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Questionario IBET seminario 7 Mauricio Jatoba Respostas 28 06 2019 (1)

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Aluno: MAURÍCIO JATOBÁ GUERRA
Módulo IV – Controle de Incidência Tributária
Seminário n°7 – Contribuições
Turma sexta-feira – Data de entrega 28/05/2019
1)Definir o conceito de “contribuição”. Quais as espécies de contribuição existentes na CF/88? A destinação do produto da arrecadação tributária é relevante para a classificação jurídica das contribuições? Se os valores arrecadados a titulo de contribuição não forem aplicados na destinação prescrita na lei, pode o contribuinte requerer restituição do tributo pago? Sob qual fundamento? Justificar. 
	Não podemos considerar que as contribuições são como uma espécie tributária que está relacionada a uma atuação do estado, pois A sua materialidade não está condicionada a qualquer atividade do estado dirigida ao contribuinte. O que realmente é levado em consideração é que o produto arrecadado seja destinado ao fim determinado pela legislação.
	De acordo com o professor Paulo de Barros, contribuições “são entidades tributárias, subordinando-se em tudo e por tudo às linhas definitórias do regime constitucional peculiar aos tributos”.
	Por sua vez, o artigo 4° do CTN dispõe que é irrelevante a destinação legal do produto de arrecadação para a sua qualificação. É de competência exclusiva da União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, obedecendo os artigos da constituição federal 146, III, e 150, I e III, sem sequer prejudicar o que consta no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
	
	Neste sentido, o mestre Paulo Barros de Carvalho classificou as contribuições em três espécies (1) Social, (2) Interventiva e (3) Corporativa. O critério jurídico utilizado atrela a distinção do destino da receita arrecadada, apesar de não haver qualquer associação para com a destinação do produto arrecadado e sua qualificação.
2) Sobre a hipótese de incidência das contribuições, pergunta-se:
A União pode, na criação de contribuição com fundamento no art. 149 da CF, utilizar uma das materialidades que lhe foram atribuídas constitucionalmente para a instituição de impostos?
	Sim. A União pode sim instituir contribuições com materialidades atribuídas para instituição de impostos, estando condicionada a que seu objetivo final não desobedeça ao disposto no Art. 149 da CF.
A hipótese de incidência destas contribuições pode abranger fatos que, por ocasião da repartição constitucional de competências para a instituição de impostos, foram atribuídos como materialidades próprias dos Estados, Distrito Federal e Municípios?
De acordo com o art. 149 da CF, para instituir contribuições sociais considera-se como competência privativa da União conforme o Artigo 149 da Constituição Federal, acredito que é sim, é sim possível instituir contribuições sociais que utilizem materialidade de impostos que foram atribuídos como competência de DF, Estados e municípios.
3) A destinação do produto da arrecadação tributária é relevante para a classificação jurídica dos tributos e consequente definição das contribuições? E a efetiva destinação da receita arrecadada a título de contribuição é relevante para se caracterizar a legitimidade da cobrança? Se os valores arrecadados a título de contribuição não forem aplicados na destinação prescrita na lei, pode o contribuinte requerer restituição do tributo pago? Sob qual fundamento? Justificar.
	Conforme consta no CTN, em seu artigo 4º, a destinação do produto da arrecadação tributária é irrelevante para sua definição, contudo, considerando a instituição das contribuições pela CF 88, tal conceito foi relativizado e enfraquecido, pois com a criação das contribuições o produto destas deve sim ser veiculado as suas finalidades, portanto, entendo que sim, a destinação do produto é relevante para a classificação jurídica do tributo.
Entendo que a efetiva destinação do valor arrecadado do tributo é relevante para determinar a sua legitimidade eis que o produto da arrecadação de tais contribuições é vinculado, ou seja, ele deve ser obrigatoriamente destinado à finalidade a qual a contribuição foi criada.
Entendo que sim, o contribuinte poderá sim pedir a restituição do tributo, eis que a União não respeitou a finalidade do mesmo. Importante observar a dificuldade de prova do contribuinte com relação a tal utilização ou não. Pode-se fundamentar em referido pedido que o artigo 149 da Constituição Federal exigiu uma destinação especifica para o produto de referida contribuição.
4) Sobre as contribuições ao PIS-COFINS no regime não-cumulativo:
a) diferencie \u201creceita\u201d e \u201cingresso de caixa\u201d, manifestando-se acerca da possibilidade de incidência do tributo sobre indenizações e reembolsos;
Podemos extrair a definição de \u201creceita\u201d dos itens 4.25 e 4.29 do Pronunciamento Conceitual Básico (R1) - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro do Comitê de Pronunciamentos Contábeis:
4.25 Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue:
(a) receitas são aumentos nos benefícios econômicos durante o período contábil, sob a forma da entrada de recursos ou do aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumentos do patrimônio líquido, e que não estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais;
4.29 A definição de receita abrange tanto receitas propriamente ditas quanto ganhos.
A receita surge no curso das atividades usuais da entidade e é designada por uma variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros, dividendos, royalties, aluguéis.
Levando-se em conta o conceito de \u201creceita\u201d podemos observar que está se trata de todos os benefícios econômicos obtidos durante o período contábil decorrentes das atividades econômicas da empresa, logo podemos diferenciar a receita do mero ingresso de caixa pois para ser considerada uma receita os ingressos devem ser decorrentes das atividades desempenhadas pela empresa, já um ingresso de caixa é todo aquele valor que vem a ingressar o patrimônio do contribuinte, mas não decorre de suas atividades, como por exemplo os prêmios de seguro, que visam unicamente recompor o patrimônio deste contribuinte por um dano prévio por este suportado.
b) defina em que momento a receita se considera \u201cauferida\u201d para fins de incidência de tributo, manifestando-se criticamente sobre a possibilidade de exigência do PIS-COFINS sobre receitas auferidas e não recebidas (Vide anexos I e II).
Para fins de incidência de PIS-COFINS a receita é considerada auferida no momento da transferência da posse do bem, que geralmente se dá no faturamento deste. Entretanto tal sistemática acaba incorrendo em injustiça, posto que muitas vezes o contribuinte é tributado e tem de recolher o tributo antes que tal beneficio econômico que deu ensejou a tributação esteja de sua posse, ou até que tenha sido registrado em sua contabilidade de maneira própria, situação vivida pelos que utilizam o regime de caixa e não o regime de competência.
5) A Lei Federal n.º 10.865/2004 instituiu a Contribuição para os Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público incidente na importação de produtos estrangeiros ou serviços (PIS/PASEP-Importação) e a Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social devida pelo importador de bens estrangeiros ou serviços do exterior (COFINS-Importação). 
Analisando criticamente o artigo 7º da referida lei, e os enunciados constitucionais, bem que atribuem competência para a União instituir contribuições, bem como o conceito de valor aduaneiro do Decreto n.º 6.743/2009, pergunta-se:
É possível identificar um conceito constitucional de valor aduaneiro? (Vide anexo IX).
Não, em seu texto a lei cria uma espécie de conceito próprio de valor aduaneiro, que servirá para compor a base de calculo do PIS-COFINS Importação.O que compreende o valor aduaneiro para fins de quantificação do PIS-Importação e da CONFINS-Importação?
O valor aduaneiro conforme a lei acima é composto pelo imposto de importação, acrescido do valor do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS incidente no desembaraço aduaneiro e do valor das próprias contribuições.
É possível sustentar a inconstitucionalidade da base de cálculo do PIS-Importação e da CONFIS-Importação constante da Lei Federal n.º 10.865/2004, ou a sua ilegalidade, tendo em vista o que dispõe o art. 110 do CTN? (Vide anexos X e XI)

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