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ANÁLISE TÉRMICA DIFERENCIAL (DTA) CALORIMETRIA DIFERENCIAL DE VARREDURA (DSC) OU CALORIMETRIA EXPLORATÓRIA DIFERENCIAL Análise Térmica Diferencial (DTA) Mede a diferença de temperatura entre a amostra e um material de referência, em função da temperatura do forno (taxa de aumento ou decréscimo de temperatura, ou isotérmica) – ΔT=Tr-Ta. Transformações físico-químicas ocorrem durante o aquecimento ou resfriamento da amostra. Reações exotérmicas Ta>Tr Reações endotérmicas Ta<Tr Equipamento: Forno comum para a amostra e a referência. Fonte única de calor Faixa de temperatura entre -170ºC ~ 1600ºC (pode ser entre Tambiente ~ 2400ºC) Termopares para a referência e para a amostra Atmosferacontrolada Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) DSC de Fluxo de Calor DSC de Compensação dePotência DSC de Fluxo de Calor: Derivado do DTA (mesmo equipamento) Variação de temperatura convertida em variação de entalpia, pois esta é proporcional àcapacidade calorífica, e o fluxo de calor à resistência térmica total. DSC de Compensação de Potência: Dois fornos, um para a amostra e outro para a referência. Faixa de temperatura: -170ºC ~ 700ºC Amostra e referência são mantidas em condições isotérmicas. Termopar para amostra e para referência. Variação na temperatura da amostra em relação à referência → Compensação de potência em um dos fornos para igualar a temperatura. Medida da energia envolvida na compensação de potência vai dar a variação de entalpia. Atmosfera controlada. Modificações nos Equipamentos: TGA/DTA ou TG/DSC simultâneos → Variação de massa, temperatura e entalpia em um único ensaio. DSC com temperatura modulada (MTDSC) Variação no aquecimento por modulação senoidal (ou não). Desmembra eventos reversíveis e irreversíveis em duas curvas. Maior sensibilidade para transições fracas. Fácil interpretação de transições complexas. Materiais de Referência: DTA → Pó de alumina ou cápsula vazia. DSC → Cápsula vazia. Material do porta amostra: Alumínio, cobre, platina, cerâmico. Fatores como condutividade térmica e capacidade calorífica afetam a curva e magnitude do evento. Análise da curva DSC: Variações na linha de base → Transições de segunda ordem (variação de calor específico, como em transição vítrea) Picos → Transições de primeira ordem, como em uma fusão cristalina. Área do pico = variação de entalpia. Fatores que influenciam os resultados (condições instrumentais e características da amostra): Taxa de aquecimento: Lenta – Alta resolução. Melhor separação de eventos próximos. Rápida – Alta sensibilidade para pequenas transições. Baixa resolução para eventos consecutivos. Atmosfera do forno: Estática – Sistemas fechados ou quando não há liberação de voláteis (pode haver acúmulo de voláteis sobre a amostra e até contaminação do forno). Dinâmica – Remoção de voláteis liberados. Tipo de gás: Inerte (N2, He ,Ar) – Não interfere nas reações (gás de arraste) Reativo (ar, O2, H2) – Oxidação ou redução. Reagem com a amostra. Cápsula: Aberta – Contato da amostra com a atmosfera. Reação da amostra com o gás. Prensada – Maior contato entre a amostra, cápsula e disco. Redução do gradiente térmico da amostra. Hermética – Evita contaminação do forno. Aumenta a temperatura devido à pressão. Líquidos voláteis e gases corrosivos. Material da cápsula: Alumínio – Até 600ºC. Inerte para a maioria dos materiais. Platina – Até 1200ºC. Materiais que atacam o alumínio. Cobre – Uso específico. Estudo da estabilidade térmica oxidativa de revestimento de fios de cobre. Catalisa a reação. Grafite – Quimicamente inerte. Amostras que interagem com metais. Massa: Pequena – Melhora a resolução (picos próximos). Grande – Picos deslocados para temperaturas mais altas. Forma: Corpo único - < superfície > sensibilidade a eventos + fracos. Continuidade na transmissão do calor (corte em disco – maior contato) Pó – Deve ser compactado (descontinuidade elevada). > superfície > resolução. Fibras – Cortadas e comprimidas tem melhor contato com a cápsula e sensor. Pasta – Melhor resolução, espalhada no fundo do cadinho. Condições Experimentais: Importante calibração periódica com material padrão. Obter previamente curva TGA. Duas corridas – Eventos reversíveis e irreversíveis. Em polímeros e cerâmicos pode eliminar história térmica do material. Examinar aspecto da amostra e cadinho para verificar se não estão reagindo. Obter curva em branco e subtrair do ensaio com amostra – melhora linha base e facilita definição de início e fim de transições. Amostra entre 1 e 10mg. Cadinho geralmente de alumínio. Aplicações DSC/ DTA Trabalhos de engenharia Identificação de materiais Determinação de composição, onde PA=(ÁreaX/ÁreaX+ÁreaY)100, onde PA=porcentagem de área (área dos picos) através do ΔH das reações. Estabilidade térmica e química Transformações estruturais Identificação de transformações físico-químicas Fusão, ebulição, transições, cristalização, degradação, fases, pureza, cristalinidade. Determinação da cristalinidade: com base numa amostra de referência ~ 100% cristalina do mesmo material → %cristalinidade=(ΔHf/ΔHf100%)100 Influência de agentes ambientais (radiação na degradação de polímeros por ex.) Taxa de cristalização X Tempo. 1-Xt=ΔHt/ΔH∞,onde 1-Xt= fração cristalizada; ΔHt= entalpia da fração a cristalizar; ΔH∞= entalpia da cristalização total. Diagramas de fases de metais e ligas metálicas. Estudos quantitativos Reações cinéticas Calor específico Calor de fusão Reações químicas Catálise, cinética de reação, cinética de cristalização.
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