Buscar

TÍTULOS DE CRÉDITO- EMPRESARIAL APLICADO II - RESUMO PARA AV3 E CASOS CONCRETOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

TÍTULOS DE CRÉDITO –(CONCEITO – PRINCÍPIOS – CLASSIFICAÇÃO)
CONCEITO: documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
Princípio da Especialidade: o Código Civilsomente será aplicado na omissão das leis especiais. (art. 903) – aplicação subsidiária.
NATUREZA JURÍDICA - Título Executivo Extrajudicial – logo, não é necessário ajuizar uma ação para a sua cobrança.
- O prejudicado deve entrar direto com uma ação de execução.
Atributos dos títulos de crédito
NEGOCIABILIDADE – é a possibilidade que tem o credor de negociar seu direito antes mesmo do vencimento da obrigação.
- Finalidade: captação de recursos de interesse do credor;
- Decorre da característica da circulação, própria dos títulos de crédito.
 EXECUTORIEDADE – permite ao seu titular buscar a execução imediata da obrigação, independentemente de um processo de conhecimento.
- o meio próprio para tanto é a execução.
- como o título de crédito tem força executiva, faz-se a sua imediata cobrança com a penhora dos bens do devedor.
PRINCÍPIOS GERAIS DOS TÍTULOS DE CRÉDITO
Do regime jurídico disciplinador dos títulos de crédito, podem ser extraídos três princípios:
CARTULARIDADE: para o exercício dos direitos representados por um título de crédito é necessária a apresentação do documento. (cártula)
pressupõe a sua posse;
somente quem exibe a cártula pode pretender a satisfação de uma pretensão relativamente a um título de crédito.
LITERALIDADE: vale o que estiver escrito no título.
somente produzem efeitos jurídico-cambiais os atos lançados no próprio título de crédito.
- atos documentados em instrumentos apartados, ainda que válidos e eficazes, não produzirão efeitos perante o portador do título.
EXCEÇÃO: folha de alongue – anexada aos títulos para complementação do espaço para endossos.
AUTONOMIA: “Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado”.
- quando um único título documenta mais de uma obrigação, a eventual invalidade de qualquer delas não prejudica as demais.
segundo a doutrina é o mais importante dos princípios do direito cambial.
as implicações do princípio da autonomia representam a garantia efetiva de circulabilidade do título de crédito.
O princípio da autonomia é dividido em 2 subprincípios:
a) Abstração - Quando o título de crédito é posto em circulação, diz-se que se opera a abstração, isto é, a desvinculação do ato ou negócio jurídico que deu ensejo à sua criação.
b) Inoponibilidade das exceções pessoais – art. 17, LUG
Aquele que for demandado por um terceiro de boa-fé, pela obrigação resultante de um título, não pode alegar uma situação pessoal com outrem, a fim de furtar-se ao seu cumprimento.
EXEMPLO: Carlosadquire um computador de Manuel, pagando-o por meio de um cheque no valor de R$ 2.000,00. Ao chegar à sua residência, descobre que o equipamento não possui a capacidade de memória que aparentava, maculado estava por um vício redibitório. Por outro lado, Manuel já havia endossado o cheque em favor de Regina.
Conclusão :Carlos não poderá opor-se ao pagamento do cheque, alegando defeito da coisa comprada de Manuel, pois Regina não tem nada a ver com aquela transação. Competirá a Carlos pleitear em juízo perdas e danos contra Manuel, e nunca uma exceção pessoal contra Regina.
ENUNCIADO 39, CJF
 Não se aplica a vedação do art. 897, parágrafo único, do Código Civil, aos títulos de crédito regulados por lei especial, nos termos do seu art. 903, sendo, portanto, admitido o aval parcial nos títulos de crédito regulados em lei especial.
CLASSIFICAÇÃODOS TÍTULOS DE CRÉDITO
1. Modalidades de Classificação
1.1 Quanto ao modelo:
livres: são aqueles em que, por não existir padrão de utilização obrigatória, o emitente pode dispor à vontade os elementos essenciais do título. Ex: letra de câmbio e nota promissória.
Assim, qualquer papel, independentemente da forma adotada, será nota promissória, desde que atendidos os requisitos que a lei estabeleceu para esse título de crédito. 
 Vinculados: somente produzem efeitos cambiais os docs que atendem ao padrão exigido. Ex: cheque e duplicata.
1.2 Quanto à estrutura:
em ordem de pagamento: cheque, duplicata e letra de câmbio.
promessa de pagamento:nota promissória.
1.3 Quanto às hipóteses de emissão:
Causais: são os que somente podem ser emitidos nas hipóteses autorizadas por lei.
Ex: duplicata - somente pode ser gerada para a documentação de crédito oriundo de compra e venda mercantil.
Limitados: são os que não podem ser emitidos em algumas hipóteses circunscritas pela lei. 
Ex: letra de câmbio - não pode ser sacada pelo comerciante para documentar o crédito nascido da compra e venda mercantil.
- a lei das duplicatas o proíbe (LD, art. 2º). 
Não causais: são os que podem ser criados em qualquer hipótese. 
Ex: cheque e nota promissória.
Resumindo: há títulos que só podem ser emitidos em determinadas hipóteses autorizadas por lei (causais), há os que não podem ser emitidos em certos casos (limitados) e, finalmente, os que podem ser emitidos em qualquer situação (não causais).
1.4 Quanto à circulação
- é a forma como os títulos de crédito transitam entre seus titulares;
- classificam-se em:
Títulos de Crédito ao portador: 
- são aqueles que não ostentam o nome do credor e, por isso, circulam por mera tradição; 
- isto é, basta a entrega do documento, para que a titularidade do crédito se transfira do antigo detentor da cártula para o novo. 
Art. 907 - É nulo o título ao portador emitido sem autorização de lei especial.
Títulos de Crédito Nominativos
 - são aqueles que identificam o credor, pois são emitidos a favor de pessoa certa e determinada, cujo nome deve constar da cártula.
Classificam-se em: 
à ordem: podem ser transferidos via endosso.
não à ordem: com essa cláusula, veda-se a possibilidade de transmissão através de endosso.
Neste último caso (não à ordem), a tradição é possível apenas por meio de uma cessão civil de crédito.
Cessão Civil de Crédito
	Trata-se de um ato jurídico de efeitos não cambiais de transferência de titularidade do crédito, no qual o cedente responde, em regra, apenas pela existência do crédito e não pela solvência do devedor. 
	 É o ato pelo qual o credor de um título de crédito com a cláusula “não à ordem” transmite os seus direitos a outra pessoa. 
Cessão Civil de Crédito: (diferenças do endosso) 
- instituto do Direito Civil;
- o cedente só é responsável pela existência do crédito, não pela sua solvência; 
- é possível ao devedor opor uma exceção pessoal ao terceiro, titular do crédito, alegando assunto seu com o cedente. 
ATOS CAMBIAIS - ACEITE 
CONCEITO - Tendo o sacador expedido a ordem de pagamento a favor do beneficiário, dirigida ao sacado, resta que este reconheça a validade da ordem, apondo a sua assinatura. 
Dá-se, então, o aceite da letra de câmbio, vinculando o sacado, agora aceitante, como seu obrigado principal. 
- o aceite não é ato obrigatório na letra de câmbio;
- além disso, pode ser total ou parcial.
- o aceite decorre da assinatura do sacado no anverso (frente) da letra de câmbio; à esquerda do documento, no sentido vertical; 
- admite-se também o aceite no verso do documento, desde que identificada a natureza do ato praticado pela expressão “aceito”, ou outra equivalente (LU, art. 25). 
RECUSA DO ACEITE 
- na letra de câmbio, o aceite é sempre facultativo, logo, a recusa do sacado é ato plenamente válido. 
CONSEQUÊNCIA... - sua recusa, mesmo que parcial, provoca o vencimento antecipado do título (LU, art. 43)
EXEMPLO
- Se Antonio emite, em dois de julho, letra de câmbio contra Benedito em favor de Carlos, com vencimento para trinta de novembro do mesmo ano, a recusa do aceite torna o título exigível de imediato. 
QUESTÃO: Há alguma maneira de se evitar o vencimento antecipado do título? 
Resposta: SIM - Para evitar a antecipação provocada pela recusa do aceite, a lei possibilita ao sacador a introduçãode uma cláusula na letra de câmbio, proibindo a sua apresentação ao sacado antes do vencimento (LU, art. 22). 
É a chamada cláusula “não aceitável”. 
Exemplo: “aos trinta e um de janeiro de..., pagará V. Sª por esta única via de letra de câmbio não aceitável, a importância de...”
- essa limitação protege o sacador contra a antecipação da exigibilidade da obrigação, porque a recusa do aceite somente poderá ocorrer depois de vencida a letra. 
- a recusa deve ser comprovada por protesto por falta de aceite.
Finalidade: para que seja possível a execução da ação cambial em relação ao sacador.
ACEITE PARCIAL LIMITATIVO E MODIFICATIVO
- se o sacado pode recusar totalmente o aceite, pode fazê-lo também de forma parcial. 
a lei disciplina duas espécies de recusa parcial: 
a) o aceite limitativo: o sacado reduz o valor da obrigação que ele assume. 
- o sacador havia lhe ordenado o pagamento de R$ 1.000,00 e ele, ao assinar a letra, escreve “aceito R$ 500,00”.
 b) Aceite Modificativo 
- o sacado introduz mudanças nas condições de pagamento da letra de câmbio, postergando o seu vencimento por exemplo, ou alterando a praça em que deve realizá-lo.
AVAL - O aval é o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar título de crédito, nas mesmas condições que um devedor desse título (avalizado).
- o avalista se torna obrigado solidariamente com aquele a favor de quem dá o aval.
- usualmente, o avalista garante todo o valor do título, mas a lei admite o aval parcial (LU, art. 30).
AVAL PARCIAL - Considere uma letra de câmbio no valor de R$ 3.000,00. O avalista poderá limitar sua responsabilidade, escrevendo: “avalizo a quantia de R$ 1.000,00” ou “garanto R$ 1.000,00”.
Art 30 e 77, LU – PERMITE O AVAL PARCIAL
O AVAL é concedido SOMENTE NOS TÍTULOS DE CRÉDITO, enquanto a FIANÇA é prestada nos contratos. 
- decorre da simples assinatura do avalista no anverso (frente) da letra de câmbio;
- na primeira forma (anverso do título), como o avalizado não é identificado, reputa-se o aval em branco. 
- se for colocada no verso, deve conter a expressão “bom para aval”, com a indicação do favorecido, pois, na sua omissão, considera-se avalizado o sacador da letra (art. 31, LU). 
- o aval é considerado em preto, porque nele se encontra a identificação do avalizado. 
Responsabilidade do avalista.
- responsabiliza-se da mesma forma que o avalizado (art. 32, LU);
- contudo, sua obrigação é autônoma em relação à daquele;
- isto significa que, mesmo se for considerada nula a obrigação do avalizado, subsiste a do avalista... 
Consentimento do cônjuge. - pelo CC, art. 1.647, III, nenhum dos cônjuges, salvo o caso de regime de casamento de separação absoluta, pode conceder aval sem autorização do outro;
RECUPERAÇÃO JUDICIAL, EXTRAJUDICIAL E FALÊNCIA
JUÍZO COMPETENTE
- é competente para decretar a falência, deferir o processamento da recuperação judicial e homologar o plano de recuperação extrajudicial: 
- o juiz do local do principal estabelecimento do devedor, assim entendido como o de maior volume da atividade econômica (art. 3º).	
ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO - 	
1. FALÊNCIA: atua no processo como fiscal da lei, buscando sempre o cumprimento de seu papel constitucional na defesa do interesse público.
- a sentença que decretar a falência ordenará a intimação do MP – atuação obrigatória no processo.
- atribuição para o oferecimento de denúncia por crime falimentar .
2. RECUPERAÇÃO JUDICIAL: atua no processo como fiscal da lei, buscando sempre o cumprimento de seu papel constitucional na defesa do interesse público.
- a sentença que deferir a recuperação judicial ordenará a intimação do MP – atuação obrigatória no processo.
- atribuição para o oferecimento de denúncia por crime falimentar . 	
3. RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL: não há obrigatoriedade da participação do MP,
- porém, poderá atuar na hipótese de se verificarem indícios de crime falimentar.
Disposições Comuns à Recuperação Judicial e à Falência
A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário.
- a suspensão será decretada na própria sentença que decreta a falência.
 Na recuperação judicial, a suspensão de que trata o caput deste artigo em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.
Obs. O STJ tem mitigado essa regra, permitindo que a suspensão extrapole o prazo de 180 dias.(CASO CONCRETO)
EFEITOS DO PROCESSAMENTO DO PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL
- o juiz defere o processamento da recuperação judicial (art. 52): NÃO CABE RECURSO.	 
- Contra a decisão que conceder a recuperação judicial caberá agravo, que poderá ser interposto por qualquer credor e pelo Ministério Público.
Aprovação e rejeição ao plano – consequências
- APROVADO o plano de recuperação em assembleia o juiz concederá a recuperação judicial;
- A decisão constituirá título executivo judicial.
- Contra a decisão que conceder a recuperação judicial caberá agravo, que poderá ser interposto por qualquer credor ou pelo MP. 
- o devedor permanecerá em recuperação judicial pelo prazo máximo de 2 (dois) anos;
FALÊNCIA - Procedimento judicial cujo objeto é afastar o empresário da administração de suas atividades, preservando o patrimônio da sociedade para que posteriormente seja utilizado para garantir a satisfação de seus credores.
EFEITOS DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA EM RELAÇÃO AOS CONTRATOS DO FALIDO.
- A decretação da falência suspende a fluência dos prazos prescricionais das obrigações do falido, os quais recomeçam a fluir do trânsito em julgado da sentença de encerramento da falência, prevista no art. 157, LF.
O ADMINISTRADOR PODE RESOLVER O CONTRATO SE ESSE REPRESENTAR MENOS PREJUÍZO PARA A MASSA FALIDA.
LEI DE FALÊNCIA
Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
I - os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
III - créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;
Art. 6o A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário.
§ 1o Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida.
§ 2o É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8o desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença.
CASO 10 - Diante da situação narrada no enunciado da questão, qual seria a medida processual cabível e o respectivo fundamento legal para que a sociedade XYZ Cadeiras Ltda. possa ser incluída no quadro de credores da referida recuperação judicial?
A medida processual cabível seria a “HABILITAÇÃO RETARDATÁRIA”. Vale lembrar que já foi exaurido o prazo(15 dias), mas ainda não foi homologado o quadro geral de credores pelo Juiz. A habilitação será recebida como impugnação.
CASO 11 - (BNDES – Advocacia – 2010) Uma empresa propôs aos seus credores recuperação extrajudicial em 15 de janeiro de 2014, solicitando a homologação judicial 2 (dois) meses depois, com a assinatura de 2/3 (dois terços) das dívidas com credores trabalhistas e 3/5 (trêsquintos) das dívidas com credores quirografários. Esse pedido foi acompanhado do respectivo plano de recuperação, nos mesmos moldes do que havia sido concedido em dezembro de 2012 pelo mesmo Juízo. O procedimento adotado pela empresa teve como principal finalidade afastar qualquer possibilidade de pedido de falência, bem como priorizar o recebimento dos créditos que estavam vencidos em detrimento dos vincendos, caso a falência fosse decretada. Considerando esses dados, emita sua opinião legal, de maneira fundamentada, com base no pedido formulado pela empresa, à luz do ordenamento jurídico em vigor.
O pedido não deve ser acolhido por não atender aos requisitos básicos para a propositura da recuperação extrajudicial, tendo em vista que a empresa já havia pedido recuperação há menos de 2 anos e por envolver créditos trabalhistas.
CASO 12 - (TJ/RJ – Juiz - 2013) Determinada empresa ingressa com pedido de recuperação judicial perante uma das Varas Empresarias do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, tendo o juiz deferido seu processamento.
a) Discorra sobre a possibilidade, ou não, da prorrogação do prazo de 180 dias previsto no art. 6º, parágrafo 4º da Lei nº 11.101/2005.
Pela interpretação da lei de Falência o prazo é improrrogável. No entanto, o STJ entende pela possibilidade de prorrogação de tal prazo, principalmente se o atraso no processamento não ocorrer por culpa da empresa recuperanda.
b) Responda, de forma fundamentada, se o crédito decorrente de adiantamento de contrato de câmbio se sujeita à recuperação judicial.
Não, tal crédito não estará sujeito aos efeitos da recuperação judicial.
CASO 14 - João Lima Artigos Esportivos Ltda. celebrou contrato de locação de imóvel comercial, localizado na Galeria Madureira, para a instalação do estabelecimento comercial da sociedade. Atingida por forte crise setorial, a sociedade acumulou dívidas vultosas e não conseguiu honrá-las. Com a decretação da falência, como ficaria a situação do contrato de locação comercial celebrado pelo locatário? 
O referido contrato de locação, deverá ser mantido, mas poderá ser denunciado a qualquer tempo, pelo administrador judicial, em acordo com a lei.
CASO 15 - A assembleia geral de credores da sociedade falida “Concessionária de Veículos Pereira Ltda.” aprovou, com o voto favorável de credores que representam 3/4 (três quartos) dos créditos presentes à assembleia, a constituição de sociedade formada pelos empregados do próprio devedor. Sobre esta modalidade de realização do ativo, determinado credor que votou contrariamente, questiona sobre a legalidade desse procedimento. Responda ao questionamento do credor, fundamentando sua resposta. 
É totalmente amparada pela legislação falimentar. No caso de constituição de sociedade formada por empregados do próprio devedor ,estes poderão utilizar créditos derivados da legislação do trabalho para a aquisição ou arrendamento da empresa.

Outros materiais