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Infecção: ➢ Sempre passiva, também para o coracídio (1º estágio larval de Diphyllobothriidea) que eclode na água e é ingerido pelo crustáceo, primeiro HI. ➢ Digestão do embrióforo por enzimas do hospedeiro. ➢ Ativação da larva hexacanta→ eclosão. Ovo contendo a oncosfera totalmente desenvolvida Padrões de transmissão em Eucestoda A oncosfera (coracídio) de Diphyllobothriidea eclode na água Ovo embrionado Eclosão na água Coracídio livrenatante 6 ganchos larvais OVO EMBRIONADO Ingestão pelo HI Eclosão do coracídio na água Padrões de transmissão em Eucestoda Coracídio Eclosão da oncosfera Cyclophyllidea e demais ordens Ordem Diphyllobothriidea Ingestão pelo HI ➢ Larvas de primeiro estágio: Coracídio – Diphyllobotriidea Oncosfera – Cyclophyllidea e demais ordens ➢ Larvas de segundo estágio (primeiro HI): Cisticerco Cenuro Cisto hidático Cisticercóide ➢ Cestóides imaturos (segundo HI): Plerocercóide Plerocerco Estágios larvais dos Eucestóides A – procercóide de Amphilina B – plerocercóide de Diphyllobothrium C – cisticercóide D – cisticerco E – policerco F – cenuro G – cisto hidático Estágios larvais dos Eucestóides, segundo REY (2008). ➢ Larva não vesicular, contendo um protoescólice e uma projeção posterior semelhante a uma cauda. Cisticercóide Cisticerco – larva vesicular, com um protoescólice Apenas um único protoescólice em cada cisticerco. Cisticerco – larva vesicular, com um protoescólice Cisto hidático – larva vesicular Vesículas internas com vários protoescólices Larva vesicular contendo vesículas internas com vários protoescólices ➢ Larva vesicular, com vários protoescólices que brotam da parede interna do cisto. Cenuro Protoescólices brotam diretamente da parte interna da parede da vesícula. Ordem Cyclophyllidea Adaptado de Rey (2008) Verme adulto (HD: intestino) Oncosfera (1º estágio larval) OVO 2º estágio larval (apenas um em cada gênero): a) Cisticercóide (Hymenolepis, Dipylidium, ...) b) Cisticerco (Taenia) c) Estrobilocerco (Hydatigera) d) Cenuro (Coenurus, Multicepis) e) Cisto hidático (Echinococcus) Taenia saginata DESPOMMIER et al. (1994) ➢ Maior incidência em pessoas de 20 a 40 anos. Prevalências superiores a 10% ocorrem na África, na Região Mediterrânea e na Ásia Central e na América do Sul entre 0,1 e 10%. ➢ Incidência relacionada ao hábito de comer carne bovina crua ou mal cozida; consumo de pratos tradicionais (bife tártaro, quibe cru). Escapam do risco os vegetarianos, aqueles que não comem carne crua ou mal passada, os que preferem peixes e aves e aqueles que, por razões culturais, religiosas ou econômicas não consomem carne bovina. Epidemiologia da Taenia saginata ➢ Uma pessoa infectada pode eliminar cerca de 700 mil ovos/dia. ➢ A liberação das fezes e/ou do esgoto sem tratamento no ambiente são responsáveis pela dispersão dos ovos; permitindo a disseminação mecânica por moscas, besouros coprófilos ou minhocas. Os ovos atravessam incólumes o tubo digestivo desses transportadores, retornando ao ambiente. ➢ Os ovos permanecem viáveis no ambiente por mais de quatro meses, assegurando a infecção do gado. Epidemiologia da Taenia saginata Ciclo biológico de Taenia solium e T. saginata Centers for Disease Control and Prevention (CDC) http://www.dpd.cdc.gov/DPDx/HTML/Image_Library.htm Taenia solium Taenia saginata Diferenciação do escólice de Taenia spp. ➢ Os suínos infectam-se maciçamente ao ingerir as proglótides grávidas, devido aos seus hábitos coprófilos. ➢ Os cisticercos que se formam nos tecidos do suínos, após 60 a 75 dias, tornam-se infectantes e, mantêm-se viáveis por vários anos. Epidemiologia da Taenia solium ➢ A infecção humana é decorrente do consumo de carne de porco crua ou mal cozida. ➢ Os cisticercos permanecem infectantes, nas carnes conservadas sob refrigeração por até dois meses. ➢ O parasito adulto evolui no intestino do homem e após 60 a 75 dias depois da infecção, inicia-se a eliminação das proglótides grávidas junto com as fezes. Epidemiologia da Taenia solium ➢ Ampla distribuição geográfica, especialmente em regiões onde se consome carne de porco crua ou mal cozida. As maiores incidências são encontradas na América Latina, nos países não-mussulmanos da África e do Sudeste Asiático. ➢ Fatores importantes: falta de educação sanitária, nível socioeconômico, falta de inspeção nos matadouros, abate clandestino e o sistema de criação dos suínos. Epidemiologia da Taenia solium A resistência dos ovos no meio é tão grande que suportam até o tratamento habitual dos esgotos. Os rios, que recebem esgotos não-tratados ou os efluentes tratados, assim como suas águas, utilizadas para irrigação, podem conter ovos de tênia e, dessa forma contaminar as pastagens e lavouras. Ciclos biológicos: T. solium e T. saginata (Modificado de Piekarski, 1962) Ciclo biológico de Taenia solium e T. saginata ➢ A cisticercose humana ocorre por ingestão de ovos de Taenia solium. ➢ Proglótides grávidas de T. solium contêm de 30 a 50 mil ovos embrionados. ➢ A fragmentação do estróbilo resultante do processo de apólise permite a liberação dos ovos. ➢ Pessoas infectadas eliminam pequenos segmentos do estróbilo com 3 a 6 proglótides, por ocasião das evacuações. Cisticercose humana Rey (2008) ➢ A condição para que a oncosfera ecloda é a passagem do ovo pelo estômago e duodeno, por ação dos sucos digestivos e da bile. ➢ Após a eclosão, a oncosfera invade a mucosa intestinal e atinge a corrente circulatória, podendo ser carreada para o cérebro, olhos, músculos, entre outros locais. Onde o cisticerco se desenvolverá determinando patologias específicas dos locais de instalação. Cisticercose humana ➢ Heteroinfecção: ingestão acidental de ovos de T. solium, veiculados pela água, alimentos ou pelas mãos, o mais comum. Uma pessoa infectada, em uma casa, representa alto risco para as outras pessoas. ➢ Autoinfecção externa: o paciente é portador de uma tênia adulta e, por falta educação sanitária pode ter suas mãos contaminadas, por ovos e acidentalmente ingerir esses ovos. ➢ Autoinfecção interna: movimentos antiperistálticos ou vômito levam proglótides grávidas até o estômago. As oncosferas eclodem, causando a cisticercose maciça (ladraria humana) disseminada por todos os tecidos, é extremamente grave. O processo de infecção humana ➢ Olhos .......................... 46,0% ➢ Sistema nervoso ....... 41,0 ➢ Pele e subcutâneo ..... 6,3 ➢ Músculos .................... 3,5 ➢ Outros órgãos ............. 3,2 Das localizações oculares, 60% ocorrem na retina ou no vítreo. Após 1 a 3 dias da ingestão dos ovos, as oncosferas eclodem, invadem a mucosa intestinal, ganham a circulação, localizando-se nos tecidos. Localizações mais frequentes dos cisticercos no homem: A localização dos cisticercos no SNC é aleatória, o que explica a variedade de quadros clínicos. As Formas convulsivas estão presente em metade dos casos em adultos sem antecedentes pessoais ou familiares. A doença pode persistir 10 anos ou mais e terminar com a morte em estado de mal epiléptico. A cura espontânea é muito rara.Corte de cérebro com numerosos cisticercos localizados na substância cinzenta (REY, 2008). Neurocisticercose ➢ Um ou mais cisticercos podem alojar-se no sistema nervoso central; em geral menos de 10, podendo, contudo, chegar a mais de 2.000. ➢ Em torno dos parasitos forma-se uma cápsula fibrosa, com a mortedestes a inflamação aumenta, havendo a formação de um granuloma. ➢ Quando os restos larvais são reabsorvidos a inflamação diminui, deixando um nódulo cicatricial residual, que pode calcificar-se. ➢ Reações à distância podem ocorrer: distúrbios circulatórios ou lesões tóxicas do tecido nervoso. Neurocisticercose ➢ A educação sanitária deve alertar as pessoas para o perigo de consumir carne crua ou mal cozida, assim como a carne que não passou pelo controle sanitário (fiscalização). ➢ Orientar às pessoas como reconhecer a eliminação de proglótides (autodiagnóstico e de familiares). ➢ A higiene pessoal é muito importante: as mãos sujas dos portadores de teníase e certas práticas sexuais podem levar à ingestão de ovos de Taenia solium e causar cisticercose. Profilaxia e controle da cisticercose Echinococcus granulosus Escólice de E. granulosus inserido entre as vilosidades intestinais (REY, 2008). Echinococcus granulosus Cisto hidático alojado no pulmão apresentando vários protoescólices Protoescólices de E. granulosus . Ciclo biológico do Echinococcus granulosus ➢ A hidatidose é chamada de doença das mãos sujas, pois é como as oncosferas chegam à boca e ao tubo digestivo das pessoas, diretamente ou através de alimentos contaminados. ➢ A inspeção sanitária em matadouros demonstra que de 5 a 40% dos ovinos estão infectados. ➢ Onde a criação dos ovinos é feita em campos cercados e sem a participação dos cães, a doença torna-se rara ou não existe. Epidemiologia da hidatidose REY (2008) Distribuição geográfica de Echinococcus spp. Dipylidium caninum Diplogonadismo Escólice c/ 4 ventosas e rostelo armado Hospedeiro intermediário: ➢ Ctenocephalides canis – pulga do cão ➢ Ctenocephalides felis – pulga do gato ➢ Pulex irritans – pulga do homem ➢ Trichoedectes canis – pulga do cão Hospedeiro definitivo: cão Dipylidium caninum Ordem Diphylobothriidea Adaptado de Rey (2008) Verme adulto (HD: intestino) Coracídio OVO Larva procercóide (1º HI: crustáceo) Larva plerocercóide (2 º HI: peixe) Larva plerocercóide (H paratênico: peixe) (DESPOMMIER et al., 1994) Ciclo biológico de Diphyllobothrium latum Importante: Os eucestóides da ordem Diphylobothriidea possuem poro uterino, através do qual os ovos são liberados. Eventualmente, as proglótides se soltam do estróbilo, porém não realizam apólise como mecanismo para liberação de ovos. Ciclo biológico do Diphyllobothrium latum Escólice com bótrios Referências Bibliográficas BUSH, A. O., J. C. FERNÁNDEZ, G. W. ESCH & J. R. SEED. 2001. Parasitism: the diversity and ecology of animal parasites. Cambridge University Press, Cambridge, U K, 566 p. BROOKS, D. R. 1989. A summary of the database pertaining to the phylogeny of the major groups of parasitic Platyhelminthes, with a revised classification. Canadian Journal of Zoology, 67: 714-720. CHENG, T. C. 1986. General Parasitology. Academic Press, NY, USA, 356p.
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