordem jurídica institui uma ficção de consentimento, a qual 
tem, como toda ficção, o efeito de operar como o faria o fato real. 
 
Por esse motivo, nos casos de doação pura, a aceitação é dispensada, pois o 
consentimento ficto produz os efeitos de um consentimento efetivo. 
Nota-se: 
Art. 543. Se o donatário for absolutamente incapaz, dispensa-se a aceitação, 
desde que se trate de doação pura. 
 
REVOGAÇÃO DA DOAÇÃO – ART. 555,CC 
 
A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do 
encargo (os herdeiros podem pedir). 
 
 Art. 557. Podem ser revogadas por ingratidão as doações: 
I – se o donatário atentou contra a vida do doador ou cometeu crime de 
homicídio doloso contra ele; 
II – se cometeu contra ele ofensa física; 
III – se o injuriou gravemente ou o caluniou; IV – se, podendo ministrá-los, 
recusou ao doador os alimentos de que este necessitava. 
 
 Art. 559. A revogação por qualquer desses motivos deverá ser pleiteada dentro 
de um ano, a contar de quando chegue ao conhecimento do doador o fato que 
a autorizar, e de ter sido o donatário o seu autor 
 
A doação só volta pro doador, se o donatário (quem recebe), morrer antes da entrega 
– Se tiver clausula de reversão. 
 
A doação não dispõe do artigo. 179, do código civil. 
 
NÃO SE REVOGAM POR INGRATIDAO 
Não podem ser cobradas judicialmente. 
 
 Art. 564. Não se revogam por ingratidão: 
I – as doações puramente remuneratórias; 
II – as oneradas com encargo já cumprido; 
III – as que se fizerem em cumprimento de obrigação natural; 
IV – as feitas para determinado casamento.NULIDADES 
 
 DOAÇÃO UNIVERSAL 
Nula é a doação de todos os bens, sem a reserva do mínimo para a sobrevivência do 
doador. 
 
 DOAÇÃO INOFICIOSA 
É nula a doação quando à parte que exceder o limite de que o doador, no momento da 
liberalidade, poderia dispor em testamento. Essa doação, que prejudica a legitima 
(quota dos herdeiros necessários ). 
Não pode superar 50% do bens. 
 
ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL 
 
A teoria do adimplemento substancial sustenta que não se deve considerar resolvida a 
obrigação quando a atividade do devedor, embora não tenha sido perfeita ou não atingido 
plenamente o fim proposto, aproxima-se consideravelmente do seu resultado final. 
 
O adimplemento substancial tem sido aplicado, com frequência, nos contratos de seguro, e 
não permite a resolução do vínculo contratual se houver o cumprimento significativo da 
obrigação assumida. Conforme as peculiaridades do caso, a teoria do adimplemento 
substancial atua como um instrumento de equidade diante da situação fático-jurídica, 
permitindo soluções razoáveis e sensatas. 
 
Ementa. ALIENAÇAO FIDUCIÁRIA. Busca e apreensão. Falta da última prestação. 
Adimplemento substancial. O cumprimento do contrato de financiamento, com a falta 
apenas da última prestação, não autoriza o credor a lançar mão da ação de busca e 
apreensão, em lugar da cobrança da parcela faltante. O adimplemento substancial do 
contrato pelo devedor não autoriza ao credor a propositura de ação para a extinção do 
contrato, salvo se demonstrada a perda do interesse na continuidade da execução, que não é 
o caso. Na espécie, ainda houve a consignação judicial do valor da última parcela. Não 
atende à exigência da boa-fé objetiva a atitude do credor que desconhece esses fatos e 
promove a busca e apreensão, com pedido liminar de reintegração de posse. Recurso não 
conhecido.

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