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Universidade Luterana do Brasil - ULBRA CAMPUS CANOAS Design de Superfícies Janice de Azevedo Cardoso Prof. Marjorie Canoas 2019/1 Ana Maria Henriqueta Gomes Marsiaj (ANA- Arte Nativa Aplicada) Ana Maria Henriqueta Marsiaj Gomes ● 1930 - Nascimento ● Esposa de Severo Gomes ( Ministro de Estado ) ● 1976 - Fundou a ANA (Arte Nativa Aplicada) ● 1992 - 12 de Outubro - Morre em Parati, em conseqüência de um desastre de helicóptero, juntamente com seu esposo. ANA - início A Arte Nativa Aplicada, de Maria Henriqueta Gomes, nasceu primeiro como uma proposta nova no design de pattern e, depois, como loja, um entreposto de produtos com uma identidade brasileira forte. O início de tudo se deu em 1976, quando Maria Henriqueta já trabalhava com a indústria têxtil, pois a família de seu marido, Severo Gomes, possuía uma indústria de cobertores. ANA - criação/inspirações A Arte Nativa produz tecidos com estamparia baseada na cerâmica, cestaria, esteiras, desenhos em utensílios, arte plumária e pinturas corporais pesquisadas em cerca de 30 tribos indígenas. Pouco a pouco, ampliou-se o leque de referências. Criaram-se coleções com base em pintura rupestre, na flora e fauna brasileiras, em xilografias de literatura de cordel e, mais recentemente, em madeiras reflorestadas. Quando viva, Maria Henriqueta propunha a temática: Havia alguns desenhos que ela sugeria serem desenvolvidos. Ela era uma curadora na produção do material gráfico da ANA, era uma estilista na produção dos desenhos para a Arte Nativa. ANA - designers A própria Henriqueta também criava algumas estampas, mas outros designers criaram para a ANA, como Manuel Guglielmo, Circe Bernardes, Iris Di Ciommo, Rafaela Perucchi, Celso Lima, entre outros. ANA - produtos No início foram as cangas de algodão, os lenços de seda pura e os xales de lã. As fibras tinham de ser puras e as cores terrosas como as dos pigmentos naturais. A seguir vieram os tecidos para decoração e mais tarde os acessórios para a casa e o corpo como almofadas, jogos americanos, toalhas de mesa/praia e camisetas. "Resgatar o passado do esquecimento é o primeiro passo para a construção de um design brasileiro contemporâneo. Não se trata de buscar o isolamento, mas de preservar nossa fisionomia própria, nossos valores regionais, nossa identidade." (Elisa Gomes) ANA - trabalhos, estampas http://www.jobim.org/milton/handle/2010.5/634 Kadiweu n° 2 - Arte Nativa Aplicada Tecidos com padronagem de inspiração indígena, desenvolvidos pela Arte Nativa. Estampas “Mamão”, “Galinha d’Angola”, “Gibóia” e “Flor do Quiabo” em batik javanês sobre shantung de seda p/ ANA/ Celso Lima 1998. Estampa “Goiaba” e “Sempreviva” pintado a mão sobre lona de algodão p/ ANA / Celso Lima 1997. Casa Cláudia / 1999 - Batik Javanês sobre sarja de seda com grafismo Asurini ( Celso Lima) para Arte Nativa Aplicada e cestaria da tribo Baniwa. Estampa “Bananas” sobre algodão para ANA por Íris di Ciommo e Circe Bernardes. Estampa “Seringueira” sobre algodão / Arte Nativa Aplicada. Estampas pintadas sobre juta / Ivone Rigobello. Manuel Guglielmo p/ ANA ANA - prêmios Em maio de 78 a ANA participou da exposição Design no Brasil a convite do Núcleo de Desenho Industrial da CIESP/FIESP em São Paulo e em julho seus produtos foram mostrados na quinzena brasileira promovida pela Neiman Marcus em Dallas, no Texas. Além de frequentemente participar de eventos em diferentes estados do Brasil, a Arte Nativa Aplicada, com orgulho de ser nacional, fez circular com sucesso os traçados batizados de Kadiweu, Waura, Xingu e Ipurina por Portugal, Dinamarca, Nova Iorque, Chicago, Milão e outras paragens. Em 86 e 89 ganhou menções honrosas em prêmio instituído pelo Museu da Casa Brasileira ao design nacional. Referências: ● Celso Lima Estamparia disponível em: <http://celsolima.zip.net/arch2011-02-20_2011-02-26.html> acesso em: 15/03/2019 ● Maria Ignez Barbosa: VALOR AO QUE É DA TERRA. disponível em : <http://www.mariaignezbarbosa.com/asp/listagemdet.asp?idsecao=1&idveiculo=3&p=98#a> acesso em: 15/03/2019 ● BUENO, Ricardo. Alma Brasileira. disponível em: <https://www.premioestampabrasil.com.br/pdf/livro_alma_2014.pdf> acesso em: 15/03/2019
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