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Seminário gravidez na adolescência

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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
PSF- BELA VISTA
DISCENTE: RENATO CAMPOS
DRA: MARIANA AMARAL
INTRODUÇÃO
ADOLESCÊNCIA
Período entre os 10 aos 19 anos de idade
Período entre os 12 aos 18 anos de idade
OMS, 1965
BRASIL, 1990
A adolescência corresponde à fase de desenvolvimento do ser humano entre a infância e a idade adulta, cujo limite cronológico é estabelecido, geralmente, entre os 10 e os 19 anos; segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, porém, a adolescência se situa entre os limites de 12 a 18 anos
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EPIDEMIOLOGIA
FONTE: SINASC, 2015.
EPIDEMIOLOGIA
FONTE: SINASC, 2015.
EPIDEMIOLOGIA
Taxa específica de fecundidade de adolescentes de 15-19 anos
78,8 por mil
60,5 por mil
IBGE, 2015
2004
2014
Brasil:
Segundo dados do IBGE (2015), a taxa específica de fecundidade (a qual reflete o número médio de nascidos por mulheres em determinada faixa etária) das jovens de 15 a 19 anos reduziu de 78,8 por mil mulheres nesta faixa etária em 2004 para 60,5 em 2014. 
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FATORES DE RISCO
FONTE: KLIEGMAN et al., 2014; SILVA et al., 2013.
FATORES DE PROTEÇÃO
FONTE: KLIEGMAN et al., 2014.
COMPORTAMENTO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA
CARACTERÍSTICAS NA ADOLESCÊNCIA
FONTE: BURNS et al., 2017.
Com o desenvolvimento puberal quase completo (14 a 17 anos), o comportamento sexual costuma ser de natureza exploratória e egoísta, buscando tirar proveito das relações: encontros marcados, carícias e relações casuais acompanhadas de relações genitais ou extragenitais. O grande risco, nessa fase, é a negação das consequências do comportamento sexual, como gravidez indesejada e DSTs (BURNS et al., 2017).
Em uma etapa mais tardia (17 a 20 anos), com a maturação física já completa, o comportamento sexual costuma ser mais expressivo e menos exploratório, e as relações mais íntimas e compartilhadas. Predomina a escolha de par com relação de afeto, maior consciência dos riscos e necessidade de proteção, sendo essencial o trabalho de educação sexual com esses jovens. Nessa etapa, a identidade sexual já está definida e a maior estabilidade afetiva favorece a busca de um objeto amoroso único (BURNS et al., 2017).
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INÍCIO DA ATIVIDADE SEXUAL
FONTE: BURNS et al., 2017; KLIEGMAN et al., 2014.
A sociedade, em crescente mudança de valores, padrões culturais e comportamentais, está convivendo com a realidade de uma sexarca mais precoce entre os jovens, com uma idade média de 16,9 anos para meninas e 15 anos para meninos, preocupando assim profissionais de saúde, pais e professores em decorrência da falta de conhecimentos sobre prevenção em saúde, concepção e uso de contraceptivos. Nos países com maior nível educacional, os quais possuem mídia educativa e programas de ensino que incluem a educação sexual nas escolas, a iniciação sexual ocorre mais tarde. Entre adolescentes americanos, a atividade sexual é rara antes dos 12 anos, ocorre em 30% dos adolescentes entre 15 e 16 anos e a maioria deles, entre 17 e 19 anos, é sexualmente ativa 
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FATORES DE RISCO SEXARCA PRECOCE
FONTE: BURNS et al., 2017.
Diversos fatores estão associados à sexarca precoce, principalmente em países subdesenvolvidos como o Brasil, estando entre eles: falta de orientação na escola sobre prevenção de gravidez; pais separados; viver com somente um ou nenhum dos pais (baixa supervisão); exposição precoce a cenas eróticas – podendo transmitir a ideia do sexo com múltiplos parceiros e sem preservativos; desemprego; uso de álcool e drogas ilícitas; abuso sexual na infância 
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EDUCAÇÃO SEXUAL	
FONTE: OLIVEIRA et al., 2009.
-Um ponto crucial na educação sexual é como a abordagem desse assunto é realizada com os jovens. A pesquisa “Sexualidade e plano de vida”, feita nos anos 1990 conjuntamente com a OPAS/OMS, que entrevistou 2.200 adolescentes e jovens, traz o alerta de que na primeira relação sexual as mulheres apontam para o medo de não agradar e os homens para o medo de falhar. Essa relação foi e é muito utilizada em vários programas de saúde pública, principalmente mostrando o quanto a prevenção pode ser dificultada por esse conceito. Da mesma forma, a pesquisa também apontou que mais de 90% desses adolescentes e jovens conheciam os métodos anticoncepcionais 
-Apesar do conhecimento teórico sobre os métodos anticoncepcionais, muitos meninos têm medo que o preservativo atrapalhe a relação e sua performance. Por outro lado, muitas meninas têm vergonha de exigir o preservativo, por falta de intimidade e medo de não agradar ao parceiro. Pensando nisso, o Programa Saúde do Adolescente do Estado de São Paulo adotou a conduta de enfatizar que o preservativo aumenta o prazer, porque usá-lo mostra habilidade e autoconfiança, diminui o contato pele-pele, aumenta o tempo de ereção, dá tranquilidade em relação às DST e à gravidez, desenvolvendo a autoestima e o poder de negociação
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REPERCUSSÕES DA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
REPERCUSSÕES DA GRAVIDEZ
CONSEQUÊNCIAS
FÍSICAS
PSICOLÓGICAS
SOCIAIS
COMPLICAÇÕES 
Prematuridade
Baixo peso
Hipertensão
Anemia
Ganho de peso ineficiente 
FONTE: BURNS et al., 2017; KLIEGMAN et al., 2014.
Falar que as consequencias podem ser fisicas, psicológicas e sociais. 
É certo que nas adolescentes a média de complicações é mais alta, no entanto a maioria dessas mulheres dão a luz bebês saudáveis. A taxa de nascimento com prematuridade e baixo peso é maior. No entanto, as mães tem taxas menores de doenças crônicas, como diabetes e também chances menores de gestação gemelar. Além disso, possuem maior taxa de hipertensão, anemia e ganho de peso ineficiente .
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Valorização da 
gravidez
Ideia de conforto familiar
Companhia do parceiro
Perspectivas restritas de estudos
Condições financeiras
Busca pelo emprego
Abandono do estudo
Instabilidade financeira
REPERCUSSÕES DA GRAVIDEZ
FONTE: BURNS et al., 2017.
Nas classes socioeconômicas mais baixas é observado o desejo de se ter filhos mais precoce, assim como uma maior valorização da gravidez. Há uma idealização que uma criança possa trazer apoio e companhia do parceiro além de conforto para a mãe. Isso se deve as perspectivas restritas de estudos e carreiras promissoras no mercado de trabalho que fazem com que as mães vejam na gravidez e no papel social de ser mãe, um objetivo para suas vidas.
Na maioria dos casos o casal não tem condições financeiras adequadas para criação e sustento do filho. Dessa forma, fica evidente que após o parto a mãe e o pai, quando ausente, necessitarão buscar emprego, o que leva ao abandono da escola. Vale ressaltar que nem sempre o engajamento desses adolescentes no mercado de trabalho é bom, pois o mercado de trabalho tem regras para contratação e quando são empregados os salários são, geralmente, baixos 
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PRÉ-NATAL
30% DAS ADOLESCENTES TÊM NOVA GESTAÇÃO EM 2 ANOS
FONTE: BRASIL, 2015; BRASIL, 2017; BURNS et al., 2017.
Cerca de 30% das adolescentes engravidam novamente nos dois primeiros anos após o parto. Por isso é muito importante que o pré natal seja um instrumento para se trabalhar o planejamento familiar. Porque como esse é um momento em que a adolescente estará frequentemente na unidade, ele poderá ser um momento para ofertar a ela as ações preventivas que foram negadas anteriormetne. 
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ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA 
ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA
QUAL MÉTODO UTILIZAR?
FONTE: KLIEGMAN et al., 2014.
De maneira geral, os adolescentes podem utilizar qualquer método reversível de contracepção. Apesar de existirem algumas preocupações em relação ao uso de anticoncepção na adolescência deve-se avaliar os riscos de uma gravidez não planejada 
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MÉTODO CONTRACEPTIVO 
Vários aspectos devem ser considerados na escolha: 
FONTE: KLIEGMAN et al., 2014.
Além de eficácia, custo e facilidade de aquisição do anticoncepcional escolhido. 
E também se existem contraindicações ao uso. 
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MÉTODOS CONTRACEPTIVOS 
FONTE: BURNS et al, 2014; FREITAS, 2011.
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MÉTODOS DE BARREIRA 
Preservativo Masculino
Preservativo Feminino
FONTE: BURNS et al, 2014; FREITAS, 2011.
Preservativo masculino
	O preservativomasculino é ótima opção contraceptiva se utilizado adequadamente, pode atingir uma eficácia de 98%, principalmente se associado a um espermicida. A eficácia, no entanto, está diretamente relacionada à orientação fornecida ao casal, uma vez que a falha resulta, na maioria das vezes, do uso incorreto. Os tabus referentes à interferência no desempenho e no prazer sexual são causas frequentes de não adesão ao método. Desse modo, é importante discutir que, embora o preservativo modifique a sensibilidade, não a diminui nem interfere no prazer sexual; pode, sim, prolongar o tempo até a ejaculação, o que, muitas vezes, é visto como uma vantagem pelo casal (LOPEZ et al., 2014)
Preservativo feminino
	O preservativo feminino é feito de poliuretano, com anéis maleáveis nas duas extremidades. Uma das extremidades é fechada e deverá ser colocada no fundo da vagina, recobrindo a cérvice uterina. A outra extremidade é aberta e fica no introito vaginal, por onde o pênis será inserido no intercurso sexual. Importantes restrições ao uso são maior custo e dificuldade de manipulação em relação ao preservativo masculino (FREITAS et al, 2011; LOPEZ et al., 2014)
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MÉTODOS HORMONAIS 
FONTE: BURNS et al, 2014; FREITAS, 2011.
Métodos Hormonais 
Anticoncepcional Combinado Oral 
Os anticoncepcionais orais combinados são o método mais utilizado comumente por adolescentes. Agem suprimindo o eixo hipotálamo-hipófise-ovariano, aumentando a viscosidade do muco cervical, o que dificulta a passagem dos espermatozoides, alterando a motilidade tubária, e ainda causam atrofia endometrial, dificultando a nidação. Eles contêm etinilestradiol combinado a um progestágeno, entre os quais os mais comuns são levonorgestrel, noretindrona, gestodeno, desogestrel, norgestrel, norgestimato, ciproterona e, mais recentemente, drospirenona. Estudos contralados indicam falha de 0,3 a 0,7% ao ano (FREITAS et al, 2011; LOPEZ et al., 2014). 
	A prescrição de um anticoncepcional a uma adolescente exige a realização de anamnese cuidadosa e exame físico completo para avaliar a presença de contraindicações. Em algumas situações, deve-se considerar a relação risco/benefício, como a idade ginecológica inferior a dois anos; presença de fatores de risco para tromboembolismo e existência de outras doenças crônicas (LOPEZ et al., 2010; LOPEZ et al., 2014)
Minipílulas (Progestôgenio de uso continuo)
	As pílulas de progestágenos ou minipílulas agem promovendo aumento da viscosidade do muco cervical e causando atrofia endometrial. Inibem a ovulação, porém, não de forma tão eficaz quanto as pílulas combinadas. Apresentam índice de falha semelhante aos anticoncepcionais orais, em alguns trabalhos, dado que não se confirma nas adolescentes, uma vez que as pacientes que recebem minipílulas geralmente estão sob proteção de amenorreia da lactação ou da subfertilidade decorrente da idade reprodutiva avançada. Devem ser usadas continuamente, por isso promovem amenorreia. Causam aumento da acne e sangramento irregular, ambos fatores negativos para o uso em adolescentes (FREITAS et al, 2011; LOPEZ et al., 2014)
	Devem ser de uso restrito em adolescentes, pois sentam meia-vida curta, o que exige maior exatidão nos horários de tomada, com variações diárias menores do que 3 horas, já que as mesmas apresentam maiores dificuldades com a rigidez dos horários. É indicada para jovens lactantes nos seis primeiros meses de puerpério, e para aquelas que apresentam contraindicações aos estrogênios, como história de trombose venosa profunda e enxaqueca com sintomas focais neurológicos (FREITAS et al, 2011).
 
Anticoncepcionais injetáveis
	Inibem a proliferação endometrial, alteram a motilidade tubária, aumentam a viscosidade do muco cervical e suprimem a ovulação por meio da inibição da secreção de gonadotrofinas. Proporcionam anticoncepção segura, de longa duração, com discrição, não depende do ato sexual nem requer envolvimento do parceiro (FREITAS et al, 2011). 
	 Os anticoncepcionais injetáveis podem ser combinados de estrogênio e progestágeno ou de progestágenos somente. Os anticoncepcionais injetáveis apresentam os mesmos efeitos colaterais e contraindicações dos anticoncepcionais orais. Devem ser aplicados via intramuscular profunda e são de uso mensal. São uma boa opção para adolescentes, já que eliminam a necessidade da tomada diária dos comprimidos. São comumente bem aceitos nessa faixa etária, o que promove um maior índice de continuidade do uso. Tem falha de 3% anual. Não há evidências de que promova aumento de peso (FREITAS et al, 2011). 
Anticoncepcional combinado transdérmico (adesivo)
	É um adesivo que mede 20 cm e libera diariamente, via transdérmica, 20 mcg de etinilestradiol e 150 mcg de norelgestromina. Cada embalagem vem com três adesivos, para serem utilizados por três semanas consecutivas. O início do uso deve ser entre o primeiro e o quinto dia do ciclo menstrual, trocando-se o adesivo a cada sete dias. Após a retirada do terceiro adesivo, a jovem deve permanecer sem o método por uma semana e após reiniciará novo ciclo (três semanas sim, uma semana não). Os sítios de aplicação são: baixo ventre, nádegas, parte superior do braço e parte superior do tronco, excluindo-se regiões de mamas (LOPEZ et al., 2010).
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CONTRACEPÇÃO DE EMERGÊNCIA 
CONCLUSÃO
PROCURE O POSTO DE SAÚDE 
TENHA SEMPRE A DISPOSIÇÃO UM PRESERVATIVO
PREVENIR É SEMPRE O MELHOR REMÉDIO
Referências Bibliográficas:
BRASIL. Lei n.8069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o estatuto da criança e do adolescente e dá outras providencias. Diário Oficial da Repubública Federativa do Brasil, Brasília, DF, ano 128, n.135, 16 jul. 1990. Seção 1, p. 13563-13577. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 19/11/2017.
CHACKO, Mariam R. Pregnancy in adolescents. UpToDate, Oct. 2017. Disponível em: < https://www.uptodate.com/contents/pregnancy-in-adolescents?source=history_widget>. Acesso em: 19/11/2017. 
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira: 2015. Rio de Janeiro: IBGE, 2015. 
KLIEGMAN, R. M. et al. Nelson, Tratado de Pediatria. 19 ed. V.1 Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. 
SILVA, A. C. A. et al. Fatores De Risco Que Contribuem Para A Ocorrência Da Gravidez Na Adolescência: Revisão Integrativa Da Literatura. Revista Cuidarte. V. 4. N. 1. 2013.
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