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Periodontia - Terapia de Manutenção periodontal

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Mariana Magalhães – 6º Período – Periodontia I 1 
Prof. Renata Cyrino 
 
TERAPIA DE MANUTENÇÃO PERIODONTAL - TMP 
 
Prevenção e estratégias para minimizar o risco em 
indivíduos periodontalmente susceptíveis 
 
- A avaliação clínica e sistêmica do paciente, deve 
sempre ser realizada, por isso não entra como fase do 
tratamento periodontal. O paciente sempre deve ser 
visto como um todo. 
 
 
 
Terapia periodontal ativa/ terapia básica/ terapia 
relacionada a causa/ terapia inicial: Reavaliação do 
paciente, onde define-se se ele necessita continuar na 
terapia inicial, ir para a fase corretiva ou de 
manutenção periodontal. Adequar paciente para uma 
melhora na condição de higiene bucal. 
 
Fase corretiva: Remoção de tecido, recontorno ósseo 
para melhorar a arquitetura e adaptação dos tecidos às 
estruturas dentais 
 
Terapia de manutenção periodontal: Quando há uma 
estabilidade periodontal do paciente. 
 
O paciente está pronto para a fase de TMP? 
Paciente está em um momento favorável de 
estabilidade periodontal pós-tratamento? 
Momento favorável -> através da reavaliação 
 
 REAVALIAÇÃO: 
 
Avaliar se o paciente está ou não apto para seguir em 
frente e determinar novas perspectivas para ele. 
 
- Pouca ou ausência de sinais de inflamação gengival 
residual: 
 Vermelhidão, edema, sangramento à sondagem 
- Controle do biofilme dental satisfatório 
- Análise dos fatores de risco para recorrência: 
 Profundidade de bolsas residuais (é o principal 
fator de perda dental) >5mm 
 
 TERAPIA DE MANUTENÇÃO PERIODONTAL 
 
- Procedimentos que visam manter em longo prazo os 
benefícios obtidos com o tratamento instituído após a 
fase de terapia periodontal ativa. 
 
Objetivos: 
 
- Diminuir a recorrência (ocorrência de novos surtos) e 
a progressão (avanço) da doença periodontal 
- Diminuir a incidência de perdas dentais 
- Aumentar a probabilidade de diagnosticar outras 
doenças ou condições encontradas na cavidade bucal 
- Identificar alterações nas condições sistêmicas (ex: 
alteração na glicemia -> Fator de risco para a 
periodontite) 
- Reforçar o envolvimento com a TMP/ educação 
contínua 
- Redefinição do risco e estabelecimento da TMP para o 
futuro (o prognóstico pode mudar em cada reavaliação 
que é feita) 
- Preservar uma dentição funcional e saudável ao longo 
da vida (oclusão) 
 
Principais paradigmas (verdades) na prevenção da 
recorrência da doença periodontal: 
 
- Remoção do biofilme dental 
- Atenção à indivíduos tratados e susceptíveis (sempre 
avaliar a susceptibilidade do indivíduo) 
- Restabelecimento do microbioma oral 
- Cooperação e adesão aos programas de TMP 
 
Objetivos no controle dos parâmetros clínicos em 
TMP: 
 
- Índices de placa 20 a 40% 
- Índices de sangramento de 10 a 25% 
- Redução de PS e manutenção entre 1-2mm (30% dos 
sítios) 
- Profundidades residuais <5mm 
- Ganho em NIC (estabilidade) – é muito relativo. 
 
Eficácia da Terapia de Manutenção Periodontal: 
 
- Intervalo de rechamadas 
- Adesão e cooperação do paciente 
- Instrumentação consciente (supra e subgengival) 
- Diminuição da recorrência da perda dental 
 
Intervalo de rechamadas: 
 
- Intervalos individualizados para cada paciente 
- Avaliar risco/recorrência de doenças 
- Intervalos 4-6 meses, podendo chegar até 9 meses em 
pacientes colaborativos 
- Favorecem retenção dentária 
 
 ADESÃO E COOPERAÇÃO DO PACIENTE 
(Compliance) 
 
É essencial para estabilidade a longo prazo 
 
 
Medidas de higiene bucal 
(controle de placa) 
 
Comparecimento às rechamadas 
 
Cooperadores regulares: Realizam pelo menos 2 visitas 
por ano. 
 Melhores prognósticos 
 Perda de inserção estabilizada 
 Menor perda dental 
 
Cooperadores irregulares: Intervalos superiores a 1 
ano entre uma consulta e outra. 
 Alto risco de progressão da doença 
 Não comparece às rechamadas 
 
 
 
Mariana Magalhães – 6º Período – Periodontia I 2 
 MOTIVAÇÃO: 
 
Compreender o que motiva o paciente: 
 Valores 
 Medo 
 Mudanças efetivas 
 Realização de um objetivo 
 
Motivar o paciente a fazer a parte dele SOZINHO. 
 
Avaliação contínua dos múltiplos riscos: 
Determina os períodos de reavaliação 
 
- Avaliação do estado de saúde após a terapia 
periodontal ativa 
- Parâmetros clínicos (sondagem, exame clínico) 
- Estabilidade periodontal – equilíbrio 
- Controle baseado nos vários perfis de risco 
 
 RISCO: 
- No paciente (comportamentais/sistêmicos) 
- No dente (mobilidade, lesão de furca..) 
- No sítio (sangramento, PS) 
 
 RISCO NO PACIENTE: 
 
DIAGRAMA FUNCIONAL: 
(Não questiona a questão etiológica da DP) 
 
1. Porcentagem de sangramento à sondagem 
2. Sítios com bolsas residuais >5mm 
3. Perda dental (28 dentes) 
4. Perda óssea relacionada à idade 
5. Condições sistêmicas e genéticas 
6. Fatores ambientais (tabagismo) 
 
 
O indivíduo pode ser classificado em baixo, médio e alto 
risco, de acordo com a quantidade de fatores presentes 
em seu diagrama. 
 
Baixo 
Médio Risco 
Alto 
 
 
 
 
 
 
Ex: 
Indivíduo baixo risco: 
Quando possui todos os fatores presentes dentro do 
baixo risco ou no máximo um fator no médio risco. 
 
Indivíduo com risco moderado/médio: 
Presença de pelo menos dois fatores no médio risco, e 
no máximo um fator na área de alto risco. 
 
Indivíduo com alto risco: 
Presença de pelo menos dois fatores dentro do alto risco 
 
É a partir deste diagrama que vamos conseguir 
determinar e prever o intervalo de rechamadas do 
paciente. 
 
Sistema de codificação usado para o diagrama de 
risco multifuncional: 
 
 
- O score é utilizado para auxiliar na determinação do 
quadro do paciente 
 
Porcentagem de sítios sangrantes (SS) 
Determina inflamação -> Atividade da doença 
 
- Habilidade individual no controle de placa 
- Resposta do hospedeiro 
- Adesão ao tratamento -> melhora na resposta 
- Menos de 10% de sítios com SS -> Baixo de risco 
- Prevalência de 25% de sítios com SS -> aumento na 
prevalência 
- Estabelece limite entre pacientes com estabilidade 
periodontal -> Sangramento está relacionado com a 
atividade da doença periodontal 
Ausência de sangramento -> Paciente estável 
 
Prevalência de bolsas residuais > 5mm 
Pacientes com alta prevalência de bolsas residuais tem 
maior chance de progressão de doença 
 
- Presença de grande número de bolsas periodontais 
profundas -> tendência de progressão da doença 
- Aumento da PS durante a terapia 
- PS maior ou igual a 5mm -> indicador de risco para a 
progressão da doença 
- 4 bolsas periodontais residuais -> Baixo risco 
- 8 bolsas periodontais residuais -> Alto do risco 
 
Perda dental: 
- Dentes remanescentes determinam a funcionalidade 
da dentição 
- Estabilidade mandibular e função -> Arco encurtado 
- Mais de 8 dentes perdidos -> Alto risco 
- 4 dentes perdidos -> Baixo risco 
 
 
 
 
 
Mariana Magalhães – 6º Período – Periodontia I 3 
Perda de suporte periodontal 
- Determina a progressão da doença (perda de inserção 
clínica) 
- Verificada através de radiografias periapicais ou bite-
wing (avaliar margem da crista óssea) 
- Sítio mais afetado -> 1mm = 10% de osso perdido 
 
% de osso perdido 
Idade do indivíduo 
 
- Percentual de perda óssea > Idade = Alto risco 
Ex: Grande quantidade de osso perdido em indivíduos 
mais novos -> Alto risco 
 
* Importante avaliar o padrão acumulado da doença.As vezes um indivíduo mais velho, tem uma doença crônica e 
tem um padrão acumulado da doença, que levou a uma perda 
óssea considerável, mas gradual.* 
 
Condições sistêmicas e genéticas: 
 
- Pobre controle glicêmico (Hemoglobina glicada >7: 
Maior tendência à perda de inserção) 
- Polimorfismo da IL-1, genótipo positivo: Apresenta 
lesões periodontais mais avançadas. Estresses físicos e 
psicológicos. Perfil pró-inflamatório. Não há como ser 
avaliado clinicamente. 
- Alterações hormonais (Gravidez; Uso de anti-
concepcional) 
 
Fatores ambientais: 
- Tabagismo 
 Alto risco: >20 cigarros/dia 
 Risco moderado: < 10 cigarros/dia 
 Baixo risco: Ex-fumante (mais de 1 ano) 
 Não fumante 
 
 RISCO NO DENTE: 
- Placa bacteriana que se acumula quando há 
apinhamento dental. O apinhamento não é fator de 
risco para perda de inserção, mas é um potencial 
acumulador de placa bacteriana. 
- Lesões de furca: Entrada bacteriana / Dificuldade de 
higienização 
- Restaurações em excesso -> Mudança na microflora 
do sítio -> Perda de inserção avançada 
- Extrusão dental -> aumento da progressão da doença 
 
O risco no dente é importante para avaliação do 
prognóstico e da função para os dentes. 
 
Necessidade de medidas terapêuticas específicas 
durante a TMP. 
 
 RISCO NO SÍTIO: 
 
- Determinação de atividade 
- Estabilidade periodontal (ausência de sangramento) 
- Foco nos sítios com alterações 
 
Estratégias de gestão do paciente: 
 
A TMP está falhando? 
 
 Modificação de fatores preditivos -> Paciente 
 (Tabagismo, melhora do controle glicêmico, 
avaliação sistêmica) 
 
 Tratamentos adjuntos -> Sítio 
 Modificação dos fatores preditivos para TMP 
 
 Fatores no nível do paciente: 
- Frequência das visitas de rechamadas satisfatórias 
- Adesão e cooperação do paciente 
- Tabagismo 
- Diabetes 
 
Tabagismo: 
- Piores desfechos clínicos nos pacientes que continuam 
a fumar -> Tabagismo é um fator de risco proximal para 
a doença periodontal. 
- Menor sangramento à sondagem -> redução do 
processo de irrigação do paciente 
- Maiores proporções de PS residuais > 5mm 
- Associação negativa entre tabagismo e adesão à 
terapia de manutenção periodontal 
 
 
Diabetes: 
- Pobre controle glicêmico 
- Maiores taxas de perda dental 
- Interação com tabagismo -> Maiores chances de 
progressão da doença 
 
 Fatores no nível do sítio: 
 
Tratamento adjunto: 
- Antimicrobianos locais: Gel, tiras, chip, pós, micro-
esferas e fibras 
 Metronidazol 
 Clorexidina 
 Tetraciclina 
 Minociclina 
 Doxiciclina 
 
São questionáveis seus benefícios/efetividade. 
Custo muito alto frente à baixa efetividade. 
 
- Antimicrobianos sistêmicos: Usar com cautela 
Paciente recorrente com bom controle de placa 
(jovem com grande perda de inserção) 
 
Opção: Amoxicilina + Metronidazol por 7 a 14 dias. 
 
- Novos métodos: 
 Air polishing 
 Terapia fotodinâmica 
 YAG Laser 
 
 EXAME RADIOGRÁFICO: 
 
- Realizado periodicamente: Avaliar risco 
- Determina progressão da doença (as radiografias 
devem ser padronizadas) 
 
Mariana Magalhães – 6º Período – Periodontia I 4 
- A base do diagnóstico é feita através de sinais clínicos 
e sintomas 
- RX: útil para dentes desvitalizados/próteses (avaliar 
presença de anomalias) 
- Alta especificidade e baixa sensibilidade 
 
Especificidade: Capacidade do teste em dizer que o paciente 
não é doente, quando de fato ele não é doente. 
Sensibilidade: Capacidade do teste em dizer que o paciente é 
doente, quando de fato ele é doente. 
 
 TPS na prática diária: 
 
Terapia de manutenção periodontal: 
- Sessão única, onde todos os procedimentos são 
realizados: 
 ERD – 15 minutos 
 MRI – 30 a 40 minutos 
 TSR – 10 minutos (dependendo do caso do 
paciente, deverá ser remarcada para outra sessão) 
 PFD – 5 minutos 
.

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