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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS Departamento de Ciências Exatas Aplicadas e dos Materiais Metalografia e Tratamentos térmicos I 1º semestre de 2019 Professor: Girley TÉCNICA METALOGRÁFICA MICROGRAFIA Metalografia e Tratamentos Térmicos I Introdução • Há diversas técnicas usuais para observar a estrutura dos aços e ferros fundidos em escala microscópica. Para um grande grupo de técnicas em que se observa a microestrutura através de seções, as técnicas, de preparação de amostra são muito semelhantes. • MEV - permitem observação de superfícies praticamente sem preparação. • MET – Exigem preparação específica da amostra, bastante diferente das demais técnicas. Metalografia e Tratamentos Térmicos I • É a técnica mais comum. • Emprega-se luz visível. • Aumentos de até 1400 vezes. • Pequena profundidade de foco.(200nm a 8um) • Exige cuidados com a planicidade da amostra. • Diferentes técnicas podem ser empregadas (iluminação obliqua, luz polarizada, campo escuro etc.) Metalografia e Tratamentos Térmicos I Microscopia Ótica • Iluminação oblíqua: Ressalta alguns aspectos da estrutura. • Iluminação paralela: É a iluminação mais comum. Fases da preparação da amostra: • Escolha a localização da seção a ser estudada • Obtenção de uma superfície plana e polida no local escolhido para estudo • Exame ao microscópio para a observação das ocorrências visíveis sem ataque. • Ataque da superfície por um reagente químico adequado. • Exame ao microscópio para a observação da microestrutura. • Registro do aspecto observado (fotografia) Microscopia Ótica Metalografia e Tratamentos Térmicos I Fases da preparação da amostra: • Escolha a localização da seção a ser estudada: • As dimensões dos corpos de prova para o exame micrográfico podem ser limitadas por diversos aspectos. • Dimensões do porta amostra. • Se a macrografia for homogênea, a localização do corpo de prova para a micrografia é independente. • Se a macrografia for heterogênea é recomendável realizar o exame micrográfico em vários pontos. • Em peças com anisotropia, a orientação da seção escolhida para a realização do exame é muito importante e deve ser registrada. • Croquis de amostragem ou fotografias que registrem o processo de amostragem são extremamente úteis. Microscopia Ótica Metalografia e Tratamentos Térmicos I Fases da preparação da amostra: Obtenção de uma superfície Plana e Polida no local escolhido para estudo. • Preparação clássica • Corte com serra, plaina, ou no torno. • A amostra é embutida em plástico ou resina que permite maior firmeza e facilidade de manuseio. • A amostra é submetida diretamente à preparação. Lixamento manual ou motorizado com lixas de carbeto de silício (SiC), com resfriamento e lubrificação por água. Sequência usual de lixas (100 ou (120) (ou 180), 240, 320, 400, 600, 1200) Em aços inoxidáveis, ferríticos para evitar a deformação (240, 320, 400, 600, 800 e 1200). Deve-se mudar de 90º a direção do lixamento e polimento ao se passar de um abrasivo a outro e seguir o quanto possível a série indicada. Uma regra prática comum é submeter a amostra a cada lixa, ao menos o dobro do tempo necessário para eliminar os riscos da lixa anterior. É prudente chanfrar um pouco os vértices antes de iniciar o polimento em amostras não embutidas. Para verificar o polimento, lava-se, seca-se e observa ao microscópio a amostra. Após o emprego das lixas, o polimento é continuado sobre o disco giratório de feltro, sobre o qual aplica-se camada de abrasivo. Os abrasivos mais comuns são: alumina, diamante e em alguns casos a silíca coloidal. Microscopia Ótica Metalografia e Tratamentos Térmicos I Quando a superfície tiver aspecto especular e praticamente sem riscos perceptíveis com aumento entre 100 e 200 vezes, estará em condições de ser observada ao microscópio. Podem ser observadas: inclusões, distribuição da grafita, porosidades e outras ocorrências visíveis sem ataque. Ainda assim é somente depois do ataque que se pode ter certeza de que o polimento foi bem conduzido. Os abrasivos usados no polimento não só riscam o material como também causam deformação a frio. Microscopia Ótica Metalografia e Tratamentos Térmicos I Quando os polimentos mais finos subsequentes removem as depressões deixadas pelos riscos no material sem remover também a parte encruada subjacente, a superfície pode atingir um acabamento aparentemente satisfatório (com brilho especular e sem arranhões visíveis), com aparência bem polida. Porém, quando se ataca este corpo de prova, o resultado do ataque não é uniforme, pois o reagente corrói preferencialmente as regiões mais encruadas ao resto da superfície, resultando em heterogeneidades artificiais, por exemplo, linhas escuras no lugar dos antigos riscos. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Para examinar a seção transversal ou longitudinal de arames, fios e chapas finas pode ser necessário prender o material em um suporte. A fixação também é aconselhada quando se precisa examinar a superfície do corpo de prova até junto dos bordos pois é difícil impedir que se arredondem, se não houver algo que os proteja durante o polimento. Estes cuidados são especialmente importantes na análise de fraturas, descarbonetação superficial, cementação, pequenas trincas superficiais, revestimentos. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Superfície bem polida e diversos aspectos de defeitos de polimento e secagem. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Superfície bem polida e diversos aspectos de defeitos de polimento e secagem. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Superfície bem polida e diversos aspectos de defeitos de polimento e secagem bem como de alguns acidentes, que podem decorrer da má proteção da superfície depois de polida. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Defeitos mais comuns associados a problemas no polimento: Cometas: devidos à pressão excessiva durante o polimento ou a partículas que se destacam de inclusões não metálicas duras e quebradiças (como alumina) Metalografia e Tratamentos Térmicos I Defeitos mais comuns associados a problemas no polimento: Manchas marrons: que aparecem quando, no fim do polimento, a pressão contra o abrasivo é fraca demais, e ocorrem mais frequentemente em aços com teor elevado de fósforo. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Defeitos mais comuns associados a problemas no polimento: Auréolas escuras e heterogêneas: que aparecem geralmente quando a lavagem do corpo de prova em água, após o polimento, é muito demorada ou não se seca logo o corpo de prova depois de lavado. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Defeitos mais comuns associados a problemas no polimento: Metalografia e Tratamentos Térmicos I Defeitos mais comuns associados a problemas no polimento: Metalografia e Tratamentos Térmicos I Exame ao Microscópio sem ataque tem duas funções: Permitir avaliar a qualidade do polimento realizado. Diversos defeitos de polimento podem influenciar o resultado do ataques químicos e confundir a avaliação metalográfica. É essencial que, antes de realizar um ataque, a qualidade do polimento seja satisfatória Avaliar as características estruturais que são visíveis nesta condição, tais como inclusões não metálicas, grafita, trincas, porosidades etc. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Metalografia e Tratamentos Térmicos I Metalografia e Tratamentos Térmicos I Adicione aqui o Texto Metalografia e Tratamentos Térmicos I Quando se deseja observar a estrutura de uma peça sem a remoção de amostra. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Réplica Metalográfica Técnica Metalográfica – Micrografia Eletrônica e outras Técnicas Avançadas Metalografia e Tratamentos Térmicos IEnquanto a microscopia ótica se baseia na interação da luz (visível principalmente) com a amostra, permitindo a observação de relevo cor e polarização, a microscopia eletrônica aproveita o grande número de fenômenos de interação entre elétrons e metais para extrair informações importantes de uma amostra. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Principais interações importantes entre elétrons e metais. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Em função das interações que os elétrons têm com o material da amostra, uma região significativamente maior do que a área de impacto do feixe, é por ele excitada. Metalografia e Tratamentos Térmicos I A principal característica do microscópio eletrônico de varredura é que embora a iluminação da amostra seja feita com um feixe de elétrons bastante focalizado, uma área relativamente grande da amostra pode ser observada, pois o feixe de elétrons varre a superfície da amostra. Metalografia e Tratamentos Térmicos I São elétrons de baixa energia (<50eV) emitidos pela amostra. Por serem de baixa energia somente escapam de uma região muito próxima à superfície da amostra. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Elétrons Secundários As imagens obtidas com elétrons secundários são especialmente adequadas para a observação de detalhes topográficos. Metalografia e Tratamentos Térmicos I Alguns elétrons, ao interagirem com os átomos da amostra, tem sua trajetória alterada em praticamente 180º, sem perder energia, em um mecanismo similar a um choque elástico. A formação da imagem usando o sinal ER é especialmente interessante, portanto, quando se deseja verificar diferenças de número atômico (composição química, portanto) Metalografia e Tratamentos Térmicos I Elétrons Retroespalhados
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