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Resumo de Pediatria A2

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Resumo de Pediatria 
Lucas Silva A2 
1.0 Desnutrição Energético 
Protéica - Luciano 
- Epidemiologia 
 - Países em desenvolvimento, 50,6 milhões 
 de crianças são desnutridas 
 - A OMS estima que 1/3 sofrem com 
 desnutrição e que a metade dos óbitos tem 
 relação com a DEP
 - Estudo avaliando crianças hospitalizadas 
 Em hospitais universitários revelou 
 prevalência de desnutrição 30% e risco 
 nutricional 20%. Desnutrição diretamente 
 ligada a infecção
- Conceito 
 - Estado crônico de carência calórico 
protéica no qual o organismo apresenta 
desacelaração, interrupção ou involução de 
sua evolução normal com prejuízo bioquímico, 
funcional e antatômico
 - Um espectro de condições patológicas 
que emergem da falta coincidente, em várias 
proporções, de proteínas e calorias, que 
ocorrem mais frequentemente em lactentes e 
crianças jovens, e comumente associado a 
infecções
1.1 Desenvolvimento 
- A etiologia é multifatorial 
- Primária: Quando relacionada a 
alimentação (comida)
- Secundária: Quando relacionada as 
doenças subjacentes que levam a quadros 
de desnutrição (cardiopatas, nefropatas) ou 
relacionados a condição financeira, falta de 
alimentos pela pobreza
- Origem multicausa, com suas raízes na 
pobreza, resultado de uma ingesta 
insuficiente, ou fome, e de doenças.
- Fatores que contribuem para a desnutrição 
na criança pequena encontram-se as suas 
necessidades maiores de energia e 
proteínas
 - Baixo conteúdo energético dos alimentos 
 complementares e administrados com 
 frequência insuficiente, disponibilidade 
 inadequada devido a pobreza, infecções 
 de repetição, alimentos muito diluídos e/
 ou não higienicamente preparados
- Más condições de vida -> desnutrição -> 
Deficiências imunológicas e anorexia -> 
Infecção
1.2 Classificação 
A) Específica- Deficiência de algo específico 
(anemia, escorbuto, raquitismo)
B) Global Déficit global (protéico, energético)
C) Secundária Aproveitamento inadequado, 
geralmente devido a uma doença de base 
(síndrome da má absorção) 
D) Intensidade Classificação antiga, feita de 
acordo com os critérios de Gomez (I, II, III 
graus de desnutrição)
1.3 Fisiopatologia 
- Baixa ingestão calórica condiciona 
adaptações a desnutrição
 - Diminuição da atividade física
 - Interrupção do crescimento (peso e altura)
 - Depleção protéica e lipólise
- Continuando o processo adaptativo, as 
anormalidade bioquímicas e manifestações 
clínicas começam a intensificar-se, 
podendo surgir as formas graves da 
desnutrição:
 - Marasmo (deficiência de calorias)
 - Kwashiorkor (proteínas) 
 - E suas manifestações intermediárias
1.4 Forma Clínica 
I) Marasmo � 
- Desgaste (inanição) 
- Estado de má nutrição que resulta em 
deficiência calórica total
- Comum em crianças menor de 1 ano
- Praticamente em todos os países em 
desenvolvimento
 - Causa mais comum a retirada precoce de 
 Aleitamento materno, substituindo-o por 
 fórmulas caloricamente deficiente
 - Na impossibilidade de aleitamento deve 
 substituir por formula específica, mas o 
 que ocorre, de forma errônea, é a 
 substituição pelo leite de vaca diluído em 
 água sem as devidas calorias 
 necessárias, levando ao Marasmo
- Higiene precária e atraso na administração 
de vacina leva ao desenvolvimento de 
infecções recorrentes imunopreveníveis e 
gastrointestinal
 - Levando a um ciclo vicioso, levando ao 
 marasmo
- Déficit de peso e crescimento, atrofia 
muscular extrema, emagrecimento, 
importante com pobreza de tecido celular 
cutâneo e pele enrugada
 - Principalmente nádega e coxas
 - Desaparece a bola gordurosa de Bichat 
 (no rosto) o que caracteriza o Marasmo
Lucas Silva Página � de �1 38 Pediatria 1/2019
 - A apetite está preservada, contrário do 
 Kwarshiorkor. 
 - Anemia e diarréia são comuns; com 
 frequência as crianças apresentam o 
 abdome volumoso. Não há edema nem 
 lesões cutâneas pela desnutrição 
 - Cabelo podem alterar
 - Despigmentação de partes do cabelo
 - Aparecendo faixas brancas
 - Cabelo mais avermelhado ou loiro
II) Kwashiorkor 
 � 
- Vocábulo africano (Gani) significa segundo 
filho
- Doença do primeiro filho quando nasce o 
segundo 
 - Desmame precoce do primeiro filho para 
 amamentar o segundo 
- No Kwashiorkor, pode ter ingestão calórica 
adequada, mas observa-se deficiência 
dietética de proteína
- Apresentação clínica exuberante e mais 
comum no segundo e terceiro ano de vida
 - Estatura e peso menor do que esperado 
 Para a idade
- Apresenta-se consumida, fato este 
observa-se através da musculatura
 - Pode ser mascarado pelo edema
 - Quando se pesa a criança, ela não 
 apresenta baixo peso
- Edema aqui é muito frequente aqui, 
 contrário do Marasmo
 - Considerada manifestação mais 
importante desta síndrome. Qualquer parte do 
corpo. Inicia-se geralmente nos pés e 
ascende pra perna
 - Posteriormente, acomete as mãos e face 
 - Em meninos pode ser notado no saco 
 escrotal
- Alterações mentais/comportamentais estão 
sempre presentes. 
 - Apática, hipoativa, anorética e 
 desinteressada. 
 - Geralmente não sorri, mesmo quando 
 estimulada, e está permanentemente 
 irritada
 - Pele fica despigmentada, 
 desenvolvendo dermatoses em áreas de 
 atrito (região inguinal e no períneo)
 - Surgem áreas de hiperpigmentação que, 
 eventualmente, descamam
- Cabelos apresentam alteração de textura, 
cor (discromias) e são quebradiços 
 - Cabelos pretos tornam-se castanhos ou 
 Avermelhados. 
- Fezes liquefeitas com sangue e com 
alimentos não digeridos.
- Anemia em maior parte dos casos
 - Devido deficiência protéica para síntese 
 de eritrócitos, deficiência de ferro e de 
 ácido fólico, parasitoses intestinais e 
 infecções frequentes
- Hipoalbuminemia e redução das proteínas 
 séricas totais
- Hepatomegalia (esteatose)
- Diferente da criança marasmática a criança 
com Kwashiorkor tem tecido celular 
subcutâneo 
- Comparando os dois, aqui tem quase tudo 
mais presente do que no marasmo
 - Atrofia muscular, edema, hepatomegalia, 
 alteração do crescimento, gordura 
 subcutânea, dermatoses, alteração do 
 cabelo, água corporal, anemia. Só nao tem 
 a mais, a quantidade de PROTEÍNA 
 (ALBUMINA)
A) Kwashiorkor-marasmático 
- A maioria dos casos encontra-se na faixa 
intermediária entre os dois extremos sendo 
muito importante dignosticá-los e impedir a 
evolução
- São as formas mistas, a criança evolui com 
carência na ingestão protéica e/ou 
energética, apresentando característica dos 
dois tipos clínicos
1.5 Principais alterações na DEP 
I) Hidroeletrolítica 
 - Aumento da água corporal total
 - Hiposmolaridade plasmática (hiponatremia 
 dilucional)
 - Aumento dos níveis de Na intracelular 
 - (disfunção da bomba de Na/K)
 - Redução das concentrações de K, Mg, Ca 
 e P (mais evidentes no Kwashiorkor)
II) Metabólica 
 - Proteínas: boa absorção, principalmente 
 de alto valor biológico, baixo conteúdo 
 proteico intra e extracelular, baixa atividade 
 enzimática, queda da síntese de proteínas
 - Não pode dar leite, porque a lactase 
 (enzima) vai estar deficiente causando 
 diarreia- Gorduras: baixa ingestão, digestão 
 deficiente, absorção deficiente levando a 
 esteatorréia, queda dos lipídeos totais, 
 queda de TG e colesterol
 - Hidratos de Carbono: baixa produção de 
 dissacaridades (lactase), levando a má 
Lucas Silva Página � de �2 38 Pediatria 1/2019
absorção de H-C, lesão intestino delgado, 
hipoglicemia
- Água e Eletrólitos: hipotonicidade 
extracelular (edema extracelular), diluição 
intra e extracelular. Tendência a acidose 
metabólica, poliúria-urina hipotônica 
III) Outras alterações orgânicas 
- Alteração da função gastrintestinal 
 - Dissacaridades diminuidas (lactase 
 principalmente)
 - Proteases pancreáticas, amilase e ácidos 
 biliares
 - Crescimento bacteriano no intestino
 - Alterações da função imune - níveis de 
 imunoglobulinas anormais ou 
 aumentadas a custa de infecções 
 repetidas 
 - Função cardiovascular: apesar de 
 diminuída, estão adequadas para a massa 
 corpórea diminuída. O reduzido débito 
 cardíaco condiciona baixas taxas de 
 filtração glomerular
1.6 Conceito/Classificação 
- O emagrecimento é definido pelo peso por 
estatura, e um grau de magreza abaixo de - 
2 desvios padrão (DP) da mediana do 
padrão de referência do NCHS/OMS é 
considerado como patológico
- A baixa estatura é definida pela altura por 
idade e quando abaixo de -2 Desvio padrão 
da mediana do padrão de referência do 
NCHS/OMS, chamada nanismo
- Atualmente, por recomendação da OMS, 
são utilizados os indicadores altura por 
idade, peso por altura e peso por idade 
para a classificação do estado nutricional. 
Os pontos de corte para a classificação do 
estado nutricional são:
 - Desnutrição grave < -3 DP
 - Moderada entre -2 e -3 DP
 - Leve entre -1 e -2 DPS
A) Critério de Gómez (intensidade) 
- O percentil 50 é considerado como 100% do 
peso para a idade. É utilizada para crianças 
de até 2 anos.
 - Exemplo que ele deu: Se a criança tem que 
pesar 10kg e pesa 8kg, ela esta 20% abaixo 
do peso o que classifica uma desnutrição de 
primeiro grau no critério de Gomez
B) Classificação de Waterlow 
-Leva em consideração 2 parâmetros
 - Peso /Altura e a Altura/Idade
-Com esse método é possível avaliar se a 
desnutrição é aguda ou crônica
- Se A/Idade está acima 90% e P/A acima 
de 80% considera-se a criança dentro da 
normalidade 
- Quando a altura apresentada pela criança 
é menor do que a esperada para a sua 
idade, isto é, a relação A/I está abaixo de 
90%, considera-se a criança
 - Cronicamente desnutrida, pois houve 
 uma parada de crescimento
-Quando se observa que 
 Apenas o peso apresentado pela criança 
está abaixa do esperado para altura, 
considera-se a desnutrição como aguda e a 
criança emagrecida
-Conclusão: A classificação de Waterlow 
nos dá mais informações pois é baseadas 
tanto no déficit de peso/altura como no de 
altura/idade.
 - A comparação ideal continua sendo o 
percentil 50 do padrão de referência escolhido
C) Classificação de McLaren (Não cai) 
1.7 Tratamento 
A) Tratamento Psicossocial 
- Criança está sendo alimentada? Comida de 
boa qualidade?
B) Tratamento Clínico 
- Salvar a vida da criança desnutrida
- Abordagem emergencial 
- Corrigir distrúrbios hidroeletrolítico,
 Ácido básico, hipoglicemia, hipocalemia, 
 hipocalcemia
Déficit de Peso Estado Nutricional
≤ 10% Eutrófico
> 10 -24% Desnutrição primeiro 
grau
25 - 40% Desnutrição segundo 
grau
> 40% Desnutrição terceiro 
grau
Lucas Silva Página � de �3 38 Pediatria 1/2019
- Distúrbios criculatórios
- Diarréias graves e infecção
- Reposição de tecidos perdidos 
- Normalização do crescimento e das 
funções psicomotoras prejudicadas pelas 
carências sofridas
- Nesta fase, deve ter atenção quando a 
qualidade dos nutrientes oferecidos quanto 
a biodisponibilidade, potencial de 
sensibilização, custos
- Tratamento é multifatorial, direcionado 
principalmente pela etiologia, isto é, se 
primária ou secundária 
- Em certas situações tratamento hospitalar 
se faz necessário
 - Caso das formas graves, ou quando 
 existem complicações
 - Frequentes em infecções e distúrbios 
 ácido básico e hidroeletrolítico
- Assim no tratamento hospitalar 
podemos evidenciar três fases distintas: 
A) FASE 1 
I) Correção dos distúrbios hidroeletrolíticos 
(DHE),ácido-básicos e das alterações 
metabólicas (hipoglicemia);
II) Tratamento precoce das infecções e 
parasitoses intestinais;
III) Cuidados dietéticos (quando, e se 
necessário: mudança da fórmula láctea, maior 
concentração calórica, eliminação de lactose);
IV) Estimulação psicossocial e motora 
programada;
V) Capacitação materna e envolvimento da 
mãe no tratamento da criança;
VII) Alta o mais precoce possível (para centro 
de recuperação nutricional e 
acompanhamento ambulatorial) para evitar 
infecção!
B) FASE 2 (dietoterapia) 
Objetivo: diminuição das perdas diarréicas 
através da adaptação nas dietas oferecidas à 
criança. Ou seja: dieta hiperproteica e 
hipercalórica. 
I) Internato ou semi-internato (presença 
materna);
II) Recuperação nutricional (dieta e educação): 
superada a fase de risco de vida, geralmente 
restrita aos primeiros 5 a 10 dias, a criança 
deve receber alimentos suficiente para repor 
seus déficits e, em um segundo momento, 
retomar o crescimento. Nesta fase, mais do 
que dietas especiais, de indicação bastante 
específica e, portanto, restrita, é importante 
garantir aporte necessário de calorias e outros 
nutrientes, por intermédio de uma dieta de 
alta concentração calórica e 
progressivamente variada, respeitando a 
aceitação da criança. Uma dieta variada 
geralmente oferecerá inclusive os 
oligoelementos /elementos, frequentemente 
depletados . Caso isto não ocorra, poderá ser 
necessário suplementar a dieta com cobre e 
zinco. No caso das vitaminas, poderá ser 
particularmente importante suplementar a 
dieta com vitamina D. A dieta da criança em 
recuperação nutricional deve oferecer:150 a 
200 calorias/kg/dia,3 a 5g de proteínas/kg/dia,
1 a 2 mg de ferro/kg/dia.
III) Estimulação programada/vínculo (mãe, 
voluntárias)
C) FASE 3 (manutenção) 
Objetivo: maior é o ganho ponderal, 
reposição dos déficits de vitamina e 
estabilização da criança, evitar a reinternação.
- Nesta fase, o envolvimento da mãe e da 
família também é muito importante para a 
criação e fortalecimento do vínculo com a 
instituição que assegurará o seguimento 
ambulatorial do paciente, dando também 
ênfase às informações dietéticas. A família 
deve passar por uma transformação de seus 
hábitos alimentares. Em suma:
 
I) Suplementação alimentar/educação: 
alimentar a criança com maior frequência, 
utilizar preferencialmente proteínas de origem 
animal, dar preferência às dietas de baixo 
custo, adicionar óleos vegetais para aumentar 
o aporte calórico, manter o aleitamento 
materno, complementar a dieta com doses 
profiláticas de vitaminas A e D, e ferro;
II) Tratamento das infecções intercorrentes;
III) Estimulação psico-sensorial e motora 
programadas (mãe, voluntárias);
IV) Vigilância do crescimento e 
desenvolvimento;
V) Capacitação da família, família substituta 
ou institucionalização
1.8 Sinais de Melhora:
- Melhora do humor, criança mais alerta, 
aumento do apetite, desaparecimento do 
edema, ganho de peso e ausência de 
diarréia
Lucas Silva Página � de �4 38 Pediatria 1/2019
1.9 Complicações 
- Morte (10-20% dos casos), ausência de 
ganho de peso, hipotermia constante, anemia 
grave, hipoglicemia, intolerância Alimentar.
A) Síndrome de recuperação nutricional:(falsa piora) - Não é pegadinha!! Só continuar 
tratando sem internar novamente! Ocorre 
durante o tratamento correto dos casos de 
desnutrição graves, sendo mais exuberante 
nos casos de Kwashiorkor, observado entre o 
20° e 40° dia de tratamento. Estas alterações 
costumam regredir por volta da 10ª a 12ª 
semana após o início do tratamento. 
- Não se sabe ao certo a etiologia dessas 
alterações, As manifestações clínicas 
observadas nessa síndrome clínica variam 
de intensidade e as mais comumente 
encontradas são: hepatomegalia (lobo 
esquerdo), distensão abdominal com 
circulação venosa colateral; ascite; fácies 
de lua cheia; alterações de pele e fâneros 
(sudorese intensa em região cefálica, 
hipertricose, unhas com desnível 
transversal, cabelos com pontas mais 
claras) e telangiectasias em face. 
2.0 Obesidade na Infância 
- Introdução 
- Vem aumentando em prevalência não só 
nas populações adultas, mas também em 
crianças e adolescentes
- Ainda mais prevalente nas classes 
econômicas mais altas 
- Na faixa pediátrica, prevalência de excesso 
de peso que variam entre 10.8% e 33.8% 
em diferentes regiões
- A obesidade é uma doença crônica, 
complexa, de etiologia multifatorial e resulta 
de um balanço energético positivo.
 - Associação de fatores genéticos, 
 ambientais e comportamentais
2.1 Prevenção 
- Maneira mais segura de controlar
- Podei iniciar desde a vida intra-uterina até a 
adolescência 
- Sua importância da prevenção na infância 
 decorre da associação da obesidade com 
 doenças crônicas do adulto
A) Pré Natal 
- Identificar os fatores de risco familiares
 - DM, HAS, DCV, CA
- Avaliar e monitorizar o estado nutricional da 
gestante
- Orientar alimentação e estilo de vida
- Previnir o nascimento de RN prematuros ou 
baixo peso
B) Puericultura 
- Avaliar e monitorar peso e estatura 
calculando IMC 
- Preencher as curvas antropométricas 
- Estimular o aleitamento exclusivo até 6 
meses e complementado até 2 anos 
 - Se não possível, indicar uma fórmula 
 infantil 
- Atenção para sinais de saciedade do 
lactente (parar de mamar, fechar a boca, 
desviar a face, brincar e/ou morder o 
mamilo, dormir)
- Identificar os choros (não é sempre fome)
- Orientar alimentação complementar de 
 acordo com as necessidade nutricionais e o 
 desenvolvimento 
 - A importância de verduras, frutas , 
 legumes
- Levar em conta a história familiar de 
 doenças crônicas 
- Esclarecer os pais sobre a importância da 
 educação alimentar
 - Não pular refeições, orientações sobre 
 mastigar, em lugar calmo, evitar alimentos 
 com alta densidade calórica 
- Estimular e orientar o lazer ativo 
 - Lactentes: Rolar, engatinhar, andar
 - Pré escolares: Passeio ar livre, bicicleta, 
 jogar bola, pular corda
 - Escolares e adolescentes: Recreação, 
 esportes em geral, atividade física 
 programada 
 - 2h/dia de TV, computador e videogame 
 - < 2 anos NADA
C) Família 
- Orientar sobre hábitos alimentares 
- Abordar questões relativas ao vínculo
- Estimular a adesão dos pais ao estilo de 
vida
D) Escola 
- Educar e capacitar profissionais envolvidos
- Orientar os pais sobre merenda, avaliar 
alimentos oferecidos na cantina (em relação 
a gordura, açúcar, sal)
- Educação nutricional no currículo 
- Atividade física 
- Envolvimento ativo da família
E) Comunidade 
- Áreas de lazer e esportes disponíveis no 
 bairro
- Promoção de eventos de lazer ativo e 
 esportivo
Lucas Silva Página � de �5 38 Pediatria 1/2019
2.2 Diagnóstico 
- Baseado na:
 - História clínica e nutricional
 - Exame físico detalhado
 - Busca sinais de distúrbios nutricionais e 
 dados antropométricos 
 - Exames subsidiários 
 - Peril lipídico (Colesterol total, triglicérides) 
 repercussões metabólicas (TGO>40, 
 TGP>16), HAS, Hepatopatia gordurosa 
 não alcoólica, síndrome da apneia 
 obstrutiva do sono e síndrome dos 
 ovários policísticos 
 - Asmático tem restrição para realizar 
 atividade física
 - Medição das pregas cutâneas e da 
 circunferência do braço
 - Impedância bioelétrica e absormetria 
 radiológica de dupla energia ou DXA
 A) Anamnese 
 - Tentativas anteriores sem sucesso
 - Antecedentes pessoais 

 - alto ou baixo peso ao nasce
 - ganho de peso acentuado no primeiro 
 ano
 - Anti histamínico, corticosteroides, 
 imunossupressores, psicotrópico
 - Antecedentes familiares
 - Obesidade x doença cardiovascular 
 precoce
 - Pais, avós, tios e tias antes dos 
 55 anos homens e 65 anos mulheres
 - Informações sobre obesidade, HAS, 
 dislipidemias, diabetes e tabagismo
 - Tempo de aleitamento materno (reduz 
 risco de desenvolvimento de obesidade)
 - Adolescentes: 
 - Uso de drogas e álcool (1g=7kcal) 
 - Hábitos alimentos
 - Recordatório das últimas 24h 
 - Dinâmica da refeição
 - Tempo gasto
 - Bullying: Leva ansiedade que aumenta 
 compulsão alimentar logo mais comida
 B) Interrogatório sobre os diversos 
aparelhos 
- Respiração oral, roncos, parada respiratória 
noturna, sibilância, fadiga ao esforço, 
lesões de pele
- Dor ou edema em articulações 
- Hábito intestinal 
- Sono agitado, alterações comportamentais
- Achados em pacientes obesos

 - Acantose nigricans
 - Infecção fúngica
 - Acne, Hirsutismo, pé plano
 - Colelitiase, osteocondrites, refluxo
 - Comum hipovitaminose D por sequestro
C) Exame físico 5 atividades 
1. Peso e estatura - IMC
2. Circunferência abdominal 
 - Avaliação indireta da gordura visceral
 - Ponto médio entre a última costela fixa e 
 a borda superior da crista ilíaca 
3. Prega cutânea tricipital e circunferência do 
 braço
4. Estadiamento puberal 
5. Pressão arterial sistêmica
- Escore 0 a 5 anos incompletos 
A) > Escore z+1 e <= Z+2 Risco de sobrepeso
B) > Escore z+ 2 e <= Z+3 Sobrepeso
C) > Escore z+3 Obesidade
- Escore 5 a 10 anos incompletos 
A) > Escore z+1 e <= Z+2 Sobrepeso 
B) > Escore z+ 2 e <= Z+3 Obesidade
C) > Escore z+3 Obesidade Grave
D) Exames sugeridos na avaliação de 
obesos 
- Glicemia jejum 8 horas
- Perfil lipídico jejum 12 horas
 - Triglicérides >400 não precisa fazer jejum
- Alanina aminotrasferase ALT, ou TGP
 - > 40 deve fazer USG
2.3 Tratamento 
- Abordagem dietética
- MEV 
- Ajustes na dinâmica familiar
- Caso de obesidade grave ou presença de 
morbidade:
 - Equipe multiprofissional (nutrologia, 
 nutricionista, psicólogo, assistente social e 
 educador físico
- Metas 
 - IMC > 95 sinal vermelho
 - Comorbidade sinal vermelho
 - >7 anos sinal vermelho
- Adolescentes perda 0,5kg/semana 
- Crescimento perda 15g/dia ou 450g/mês
Lucas Silva Página � de �6 38 Pediatria 1/2019
- Dietas muito restritivas podem levar:
 - Colelitíase 
 - Hipotensão ortostática
 - Diarréia
 - Halitose
 - Comprometimento da velocidade de 
 crescimento
- Edulcorantes não calóricos
 - Vantagem desse substituto do açúcar e a 
 redução de calorias
 - Situações mais graves DM, intolerância a 
 glicose a substituição se faz necessária
- Bebidas gaseificadas (carbonatadas) e 
 refrigerantes (fosfatados)
 - Causam erosão do esmalte dentário e 
 elevação do risco de doenças ósseasA) Alimentos DIET e LIGHT 
 - Diet 
 - Regimes alimentares especiais
 - Para certa doença
 - Não significa que seja mais saudável ou 
 menos calórico
 - Indica presença de até 0.5g de um 
 nutriente (gordura, proteína, carboidrato, 
 sódio) ou asuência total dele para 100g de 
 produto
- Light 
 - Redução mínima de 25% em 
 determinados nutrientes (açúcares, 
 gorduras totais, saturada, colesterol, sódio)
 - Valor energético, quando comparado ao 
 alimento convencional
- Portanto, alimento DIET NÃO estaria 
indicado para manejo da obesidade infantil
 - Esse alimento não contribui para 
 mudança hábito alimentar
 - E nem redução da ingestão calórica total
 - E possui adoçantes que não sabemos se 
 pode ser usado faixa etária pediátrica (sem 
 estudo prévio)
- Os alimentos light especialmente aquela 
 com redução o conteúdo de gordura, 
 podem ser usados como coadjuvantes no 
 tratamento dietético 
B) Atividade física 
- Diariamente 60 minutos (mínimo)
- Adolescentes exercício de resistência com 
atividade aeróbica
- Crianças deve ser lúdica
- Diminuir tempo de atividades sedentárias
- Os recomendados são de baixo impacto 
poupando articulações (na água de 
preferência)
- Usar escadas em vez de elevador
- Incentivar a criança a ajudar nas tarefas 
domésticas 
- Incentivar intervalos de 5 minutos para 
alongar a cada 30min paradas
- Caminhar ou andar de bicicleta pequenas 
distâncias 
- Incentivar e brincar (jogos recreativos)
- Toda prática de atividade deve ser 
orientada por um profissional de educação 
física, após uma avaliação médica 
criteriosa 
C) Tratamento Medicamentoso 
- Casos que são detectados situações de 
agravo a saúde 
- Outra situação ao invés de medicar, é 
preciso suspender ou substituir pois ele 
leva ao ganho de peso como efeito 
colateral
 - Corticoide 
- Regra geral:
 - Jamais iniciar um tratamento com 
 medicamentos
 - Pelo menos durante 6 meses deve 
 priorizar a forma conservadora
- São eles: 
 - Melhoram depressão, ansiedade e 
 compulsão
 A) Fluoxetina - Depressão - A partir 8 anos
 B) Sertralina - Compulsão - A partir 6 anos
 C) Metformina - Melhorar a sensibilidade a 
 insulina - Idade indefinida 
- Sempre monitorar o tratamento e 
abordagem psicossocial 
3.0 Diarréia Aguda 
- Perda excessiva de água e eletrólitos 
através das fezes, resultando em aumento 
do volume e frequência das evacuações e 
diminuição da consistência fecal
- OMS: Ocorrência de três ou mais 
evacuações líquidas ou semi líquidas em 
quantidade moderada ou grande em 24 
horas
- Lembrar que Lactentes 5-7 vezes é normal 
 - Reflexo gastrocólico exarcebado 
- Conceitos: 
 A) Diarréia Aguda 
 - Má absorção de água e eletrólitos com 
 duração ≤ 14 dias 
 - Infecciosa (maioria)
 - Gastroenterite
 B) Diarréia Persistente 
 - > 14 dias < 30 dias 
 C) Diarréia Crônica 
 - > 30 dias 
 D) Disenteria 
 - Fezes sanguinolentas e com muco, em 
 pequeno volume, associada a tenesmo e 
 urgência fecal (inflamação do cólon)
Lucas Silva Página � de �7 38 Pediatria 1/2019
3.1 Fisiopatologia 
- Desequilíbrio entre processos de absorção 
e secreção de água e eletrólitos no intestino 
 Ocasionado por uma redução da absorção, 
 aumento da secreção ou por ambos 
- Quando os mecanismos de defesa do trato 
 digestivo, como acidez gástrica, muco, a 
 flora bacteriana, peristaltismo e o sistema 
 imune local não consegue impedir a ação 
 patogênica de microorganismos, há 
 inversão do fluxo normal de líquidos e 
 consequentemente diarréia 
 - Citou sistema galtico (?)


A) Diarréia osmótica 
 Enteropatógenos -> lesão do epitélio -> 
queda atividade dissacaridades -> diminuição 
da digestão/absorção dos açucares (e 
aumento da fermentação pela microbiota 
intestinal) -> aumento da osmolaridade 
luminal -> aumento conteúdo líquido fecal -> 
Diarréia osmótica 
- Diminuição pH fecal = eritema perianal
- Mais gases - distensão abdominal - colica - 
fezes explosivas 
- Melhora com jejum
- Clinitest (detecta açúcar nas fezes) 
B) Diarréia Secretora 
 - Laxantes, deficiência lactose, má absorção 
Glicose-galactose -> secreção de água e 
eletrólitos pelos enterócitos
 - Maior volume fecal, rápida desidratação
- Toxinas bacterianas, ação direta patógenos 
 - Aumenta GMPc, AMPc, Ca2+ 
 -> Secreção de água e eletrólitos pelos 
 enterócitos 
 - Maior volume fecal, rápida desidratação
C) Diarréia Invasiva 
- Ativação AMPc - E.coli enterotoxigênica
- Ativação GMPc - E.coli, Yersinia
- Mecanismo Cálcio dependente - C.Difficile, 
neuroblastoma, tumor carcinóide 
3.2 Quadro Clínico 
A) Diarréia não inflamatória

- Diarréia aquosa que pode chegar a mais 
de 1l/dia, autolimitada, não cursa com dor 
abdominal intensa, sangue e pus. Febre é 
variada
B) Diarréia inflamatória 
 - Invasão da mucosa colônica 
 - Pode se apresentar como diarréia 
 aquosa ou disenteria. Disenteria é 
 frequente, fezes com pouco volume, com 
 muco, leucócitos (>5/c) ou sangue, 
 podendo ser acompanhada de febre, dor 
 abdominal intensa e tenesmo, prolapso 
 retal
3.3 Etiologia 
- Diversos patógenos: vírus, bactérias, 
protozoarios 
- Variação regiões, faixa etária, condições 
higiênicos sanitárias, competência 
imunológica
- Países desenvolvidos: Vírus principalmente 
(rotavírus)
- Países em desenvolvimento: Bactérias, 
rotavírus
A) Rotavírus
- Principal causa de diarréia em <2a
 - Incubação 48-72
 - Países desenvolvidos e subdesenvolvidos 
 - Aumenta em período frio e seco
 - Vários sorotipos, sendo G1 e G4 os de 
 maior importância
 - Via fecal - oral 
 - Excretado nas fezes antes e após a 
 doença
 - Responsável por surtos em creches e 
 hospitais
 - Diarréia osmótica
 - Diarréia secretora
 - Vômitos, febre, fezes líquidas e 
 abundantes, desidratação
 - Duração 2-8 dias
 - Diagnóstico: Elisa (sensibilidade 90% 
 grupoA)
 - Prevenção: 

 - Vacinação, Higiene pessoal e 
doméstica, lavar as mãos, desinfetar 
superfícies, evitar que alimentos cozidos entre 
em contato com alimentos crus, água filtrada, 
destino adequado do lixo
B) Bactérias 
 A) Escherichia Coli 
 - Gram -, cepas patogênica são subdividas 
 segundo o mecanismo básico de interação 
 com a mucosa intestinal 
 - Principais: 
 - E. Coli Enterotoxigênica (ECET)
 - E. Coli Enterohemorrágica (ECEH) 
 
 I) E. Coli Enterotoxigênica (ECET) 
 - Principal causa de diarréia bacteriana 
 no Brasil
 - Disbiose por uso de antibiótico prévio 
 facilita infecção (?)
 - Prevalente em países em 
 desenvolvimento
 - Todas as faixas etárias 
 - Diarréia do viajante
 - Não lesam ou invadem a mucosa 
 intestinal
 - Produz enterotoxinas 
Lucas Silva Página � de �8 38 Pediatria 1/2019
 - LT (termolábel) e ST (termoestável)
 Estimulam AMPc e GMPc
 - Diarréia abundante, aquosa, 
 
 explosiva variando de moderada a grave
 - Afebril, com náuseas e dor abdominal
 - Autolimitadaduração 5 dais, podendo 
 prolongar-se até 3 semanas
 II) E. Coli Enterohemorrágica (ECEH) 
 - Transmissão: carnebovina mal passada e 
 leite não pasteurizado 
 - Citotoxinas: Shiva-Like que se ligam a 
 receptores intestinais e renais 
 - Diarréia sanguinolenta, dor abdominal em 
 cólica, vômito
 - Síndrome hemolítico urêmica (10%) 
 sorotipo 0157:H7: anemia hemolítica, 
 trombocitopenia, insuficiência renal 
 - Crianças entre 5-9 anos e adultos
 - Duração 1 a 24 dias 
 - Febre ausente ou baixa 
 - Pode simular abdome agudo 
 
III) Shigella 
 - Gram - com capacidade invasora e de 
 produzir citotoxina e neurotoxina
 - Principal causa de disenteria (diarréia com 
sangue e pus) (S.flexneri) 
- Evacuação de pequeno volume, alta 
frequência, inicialmente aquosa, evoluindo 
pra sangue, muco e pus. Associado a 
tenesmo e cólicas
- Autolimitada 5-7 dias
- Pródromos: cefaléia, mal estar e anorexia
- Altamente contagiosa (fecal oral)
- Crianças entre 1 - 4 anos
- Pode ter disseminação hematogênica -> 
septicemia (imunocomprometidos)
- S.Dysenteriae > shigatoxina > SHU
- Manifestações neurológicas (40%)
 - Convulsão, rigidez de nuca, SIADH
IV) Salmonella sp 
- Gram negativo - 
- Incubação 6h -10 dias
- Causa frequente de surtos de diarréia 
associados a intoxicação alimentar 

(carne, ovos, leite, aves, maionese)
- Crianças menores de 5 anos, 
principalmente 
- Enterocolite, cefaléia, dor abdominal, febre 
súbita, septicemias, meningite, 
osteomielite, pneumonia, endocardite
- Osteomielite

 - Principal causa estafilo aureus
 - Portador de anemia falciforme é a 
 salmonella
V) Campylobacter Jejuni 
- Gram -
- Invasão e produção de endotoxina citolítica
- Incubação 24-72h
- Mialgia, febre, cefaléia, dor abdominal, 
diarréia de início abrupto, muco e sangue 
nas fezes
- Septicemia, SHU, megacolón toxico, 
meningite(RN), Guillain Barré, artrite reativa
VI) Vibrio Cholerae
- Bacilo gram -
- Sorogrupo 1 é o unico patogênico
- Incubação horas a 5 dias 
- Gastroenterite leve/moderada a grave com 
vômitos > perda de agua e eletrólitos > 
choque hipovolêmico e óbito
- Súbito, diarréia aquosa, amarelo-
esverdeadas, odor de peixe, sem muco ou 
sangue, riziformes (forma de arroz). Afebril, 
dor abodminal e câimbras
VII) Clostridium Difficile
- Bacilo gram positivo
- Transmissão interpessoal
- Infecção nosocomial (permanecem viáveis 
em objetos por período prolongados) 
- Colite pseudomembranosa:
 - Fezes disentéricas, com sangue, muco, 
 dor abdominal intensa, febre e 
 desidratação importante, pode evoluir para 
 megacolón toxico e óbito
 - Antibioticoterapia (pode perdurar meses)
VIII) Aeromonas 
- Gram - 
- Faixa etária <2 anos 
- Transmissão fecal-oral (água)
- Acomete principalmente imunodeprimidos 
- Diarréia líquida e disenteria, dor abdominal 
e vômitos. Pode simular colite ulcerativa
3.4 Quadro Clínico 
- Depende da idade, estado nutricional, 
competência imunológica e grau de 
patogenicidade do agente 
- Do sintomas
- Menor a idade e pior o estado nutricional: 
pior a gravidade
- Tipo de diarréia secretora, osmótica, 
inflamatória ou não inflamatória
3.5 Complicações 
- Desidratação
- Desnutrição
- Distúrbio Hidroeletrolíticos e ácido básico
- Insuficiência renal aguda
- Síndrome hemolítico urêmica 
- Convulsões 
- Perfuração da mucosa intestinal e peritonite
- Meningoencefalite
- Septicemia 
Lucas Silva Página � de �9 38 Pediatria 1/2019
3.6 Diagnóstico 
- Maioria não há necessidade exames 
complementares
 - Indicações:
 - Evolução grave
 - Comprometimento do estado geral
 - Lactentes muito jovens, desnutrição 
 grave, imunossuprimidos
 A) Hemograma: 
 - Suspeita de sepse
 B) Bioquímica 
 - Desidratação grave com necessidade de 
 reposição IV 
 - K, Na, Cl
 - Uréia, creatinina e glicose de acordo 
 com o quadro clínico
 C) Gasometria Arterial 
 - Suspeita clínica de acidose metabólica
 D) EPF 
 - Determinação de parasitas 
 - História de viagem recente em área 
 endêmica
 - Surto de diarréia 
 - Imunodeprimidos 
- Sangue e leucócitos nas fezes 
 - Invasão do epitélio intestinal 
 E) Pesquisa de vírus nas fezes 
 - Método imunoenzimáticos (ELISA)
 F) Coprocultura 
 - Infecções disseminas, surtos, 
 imunodeprimidos, criança com doença 
 crônica, quadro grave, paciente baixa 
 idade, extraintestinal, diarréia com 
 sangue e quadros que prolongam 
3.7 Tratamento 
- Doença autolimitadaç
- Sintomáticos para diarréia, vômitos ou 
cólicas
- Antibioticoterapia (maioria das vezes são 
desnecessários)
- Prevenir e repor as perdas fecais de água e 
eletrólitos 
- Proporcionar um aporte protéico suficiente 
para impedir instalação ou agravo da 
desnutrição
- Maioria dos casos 
 - Terapia de reposição oral (TRO) 
 realimentação precoce
- Zinco - OMS: casos de diarréia aguda 
(10-14dias) reduz a duração da gravidade 
da doença 
 - 10mg < 6 meses
 - 20mg > 6 meses
- Probióticos: microrganismos vivos que 
interagem com a microbiota intestinal 
havendo a repopulação defasada no 
quadro clínico. 
- Racecadotrila (Tiorfan) 
 - Inibidor da encefalinase, reduz a secreção 
 intestinal de água e eletrólitos que se 
 encontra aumentada
 - Trata-se de medicamento com eficácia e 
 segurança, que não interfere na motilidade 
 intestinal 
4.0 Hidratação e 
Desidratação Aguda 
- Água endógena
 - 60% da massa corporal (1 a 12 anos)
 - 40% intracelular
 - 20% no extracelular 
- Recém nascido pré termo 80%
- RN a termo 75%
- Diminui com a idade
4.1 Tipos de Desidratação 
1) Desidratação Hipertônica 
- Tipo menos frequente de desidratação 
(2-10%)
- Perda excessiva de água em relação ao 
sódio
- [ ] de sódio > 150mEq/l
- Osmolaridade plasmática maior que 310 
mOsm/l
- Causas: reposição com solução 
hipertônicas, diabetes insípidos, diurético 
osmóticos
- Perda de água intracelular: 
 - febre alta, sede intensa, irritabilidade, 
 meningismo, convulsões e coma
- Sinais discretos de hipovolemia
- Tratamento de risco: osmóis idiogênicos
- Pode levar a edema cerebral - pode 
ocorrer devido hidratação errada 
2) Desidratação Isotônica 
- Tipo mais comum
- Há uma perda homogênea de sódio e água
- Sem alterações na osmolaridade sérica
- Concentração de sódio entre 130 a 
150mEq/l
- Principal causa de diarréia e vômitos
- Manifestação clínica de acordo com a 
intensidade das perdas hídricas 
1) Desidratação Hipertônica + soluto e - 
água
2) Desidratação Isotônica soluto = água 
3) Desidratação Hipotônica - soluto + água
Lucas Silva Página � de �10 38 Pediatria 1/2019
3) Desidratação Hipotônica 
- Perda excessiva de sódio em relação a 
água
- [ ] de sódio menor que 130mEq/l
- Osmolaridade plasmática menor que 
280mOsm/l
- Causas: diarréia e vômito associados a 
desnutrição grave, reposição com soluções 
hipotônicas, perda excessiva de suco 
gástrico 
- Sinais de hipovolemia marcantes e 
precoces (alteração do estado geral, 
inquietude e ansiedade, extremidades frias 
e cianóticas, pulso rápido e débil, oligúria)
- Edema SNC - agitação, convulsões e coma
4.2 Classificação da Desidratação 
- De acordo com a porcentagem de redução 
do peso corpóreo
A) Grupos de risco 
 - Plano A 
 I) Dar mais líquido do que o 
 habitualmente, para previnir a 
 desidratação
 - (soro, suco, sopa, sais de reidratação 
 oral, após cadaevacuação diarreica) 
 II) Manter a alimentação habitual para 
 prevenir a desnutrição
 - continuar leite materno ou o habitual, 
 manter dieta normal para maiores de 4m
 III) Se o paciente não melhorar em dois 
 dias ou se apresentar qualquer um dos 
 sinais abaixo. Procurar médico 
 1) Piora da Diarréia
 2) Vômitos repetidos
 3) Muita sede
 4) Recusa de alimentos
 5) Febre 
 6) Sangue nas fezes
 IV) Pacientes devem receber soro oral no 
 domicílio se:
 - Estiverem desidratados e recebem alta
 - Não puderem voltar ao hospital 
 - Vieram de áreas afetadas por cólera
 
 - Plano B 
 - Para prevenir a desidratação por via 
 oral
 I) Administrar sais de reidratação oral 
 (SRO)
 - A quantidade ingerida depende da 
 Sede
 - SRO deverá ser dado direto até que 
 desapareçam os sinais de 
 desidratação 
 - Apenas como orientação inicial, o 
 paciente deverá receber 50-100ml/kg 
 no período de 4-6 horas 
 II) Observar o paciente continuamente 
 durante a reidratação e ajudar a família a 
 dar o soro oral
 III) Durante a reidratação reavaliar o 
 paciente, usar o quadro para avaliação do 
 estado de hidratação do paciente 
 - Se não apresentar sinais de 
 desidratação, use o plano A
 - Se continuar desidratado, repetir o 
 plano B por mais 2 horas e reavaliar 
 - Se o paciente evoluir para desidratação 
 com choque, passar para o plano C
 IV) Aproveitar a permanência do paciente 
 ou acompanhante no serviço de saúde 
 para ensinar a
 - Reconhecer os sinais de desidratação 
 - Preparar e administrar o SRO 
 - Praticar medidas de higiene pessoal e 
 domiciliar 
 - Pacientes desidratados deverão 
 permanecer na unidade de saúde até a 
 reidratação completa 
 
 - Plano C 
 - Para prevenir a desidratação grave
 I) Tratamento menores de 5 anos 
 - Solução 1:1 
 - 1/2 soro glicosado 5%
 - 1/2 soro fisiológico 
 - Volume total 100ml/kg
 - Tempo de administração 2horas
Leve Perda ponderal até 5%
Moderada Perda ponderal entre 5 
e 10%
Grave Perda ponderal acima 
de 10% - desidratação 
grave
Lucas Silva Página � de �11 38 Pediatria 1/2019
- Avaliar o paciente continuamente, assim 
que ele puder beber, iniciar SRO, mantendo 
hidratação por via venosa 
 - SG 5% 4:1 SF 100ml/kg/24h
 + KCL a 10% 2ml/100ml 
II) Tratamento para paciente maiores de 5 
anos 
 Solução 1:1 
 - Soro fisiológico 30ml/kg 30 min
 - Ringer lactato ou solução polieletrolítica
 70ml/kg 2 horas e trinta minutos 
 - Avaliar o paciente continuamente, se não 
estiver melhorando, aumentar a velocidade 
da infusão 
- Fase de manutenção 
 - Quando o paciente puder beber 
 (geralmente 2-3 horas), iniciar o soro oral 
 mantendo a hidratação por via endovenosa 
 com 20ml/kg/dia 
 - Observar o paciente durante pelo menos 6 
 horas 
 - Retirar a via endovenosa somente quando 
 o paciente puder ingerir SRO suficiente para 
 se manter hidratado
 - Lembrar que a quantidade de SRO a ser 
ingerida é maior nas primeiras 24 horas do 
tratamento, especialmente os que tiveram 
desidratação grave
- Como orientação, considerar a quantidade 
média de SRO necessária para estes 
pacientes: entre 250-500ml (SRO/kg de 
peso/24horas) 
- Os pacientes que estiverem desidratados 
deverão permanecer no serviço de saúde 
até não haver perigo de voltar a desidratar 
- Tinha esse slide logo em seguida no plano C 
- PROVA - Classificar e conduta 
4.3 Terapia Reposição Oral 
- Recomenda-se que a reidratação seja feita 
com a solução preconizada pela OMS ou 
com soluções industrializadas cujas 
concentrações de seus constituintes 
estejam dentro das faixas recomendadas 
pela OMS
- PROVA - Quais elementos diminuíram para 
nova osmolaridade? 
 - SÓDIO *75, GLICOSE 75* E CLORO 65*
 - Com nova osmolaridade de 245
- SRO: velocidade de 20-30ml/kg/h até 
 reidratação 
- Na presença de náusea ou vômito reduz a 
velocidade para 15ml/kg/h e aumentar 
gradativamente 
- TRO via SNG 
 - Indicações

 - Insucesso VO - perda de peso após as 
 duas primeiras horas de tratamento
 - Vômitos persistentes (mais de 4 
 episódios em uma hora)
 - Recusa persistente da solução
 - Contra indicações 
 - Situações que não permitam a ingestão 
 Oral
 - Ausência de ganho ponderal após 2h 
 com SNG
 - Vômitos persistentes após uso de SNG
 - Íleo paralítico
 - Suspeita de processo infeccioso grave
 - Presença de sinais de irritação peritoneal 
 - Choque hipovolêmico
5.0 Parasitoses Intestinais I 
- São muito frequentes na infância, 
principalmente em pré-escolares e 
escolares 
- Cerca de 55% das crianças do brasil são 
poliparasitadas
- Sua transmissão depende das condições 
sanitárias e de higiene. 
 - Além disso, muitas dessas parasitasses 
 relacionam-se a déficit no desenvolvimento 
 físico, cognitivo e desnutrição
- Grande pare de enteroparasitoses não é 
diagnosticada, visto serem muitas vezes 
assintomáticas 
 - Dificultando controle de sua transmissão
- Mais comuns: 
 - Giardia lamblia, Ascaris lumbricoides, 
 trichuris trichina e ancylostomas duodenalis
Lucas Silva Página � de �12 38 Pediatria 1/2019
- Entamoeba coli e Endolimax nana são 
parasitas frequentemente encontrados nos 
exames coproparasitológicos. Porém, são 
comensais, normalmente não tendo ação 
patogênica - Não se Trata
- Baixa proporção de crianças infectadas no 
primeiro ano de vida
 A) Ascaris sp: entre o primeiro e o segundo 
 ano de vida 
 B) Tricuros: a partir do 2 ano
 C) Giradíase, há maior prevalência nas 
 idades menores (2 a 6 anos), do que na 
 faixa etária de 10 a 15 anos
 D) Strongyloides entre 1 e 7 anos
- Eles podem levara a desnutrição
- Sempre atentar durante início de 
corticoterapia 
 - Devendo administrar anti helminto 
- Pensar sempre em parasitose
- Solicitar exame e técnica diagnóstica
 - Deu negativo? E suspeita clínica 
 permanece? Repetir o exame
5.1 Exame EPF (Padrão ouro) 
- Simples e específico
- Escolha do método depende da 
consistência das fezes no momento da 
coleta
 A) Fezes diarréicas ou disentéricas 
 - Predominio trofozoítica > exame direto
 B) Fezes bem formadas 
 - Predominio císticas > técnicas 
 de concetração (faust ou ritchie)
 
- Lembrar que os trofozoítas e cistos 
(principalmente G. Lamblia), são eliminados 
de forma intermitente, sendo recomendado, 
a coleta de >= 3 amostras em 7 dias
5.2 Provas Específicas 
- Métodos sorológicos
- Biópsia jejunal e microscopia do líquido 
aspirado, exame de escarro e do lavado 
bronco alveolar 
- Enterotest (pesquisa de G lamblia no suco 
duodenal): diarréia crônica, DEP e exames 
parasitológicas negativos 
- Elisa 
- Biologia molecular por PCR
5.3 Exames inespecíficos 
- Hemograma (anemia, eosinofilia)
- Ferritina (anemia hipocrômica)
- RX abdômen
- EDA (alterações da mucosa intestinal)
- USG Abdominal (obstrução árvore biliar e 
abcesso hepático)
- Em poliparasitados, tratar inicialmente os 
parasitas comrisco de migração e os que 
provocam maior repercussão clínica
- Usar drogas com amplo espectro
- Excluir parasita intestinal com capacidade 
de disseminação 

 - A. lumbricoides e S. strecolaris 
 - Em pacientes que irão submeter-se a 
 procedimentos cirúrgicos sob anestesia 
 geral ou iniciar quimioterapia 
5.4 Tratamento
- Concomitante ao tratamento específico, 
deve-se corrigir anemia, déficits 
nutricionais, além do tratamento dos 
contactantes, como na enterobíase
- Exame de fezes: 7-14-21 dias após 
término do tratamento 
5.5 Profilaxia 
- Condições adequadas de banheiros
- Adequada higiene pessoal
- Tratamento de pessoas infectadas 
- Cozinhar adequadamente carne bovina e 
suína
- Lavar as mãos
- Cortar as unhas 
- Não ingerir legumes, verduras e frutas 
antes de lavá-las de maneira correta
- Água quando não for tratada, encanada 
deve ser previamente fervida 
- Manter o lixo coberto 
- Erradicar as moscas e baratas
Lucas Silva Página � de �13 38 Pediatria 1/2019
6.0 Parasitoses Intestinais II 
1) Giardia Lamblia - Trofozoíta - 
TINIDAZOL (Remédio) 
- Protozoário flagelado parasita cavitário
- Transmissão 
 - Ingestão de água não tratadas; alimentos 
contaminados com água de esgoto; alimentos 
contaminados por vetores mecânicos; mão 
contaminadas com fezes, transmissão sexual
- Afeta principalmente 8m aos 12 anos
- Pode ter surto em ambiente fechado 
(creche e abrigos0
- O Cisto resiste até 2 meses em boas 
condições de umidade
- Patogenia 
 - Provoca diarréia e má absorção intestinal
 - Adere-se as microvilosidades do intestino 
 delgado através de seu disco ventral 
 sectorial e impede a absorção de nutrientes 
 - Desencadeia resposta inflamatória e imune 
 com produção IgA e IgE que ativa 
 mastócitos e libera histamina > edema > 
 aumento de motilidade > diarréia 
- Quadro Clínico 
 - Maioria assintomática e autolimatada 
 podendo haver eliminação de cistos na 
 fezes por longos períodos
 - Diarréia, aquosa, explosiva, com odor 
 fétido e dor abdominal - diarréia dos 
 viajantes 
 - Crianças pequenas:

 - Diarréia, esteatorréia, irritabilidade , 
 náuseas, vômitos - são comuns em 
 crianças pequenas
- Quadros crônicos estão associados a 
desnutrição - má absorção de gorduras e 
vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K), B12, 
ferro, xilose, lactose 
- Diagnóstico 
 1) Parasitológico 
 2) Imunológico 
 - No soro - ACs por ELISA ou IFI
 - Nas fezes - Ags por ELISA 
 3) Molecular
 - Amostras de água - pesquisa de DNA 
 parasitário por PCR 
- Tratamento 
 1) Tinidazol 50mg/kg em dose única (5 dias) 
 - Tratamento para giardíase de 
sintomáticos e assintomáticos, 
frequentadores de creche (cuidadores de 
crianças) reduz significativamente a 
prevalência da doença após 6 meses de 
tratamento 
 2) Metronidazol (>1 ano) 
 3) Albendazol (>2anos) 
2) Ascaris Lumbricoides - Albendazol 
- Geralmente não causa distúrbios intestinais 
graves 
- Pode provocar alergias respiratórias, 
pneumonia e processos obstrutivos 
- Ovos são eliminados com as fezes
 - Embrionamento do parasito se dá no 
 ambiente 
- A ingestão do ovo com a larva infectante 
(água, alimentos contaminados), eclosão 
intestinal e migração larval pelos vasos do 
peritônio até os pulmões -> traqueia -> 
faringe -> são engolidos -> digeridos e os 
ovos eliminados nas fezes
- Patologia 
 - Migração pulmonar
 - Microhemorragias 
 - Pneumonia eosinofílica
 - Pneumonia bacteriana secundária
 - Obstrução intestinal 
 - Localização errática 
 - Inflamação em olhos e ouvido médio
- Sinais e sintomas 
 - Dor abdominal
 - Eosinofilia
 - Irritabilidade
 - Alternância entre diarréia e constipação
 - Reação alérgica
 - Anemia e emagrecimento 
 - Visualização nas fezes, boca ou nariz
 - Síndrome de Loeffler
 - Febre, tosse (estertores) e eosinofilia
 - O acúmulo de eosinófilos no tecidos 
 pulmonar em resposta a parasitose 
 - Tratamento 

 1) Albendazol - 400mg - Dose única 
 - Repetir após 1 semana 
 2) Ivermectina (verme adulto) 
 3) Mebendazol 
3) Toxocara Canis (Toxocaríase) Albendazol 
- Parasita natural do cão, gato, coelhos
- Não desenvolve ciclo completo no homem
- Provoca no homem a chamada síndrome 
da larva migrais visceral e/ou ocular
 - LMV e LMO 
 A) LMV - febre, hepatomegalia, 
 manifestações pulmonares 
 B) LMO - acometimento unidateral, 
 endoftalmia crônica, granuloma 
 periférico posterior (5 a 10 anos maior 
 incidência)
 C) Toxocaríase oculta: tosse, dor 
 abdominal, rash cutâneo, distúrbios do 
 sono (incidência em adultos)
- Homem é um hospedeiro acidental
- Infecção:
 - Ingestão de ovos larvados, carnes, 
 vísceras mal cozidas
Lucas Silva Página � de �14 38 Pediatria 1/2019
- Patologia 
 - Migração errática é a principal 
 característica da infecção no homem
 - Fígado, pulmões, cérebro, olhos e 
 linfonodos
 - Formação de granuloma eosinofílico
- Diagnóstico 
 - Clínica 
 - Eosinoflia elevada, febre e 
 hepatomegalia
 - Laboratorial 
 - Hemograma (eosinofilia)
 - Eosinofilia (LMV>LMO)
 - Hipergamaglobulinemia
 - Elevação de isohemaglutininas anti A e 
 anti B 
 - Técnicas ELISA test Western blotting, 
 Imunohistoquímica
- Tratamento 
 - Albendazol
 - Antiinflamatorios esteroides (casos 
 oculares) 
 - Profilaxia 
 - Tratamento dos cães infectados
 - Prevenção da contaminação ambiental
 - Educação sanitária 
4) Trichuris Trichiura - Albendazol 
- Alta prevalência em regiões quentes e 
úmidas, principalmente em escolares
- Associada a geofagia 
- Transmissão: Ingestão de ovos maduros
- Patologia 
 - Maioria dos casos são assintomáticos 
 - Processo irritativo das terminações 
 nervosas locais estimulando o aumento do 
 peristaltismo e dificultando a reabsorção de 
 líquidos 
 - Infecções intensas e crônicas 
 - Dor abdominal, sangramento, tenesmo 
 e prolapso retal 
 - Infecções moderaras:
 - Colite, dor abdominal, disenteria 
 crônica, sangue e muco nas fezes 
 - Alterações sistêmicas: Hiporexia, vômito, 
 eosinofilia, anemia, má nutrição e 
 retardamento do desenvolvimento 
 - Tratamento 
 - Albendazol 400mg - dose única a cada 6 
 meses
 - Mebendazol 
5) Ancilostomíase - Albendazol 
- Doença do Jeca Tatú
 “Ele não é assim, ele está assim”
- Pode dar amarelão
- Os vermes adultos habitam o intestino 
 delgado e ovos são expulsos com as fezes 
 - Ovo em condições favoráveis (calor e 
umidade) tornam se embriagados 24h após a 
expulsão 
- Pode penetrar através da pele do homem, 
 denominada larva filarióide infectante 
- Ciclo de vida 
 - A larva penetra através da pele atinge a 
 circulação migrando para coração e alvéolo 
 pulmonares de lá segue para traquéia vai 
 para o estômago -> intestino (onde 
 transforma em adultos) -> fezes -> ovos 
 eclodem no solo
- Manifestações Clínicas 
 - Depende do estado nutricional, da etapa 
 de migração do parasita e da carga 
 parasitária 
 - Dermatite pruriginosa (fase invasiva) 
 - Pneumonite eosinofílica ou Síndrome de 
 Leoffler- Hemorragias (tem dentes pode ter 
 espoliação sanguínea), perversão do 
 apetite 
 - Diarréia ou constipação intestinal 
 - Anorexia, polifagia e anemia (decorrentes 
 da fixação do verme adulto) 
 - Crianças, com elevada carga parasitária:
 - Déficit pôndero estatura 
 - Baixo rendimento escolar 
 - Atraso desenvolvimento psíquico 
- Profilaxia 
 - Uso de calçados, evitando contato direto 
 com solo contaminado
- Tratamento 
 - Albendazol (ovicida, larvicida, vermicida)
 - 400mg, dose única
6) Enterobius Vermicularis - Albendazol 
- Enterobíase, oxiurose, oxiuríase
- Incidência não relacionada com nível 
socioeconômico da população
- De ambientes domésticos e coletivos 
fechados
- Somente a espécie humana alberga o 
parasito
 - Ovos nas pregas perianais larvas nos 
ovos maturam em 4 a 6 horas. Há ingestão de 
ovos com embrião. Larvas eclodem no 
intestino. Fêmeas migram para região perianal 
- Fêmeas eliminam ovos na região perianal
 - Que gera o prurido 
- Ovos resistem até 3 semanas em 
ambientes doméstico
- Hábito de sacudir roupas de cama
- Mulheres pode ser encontrado na vagina, 
útero e bexiga
- Transmissão 
 - Heteroinfecção, auto infecção externa oral 
 ou direta, auto infecção interna (retal), auto 
 infecção externa, anal ou retroinfecção 
Lucas Silva Página � de �15 38 Pediatria 1/2019
- Sinais e sintomas 
 - Prurido anal (noturno: perda de sono e 
 nervosismo)
 - Náuseas, vômitos e dor abdominal 
 - Presença nos órgãos genitais femininos: 
 vaginite, ovarite e salpingite 
- Diagnóstico Clínico 
 - Anamnese pode ser sugestiva, prurido 
 anal noturno, visualização dos parasitos 
 pelo paciente ou a inspeção 
- Diagnóstico Laboratorial 
 - Exame de fezes (EPF pouco sensível)
 - Swab anal (métodos Graham ou Hall)
- Profilaxia 
 - Tratamento de todas as pessoas 
 parasitadas
 - Corte rente das unhas
 - Roupa de dormir e de cama não devem 
 ser sacudidas e sim enroladas e lavadas 
 em água fervente 
- Tratamento 
 - Albendazol 400mg dose única 
7) Strongyloides Stercoralis - Albendazol 3 
dias 400mg, 12/12hs 
- Formas de Transmissão 
 A) ATIVA 
 - A infecção do homem geralmente ocorre 
 pela penetração ativa das larvas filarióides 
 através da pele 
 - Pele -> vasos -> coração -> pulmão -> 
 ascensão bronquíolos -> brônquios -> 
 traquéia -> faringe -> deglutida -> TGI -> 
 verme forma adulta 
 - Eliminação por meio das fezes 
 B) PASSIVA 
 - Ingestão de água ou alimentos 
 contaminados
 C) Auto Infecção Exógena 
 - Através da pele da região perianal 
 D) Auto Infecção Endógena 
 - Na luz do próprio intestino, durante seu 
 trânsito intestinal 
 - Há transformação de larvas rabditóides em 
 larvas filariformes 
- Manifestações Clínicas 
 A) Gerais 
 - Sintomas dependem geralmente do grau 
 de infecção e das condições nutritivas do 
 hospedeiro humano 
 - Irritabilidade, depressão, inapetência, 
 emagrecimento, febre
 - Prurido, edema
 Importante*
 - Hiperinfecção através do mecanismo de 
 auto endo infecção, as larvas disseminam- 
 se através da corrente sanguínea a todo o 
 organismo 
 - Caracteriza-se por intensa e difusa dor 
 abdominal, vômitos, diarréia ou disenteria, 
 íleo paralítico, síndrome de choque 
 associados a hipoproteinemia e 
 hipopotassemia 
- Comprometimento do estado geral, de 
qualquer natureza, e o emprego de 
corticosteróides e imunodepressores estão 
associados com ocorrência de formas 
graves dessa parasitose 
- Tratamento 
 - Albendazol 
 - 400mg, 12/12h por 3 dias
 - Ivermectina 
 - ( Hiperinfecção) paralisia 
 muscular - 200mcg/kg/dia por 2 dias 
8) Entamoeba Histolytica - Metronidazol ou 
 Nitazoxanida 
- Duas espécies
 A) E. Histolytica (patogênica) 
 - 100% assintomáticas 
 B) E. Dispar (portadores sadios)
 - 80% assintomáticas
- Transmissão 
 - Ingestão de cistos (água ou alimentos 
 contaminados) ou pelo contato direto 
 (manipuladores de alimentos)
 - Trofozoítos -> adesão -> lise de células da 
 mucosa intestinal -> penetração -> 
 citotoxicidade 
- Manifestações 
Lucas Silva Página � de �16 38 Pediatria 1/2019
 - Amebíase intestinal invasiva
 - Não complicada (colite não disentérica 
 e disentérica fezes mucosanguinolentas, 
 cólicas abdominais e tenesmo, afebril ou 
 <38oc
 - Complicada (hemorragia, perfuração 
 intestinal, peritonite e oclusão intestinal por 
 ameboma) 
 - Abscesso Hepático 
 - Febre alta, distensão abdominal, 
 irritabilidade, queda estado geral, 
 hepatomegalia dolorosa, em menos de 
 30% dos casos há relato de diarréia prévia
- Tratamento 
 - Metronidazol: 35/Kg/dia 8/8h 5dias
 - Nitazoxanida
Resumo de Pediatria A2 
Lucas Silva 1/2019 
Patrícia Dahan 
1.0 Imunização 
- 1973 foi criado o programa nacional de 
imunizações (PNI) 
 - Hoje faz parte do programa da OMS
 - Em 2000 erradicação do sarampo
- Lembrando que qualquer ida ao posto é 
 motivo para verificar o cartão de vacina 
- Aproximadamente 75% das vacinas são 
 fabricadas no Brasil
- CRIEs - Centro de Referência de 
 Imunobiológicos Especiais 
 - São essenciais para casos especiais
 - Ex: Paciente que foi submetido a 
esplenectomia ou teve convulsão com a 
tríplice bacteriana, são casos que tem 
indicação de pedidos especiais.
 - Existem física mente em grandes centros 
do país, mas aqui em Juiz de Fora pode ser 
feito o pedido para esses grandes centros 
através do departamento de saúde da criança
1.1 Vacina 
- É uma substância que confere uma 
imunidade ativa específica. 
 - Ativa significa que está sendo dado o 
antígeno e não o anticorpo. Dessa forma 
incentiva a produção Ac e específica.Porque é 
específica de um antígeno de cada doença.
 - Podem ser virais ou bacterianas 
 - Ex: Tríplice viral (vírus); e tétano (bactéria)
 - Podem ser inativas (ag mortos) ou 
 atenuadas 
 - É uma informação importante quanto 
 aos efeitos colaterais:
 - Quando é feito vacina como a tríplice 
 bacterias, bactérias mortas, as reações 
 são mais rápidas e localizadas 
 - Alergias das substâncias que 
 compõe a vacina - ocorrem nas 
 primeiras horas.
 - Já a vacina de vírus vivos, como a do 
 sarampo, rubéola, ira demorar a ocorre, 
 cerca de uma semana após
A) Substâncias que aumente seu efeito, e 
essas são consideradas como adjuvantes 
 - Exemplo: Alumínio que são responsáveis 
 por diversas reações locais, principalmente 
 se gelado (gera maior dor)
B) Substâncias conservantes 
 (2fenoxietanol, neomicina) 
 - São usadas para conservar os antígenos 
 atenuados/vivos e para impedir que o 
 ambiente vire um meio de cultura
 - As reações dependem da natureza da 
 vacina, da vacinação, indivíduo e do local.
- Quanto as considerações gerais, existem 
termos de extrema importância, os quais 
são 
1- Vacina Combinada 
- Dois ou mais agentes administrados em uma 
mesma preparação (mais conforto) ex: 
pentavalente e tetraviral 5x1 
- Diferente de vacinação simultânea
2 - Vacina Conjugada
- Vacina associada a uma proteína (tetânica ou 
diftérica) visando uma imunidade mais 
duradoura. Estimulando linfócito T de 
memória- Estimula imunidade celular/imunidade 
predominante em menores de 2 anos
 - Ex: Meningite C ou Pneumo 10 
- Diferente das polissacarídica que estimulam a 
imunidade humoral (ex: pneumo 23) são 
usadas mais em adultos e devem ser 
administradas de 5 em 5 anos, para um idoso 
65-70 não tem muito problema..
- Mas para criança e adolescente que a cada 
vez que toma essa vacina tem sua eficácia 
reduzida, não vale a pena.
3 - Vacina Acelular 
Lucas Silva Página � de �17 38 Pediatria 1/2019
1.2 Rede de Frio 
- É o sistema de conservação dos 
imunobiológicos onde se inclui o 
armazenamento, transporte e manipulação 
das vacinas desde o laboratório produtor 
até a administração destas.
- Não devendo ficar fora da temperatura 
ideal para que não perca sua 
funcionalidade ou propicie um meio de 
cultura 
 - Deve ter uma organização padronizada, 
 separando vacinas bacterianas das virais 
 localizadas próximas ao freezer por ser as 
 que têm mais estabilidade caso congelem
- Na parte mais quente apenas diluentes
- A presença de garrafas de águas é para 
manter a estabilidade térmica em uma 
queda de energia
- Não colocar outras substâncias ou comidas
- Termômetro é posto do lado de fora para 
que não seja realizada abertura da 
geladeira
 - Sua verificação é feita por 2x no dia 
- Geladeira com distância adequada da 
 parede 
1.3 Contraindicações 
A) Gerais 
 1) Bactérias ou vírus vivos ou atenuados 
 NÃO devem ser administrados em 
 pessoas com imunodeficiência congênita 
 ou adquirida podem desencadear doença
 2) Neoplasia maligna - imunossuprimidos
 3) Tratamento com imunossupressores 

 (2mg/kg/dia de prednisona por 2 
 semanas ou mais quimioterapia, 
 radioterapia) 
 - Não é o caso de tratamento de asma 
 com bombinha por exemplo, pois não 
 são doses imunossupressoras 
 4) Gestantes - não é feito vacinação com 
 agentes vivos 
B) Qualquer tipo de vacina deve ser adiado 
 em 
1) Doenças febris graves, por dois motivos
 - Se ocorrer febre, não se sabe se era 
 doença ou efeito da vacina e o fato de ser 
 um organismo já sobrecarregado em 
 tentar acabar com uma infecção já 
 existente 
2) 1 mês após o término de corticoterapia 
 (imunossupressora) ou 3 meses após 
 suspensão de outros medicamentos 
 imunossupressores (quimioterapia)
3) Imunoglobulina ou sangue e derivados (Ac 
 podem neutralizar vírus vacinal o prazo 
 geralmente é de 1 mês após)
- Vacinas do calendário de rotina 
 (exceto febre amarela) não interferem 
 entre si e podem ser aplicadas 
 simultaneamente ou com qualquer intervalo 
 - Exceção é a febre amarela que deve ser 
 aplicada simultaneamente ou com intervalo 
 de duas semanas entre outras vacinas 
 vivas
C) Das Falsas Contraindicações devem ser 
 consideradas 
1) Doenças benignas comuns
2) Desnutrição alvo perfeito para infecção
3) Vacinação contra raiva
4) Sequela de doença neurológica - alvo 
para infecção 
5) Antecedente familiar de convulsão
6) Tratamento sistêmico com corticóide por 
períodos curtos ou doses baixas, não é 
dose imunossupressora
7) Alergia exceto reações graves contra 
componentes da vacina 
8) Prematuridade ou baixo peso ao nascer 
(exceto BCG <2kg) 
9) Internação
10) História pregressa de doenças
1.4 Calendário Vacinas 
- Baseados:
- Na situação epidemiológica das doenças
- Na resposta imunológica: momento 
adequado para cada criança
- Na operacionalidade: menor número de 
visitas possíveis
 - PNI visa não perder oportunidades de 
 vacinação 
- BCG Não pode ser aplicada em RN < 2kg 
- Visa menor número de reações adversas uma 
vez que é retirado e quebrado um 
componente do antígeno, deixando apenas a 
parte imunogênica
- Ex: Tríplice acelular, DPTa (quebra do 
componente pertussis que é o principal 
responsável pela reatogenicidade da vacina. 
No adulto é retirado o pertussis por completo 
e faz apenas a dupla)
- Portanto gera menor reação adversa 
- Mais disponível na rede privada
Idade Vacina
Nascimento BCG + Hepatite B
Lucas Silva Página � de �18 38 Pediatria 1/2019
- Considerações Importantes 
A) Nascimento:

- BCG : RN >= 2kg
 - Hepatite B : Deve ser feita antes das 
 12 horas de vida independente da 
 sorologia materna
B) 2, 4, 6 Meses: 
 - Polio Inativada em INJEÇÃO 
C) 3 e 5 Mês: 
 - Meningo C conjugada
D) 15 Meses por diante: 
 - Sabin (polio) em GOTA
1.5 Vacinas 


I) BCG 
- Bacilo de Calmette Guerin
- A vacinação diminuiu incidência 
principalmente da meningite tuberculosa 
- Composição da vacina
 - Bacilos vivos atenuados de 
 Mycobacterium bovis 
 - Apresentação é liofilizado devendo ser 
 reconstituído na hora do uso
- Quando aberta rende 20 doses e o frasco 
 deve ser usado em 6 horas 
- No posto tem dia especifico para evitar 
 desperdício 
- Aplicação é intradérmica 
 - Aplicação incorreta (subctânea) que 
 propicie reações adversas ou não faça 
 cicatriz
 - Deve ser aplicada braço direito altura da 
 inserção do músculo deltóide 
 - Esquerdo revacinação ou erro na 
 primeira (local errado) 
- Esquema : 1 dose ao nascer 
 - Dose 0,1ml e somente é realizado ao 
 nascer
- Comunicantes de hanseníase deve ser 
realizado 2 doses com intervalo de 6 
meses
- Ela não previne a infecção mas sim a 
disseminação do Mycobacterium 
tuberculosis
 - Em suas formas graves:
 - Meningite tuberculosa
 - Tuberculose miliar 
 - Forma mais grave que acomete 
 lactentes
- Contraindicação 
 - Imunodeficiência congênita ou adquiridas
 - Corticoterapia em doses 
 imunossupressores por mais 15 dias
 - Durante e até 3 meses após tratamento 
 com imunossupressores 
 - Afecções dermatológicas extensas em 
 atividade
 - Peso <2000kg 
 - Gestação como toda vacina viva
- Evolução 
2 Meses Pentavalente 
(DPT+Hib+Hep B) + 
polio inativada + 
rotavírus+ Pneumo 10
 3 Meses Meningo C Conjugada
4 Meses Pentavalente 
(DPT+Hib+Hep B) 
+polio 
inativada+Rotavírus+
Pneumo 10
5 Meses Meningo C Conjugada
6 Meses Pentavalente 
(DPT+Hib+Hep B) 
+polio inativada
9 Meses Febre Amarela
12 Meses Triplice Viral + Pneumo 
10 reforço + Meningo C 
reforço
15 Meses DPT reforço + Sabin 
reforço + Hepatite A + 
Tetraviral
4 anos DPT reforço + Sabin 
reforço + Varicela
9 - 14 Anos 
incompletos 
MENINAS
HPV - 2 doses com 
intervalo de 6 meses
11 - 14 anos 
Incompletos 
MENINOS
HPV - 2 doses com 6 
meses de intervalo 
11 -14 anos Meningo C
10 - 19 anos Hep B + Febre Amarela 
+ Dupla Adulto + 
Triplice viral +Pneumo 
23 valente + Dupla 
adulto
Gripe A partir de 6 meses até 
6 anos incompletos
Semana 1 e 2
Mácula vermelha com enduração de até 15mm 
de diâmetro 
Semana 3 e 4
Lucas Silva Página � de �19 38 Pediatria 1/2019
- Tempo de evolução 6-12 semanas podendo 
se prolongar até 24 semanas 
- Exitem pessoas que não formam 
cicatrizes (5-10%)
 - Pode ser por erro de técnica ou questões 
 do próprio indivíduo
 - PNI NÃO recomenda revacinação nas 
 crianças sem cicatriz vacinal após 6 
 meses da aplicação da BCG 
A) Eventos adversos do BCG 
 - Podem ser locais ou regionais 
 - As vezes úlcera muito grande (>1cm) que 
 não cicatrizada após 4-6 meses e com 
 isso deve-se iniciar isoniazida 10mg/kg/ 
 dia até regressão da lesão- Pode haver abscesso subcutâneo frio ou 
 quente fazer uso de isoniazida até 
 regressão completa
 - Caso seja quente geralmente nos 15 
 primeiros dias iniciar antibiótico para 
 germes comuns da pele 
- Linfadenopatia regional supurada:
 - Geralmente axilar (pode ocorrer em região 
 supra ou infraclavicular por volta de 3 
 meses após vacinação)
 - Dever ser administrado isoniazida 
 Obs: Linfadenopatia não supurada 
 conduta expectante, mas observar, pois 
 pode supurar 
- Por fim, pode ser formada também uma 
 cicatriz quelóide 
B) Quando decorrentes de disseminação 
 - Geralmente pacientes imunossuprimidos
 - Mais em pele, osteoarticulares e órgãos do 
 tórax ou abdome
 - Sintomas generalizados: 
 - Febre prolongada, emagrecimento + 
 hepatOesplenomegalia e linfadenite 
 - Tratar com Rifampicina, isoniazida e 
 tambutol, ou seja, trata esse paciente como 
 se fosse tuberculose 
II) Vacina contra Hepatite B 
- Composição 
 - Ag HBsAg (partícula não infectante)
- Idade aplicação: 
 1) Logo após o nascimento 
 preferencialmente nas primeiras 12 horas 
 de vida
 2) 2, 4 e 6 meses associada a difteria, 
 coqueluche, tétano e haemophilus influenza 
 (PENTAVALENTE)
 - Previnir o RN de transmissão vertical. 
- Aplicação
 - IM no vastolateral da coxa < 2 anos
 - IM no deltóide em crianças maiores 
- Contra indicação:
 - Reação anafilática após aplicação da 
 dose anterior
- Eventos adversos
 - Dor local e febre baixa nas primeiras 
 24-72h após aplicação
 - Mal estar, cefaléia e fadiga podem 
 ocorrer
III) Vacina Contra Poliomielite (SABIN) 
- Composição
 - 2 tipos poliovírus ATENUADOS (I, II e III) 
- Idade de aplicação 
 - 15 meses, 4 anos e campanhas 
- Via oral = 2 gotas 
- Desde agosto 2012, as doses de sabin do 
primeiro ano foram substituídas 
progressivamente pela Salk 
- Contra Indicação
 - Imunodeprimidos recomenda vacina 
 inativada Salk (IPV)
- Efeitos Adversos 
 - Poliomielite aguda associada a vacina 
 pode ocorrer de 4-40 dias após a 
 vacinação 1 caso em 2 milhões e 300 mil
IV) SALK - Vacina Inativada Contra 
Poliomielite 
- Composição: Vírus mortos da cepa Salk 
original
- Dose: 0,5ml
- Via de administração: IM ou subcutânea
- Esquema: Aos 2, 4 e 6 meses
 (intervalo mínimo de 30 dias entre as doses 
 complementado com sabin aos 15 meses e 
 4 anos)
- Contra indicações
 - Caráter anafiláticos após dose prévia da 
 vacina 
- Efeitos adversos: não tem efeitos graves
Essa mácula tem em seu meio uma pústula que 
se forma com o amolecimento do centro da 
lesão seguida pelo aparecimento de crosta
Semana 4 e 5
Úlcera com 4-10mm de diâmetro
Semana 6 - 10
Cicatriz com 4-7mm de diâmetro
Comparando a Sabin em relação a Salk 
Mais fácil aplicação
Baixo Custo
Induz imunidade duradoura 
Lucas Silva Página � de �20 38 Pediatria 1/2019
- Recomendações da SALK 
 - Pessoas com imunodeficiência primária ou 
 secundária 
 - Adultos não imunes que se dirigem para 
 locais onde há endemia 
 - Contatos domiciliares de imunodeficientes
V) Vacina Contra Rotavírus 
- Rotavírus: 
 - Principal quadro de gastroenterite 
 podendo levar ao óbito
 - Vacina já esta no PNI desde 2006
 - Ela previne essas gastroenterites pelo vírus
- Esquema: 
 - 2 doses 
 - Primeira dose
 - 2 meses (1 mês 15 dias até 3 meses e 
 15 dias ) 
 - Segunda dose
 - 4 meses (3 meses e 15 dias até 7 
 meses e 29 dias)
 - Intervalo mínimo de 30 dias entre doses 
 - Não repetir em caso de vômito ou 
 regurgitação após vacina
 - Após a data não deve ser aplicada mais.
 - Ex: se está com 4 e não tomou 
 nenhuma?
 - Só vai tomar 1 vacina
- Contra Indicações 
 - Todas de uma vacina atenuada
 - Doença gastrointestinal crônica
 - Malformação congênita do trato digestivo
- Reações Adversas 
 - Muito comuns: Irritabilidade, inapetência
 - Comuns: choro, desordem do sono e do 
 SNC, diarréia, vômito, flatulência, febre
 - Incomuns: sonolência, constipação
VI) Pentavalente Vacina Conjugada Contra 
 - DIFTERIA; TÉTANO, COQUELUCHE (DPT) 
 + HAEMOPHILUS TIPO b + HEPATITE B 
- 1999: Introduziu Hib
- 2012: Introduziu hepatite B (pentavalente)
- Composição: 
 A) Vacina contra Hib: Polissacarídeo 
 capsular do H. Influenzae tipo b conjugado 
 com toxóide tetânico 
 B) Vacina DTP: toxóide diftérico, toxóide 
 tetânico e bordetella pertussis inativada 
 C) Vacina Hepatite B: composição 
 antígeno 
 - HBsAg (partícula não infectante)
- A vacina é reconstituída no momento da 
aplicação
- Esquema de aplicação: 
 - 3 doses com intervalo de 60 dias (mínimo 
de 
 30 dias): Aos 2, 4 e 6 meses
 - Reforço somente DPT aos 15 meses (6 e 
 12 
 meses após última dose) e depois com 4 
 anos
 - A cada 10 anos: dupla do tipo adulto dT 
 - Via de administração: IM profunda
- Efeitos Adversos 
 - Principalmente DPT 
 - Locais: Dor, vermelhidão e enduração 
 local
 - Sistêmicos: febre, irritabilidade nas 
 primeiras 24-48horas. Sonolência, choro 
 prolongado, convulsões e síndrome 
 hipotônico hiporresponsiva (hipotonia, 
 sudorese fria e diminuição de resposta a 
 estímulos) - Desmaia no colo da mãe
- Contra indicações 
 - Crianças maiores de 7 anos
 A) Reação anafilática sistêmica grave: 
 - Não usar nenhum dos componentes da 
 vacina 
 B) Encefalopatia nos primeiros 7 dias após a 
 vacinação 
 - Indicar dupla tipo infantil (difteria e 
 tétano)
 C) Síndrome hipotônica hiporresponsiva 
 até 48 horas após a vacinação e 
 convulsão até 72 horas 
 - Indicar a tríplice acelular 
 - Existe para adulto e para criança 


VII) Triviral - Sarampo, Caxumba ou 
 Rubéola 
 Tetraviral - SCR + VARICELA 
- Vírus vivos atenuados 
- Liofilizada com uma ou múltiplas doses 
- Esquema de aplicação: 
 - Calendário: Aos 12 meses com reforço 
 aos 15 meses na forma de tretraviral 
 (associada a varicela)
- Sendo que menores de 2 anos que 
tomaram uma dose da SCR podem tomar 
reforço com tetraviral
- Acima de 2 anos: Duas doses de SCR com 
intervalo mínimo de 30 dias
- Não administrar junto com a vacina da 
febre amarela (intervalo mínimo de 30 dias)
- Viia de administração: Subcutâneo 
- Contra indicações:
 - Gravidez (por conta da rubéola) 
 - Administração de imunoglobulina ou 
 derivados de sangue nos 3 meses 
 anteriores
A) Tríplice viral 
Recomendada pela OMS para controle de 
epidemias 
Mas risco: potencial de causar paralisia em 
vacinados e contatos 
Lucas Silva Página � de �21 38 Pediatria 1/2019
- Efeitos adversos 
 - Poucas manifestações locais 
 - Manifestações sistêmicas:
 Febre, exantema, artralgia e artrites, 
 parotidite (quinto ao décimo dia após a 
 vacina) e raramente, orquite e meningite 
 B) Tetraviral 
- Efeitos adversos 
 - Febre, reações locais, exantema no local 
 da vacina, exantema máculopapular não 
 localizado
 - Contra-indicação 
 - Crianças com menos de 1 ano, 
 imunodepressão congênita ou adquirida
 - Corticoides dose imunossupressora, 
 gestação, transfusão, reação anafilática a 
 neomicina
 - Não usar salicilatos até 6 semanas após 
 vacina
- No PNI:

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