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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS CENTRO DE ENGENHARIAS ENGENHARIA GEOLÓGICA FÍSICA PARA ENGENHARIA II RELATÓRIO DO EXPERIMENTO DE TUBO DE CHAMAS MARCELO AUGUSTO DALLMANN MATEUS DOS SANTOS 13/05/2019 Resumo O presente relatório abordará o experimento da disciplina de física para engenharia II, realizado na nona semana do semestre com o objetivo de melhor compreender as ondas mecânicas, no caso as ondas longitudinais estacionárias através do tubo chamas (tubo de Rubens), que tem como objetivo a visualização dessas ondas através do fogo, a partir da variação de pressão causada pelo alto-falante no tubo. Introdução O Tubo de Chamas é um aparato experimental tradicionalmente usado para demonstrar a existência de ondas sonoras estacionárias em tubo. O experimento consiste de um tubo de aproximadamente 80 cm, fechado em uma das extremidades com a entrada de gás e tendo um alto falante na outra extremidade. Ao longo do tubo, longitudinalmente há uma série de pequenos furos com espaçamentos de 1 cm. O gás (GLP) e injetado no tubo e sai pelos furos, inflamando o gás que sai pelos furos tem se uma linha de chamas cuja altura pode ser controlada pela vazão imprimida ao gás. Ao ligar o alto falante as ondas diretas e refletidas se superpõem formando uma onda estacionária. Como pode ser visto na figura 1 nos ventres da onda estacionária há uma rarefação de gás produzindo os vales da onda de chama, enquanto que nos nós da onda estacionária ocorremos uma condensação de gás formando os picos da onda de chama. A geração do sinal de áudio será feita por um programa de áudio de computador, serão usados sinais de notas musicais, com frequência fixa e músicas que apresentam frequências variadas. Figura 1: Esquema mostrando onde as ondas de chamas se formam. As ondas estacionárias aparecem muito frequentemente nos meios limitados. Quando a onda chega aos limites do meio, nos quais nenhuma transmissão de energia para o exterior é possível, reflete-se e volta no sentido oposto. Na figura 2, a onda que se propaga para a direita pode ser expressa por: ξ1 = A.sen (ωt - k.x) e a onda refletida, que se propaga para a esquerda (inversão do sinal de u), por: ξ2 = A.sen (ωt + k.x). As perturbações ξ1 e ξ2 somam-se de acordo com o princípio da superposição (figura 3): ξ = ξ1 + ξ2 ξ (x,t) = A.sen(ωt - kx) + A.sen(ωt + kx) = 2A.coskx.senωt Figura 2: Onda propagada para a direita e onda refletida para esquerda. Podemos visualizar a forma da onda estacionária na figura abaixo, onde se distingue os "ventres" e os "nós", correspondentes a uma distância de λ /2. Figura 3: Onda estacionária. Ondas estacionárias em tubo fechado. Na extremidade fechada de um tubo, a onda sonora exibe um nó, isto é, uma região de compressão ou rarefação máximas. As ondas estacionárias, nesse caso, podem ter comprimentos de onda: λ1 = 4L (modo fundamental ou 1° harmônico) λ3 = λ1 / 3 (2° harmônico) λ5 = λ1 / 5 (3° harmônico) λ7 = λ1 / 7 (4° harmônico) Figura 4: Ondas estacionarias em tubos fechados. Som, um objeto que vibra, como um alto-falante, movimentando-se para frente e para trás, repetidamente, gera regiões de compressão e de rarefação que se propagam no ar com a velocidade (de módulo VS) da onda sonora. Figura 5: Ondas longitudinais. Cada movimento de vai e vem constitui uma oscilação. O número de oscilações por unidade de tempo é a frequência da onda (f) e a distância percorrida pela onda na unidade de tempo é o comprimento de onda (l), de modo que: VS = λ . f A velocidade de propagação de qualquer onda sonora num dado meio é sempre a mesma e independente da sua frequência, de modo que a frequência é inversamente proporcional ao comprimento de onda. Além disso, a constância da velocidade de propagação garante que uma música, por exemplo, seja percebida do mesmo modo a qualquer distância da fonte. A velocidade de propagação de uma onda numa corda é dada, em módulo, por: VC= (F/m) ^ ½. onde F é o módulo da tensão e m a massa por unidade de comprimento da corda. Procedimentos experimental Materiais utilizados: - 01 cano de metal com 60 mm de diâmetro - 01 CAP. - 01 válvula de gás - 03 luvas - 02 bases de apoio em M.D.F. - 01 botijões de gás GLP - 01 alto falante (Aproximadamente 2W RMS)/ Liberando o gás para o tubo, acende-se as chamas que fluem através dos pequenos orifícios ao longo do tubo, e ligando o som em uma frequência constante que flui para dentro do tubo, pode-se notar o comportamento das ondas mecânicas através das chamas. Figura 6- esquema representando o experimento. Figura 7- tubo de chamas e equipamentos utilizados na sua construção. Resultados Obtidos através de perturbação sonaras variando entre 0 – 1200hz. Figura 8- Sem pertubação no meio (0 hz) Figura 9- Ondas a 220hz, criando dois pontos de pressão constante. Figura 10- Ondas a 470hz, com dois pontos de pressão constante. Figura 11- Ondas a 600hz, com dois pontos de pressão constante. Figura 12- Ondas a 700hz, com 3 pontos de pressão constante. Figura 13- Ondas a 850hz, com quatro pontos de pressão constante. Figura 14- Ondas a 1000hz, possuindo indícios da criação do quinto ponto de pressão constante ao longo do tubo. Figura 15- Ondas a 1157hz, com 5 pontos de pressão constante. Conclusão O presente relatório levou a uma melhor compreensão das ondas mecânicas a partir da construção e análise dos dados observados durante o experimento. Foi possível visualizar através das chamas, as ondas longitudinais estacionárias formadas pela propagação do som dentro do tubo. analisando a fórmula v= 𝜆.f , pode-se compreender que as ondas entre 0 a 20hz, o ouvido humano não consegue perceber as ondas. Já durante o experimento se visualizou a formação de ondas a partir de 200 hz, pois o comprimento das ondas são maiores que o tubo. Percebeu-se também que a medida que se aumenta a frequência existe a tendência de se aumentar os pontos ao longo do tubo, onde a pressão é constante (pois a uma redução do comprimento de onda). Referências: Resnik e Halliday – Fundamentos da Física Vol. 2 02-16 www.ifi.unicamp.br/%7Elunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_s em2_2004/930365_Derik_Dirceu_RF.pdf
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