Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
8 Objetivo Identificar os ânions do grupo bário-cálcio e das amostras desconhecidas 5 e 7 através de reações com Ba(NO3)2. Além de realizar testes de identificação dos ânions deste grupo. Resultado e discussão Tais ânions formam precipitados em presença de bário ou cálcio no meio. 1- Reações de Identificação Obtenção dos precipitados dos ânions com Ba(NO3)2: Nesta etapa inicial foi realizado o teste de identificação dos ânions com Ba(NO3)2. E em seguida testou-se a solubilidade dos ânions em meio ácido (HCl). Os ânions deste grupo reagem com Ba+2 e formam sais pouco solúveis em água e solúveis em ácidos, exceto o BaSO4. Com isso, se faz necessário o meio estar neutro para que haja a precipitação dos sais de bário. Fluoreto Reagiu 5 gotas de solução de F- e gotas de nitrato de bário. Com isso, notou-se a formação de um precipitado branco, este é a formação do fluoreto de bário (BaF2). 2F- + Ba2+ → BaF2↓ Em seguida testou-se a solubilidade do precipitado em meio ácido (ácido clorídrico diluído). E observou que o fluoreto de bário é solúvel em ácido clorídrico. Sulfato Reagiu 5 gotas de solução de SO42- e gotas de nitrato de bário. Com isso, notou-se a formação de um precipitado branco, este é a formação do sulfato de bário (BaSO4). SO42- + Ba2+ → BaSO4↓ Em seguida testou-se a solubilidade do precipitado em meio ácido (ácido clorídrico diluído). E observou que este é insolúvel em ácido clorídrico diluído. Ortofosfato O ácido ortofosfórico é uma ácido tribásico, dando 3 séries de sais: ortofosfatos primários Na2H2PO4; os ortofosfatos secundários Na2HPO4; e os ortofosfatos terciários Na3PO4.Os ortofosfatos são os mais estáveis e os mais importantes. Estes podem ser simplesmente chamados de fosfatos. Reagiu 5 gotas de solução de HPO42- e gotas de nitrato de bário. Visto que o meio está neutro conseguiu-se observar a formação de um precipitado branco e amorfo de fosfato secundário de bário (BaHPO4) HPO42- + Ba2+ → BaHPO4↓ Em seguida testou-se a solubilidade do precipitado em meio ácido (ácido clorídrico diluído). E observou que o fosfato de bário secundário é solúvel em ácido clorídrico. Arseniato Reagiu 5 gotas de solução de AsO43- e gotas de nitrato de bário. Com isso, notou-se a formação de um precipitado branco, este é a formação do arseniato de bário (BaAsO4). AsO43- + Ba2+ → BaAsO4↓ Em seguida testou-se a solubilidade do precipitado em meio ácido (ácido clorídrico diluído). E observou que o fluoreto de bário é solúvel em ácido clorídrico. Oxalato Reagiu 5 gotas de solução de C2O42- e gotas de nitrato de bário. Com isso, notou-se a formação de um precipitado branco e cristalino de oxalato de bário (COO)2Ba, proveniente de soluções neutras. C2O42- + Ba2+ → (COO)2Ba↓ Em seguida testou-se a solubilidade do precipitado em meio ácido com HCl (ácido clorídrico diluído). E observou que o oxalato de bário é solúvel em ácido clorídrico. Amostra 5 Repetiu-se o mesmo procedimento para as amostra desconhecidas e observou a formação de um precipitado branco que não solubilizou em ácido clorídrico. Amostra 7 Repetiu-se o mesmo procedimento para as amostra desconhecidas e observou a formação de um precipitado amarelo que não solubilizou em ácido clorídrico. Tabela 1: Resultados obtidos no experimento Ânion Ba(NO3)2 – precipitado Solubilidade em HCl diluído F- Branco Solubilizou SO42- Branco Não solubilizou PO43- Branco Solubilizou AsO43- Branco Solubilizou C2O42- Branco Solubilizou Amostra 5 Branco Não solubilizou Amostra 7 Amarelo Não solubilizou Identificação do fluoreto (F-) Amostra padrão: colocou-se 1 gota de oxicloreto de zircônio + 1 gota de alizarina-S e 1 gota de ácido clorídrico diluído em solução de fluoreto. Como previsto, observou-se o descoramento para amarelo devido a formação do íons incolor hexafluorzirconato IV [ZrF6]-2. Repetiu-se o mesmo procedimento acima para as amostra 5 e 7 desconhecidas e também notou-se a coloração amarela, dando positivo para a presença de fluoreto na amostra. Identificação do Oxalato (C2O4-) Amostra padrão: pegou-se um tubo de ensaio e adicionou-se 5 gotas de oxalato juntamente com um pedaço de magnésio [Mg(s)] e 2 gotas de ácido sulfúrico diluído. Ocorreu uma reação exotérmica, esquentando o tubo. Após esfriar derramou-se 1 pipeta de ácido sulfúrico concentrado nas paredes do tubo. Como previsto, observou-se a coloração azul na interface do líquido. Repetiu-se o procedimento para as amostras desconhecidas 5 e 7: Amostra 5: observou-se a formação de duas fases, amarelo fosco e rosado. Amostra 7: houve a formação de duas fases, amarelo translúcido e incolor, e notou-se uma coloração azul na parede do tubo com violeta Identificação do Arseniato (AsO43-) Amostra padrão: colocou-se em um tubo de ensaio gotas de arseniato e gotas de nitrato de prata. Foi possível observar como o esperado um precipitado marrom. AsO43- + 3Ag+ → Ag3AsO4↓ Em contrapartida, ao realizar o mesmo procedimento para as amostras desconhecidas 5 e 7, notou-se: Amostra 5: formação de precipitado amarelo Amostra 7: formação de precipitado amarelo Concluindo que o resultado foi negativo para a presença de anions arseniato para ambas as amostras. Identificação do Ortofosfato (PO43-) a) Amostra padrão: pegou-se um tubo de ensaio e colocou-se 5 gotas de solução de fosfato juntamente com ácido nítrico e molibdato de amônio (ambos em excesso). Observou-se como o previsto a formação de um precipitado amarelo de fosfomolibdato de amônio {(NH4)3[P(Mo3O10)4]}. HPO42- + 3NH4+ + 12 MoO42- + 23H+ → (NH4)3[P(Mo3O10)4]↓ + 12H2O Em seguida repetiu-se o procedimento acima, porém acrescentando uma solução de ácido tartárico e observou-se que a intensidade do amarelo diminui-se. Isto se dá pela interferência do agente redutor tartarato. Eles afetando a reação e devem ser eliminados antes de efetuar o ensaio. Repetiu-se tal procedimento citado acima para as amostras 5 e 7: Amostra 5: observou-se formação de um precipitado marrom escuro. Amostra 5 com o ácido tartárico: formação de um precipitado marrom caramelo. Amostra 7: notou-se a origem de um precipitado caramelo escuro. Amostra 7 com ácido tartárico: observou-se a formação de um precipitado marrom. b) Repetir o mesmo procedimento, substituindo o PO42- pelo AsO43-. Observar e comparar os resultados. Observou-se uma coloração levemente amarela em ambos. O tom leve de amarelo observado é decorrência da falta de ebulição na reação. 3. Conclusão Por meio desta prática experimental, conseguiu-se comprovar a teoria de que os ânions do grupo Bário-Cálcio reagem com Ba2+, formando sais que são insolúveis em meio neutro. Além de identificar que nas amostras desconhecidas 5 e 7 possuem presença de ânions do grupo Bário-Cálcio, tal informação pôde ser confirmada pela formação de precipitado na solução. Além disso, foi executado testes de identificação dos ânions: F-, SO42-, PO43-, AsO43- e C2O42-. Em comparação com a amostra padrão foi possível concluir a presença de anions fluoreto e oxalato na amostra desconhecida 7; e presença de ânions fluoreto na amostra 5. Referências VOGEL, Arthur Israel, Química Analítica Qualitativa, 5. ed. São Paulo: Editora Mestre Jou. 1981., MATTA, R.H.M. Práticas em laboratório: Química analítica qualitativa. Universidade Federal do Mato Grosso do sul. UFMS, 2008.
Compartilhar