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Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Disciplina: Prospecção e Pesquisa Mineral Código: IA 277 Professor: Francisco Silva Departamento de Geociências (IA) UFRuralRJ Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Prospecção Geoquímica por Concentrado de Minerais Pesados Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados No passado ... • A prospecção por concentrado de minerais pesados (especialmente aluvião) remonta aos tempos mais antigos onde, por exemplo, os romanos utilizavam esta técnica em vários locais do seu império. • Na Península Ibérica, onde os romanos estiveram por vários séculos, significativos depósitos auríferos foram encontrados através deste método de prospecção. A sua apurada técnica de pesquisa acabou por chegar ao conhecimento de outros povos. • No Brasil, a prospecção aluvionar por bateia foi a principal ferramenta de prospecção utilizada pelos portugueses nos séculos que se seguiram a descoberta do país. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Minerais Pesados • Os minerais pesados são comumente grãos monominerálicos, provenientes de rochas ígneas e metamórficas, onde ocorrem como minerais acessórios. • Estes minerais mostram uma densidade superior a 2.9. Para efeitos de comparação, deve-se referir que quartzo apresenta uma densidade de 2.65 enquanto os feldspatos entre 2.56 e 2.76. • Os minerais pesados podem ser opacos (óxidos e sulfetos, na sua maioria) ou transparentes (silicatos). Muitos são provenientes da alteração destes mesmos minerais. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Aspectos Gerais do Método • As amostras de concentrado podem ser obtidas a partir de sedimentos (grosseiros) de corrente, sedimentos costeiros (areia de praia), solos, rochas (intemperizadas ou moídas), barranco de córregos, etc. • O exame de minerais pesados, para além da prospecção, pode auxiliar no mapeamento geológico, ao associar determinados minerais com litologias específicas e estudos geológicos diversos. • Este método é relativamente de baixo custo e bastante efetivo. Comumente, no caso de prospecções mais expeditas, a equipe é composta por somente um geólogo ou técnico e um bateador. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • Uma grande vantagem do método é que este permite um follow-up imediato. No caso da prospecção de ouro por contagem de pintas, a detecção de um valor anômalo pode gerar, logo em seguida, a coleta de novas amostras para a confirmação do valor encontrado e localização da fonte. • Outro ponto positivo do método é que este permite cobrir, em termos de prospecção, grandes áreas em um tempo relativamente curto. • Este tipo de amostragem também pode contribuir para a separação de kimberlitos potencialmente ricos em diamantes daqueles estéreis. Neste caso, certos minerais do concentrado são analisados por microssonda eletrônica ou outras técnicas analíticas. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • A prospecção por concentrado de minerais pesados, obtidos por bateia ou outros meios gravimétricos, tem se revelado importante na descoberta de muitos depósitos minerais. • Este tipo de prospecção pode ser utilizado para vários minerais pesados, resistatos, de interesse econômico, em placer, regolito ou em mineralizações primárias (in situ), sendo os principais: ⇨ Ouro ⇨ Diamante ⇨ Cassiterita, columbita-tantalita e wolframita ⇨ Zircão, ilmenita, rutilo e monazita ⇨ Topázio e crisoberilo Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • Minerais pesados indicadores têm sido cada vez mais utilizados na prospecção de vários tipos de mineralização. Segundo Averill (2001), estes são empregados na pesquisa de depósitos de ouro orogenético, kimberlitos (diamantes), mineralização magmática de Ni-Cu-EGP, sulfetos maciços metamorfizados (VMS), cobre porfirítico, urânio, estanho, tungstênio e elementos terras raras (ETR). Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • Em relação a prospecção de metais básicos alguns minerais, depois de analisados quimicamente, são utilizados como guias exploratórios tais como: ⇨ Estaurolita ⇨ Ilmenita ⇨ Magnetita ⇨ Gahnita (espinélio de zinco) ⇨ e outros Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Estabilidade dos Minerais • Para que haja uma correta interpretação quando da análise dos minerais pesados, vários fatores devem ser estudados. • Um dos principais parâmetros a considerar refere-se a estabilidade dos minerais em questão. A estabilidade varia, no entanto, de acordo com as condições químicas do meio como pH, Eh, etc. • A tabela a seguir, produzida por Pettijohn (1973), mostra a ordem de estabilidade de alguns minerais pesados importantes. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Ordem de estabilidade de alguns minerais pesados segundo Pettijohn et al. (1973) ESTABILIDADE MINERAIS Muito instáveis Olivina Instáveis Hornblenda Actinolita Augita Diopsídio Hiperstênio Andalusita Moderadamente Epidoto estáveis Cianita Granada (rica Fe) Silimanita Titanita Zoisita Estáveis Apatita Granada (pobre Fe) Estaurolita Monazita Muito estáveis Rutilo Zircão Turmalina Anatásio Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Características da Amostragem • No caso de aluvião, a coleta de material é efetuada em locais onde ocorre uma brusca diminuição de energia da corrente. O material procurado deve ser grosseiro, do tipo cascalho, com granulometria superior a 0.5 cm. Os locais preferenciais para a coleta são: ⇨ Travessões e marmitas ⇨ Barras marginais (praias) e pontais (ilhas) ⇨ Junto a obstáculos em geral, como grande matacões (sombra), troncos de árvores, etc. ⇨ Trechos encachoeirados Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • As amostras aluvionares, assim como as de sedimentos de corrente, não devem ser coletadas em um único ponto do córrego. A coleta deve ser distribuída ao longo de algumas dezenas de metros, isto é, deve ser composta. • As amostras devem ser coletadas a uma profundidade de cerca de 30 cm, em quantidades de 20 l ou peso equivalente. Dependendo da fase do projeto, amostras maiores poderão ser obtidas. • A primeira redução do volume da amostra é efetuada no próprio local de coleta. Isto é feito por peneiramento à úmido, com a peneira sobre a bateia. A peneira devepossuir uma malha fina, que pode variar de 1 a 5 mm. A fração maior que esta abertura só deve ser rejeitada após inspeção visual. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • O restante dos procedimentos é igual ao dos sedimentos de corrente: acondicionamento do material em sacos plásticos pré-numerados, descrição da amostra e das redondezas, obtenção das coordenadas via GPS, registro de todas as informações em caderneta de campo, marcação da estação geoquímica fisicamente no local (por pequenas placas ou spray, por exemplo). • Após os procedimentos anteriores, e caso a amostra não possa ser bateada no próprio ponto de coleta, esta é levada para um local de águas calmas (lago, tanque, açude, reservatório, depósito de água, etc.). A água deve, no entanto, poder ser renovada para evitar a mudança de densidade. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • Após o apuramento do concentrado, a primeira inspeção é visual para a identificação dos minerais e, a depender do tipo de elemento químico prospectado, faz-se a contagem de pintas. • Os concentrados obtidos são, comumente, enviados laboratório onde é feita a inspeção visual dos minerais, identificação e contagem de grãos, estudo das formas, separação de alguns minerais específicos para análise, etc. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • Um detalhe importante: não é de forma alguma aconselhável a análise química de concentrado tendo por finalidade obter, por exemplo, o teor de ouro de uma amostra. Este processo introduz variabilidades de difícil mensuração e exige sempre uma conversão para o peso original. A obtenção do peso original está sujeita a erros e, quase sempre, fatores de controle duvidosos. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Pré-Concentração • A concentração gravimétrica é efetuada manualmente por bateia ou meios mecânicos dependendo do tamanho das amostras e características do projeto. Os equipamentos mais comumente utilizados na concentração são: > Mesa de concentração vibratória de Wilfley > Líquidos densos > Concentrador centrífuga Knelson > Classificador espiral > Jigs > Separador eletromagnético Frantz Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Mesa de concentração vibratória de Wilfley Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Mesa de concentração vibratória de Wilfley em tamanho apropriado para laboratório Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Separação de minerais pesados por bromofórmio ou outros líquidos densos Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Concentrador centrífuga Knelson Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Concentrador centrífuga Knelson Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Classificador ou concentrador espiral Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Jig Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Jig Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Jig de pequeno porte para a re-concentração de material proveniente de jigs maiores para diamante http://www.minelinks.com/tools/mining_syste ms.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Separador eletromagnético Frantz para a separação de minerais pesados diamagnéticos (sem atração pelo imã) e paramagnéticos (fraca atração pelo imã). O mineral ferromagnético magnetita é extraído previamente do concentrado por imã Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Preparação do Concentrado em Laboratório • As principais etapas são: > Separação granulométrica por peneiras e escolha da fração a ser estudada > Lavagem com ácidos (eliminar carbonatos e outros) > Secagem do concentrado > Retirada dos minerais magnéticos por imã (magnetita) > Separação por sensibilidade magnética (Frantz) > Separação com líquidos densos para a obtenção dos concentrados finais. Pode-se aplicar diferentes meios densos para uma separação em subgrupos Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Em laboratório, o método de concentração mais utilizado aproveita os líquidos densos, dentre os quais o mais comum é o bromofórmio. Após a separação, os minerais são limpos dos resíduos. Os líquidos mais comuns são: – bromofórmio (d= 2.89) – tetrabromometano (d= 2.96) – di-iodometano (d= 3.32) – solução de Clerici (d= 4.24) • Se houver uma grande quantidade de minerais pesados, todo o processo deve iniciar com o quarteamento da amostra. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Quarteamento do Concentrado • O quarteamento é um processo repetitivo, que envolve a redução da amostra original à uma amostra de pequeno tamanho que seja representativa do material inicial. Esta operação pode ser efetuada de forma manual ou mecânica. • O quarteamento manual, envolve as seguintes etapas: > homogeneizar a amostra e formar um cone truncado > dividir o cone truncado em, por exemplo, quatro partes iguais > retirar duas partes opostas descartando as duas restantes > reiniciar o processo, não sem antes homogeneizar o material novamente > repetir até a obtenção do peso ou volume requerido Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Processo manual de quarteamento de amostra Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Quarteador tipo Jones com oito vãos de separação. A operação de quarteamento do concentrado é repetida até reduzir a quantidade inicial em uma amostra de suporte apropriado ao estudo desejadoProf. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Processo de quarteamento com o quarteador tipo Jones Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Lupa Binocular • Com a utilização de lupa binocular, os minerais de interesse, não magnéticos e magnéticos, são separados (catados) e contabilizados. • Os minerais escolhidos são descritos em termos de tamanho, forma, arrendondamento, esfericidade, cor e grau de alteração. Estas são informações importantes para avaliar a fonte da mineralização e sua proximidade. • Os grãos minerais podem ser montados em seções polidas para contagem e/ou análise (por exemplo microssonda eletrônica) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • Os minerais pesados podem ser ainda objeto de análise através de Ativação Neutrônica (ouro), onde a morfologia pode ser estudada posteriormente pois o método é não destrutivo, Absorção Atômica (AA), Espectrofotometria por Plasma Induzido (ICP-OES), Microscópio Eletrônico de Varredura (MEV) com análise química semi-quantitativa por EDS, etc. • Importante referir que deve haver a identificação de um número significativo de grãos minerais para fins de representatividade da amostra. • No caso de rocha, esta deve ser pulverizada via britagem e/ou moagem (comumente moinho de bolas) antes das etapas anteriores. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Fluxograma Geral para Diamante Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • No diagrama a seguir, é mostrada um fluxograma geral do Geological Survey of Canada (McClenaghan, 2011) para a concentração de minerais indicadores (pesados) na prospecção do diamante. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Fluxograma utilizado na concentração de minerais pesados para a recuperação de minerais indicadores na prospecção do diamante Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Exemplo Prático de Prospecção Geoquímica Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Projeto Promin Alta Floresta (CPRM) • Um exemplo de programa de prospecção geoquímica é o Projeto PROMIN Alta Floresta da CPRM – Serviço Geológico do Brasil. • Neste projeto, realizado em região de mineralizações auríferas, e cobrindo 72.000 km2 (4 folhas 1:250.000), foram coletadas em cada estação geoquímica dois tipos de amostras: sedimentos de corrente e concentrados de bateia. • A densidade planejada foi de 1 amostra/15 km2, com adensamento para 1 amostra/5 km2 quando em ambiente mais favorável às mineralizações. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • As amostras para os concentrados de bateia têm um volume de 15 l, tendo sido analisadas por meio de análise mineralógica semi-quantitativa com a contagem de pintas e mineralogia ótica semi-quantitativa. • As análises dos sedimentos de corrente (1224 amostras) foram feitas conforme mostrado na tabela a seguir. São também apresentadas as distribuições para alguns elementos químicos conjuntamente com os resultados mineralógicos dos concentrados de bateia. • Amostras replicatas e duplicatas foram coletadas em pontos pré-definidos. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Tabela com os elementos analisados, respectivos métodos analíticos e limites de sensibilidade, para as amostras de sedimentos de corrente Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Mapa de distribuição de ouro – Projeto Promin Alta Floresta (CPRM) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Mapa de distribuição do alumínio em sedimentos de corrente e resultados de concentrados de bateia Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Mapa de distribuição do cromo em sedimentos de corrente e resultados de concentrados de bateia Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Mapa de distribuição do lítio em sedimentos de corrente e resultados de concentrados de bateia Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Outros Exemplos Práticos Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Geoquímica orientativa em depósito aurífero Tipo Carlin. Valores anômalos de ouro, em material pesado de -150 mesh, na fração não magnética, estão até 6 km da mineralização http://www.discoveryconsultants.com/heavyminerals.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Geoquímica orientativa em depósito aurífero Tipo Carlin. Este levantamento mostrou que o arsênio é um bom farejador da mineralização http://www.discoveryconsultants.com/heavyminerals.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Geoquímica orientativa em depósito aurífero Tipo Carlin. A prata é um bom farejador da mineralização, porém o elemento não se mostra anômalo nas proximidades do depósito http://www.discoveryconsultants.com/heavyminerals.html Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Exemplo de Concentração de Pesados por Bateia Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Local preparado para campanha de concentração por bateia Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Moagem de rocha por processo manual com pilão Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Peneiramento do material moído. O que não passa na peneira retorna ao pilão Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Processo de deslamagemdo material antes do bateamento Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Processo de deslamagem do material antes do bateamento Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Processo de deslamagem do material antes do bateamento Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Após o bateamento a verificação do concentrado Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Após o bateamento a verificação do concentrado Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Após o bateamento a verificação do concentrado Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Após o bateamento a contagem de pintas com lupa Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Depois da contagem de pintas o concentrado é ensacado e numerado Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Minerais Pesados Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Depósitos em Areias • Minerais de alta densidade, também denominados por minerais pesados, podem formar depósitos em sedimentos arenosos de várias origens. • Muitos são fonte econômica importante de alguns elementos químicos como titânio, zircônio e elementos terras raras. • Estes minerais ocorrem, em geral, em concentrações bastante baixas nas rochas metamórficas e ígneas. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • Devido as características de resistência ao intemperismo físico e químico (resistatos), e alta densidade, estes minerais tendem a acumular-se em depósitos de placer em rios e nas linhas de costa. • Muitas acumulações importantes destes minerais estão contidas em areias de praia. A ação das ondas carrega areias para as praias mas, com o recuar em direção ao mar, alguns dos minerais mais leves, como o quartzo, são parcialmente reconduzidos (ao mar). Isto permite a concentração dos minerais mais pesados. • A ação do vento também contribui para a concentração dos pesados ao carriar os minerais mais leves depositados nas praias. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • Linhas de costa fossilizadas (strandlines), produtos da movimentação do mar e do vento, podem ser encontradas no interior a uma certa distância do contorno da costa atual. • Os principais minerais pesados encontrados neste ambiente (paleo)costeiro são: > rutilo (TiO2) > ilmenita (FeTiO3) > leucoxênio (ilmenita alterada) > zirconita (ZrSiO4) Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Produtores Mundiais • A Austrália é um grande produtor de minerais pesados, sendo o maior à nível mundial em minerais de zircônio e titânio. A produção é proveniente de depósitos de idade Terciária, sendo as duas principais áreas de ocorrência a Bacia de Murray e a Bacia de Eucla. Murray Basin • Na década de 80 foi descoberta uma importante acumulação de minerais pesados (depósito WIM 150), com recursos minerais indicados e inferidos no total de 727Mt @ 3.9% de minerais pesados. Esta mineralização está sob a forma de extensa camada horizontalizada, tendo sido depositada em ambiente offshore. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados • Devido ao ambiente de deposição dos sedimentos, os grãos são bastante pequenos (silte/areia muito fina), o que tem impedido a lavra devido as dificuldades no beneficiamento do material, que continua em estudo. • No entanto, trabalhos de prospecção na década de 90 definiram novos depósitos como, por exemplo, 11 linhas de costa mineralizadas na região de Karoonda-Mindarie. • Os minerais pesados na região são predominantemente constituídos por ilmenita e quantidades significativas de zirconita, rutilo e leucoxênio. Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Visão geral da Bacia de Murray (Austrália), mostrando as linhas de costa fossilizadas (strandlines) com potencial para conter depósitos econômicos de minerais pesados (ilmenita, zirconita, rutilo e leucoxênio) http://www.pir.sa.gov.au/minerals/geology/commodities/heavy_minerals Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Região de Karronda-Mindarie onde ocorrem várias linhas de costa fossilizadas (strandlines) com potencial para conter depósitos econômicos de minerais pesados (ilmenita, zirconita, rutilo e leucoxênio) http://www.auzircon.com.au/gallery.php Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Região de Karronda-Mindarie onde ocorrem várias linhas de costa fossilizadas (strandlines) com potencial para conter depósitos econômicos de minerais pesados (ilmenita, zirconita, rutilo e leucoxênio) http://www.pir.sa.gov.au/minerals/geology/commodities/heavy_minerals Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados http://www.auzircon.com.au/gallery.php Extração de minerais pesados em linhas de costa fossilizadas (strandlines) na Bacia de Murray, sul/sudeste da Austrália Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados http://www.auzircon.com.au/gallery.php Extração de minerais pesados em linhas de costa fossilizadas (strandlines) na Bacia de Murray, sul/sudeste da Austrália Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Beneficiamento de minerais pesados na mina de Mindarie Zircon, Bacia de Murray, sul/sudeste da Austrália http://www.auzircon.com.au/gallery.php Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Planta de beneficiamento de minerais pesados na mina de Mindarie Zircon, Bacia de Murray, sul/sudeste da Austrália http://www.auzircon.com.au/gallery.php Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências(IA) Concentrado de Minerais Pesados Concentrado produzido na planta de beneficiamento de minerais pesados na mina de Mindarie Zircon, Bacia de Murray, sul/sudeste da Austrália Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Transporte ferroviário do concentrado de minerais pesados na mina de Mindarie Zircon, Bacia de Murray, sul/sudeste da Austrália Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados http://www.auzircon.com.au/mindariezircon.php Localização de alguns projetos e áreas minerais na Austrália para minerais pesados Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados Estimativa dos recursos minerais, em Junho de 2008, para as áreas do Projeto Mindarie, Bacia de Murray, sul/sudeste da Austrália. Estes recursos são classificados segundo o Código JORC http://www.auzircon.com.au/gallery.php Prof. Francisco Silva – Departamento de Geociências (IA) Concentrado de Minerais Pesados http://www.auzircon.com.au/mindariezircon.php Estimativa das reservas minerais, em Junho de 2008, para as áreas do Projeto Mindarie, Bacia de Murray, sul/sudeste da Austrália. Estas reservas foram classificados segundo o Código JORC Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63 Slide 64 Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81
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