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�1 AULA 06 SISTEMAS ORGANIZACIONAIS 1. INTRODUÇÃO Sistema é um conjunto de partes interagentes e interdependentes que, conjuntamente, formam um todo unitário com determinado objetivo e efetuam determinada função. Um sistema como um todo não pode ser dividido em partes independentes, isso porque a propriedade de um sistema vem da interação das partes que compõem o sistema. As propriedades de um sistema podem ser percebidas quando suas partes estão conectadas e em funcionamento. Quando a desconexão ocorre, o sistema deixa de existir, passando a ter suas partes como ilhas que não formam um sistema, mas sim um conjunto de partes não interligadas, com elevada tendência a sucumbir dentro de um ambiente competitivo. Assim, para o entendimento de um sistema, não se pode começar por separá- lo, é preciso entendê-lo como parte de um sistema ainda maior e buscar o propósito ou função desse sistema maior e não das suas partes. Um enfoque sistêmico organizacional é visto por um composto de elementos ou componentes interdependentes. A compreensão desses elementos que interagem nas organizações, segundo Maximiano (2017) é uma habilidade básica para os administradores. Sob a perspectiva do enfoque sistêmico, a organização 1 revela-se como conjunto de pelo menos dois sistemas (ou subsistemas) que se influenciam mutuamente: o sistema técnico e o social. ✓ Sistema técnico - É formado por recursos e componentes físicos e abstratos, e que, até certo ponto, independem das pessoas: objetivos, divisão do trabalho, tecnologia, instalações, duração das tarefas, procedimentos. ✓ Sistema social - É formado por todas as manifestações do comportamento dos indivíduos e dos grupos: relações sociais, grupos informais, cultura, clima, atitudes e motivação. 2. TEORIA GERAL DOS SISTEMAS Desenvolvida pelo cientista alemão Ludwig von Bertalanffy. Ele observou, na década de 1930, que a ciência se acostumara a tratar de forma compartimentada muitos problemas que exigiam uma abordagem mais ampla ou holística. Essa abordagem, segundo Andreoli e Rossini (2015) se baseava na premissa de que, se a 2 natureza e seus fenômenos ocorrem de forma integrada, seria possível, dessa forma, dividi-los em categorias ou analisá-los isoladamente. Bertalanffy (1975) apud Andreoli e Rossini (2015) entendia que a busca de uma unificação da ciência, 3 sob os seus diversos aspectos seria pelo compartilhamento de seus conhecimentos. Isso contribuiu para uma análise mais abrangente, multidisciplinar e pensada em sua totalidade. MAXIMINIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: 1 Atlas. 2017. ANDREOLI, Taís Pasquotto; ROSSINI, Fernando. Organização, Sistema e Métodos. Curitiba, InterSaberes, 2015.2 BERTALANFFY, L. V. Teoria Geral dos sistemas. Petrópolis: Vozes, 1975.3 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA (UnB) FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, CONTABILIDADE E GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS (FACE) DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO (ADM)� DISCIPLINA CÓDIGO CRÉDITOS TURMA PERÍODO PROFESSOR ANÁLISE ORGANIZACIONAL, SISTEMAS E MÉTODOS 202380 04 E 2019/1 MARCOS ALBERTO DANTAS �2 Dessa forma, o principal elementos caracterizador de tal abordagem, segundo Dias (et al.) (2008) , passa a ser o 4 ambiente, com a organização sendo vista como um sistema aberto, que troca energia, insumos e informações com o ambiente, buscando, assim, manter um equilíbrio homeostático com as forças destes. É visto como partes de uma sociedade maior, uma sociedade de organizações, e constituída de partes menores que advêm do equilíbrio existente entre as ações desenvolvidas pelo ambiente interno e externo. 3. ANÁLISE E PLANEJAMENTO DE SISTEMA A capacidade de planejar e construir sistemas que funcionem bem é necessária para a eficácia das organizações e para a qualidade de vida dos usuários e da sociedade de forma geral. Essa necessidade conduz a moderna teoria dos sistemas para sua aplicação prática: a análise e o planejamento. Para analisar ou planejar sistemas, Maximiano (2017) destaca os seguintes elementos: ambiente, objetivos, componentes, processo e 5 administração e controle. a) Ambiente Todo sistema, integrado dentro de um ambiente, é formado por outros sistemas que se organizam em sistemas cada vez maiores. Na análise de qualquer sistema, é necessário entender qual seu ambiente e seu papel dentro dele: as relações de interdependência, as fontes de recursos, os destinatários dos produtos e serviços, as regras que devem ser obedecidas. Principalmente, a análise deve focalizar a missão do sistema dentro do ambiente: sua utilidade para outros sistemas. b) Objetivos Em qualquer processo de análise ou planejamento de sistemas é fundamental o entendimento dos objetivos. Um sistema deve sempre ser descrito ou projetado em termos de seus objetivos reais ou pretendidos, e depois em termos de seus componentes ou elementos. É a clareza dos objetivos que permite o correto dimensionamento dos componentes e do processo do sistema. Na análise de qualquer sistema já existente, é importante verificar se os objetivos previstos correspondem aos resultados que de fato estão sendo alcançados. c) Componentes Os componentes de um sistema dependem dos objetivos, podendo ser concretos ou abstratos. Um sistema de produção é feito de máquinas, pessoas, instruções para operação, peças, fornecedores, instalações e muitos outros elementos. Um sistema de informações é feito de pessoas, pontos de monitoramento, equipamentos de processamento, documentos, resumos e relatórios, entre outros elementos. Um aspecto importante a analisar em qualquer sistema é a possível ausência de componentes ou a degeneração de algum componente. d) Processos O processo de um sistema é a maneira como os componentes se relacionam para criar uma sequência de operações ou procedimentos que produzem os resultados esperados. O processo cria um ritmo, a velocidade segundo a qual o sistema funciona. Tempo de ciclo é a expressão usada para indicar o tempo que transcorre entre o início e o fim de determinados processos. Os processos criam operações que transformam certos componentes do sistema ou prestam serviços. Nos sistemas de produção, máquinas e equipamentos transformam a matéria- prima em peças e componentes que se agregam em partes cada vez maiores, até chegar ao produto final. Nos sistemas de prestação de serviços, objetos e pessoas são “processados”. DIAS, Reinaldo; ZAVAGLIA; Tércia; CASSAR, Maurício. Introdução à administração: da competitividade à sustentabilidade. 4 2 ed. Campinas, SP: Editora Alínea, 2008. MAXIMINIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. São Paulo: 5 Atlas. 2017. �3 e) Administração e Controle O ingrediente final de qualquer sistema é outro sistema, de administração e controle. O objetivo desse sistema é garantir a realização dos objetivos. O controle inspira-se no princípio do feedback, que produz a informação necessária para que o sistema seja capaz de regular seu próprio funcionamento. A informação pode ser automatizada ou processada por pessoas. Pode ser a velocidade das máquinas, que as pessoas devem acompanhar, ou um código de barras, numa etiqueta. Pode ser a inspeção visual de um supervisor. A informação produzida por esses meios permite ao próprio sistema ajustar seu funcionamento aos objetivos ou permite que um operador humano intervenha. 4. COMPONENTES DO SISTEMA Os componentes do sistema é utilizado para facilitar a visualização, em uma determinada área organizacional, dos trabalhos realizados. Eles devem atender aos objetivos e resultados anteriormente estabelecidos, para que em algumas entradas proveniente de outras áreas sofram transformações e complementações. Isso é um processo natural de aprimoramento que necessitam ser controlados e avaliados. São definidoscomo componentes do sistema: os objetivos, as entradas, a transformação e as saídas. Fonte: Oliveira (2013)6 a) Objetivos: se referem tanto aos objetivos dos usuários do sistema, quanto aos dos próprios sistemas. O objetivo é a própria razão de existência do sistema, ou seja, é a finalidade para a qual o sistema foi criado; b) Entradas: caracteriza-se pelo material, a informação e a energia para a operação ou processo, que são forças que fornecem ao sistema o qual gerará determinadas saídas do sistema que devem estar em sintonia com os objetivos estabelecidos; c) Processo de transformação: é definido pela função que possibilita a transformação de um insumo (entrada) em um produto, serviço ou resultado (saída). Esse processo é a maneira pela qual os elementos componentes interagem a fim de produzir as saídas desejadas; d) Saídas: correspondem aos resultados do processo de transformação, que podem ser definidas como as finalidades para as quais se uniram objetivos, atributos e relações do sistema. Devem ser, portanto, coerentes com os objetivos do sistema; OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. 21 ed. São Paulo: 6 Atlas, 2013. �4 e) Controles e as avaliações: servem para verificar se as saídas estão coerentes com os objetivos estabelecidos. Para realizar o controle e a avaliação de maneira adequada, é necessária uma medida do desempenho padrão; f) Retroalimentação, realimentação ou feedback: podem ser considerados como a reintrodução de uma saída sob a forma de informação. A realimentação é um processo de comunicação que reage a cada entrada de informação, incorporando o resultado da ação-resposta desencadeada por meio de uma nova informação. 5. AMBIENTE DO SISTEMA Define-se ambiente como o conjunto de todos os fatores que, dentro de um limite específico, se possa conceber como tendo alguma influência sobre a operação do sistema. Seja qual for o ramo ou tamanho, as empresas não são autossuficientes, ou seja, elas precisam recorrer ao seu entorno para conseguir suporte suficiente para o seu desenvolvimento. Fonte: Oliveira (2013)7 a) Comportamento do Sistema O comportamento do sistema necessariamente passa pelo conceito de adaptação que é a habilidade do sistema para se modificar ou modificar o seu ambiente quando algum deles sofre uma mudança. Dessa forma resultaria em quatro tipos de adaptação: ✓ Ambiente-Ambiente – quando um sistema reage a uma mudança ambiental, modificando o ambiente. ✓ Ambiente-Sistema – quando um sistema se modifica para reagir a uma mudança ambiental; ✓ Sistema-Ambiente – quando um sistema reage a uma mudança interna, modificando o ambiente; ✓ Sistema-Sistema - quando um sistema reage a uma mudança interna, modificando a si mesmo. Quando se considera a empresa como um sistema, visualiza-se com vários subsistemas: ➡ O de coordenação das atividades para que os resultados sejam alcançados; ➡ O decisório sobre informações existentes, para que as ações sejam desencadeadas visando os resultados a serem alcançados; ➡ O de realização das atividades operacionais, que vão tocar a empresa em seu dia-a-dia. OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. 21 ed. São Paulo: 7 Atlas, 2013. �5 Para uma adequada hierarquização de sistema de empresas devem ser seguidos alguns critérios: ➡ Cada tipo deve ser precisamente, conceituado com base em suas características; ➡ As peculiaridades de cada nível devem ser claramente descritas; ➡ A sequência ordenada dos níveis deve ser estabelecida; ➡ A primazia do nível superior e a influência dos inferiores devem ser explicitadas. b) Níveis do Sistema Os níveis hierárquicos dos sistemas são de três formas: O sistema que é o que se está estudando, o subsistema que são as partes que integram o sistema e o supersistema ou ecossistema que é o todo do sistema. O grau de complexidade de integração dos elementos componentes do processo de transformação de um sistema decorre da complexidade e da dinâmica de funcionamento dos subsistemas que o integram. Os subsistemas variam de empresa para empresa e podem ser classificados como: Subsistemas principais, Subsistemas complementares e Subsistemas de apoio. Fonte: https://pt.slideshare.net/RenanKaltenegger/osm-aula-2 Para facilitar o entendimento da empresa como sistema aberto e sua integração foram definidos dois conceitos importantes: um que trata da equifinidade e outro que fala da entropia negativa. Na equifinidade um mesmo estado final pode ser alcançado, partindo de diferentes condições iniciais e por maneiras diferentes. Na entropia negativa é mostrado o empenho dos sistemas em se organizarem para a sobrevivência, por meio de maior ordenação. 6. SISTEMA DE APOIO ÀS DECISÕES – SAD Tomar decisões certas é essencial para o sucesso de qualquer negócio. As decisões que fazem parte da rotina empresarial são dadas o nome de decisões programadas ou estruturadas. Já as decisões que resultam de imprevistos são chamadas de decisões não programadas ou não estruturadas. Em geral, essas decisões inesperadas são mais complexas, porque o responsável pela escolha nem sempre conta com um procedimento padrão adequado para a situação. �6 Durante certo tempo, o processo decisório ganhou mais complexidade, pois com o advento da globalização e o aumento da concorrência passou-se a exigir do administrador maior rapidez e flexibilidade na hora de responder às demandas do consumidor. Com isso o tempo disponível para a tomada de decisão diminuiu. Diante desses fatores, as tecnologias da informação vêm conquistando importância crescente como instrumentos úteis no processo decisório. É nesse contexto que surge o Sistema de Apoio às Decisões (SAD), conceito que designa um modelo de tomada de decisão que conta com o auxílio de hardwares e softwares para armazenar e buscar uma grande quantidade de informações. O objetivo do SAD é ajudar o administrador a escolher a melhor alternativa . 8 Embora o SAD seja um sistema complexo, capaz de armazenar e manipular um grande volume de dados, sua interface com o usuário costuma ser amigável, facilitando o acesso a seus recursos. O SAD ainda tem a função de executar simulações, criar gráficos e fazer análises estatísticas. Fonte: http://unoparlogistica1.blogspot.com.br/p/sistema-de-apoio-decisao-sad.html 7. SISTEMA DE APOIO ÀS OPERAÇÕES – SAO O Sistema de Apoio às Operações destina-se auxiliar a execução das diversas atividades da empresa. Seu objetivo é aperfeiçoar o funcionamento da organização, aliando o aumento da qualidade e da produtividade à luta contra o desperdício e à redução dos custos. O primeiro passo para implantar o SAO é fazer o levantamento das tarefas que compõem o dia a dia da empresa, analisando as principais áreas existentes na maioria delas, conforme apresenta Oliveira (2013) : 9 a) Administração de Marketing – desenvolvimento de novos produtos; novas demandas do consumidor; inovações promovidas pela concorrência; pesquisa de mercado; perfil do público-alvo. b) Administração da Produção – planejamento e controle no sistema de fabricação; monitorar e aperfeiçoar o desempenho da produção; desenvolvimento de padrões de eficiência e qualidade; comparação da capacidade ACADEMIA PEARSON. OSM: uma visão contemporânea. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.8 OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. 21 ed. São Paulo: 9 Atlas, 2013. �7 produtiva vigente e a demanda do mercado consumidor; manutenção de equipamentos e escolha da matéria prima. c) Administração Financeira – assegurar que tipo de investimento é o mais rentável; pesquisar e obter informações confiáveis sobre oscilações do mercado de ações; gerenciamento dos registro financeiros da empresa; oferecer sistema de apoio à contabilidade.d) Administração de Materiais – informatização do controle de estoque; avaliar o desempenho dos produtos em estoque e implantar mudanças; calcular a necessidade de reposição de estoque. e) Administração de RH – auxiliar no armazenamento de dados cadastrais e informações sobre a avaliação de desempenho individual; monitorar gastos com pessoal; avaliar os impactos das contratações, rescisões, promoções e ações trabalhistas sobre o custo total. f) Administração de Serviços – contratação adequada de serviços terceirizados; planejamento da logística de transporte. Fonte: https://pt.slideshare.net/alexandrepereira2010/representano-grfica-processo-de-trabalho-1 �8 8. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL – SIG À medida que aumenta a complexidade interna na empresa e no ambiente em que ela atua, o processo de tomada de decisão tende a tornar-se, também, mais complexo. Para atender a essa situação de maneira adequada, é preciso que o administrador faça uso de um sistema de informação eficiente e eficaz, capaz de processar um grande volume de dados gerados que produzam informações válidas. A função de um Sistema de Informação é transformar dados em informações, conforme aponta Laudon e Laudon (2007) . Eles destacam que tecnicamente um sistema de informação é obtido por um conjunto inter-10 relacionado de componentes que coletam, processam, armazenam e distribuem informações para apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle de uma organização. As constantes alterações nos planos econômicos, sociais e políticos têm provocado a necessidade de constante evolução do conceito de instrumentos organizacionais que permitam uma contínua e efetiva adaptação e aperfeiçoamento da administração da empresa. Para facilitar esse processo são desenvolvidos alguns modelos que possibilitam um melhor entendimento da empresa com a finalidade de verificar quais são as informações necessárias e como elas fluem dentro de um processo. Nesse sentido é que se conhece o verdadeiro sentido da informação, pois “Sistema de informações é o processo de transformação de dados em informações. E, quando esse processo está voltado para a geração de informações que são necessárias e utilizadas no processo decisório da empresa, diz-se que é um sistema de informações gerenciais”. (Oliveira, 2009, p.51)11 Os SIGs também são considerados instrumentos de gestão para gerentes de nível médio, que os utilizam para monitorar as atividades e os indicadores de desempenho de diversos setores da empresa, como o consumo de matéria-prima, registro de vendas e demandas atuais e futuras. a) Importância do SIG para as empresas O propósito básico da informação é o de habilitar a empresa a alcançar seus objetivos pelo uso eficiente dos recursos disponíveis, portanto, as informações podem decidir o futuro da organização. Na corrida para atender às demandas do mercado, as empresas buscam soluções que as diferenciem aumentando a sua competitividade. Decisões rápidas e corretas são fundamentais para a empresa alcançar bons resultados. Faz-se necessário otimizar o planejamento e execução das atividades, sincronizar a cadeia de suprimentos e reduzir os custos operacionais para aumentar a satisfação dos seus clientes e a lucratividade do negócio. A utilização de tecnologias de última geração e a melhor prática em software possibilita a construção e aplicações superiores em prazos bastante agressivos, capazes de atender desde pequenos a grandes volumes de utilização. O sucesso é garantido pela velocidade em que as informações são assimiladas e pela rapidez em que são tomadas as decisões. Neste contexto, as empresas têm como grande aliado os sistemas de informação gerencial, os quais proporcionam benefícios significativos na gestão da empresa viabilizando a geração de relatórios de apoio ao processo decisório. Quando a empresa tem uma estrutura organizacional sólida, um futuro traçado, e sabe utilizar os recursos oferecidos pela Tecnologia de Informação e sistemas de informação, o sistema de informação gerencial só tem a agregar benefícios à gestão empresarial na tomada de decisões. O sistema de informação gerencial possibilita fazer um acompanhamento das rotinas econômico- financeiras, proporcionando um panorama seguro da organização e uma melhor alocação de investimentos, constituindo um grande diferencial para a empresa. Garantindo, também, o gerenciamento das informações para geração de relatórios rápidos e precisos, tornando mais ágil desta forma o processo de tomada de decisões. Os sistemas de informação gerenciais fortalecem o plano de atuação das empresas. A geração de informações rápidas, precisas e principalmente úteis para o processo de tomada de decisão garante uma estruturação de gestão diferenciada, resultando em vantagem competitiva sobre as demais empresas. LAUDON, Kenneth C.; LAUDON, Jane P. Sistemas de Informações Gerenciais. São Paulo: Prentice Hall, 2007.10 OLIVEIRA, Djalma Pinho Rebouças de. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. 21 ed. São Paulo: 11 Atlas, 2013. �9 b) Componentes dos SIGs Considerando os componentes do sistema administrativo, verificamos que a rotina empresarial é constituído por seis componentes principais: Objetivos, Entradas, Processo de Transformação, Saídas, Padrões de Qualidade e Controle e Avaliação. No Sistema de Informação Gerencial não é diferente, pois é constituído por componentes praticamente idênticos, onde a única diferença é que no lugar de “Entradas” temos “Dados” e no lugar de “Saída” usa-se “Informações”. Fonte: Academia Pearson (2011) .12 c) Dimensões do SIG Garantir o acesso rápido e eficiente às informações ajuda a empresa a lidar com as demandas do ambiente a sua volta contribui para aproximar a instituições dos atores externos, como clientes, acionistas e fornecedores. Além disso, o uso apropriado das informações pode conferir vantagens estratégicas à empresa, como por exemplo, utilizar o conhecimento sobre a concorrência e os clientes para inovar produtos e ganhar vantagens competitivas. Ainda de acordo com Laudon e Laudon (2007) , os sistemas de informação possuem três dimensões:13 ➤ Organizacional: a história, a cultura e a estrutura de uma organização é quem determinam o modo como ela utiliza a tecnologia e os sistemas de informação; ➤ Humana: em uma organização, são as pessoas que desenvolvem e usam os sistemas de informação e para isso precisam estar capacitadas o suficiente para desenvolvê-las; ➤ Tecnológicas: os sistemas de informação precisa possuir uma boa infraestrutura de tecnologia de informação para alcançar os resultados desejados. COMPONENTES DEFINIÇÃO EXEMPLO Objetivos Finalidade do SIG, razão de sua criação. Colher informações para orientar a inovação de um produto. Dados Entradas do SIG, que por si só, não garantem a compreensão do processo ou fato em análise. Números de mercadorias vendidas pela empresa e pela concorrência. Processo de transformação Processo que transforma os dados (entradas) e informações (saídas). Cálculo da diferença percentual entre o número de mercadorias vendidas pela empresa e pela concorrência. Informações Dados trabalhados que constituem as saídas do SIG Diferença percentual entre o número de mercadorias vendidas pela empresa e pela concorrência. Padrões de qualidade Medidas ideais de qualidade que se espera da informação. Criação de uma margem de erro tolerável para os números. Uso da estatística para avaliar a significância da diferença. Controle e avaliação Processo de análise que verifica se as informações obtidas ajudaram a empresa a atingir seu objetivo. Verificar se a comparação com a concorrência ajudou a decidir se é apropriado inovar o produto. ACADEMIA PEARSON. OSM: uma visão contemporânea. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.12 LAUDON, Kenneth C.;LAUDON, Jane P. Sistemas de Informações Gerenciais. São Paulo: Prentice Hall, 2007.13
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