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Gabriela Gehrke ATO 2022/2 AULA 1: Importância da semiologia no percurso do profissional O que é semiologia? Estudo dos sinais e sintomas de doenças humanas muito importante para o diagnóstico das enfermidades. Estuda a maneira de revelar e de apresentar esses sinais e sintomas, com o propósito de se estabelecer um diagnóstico. Anamnese: é a parte da semiologia que visa revelar, investigar e analisar. Em formato de questionário não tem valor pessoal, deve ser feita a cada encontro com o paciente. Sinais: toda alteração objetiva, passível de ser percebida pelo examinador (ex: uma mancha na mucosa, aumento de volume...) Sintoma: é a informação descrita pelo paciente; é uma sensação. AULA 2: A avaliação do paciente na perspectiva da integralidade ● Integralidade na avaliação do paciente e no cotidiano da clínica ● Compreender o paciente como ser singular, complexo, repleto de desejos, necessidades, ideias, perspectivas. ● Ao tratar um paciente, é preciso que haja uma sensibilidade por parte do profissional, para que se encontre um tratamento que seja adequado tanto para o paciente quanto para o profissional (criação de um vínculo) Avaliação do paciente ➔ Contato do paciente com a clínica (com o profissional de saúde) ➔ Momento em que acolhemos, diagnosticamos e fazemos o projeto terapêutico do paciente, analisando sua saúde. ➔ Na avaliação podem ser requisitados exames auxiliares de diagnóstico, como radiografias e tomografias odontológicas, para chegarmos ao melhor tratamento. ➔ Ampla anamnese do paciente (informações sobre sua saúde geral, histórico odontológico, uso de medicamentos, questões comportamentais -tabagismo, estresse - reações alérgicas, fatores hormonais) ➔ Completo exame clínico dos tecidos moles da cavidade bucal incluindo o periodonto (gengiva) e dos tecidos duros (dentes). ➔ Exames complementares: radiográfico, tomográficos, análises clínicas para dar condições para o profissional estabelecer um correto diagnóstico da situação de um dente ou mesmo de toda condição bucal do paciente. Integralidade no cuidado ● Paciente como sujeito histórico, social e político, articulado ao seu contexto familiar, ao meio ambiente e à sociedade na qual se insere. ● Pinheiro (2008) considera que a boa prática assentada na integralidade consistiria em uma resposta ao sofrimento do paciente e em um cuidado para que essa resposta não seja a redução ao sistema biológico do paciente. Os sujeitos e o Encontro ● A integralidade está no encontro, na conversa do profissional de saúde que busca reconhecer as necessidades dos usuários. ● A integralidade deve contrapor-se à abordagem fragmentária e reducionista dos indivíduos. O olhar do profissional deve ser totalizante, com apreensão do sujeito biopsicossocial. Como podemos ter um olhar integralizado? Gabriela Gehrke ATO 2022/2 ● Integrar partes de um organismo vivo, dilacerado e objetivizado pelo olhar reducionista da biomedicina, e reconhecer nele um sujeito, um semelhante a mim mesmo; nisto implica a assimilação do princípio da integralidade. ● Esta assimilação deve se processar cotidianamente nos encontros entre profissionais e pacientes (sujeitos em cena). ● A integralidade está no encontro, na conversa do profissional de saúde que busca reconhecer as necessidades dos cidadãos no que diz respeito à sua saúde. A integralidade deve contrapor-se à abordagem fragmentada e reducionista dos indivíduos. ● O olhar do profissional deve ser totalizante, com apreensão do sujeito biopsicossocial = ESCUTA QUALIFICADA O ato de cuidar… Deixa de ser um ato de superioridade, de desnível e de unilateralidade para ser um ato recíproco, de experiência compartilhada, pois supõe um entendimento que antecede as palavras ou a intelectualização, é um ato de vivência, de troca (Campos, 2006) Atitude profissional ● Nesta relação dinâmica, é de extrema importância ouvir o outro, compreender e discordar, entender e concordar. O que é colocado para o outro e o que o outro coloca, com a ideia de um horizonte possível e processual, revendo e repensando os obstáculos na interação, de maneira reconstrutiva e suficientemente boa (De Mello; De Lima, 2010). Cuidado integral à saúde Apoiar-se nos meios diagnósticos para evidenciar lesões e doenças sem afastar-se do sujeito humano como totalidade viva. Bem captar, bem compreender, bem diagnosticar, bem cuidar. AULA 3: A narrativa semiológica ➔ Importância da construção de um enredo por parte do profissional da saúde onde se fazem presentes complexas interações biológicas, culturais e sociais ➔ O exercício do diagnóstico clínico, ancorando-se na história clínica do paciente com objetivo de estreitar a margem de possibilidades das desordens, mediante um relato que vai das primeiras impressões às hipóteses diagnósticas ➔ A narrativa é o fio condutor da análise das experiências do sofrimento dos doentes A anamnese, o relato de caso, e o conjunto de informações que compõem a história clínica não só exigem a transformação das queixas dos pacientes em um texto clínico, mas também a produção de uma explanação diagnóstica com funções interpretativas Kleinman (1988) – a quem se deve a expressão illness narratives – tendo como alicerce a categoria sofrimento e a condição humana, como social e culturalmente edificada, postula a narrativa como a forma pela qual os doentes modelam e dão sentidos aos seus padecimentos. Narrativa é uma expressão polissêmica e pode-se defini-la como a organização de eventos no tempo, elaborando-se ou não relações causais entre tais eventos, normalmente associados a algum tipo de mudança. O prontuário odontológico: Narrativa versus prontuário A narrativa: ● Forma pela qual os pacientes modelam e dão sentidos aos seus padecimentos ● Expressão polissêmica; a organização de eventos no tempo, elaborando-se ou não relações causais entre tais eventos, normalmente associados a algum tipo de mudança. O texto clínico e narrativa: Gabriela Gehrke ATO 2022/2 A anamnese, o relato de caso e o conjunto de informações que compõem a história clínica não só exigem a transformação das narrativas dos pacientes em um texto clínico, mas também a produção de uma explanação diagnóstica com funções interpretativas. Prontuário ● A palavra derivada do latim e significa lugar onde se guarda aquilo que deve estar à mão, o que pode ser necessário a qualquer momento. ● A documentação utilizada no prontuário do paciente é o conjunto de declarações firmadas e utilizadas pelo profissional no exercício da profissão e que serve como prova, podendo ser utilizada com finalidade jurídica ou pericial. ● É composta de: anamnese, contrato de prestação de serviços odontológicos, evolução clínica do tratamento, radiografias e fotografias do paciente, bem como cópias de receitas, atestados e encaminhamentos. “A narrativa deixa de ser um mero instrumento comunicacional, o qual dá acesso a uma realidade anterior, para ser tomada como o próprio local de acontecimento da análise, ou seja, da elaboração de interpretações que partem de relações definidoras dos sentidos do sofrimento, adoecimento e cura” (Nunes, Castellanos, Barros, 2010 p.1353) AULA 4: A entrevista dialogada EXAME CLÍNICO 1. Anamnese (entrevista dialogada) 2. Exame Físico 2.1 Geral 2.2 Locorregional 2.2.1 Extrabucal 2.2.2 Intrabuca A entrevista dialogada Entrevista Dialogada x Interrogatório Prontuário x Narrativa Princípios de Holmes Anamnese ● Identificação ❏ Nome ❏ Idade ❏ Sexo / Gênero ❏ Etnia / Raça / Cor ❏ Estado civil ❏ Nacionalidade ❏ Naturalidade / procedência Gabriela Gehrke ATO2022/2 ❏ Residência ❏ Profissão ● Queixa principal: Principal sintoma / características / duração ❏ Dor ❏ Intensidade ❏ Estímulo ❏ Duração ❏ Frequência ❏ Localização ❏ O que alivia e o que piora ● História da doença atual ❏ uso de aspas ou sic ❏ (sic) após uma palavra ou frase de terceiro, quando existe algum erro na forma em que estão escritas, ou que aparentam estranheza, com o objetivo de mostrar ao leitor que foi "exatamente assim" que a palavra ou frase foi escrita pelo autor. ❏ Na anamnese somente quando a expressão tenha um significado importante para o diagnóstico:a dor do peito é um aperto, aparece só no esforço, irradia para os braços e parece que vou morrer (sic) (insuficiência coronariana aguda) ❏ Pacientes tímidos / confusos ❏ Pacientes que falam demais ❏ Fatores culturais e emocionais ● Antecedentes hereditários ❏ Pais ❏ Irmãos ❏ Filhos ❏ Parentes menos próximos ▪ Condições hereditárias ▪ Predisposição genética ● Antecedentes pessoais ❏ História odontológica: doenças, tratamentos, complicações ❏ Histórico médico: doenças, tratamentos, complicações ❏ Uso de medicamentos ❏ Alergias ● Situação familiar ❏ Condições de vida ❏ Quotidiano ❏ Dieta (recordatório alimentar) ❏ Situação socioeconômica ● Hábitos ❏ Alimentares ❏ De higiene ❏ Tabagismo ❏ Etilismo ❏ Drogas ilícitas TIPO DE CONSULTA: Eletiva: rotina Urgência: algo grave pode acontecer / dor Gabriela Gehrke ATO 2022/2 Emergência: algo grave está acontecendo /risco à vida AULA 5: Sinais vitais e sua importância na consulta odontológica Sinais vitais: indicadores que permitem aferir e monitorar a condição de saúde do indivíduo Podem ser: 1. Pulso arterial (frequência cardíaca) FREQUÊNCIA: Conforme faixa etária: RN: 100 – 160 bpm Criança: 80 – 120 bpm Adulto: 60 – 90 bpm Taquisfigmia / Taquicardia: aumento Bradisfigmia / Bradicardia: diminuição RITMO: Rítmico: batimentos com intervalos regulares. Arrítmico: batimentos com intervalos irregulares. Arritmia / Extra-sístole / fibrilação AMPLITUDE Amplo / Magnus: batimentos muito percebidos (indic de IC). Mediano: batimentos bem percebidos. Pequeno / Parvus: batimentos pouco percebidos. TENSÃO Duro: pouca pressão dos dedos. Mole: muita pressão dos dedos (indicador de hipertensão). Fatores que podem influenciar a frequência da pulsação: Pulsação anormalmente baixa, rápida ou irregular indica a incapacidade cardíaca Pulsos para aferição: ● Temporal ● Carotídeo ● Axilar ● Braquial ● Radial ● Femoral ● Poplíteo ● Dorsal do pé Técnica: Gabriela Gehrke ATO 2022/2 2. Pressão Arterial É a medida da força do sangue bombeado pelo coração contra as paredes das artérias. É medida em mmHg O pico de pressão máxima se dá na sístole (VE bombeia sangue para a aorta) sistólica A pressão mínima exercida ocorre na diástole (relaxamento dos ventrículos) diastólica Variações: Hipotenso: 100 / 65 mmHg Normotenso: 100 a 140 / 65 a 90 mmHg Hipertenso Leve: 140 a 160 / 90 a 100 mmHg Hipertenso Moderado: 160 a 180 / 100 a 110 mmHg Hipertenso Grave: 180 / 110 mmHg Hipertenso Mórbido: 200 / mmHg Pressão convergente: PAS e PAD próximas (≠<30mmHg) – hipotensão aguda, IC grave, sono Pressão divergente: PAS e PAD distantes (≠>60mmHg) – insuficiência válvula aórtica, gravidez, febre Fatores que podem alterar a PA: Síndrome do jaleco branco Regras: ● Verificar se o paciente ingeriu alimentos (álcool, café) ou realizou exercícios físicos a menos de 30 min.; ● Solicitar silêncio ao paciente na aferição. Onde: Membros superiores: ▪ Braquial e radial Membros inferiores: ▪ Poplítea e dorsal do pé (pedioso) Técnica: 1. Explicar o procedimento ao paciente; 2. Deixar o paciente descansar por 5 a 10 minutos em ambiente calmo, com temperatura agradável; 3. Localizar a artéria braquial por palpação; 4. Colocar o manguito firmemente cerca de 2 cm a 3 cm acima da fossa antecubital; 5. Manter o braço do paciente na altura do coração; 6. Posicionar os olhos no mesmo nível da coluna de mercúrio ou do mostrador do manômetro; 7. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento (será acrescentado 30 8. mmHg a este valor; 9. Colocar o estetoscópio nos ouvidos, com a curvatura voltada para a frente; 10. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a artéria braquial, na fossa 11. antecubital, evitando compressão excessiva; Gabriela Gehrke ATO 2022/2 12. Solicitar ao paciente que não fale durante o procedimento de medição; 13. Determinar a pressão sistólica no momento do aparecimento do primeiro som; 14. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som; 15. Auscultar cerca de 20 mmHg a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu 16. desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa 3. Respiração Adultos: padrão regular e ininterrupto de 16 à 20 incursões/minuto. Ciclo respiratório: inspiração + expiração. ● Reconhecimento dos movimentos torácicos e abdominais normais. ● Uso de músculos acessórios: intercostais, pescoço, ombros. ● Não permitir que o paciente perceba que seus movimentos respiratórios estão sendo avaliados (simular aferição do pulso) Valores: Rn: 40 a 60 inc/min. Lactente: 30 a 40 inc/min. Criança maior: 20 a 30 inc/min. Adulto: 16 a 20 inc/min Fatores que podem alterar a FR: Idade; Doenças crônicas pulmonares; Estresse; Sexo (homem > capacidade pulmonar que a mulher); Posição; Drogas (narcóticos); Exercícios. Profundidade e amplitude: Normal, Superficial e Profunda Ritmo: respiração regular (ciclos regulares) e respiração irregular (ciclos irregulares) O que avaliar? FR (nº de incursões/min.); ritmo (regularidade dos ciclos); profundidade (expansão e movimento da parede torácica); sons emitidos durante os ciclos – ruídos (estridor – traquéia/laringe) Termos: Eupnéia: FR normal . Dispnéia: aumento do esforço, respiração difícil. Apnéia: interrupção dos movimentos respiratórios. Bradipnéia: FR anormalmente lenta e regular. Taquipnéia: FR anormalmente rápida e regular. Hiperpnéia: Aumento da FR e amplitude. Ortopnéia: melhor padrão respiratório sentado. Técnica: Posicionar paciente de forma confortável Simular a aferição do pulso Contar a FR por um minuto observando os movimentos torácicos e abdominais (1 ciclo =1 insp. + 1 exp.) Variações Normalidade: 12 – 20 / min Bradpnéia: - 10 / min Gabriela Gehrke ATO 2022/2 Apnéia: 0 / min Dispnéia: + / - / = Tacpnéia: + 30 / min RITMO DE BIOT: Alterações cardiovasculares recentes RITMO CHEYNE-STOKES: rações cardiovasculares tardias DISPNEIA SUSPIROSA: Ansiedade 4. Temperatura É a medida do calor do corpo, sendo o equilíbrio entre o calor produzido e o calor perdido. Valor normal do adulto: 36º a 37ºC. Fatores que interferem na temperatura: Idade: Rn e crianças são mais instáveis.; Exercícios: aumentam o metabolismo; Hormônios: mulheres > variação que homens, variações pelo ciclo menstrual; Estresse: aumenta o metabolismo; Temperatura ambiente; Ingestão de líquidos. Onde: T. Axilar: 36º à 36,8º C; T. Inguinal: 36º à 36,8º C; T. Oral: 36,2º à 37º C; T. Retal: 36,4º à 37,2 Cº; Termos: Hipotermia: < 35º C; Normotermia (afebril): 36º a 37º C; Febrícula: 37,1º a 37,4º C; Estado febril: 37,5º a 37,9º C; Febre: 38º a 39º C; Hipertermia ou pirexia: 39,1º a 40º C; Hiperpirexia: > 40º C. Técnica: Explicar o procedimento e posicionar paciente de forma confortável; Realizardesinfecção do termômetro com álcool 70%; Promover descida da coluna de mercúrio até o bulbo; Secar a axila do paciente; Colocar o bulbo do termômetro na prega axilar em contato com a pele, apoiando o braço do paciente no tórax; Manter o termômetro na axila por 5 minutos (fabricante); Retirar termômetro pela haste; 5. IMC: Peso x Altura^2 < 18,5 Entre 18,5 e 24,9 MAGREZA ADEQUADO 25 a 29,9 SOBREPESO 30 a 39,9 OBESIDADE > 40 OBESIDADE GRAVE 6. Estado de consciência Alerta Confuso Sonolento Torpor Com Diretrizes: Gabriela Gehrke ATO 2022/2 ● Conhecer a variação normal ● Conhecer a história clínica do paciente ● Controlar fatores ambientais ● Certificar-se da confiabilidade dos instrumentos ● Alteração: repetir AULA 6: Materiais e equipamentos. Manobras semiotécnicas MATERIAL, INSTRUMENTAL E EQUIPAMENTOS: · Equipo odontológico · EPI’s (óculos é opcional) · Abaixadores de língua, algodão, gaze · Pinça, espelho, sonda periodontal e fio dental. · Esfigmomanômetro (para medir pressão), estetoscópio e termômetro. · Prontuário ·Sobreluva e caneta RECURSOS SEMIOTÉCNICOS: Inspeção OLHAR Palpação TOCAR Auscultação OUVIR Olfação CHERAR 1. INSPEÇÃO: Localização Cor Tamanho Superfície Retirada de próteses e aparelhos móveis Instrumentos/materiais auxiliares Iluminação adequada Lavagem e secagem Transiluminação Diascopia A inspeção deve começar pela face (inchaço, olheiras, simetria facial). Posteriormente, o exame intrabucal (língua – ventre, dorso, laterais, mucosa jugal, assoalho da boca, palato duro, gengiva). Na inspeção pode- se usar instrumentos auxiliares: gaze, lupa, entre outros. O paciente deve tirar próteses, caso tenha. Deve- se ter boa iluminação. Lavagem e secagem é necessário, caso algo atrapalhe a visão do dentista. A transiluminação é um procedimento para o exame de superfícies dentárias à a luz é colocada atrás dos dentes: se aparecer alguma mancha, o paciente possivelmente tem cárie. A diascopia ou vitropressão é uma manobra que permite fazer o diagnóstico diferencial em caso de dúvida se em uma lesão existem vasos sanguíneos à lâmina de vidro pressionada em cima da lesão: se esbranquiçar é vascular! Nesse caso, a biópsia pode gerar problemas devido a intensa saída de sangueà hemorragia 2. PALPAÇÃO: Bimanual Bidigital Digitopalmar Consistência Textura Tamanho Espessura Compressibilidade Gabriela Gehrke ATO 2022/2 Sensibilidade Temperatura Mobilidade Percussão RESULTADO: Punção Negativa: (conteúdo sólido) Positiva: Pus, sangue, saliva e líquido citrino A palpação pode ser bimanual, bidigital ou digitopalmar à lábios, mucosa jugal, ATM; A palpação pode verificar: consistência, textura, tamanho, espessura, compressibilidade, sensibilidade, temperatura, mobilidade; A metástase dos cânceres de boca ocorre nos linfonodos submandibulares; A palpação permite diferenciar um linfonodo inflamatório de cancerígena; A percussão é uma manobra da palpação no exame odontológico: normalmente se faz com o cabo do odontoscópio à isso permite identificar qual dente dói no caso da dor estar por toda a boca (origem da dor / existência de inflamação ou não); 3. AUSCULTAÇÃO: As auscultações são muito usadas em caso de disfunção da ATM. Pode usar estetoscópio. 4. OLFAÇÃO: A olfação é muito importante em caso de pacientes diabéticos (hálito tônico) ou em caso de processo de necrose na boca. TESTE TÉRMICO: Os testes térmicos com o frio e o calor são recursos auxiliares do diagnóstico, tendo como propósito avaliar a sensibilidade pulpar e pressupor sua vitalidade, que só será confirmada, e se ocorrer, durante a cirurgia de acesso e análise do sangramento presente e da textura e consistência do tecido pulpar. TESTE ELÉTRICO: Pode-se fazer o teste elétrico, que utiliza a passagem de corrente elétrica estimulando diretamente as fibras sensoriais, mas só diferencia polpa vital de necrosada OXIMETRIA: É um método não invasivo de determinação da saturação de oxigênio e taxa de pulso AULA 7: Exame físico intrabucal relacionado à análise das mucusas • Fornece informações imprescindíveis para o diagnóstico e tratamento. • Identificar desvios da normalidade – Utilizar: luvas, espátula de madeira, espelho, gaze • Requer conhecimento da anatomia e fisiologia da mucosa bucal – Inspeção, visualização e palpação Quando? Toda consulta! Processo Diagnóstico 1. Exame clínico: Identificou lesao → Descrever a lesao 1.1. Anamnese 1.2. Exame físico: intra e extra 1.3. Sinais vitais 2. Hipóteses de diagnóstico 3. Exames complementares 4. Diagnóstico final 5. Terapêutica 6. Prognóstico 7. Reavaliação Gabriela Gehrke ATO 2022/2 Descrição da lesão: tamanho, cor, consistência, duração, lesão fundamental, tratamento prévio, diagnóstico clínico e conduta. Exame intrabucal: 1. Lábios • Prega carnosa (músculo orbicular) – externo: pele- rosa-pálido – vermelhão: linha – interna: mucosa - rosa intenso • “Competentes”: ajustados • “Incompetentes”: incisivos apoiados lábio inferior • Mucosa de transição Lábio Superior • prega nasogeniana • depressão vertical: filtro • comissura • Ex: - grânulos de Fordyce - fibrose das glândulas - úlceras - placas brancas - nódulo no freio: cicatrização freio Exame dos Lábios: visualização, palpação, tracionamento e boca fechada 2. Mucosa jugal Mucosa bucal: • Mastigatória – gengiva e rebordo alveolar – palato duro • Especializada – dorso lingual : botões gustativos • Revestimento – lábio – mucosa jugal – palato mole – soalho – dorso lingual Mucosa Jugal • bilateral lábios • profundidade: músculo bucinador • ducto parótida: papila Stenon: 2oMS • Ex: - grânulos de Fordyce - linha alba - mordiscamento - fibrose das glândulas salivares Exame da Mucosa Jugal • boca levemente aberta • afastamento bochecha com espelho, dedos ou espátula • cor rosa acentuada, homogênea • palpação: nódulos - glândulas salivares Gabriela Gehrke ATO 2022/2 3. Palato duro e mole Duro: – mucosa mastigatória – aderida ao osso – linha mediana – papila incisiva – pregas transversas – região posterior: glândulas salivares – Ex: tórus palatino Exame do Palato Duro • Inspeção indireta: espelho • Inspeção direta: – abertura ampla da boca – cabeça hiperestendida • cor rosa-pálida e homogênea • Mole: – mucosa mastigatória – úvula: centro – pilar anterior e posterior – tonsilas: Anel Waldeyer • (linguais e faringeas) Exame do Palato Mole • Inspeção direta • Abaixamento da língua • elevação funcional : “ah” • palpação: vômito • superfície lisa e macia • cor rosa-avermelhada • frouxo e mole 4. Língua • músculo genioglosso • funções: paladar, tato, mastigação e fonoaudiológica • mucosa revestimento: proteção trauma e calor • adere ao soalho: basal ou raíz • 2/3 livres • dorso: granulosa - papilas • ventre: varicosidades linguais Dorso: papilas – foliadas: laterais – valadas: V lingual - 8-10 – filiformes: inúmeras- queratinizadas sem botões gustativos – fungiformes: menor nº - base ampla – Ex: língua fissurada, língua geográfica Exame da Língua • Dorso: boca aberta – rosa-pálido, uniforme – rugosa – sulco médio: profundidade variável • Ventre: tocar o palato com a ponta da língua • Bordas Laterais: gaze de algodão, tracionamento 5. Soalho Gabriela Gehrke ATO 2022/2 Semi-círculo: – externo: gengiva – interno: base da língua – superior: ventre língua (Bladin-Nuhn) • músculo milo-hióide • freio lingual • carúnculas sublinguais: ducto Wharton• lateralmente: ductos das gls. sublinguais Exame do Soalho • Vizualização concomitante com ventre e borda lingual • palpação bimanual • palpação: – linfonos submandibulares e submentais – glândulas submandibulares e sublinguais 6. Rebordo /Gengiva Gengiva: • Mucosa Mastigatória • Reveste internamente e externamente mandíbula e maxila • Livre: 1-2 mm • Inserida • Junção muco-gengival • Ex: tórus mandibulares Exame da Gengiva e Rebordo Alveolar • boca aberta - afastamento bochecha • aproximar os dentes • palpação: extensão e depressão 7. Dentes Variações anatômicas da mucosa bucal ▪ Tórus ▪ Grânulos de Fordyce ▪ Papila parotídea ▪ Carúnculas sublinguais ▪ Pregas fimbriadas ▪ Papilas foliáceas ▪ Papilas circunvaladas ▪ Linha alba ▪ Varicosidades ▪ Melanose AULA 8: Exame físico extrabucal. Geral: Sexo Idade Segmentos corpóreos Postura Ambulação ou marcha Atitudes Tegumento visível Peso e altura (IMC=p/h2 ) Sinais vitais ▪ Pressão arterial, Pulso arterial, Respiração e Temperatura Gabriela Gehrke ATO 2022/2 Postura Locorregional Fácies Olhos Orelhas Nariz Seios paranasais Musculatura ATMs Perfil e proporções faciais Glândulas salivares Cadeias ganglionares Tireóide Crânio: Tamanho e forma Normocefalia Microcefalia Macrocefalia Depressões Protrusões Face: coloração simetria movimentos involuntários edema massas integridade da pele Olhos: Hipertelorismo Exoftalmia Enoftalmia Diplopia Nistagmo Hiposfagma Catarata Palidez mucosa Gabriela Gehrke ATO 2022/2 Orelhas: Tamanho Formato Implantação Simetria Nariz: Fenda Narinas atrésicas Seios paranasais Linfonodos Glândulas salivares **Cadeias/grupos ganglionares
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