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2015 - Joaquim_ David Manuel

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FACULDADE DE CIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE FÍSICA 
 
Trabalho de Licenciatura em Meteorologia 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimadas 
no Posto Administrativo de Catandica 
 
Autor: David Manuel Joaquim 
 
FACULDADE DE CIÊNCIAS 
DEPARTAMENTO DE FÍSICA 
 
 
 
Trabalho de Licenciatura em Meteorologia 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimadas 
no Posto Administrativo de Catandica 
 
 
 
 
 
Autor: David Manuel Joaquim 
Supervisor: Dr. Mussa Mustafa 
 
 
Maputo, Agosto de 2015 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física i 
 
 
DEDICATÓRIA 
Com muito amor e carinho, dedico este trabalho especialmente ao meu pai (Manuel Joaquim) e a duas 
mulheres batalhadoras (Ana António Nhanala e Rabeca Manuel), persistentes nas quais busco inspiração 
para tudo o que faço. Refiro-me à minha mãe e à minha madraste, que enfrentaram todas as dificuldades 
da vida com coragem e bravura e não mediram esforços para, acima de todas as adversidades da vida, 
nos proporcionar alimento, agasalho, educação e aconchego e que além de lições de moral, ensinaram-
me a lutar para conquistar os meus sonhos e rezaram incansavelmente pelo meu sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física ii 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Á DEUS, pela Saúde e Vida, pela família maravilhosa e iluminação do meu caminho. Á ele, toda a Honra 
e toda a Glória, agora e para sempre! Aos meus pais Manuel Joaquim e Ana António Nhanala, a quem 
eu devo tudo o que sou e o que desejo ser um dia, pelo amor, carinho e inspiração. E em especial a 
família Chiguanda e Nhanala, pelo apoio moral que deram durante a caminhada. 
Ao meu Supervisor Dr. Mussa Mustafa, vai o meu muito obrigado pelo acolhimento, profissionalismo, 
conduta, apoio, confiança, pelo apoio incansável e pelas dicas. Muito Obrigado! 
Aos amigos de Infância, que apesar de estarmos fisicamente distantes uns dos outros, guardo - os sempre 
no meu coração: João Fernando, Geraldo Saramento, Felisberto Sinamunda, Semba João, Inocente 
Chiro, Luís Jossias, Abrão Mapamba, Celso Ramos, Goncalves Hali e Jacob Seven. 
Aos amigos e colegas do curso, como o Domingos Machabai, Zeca Carlos, Francisco Tembe, Armando 
Luchato, Hélio Suto, Dércio Zandamela, Donaldo Da silva, Euclides Malique e Paulo Jossubo, em 
especial a turma de Meteorologia 2011, pelo apoio durante os 4 anos do meu percurso estudantil na 
categoria de licenciatura obrigado por me darem força sempre. 
Aos colegas da residência Universitária da UEM (Tangará), nomeadamente: Violino Viola, Anathol 
Vidrigo, Vidamão Constantino, Artur Avião, Ricardo Tomas, Juvinaldo Mapurango e Elideo Vale, Por 
me acolherem e me darem apoio nos momentos difíceis. 
Á minha amiga Elga, muito obrigado pelo amor e paciência. 
Agradeço ao Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) e a Direcção Nacional de Terras e Florestas 
(DNTF) pela cedência gentil dos dados meteorológicos e ocorrência de Queimadas respectivamente. 
Aos Docentes e funcionários do Departamento de Física que contribuíram para a minha formação, pela 
amizade, pelos ensinamentos e conhecimentos recebidos ao longo do curso. Á todos, que directa ou 
indirectamente contribuíram para minha formação e para que este trabalho fosse uma realidade 
Á Faculdade de Ciências por ter financiado a realização do presente trabalho. O meu muito 
OBRIGADO! 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física iii 
 
 
 
DECLARAÇÃO DE HONRA 
 
 
“Declaro, por minha honra que esta dissertação nunca foi apresentada para a obtenção de qualquer grau, 
e que ela constitui o resultado da minha inteira investigação, para o grau de Licenciatura em 
Meteorologia, pela Universidade Eduardo Mondlane, estando indicadas no texto e nas bibliografias as 
fontes por mim utilizadas” 
O autor 
...................................................................................................... 
(David Manuel Joaquim) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física iv 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Epígrafe 
 
 
 
(Sun Tzu), em Arte de Fazer Guerra, diz: “deixa o seu 
inimigo te subestimar, assim ele nunca estará o 
suficiente preparado para te combater”. 
 
 
Muitas vezes o fogo deixa que nos subestimemos todos os 
parâmetros relacionados a ele: subestimamos as quantidades, o 
arranjo e disponibilidade dos combustíveis florestais, subestimamos 
as condições atmosféricas, por isso o nosso “velho inimigo” nos derrota 
em quase todas as batalhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física v 
 
 
RESUMO 
Anualmente, milhares e milhares de hectares de florestas são devastadas pelo fenómeno de queimadas 
sem controlo no nosso país. As queimadas são reconhecidas como um agente que contribui para os 
problemas ambientais do tipo; desertificação, erosão dos solos, seca, alteração do ciclo hidrológico. A 
degradação da qualidade do ar decorrente das emissões provenientes da queima de biomassa esta 
associada a diversos impactos negativos, incluindo danos causados a populações expostas. Devido a 
estes pressupostos, a necessidade do monitoramento ambiental e sistemático também aumenta. O 
presente trabalho tem como objectivo analisar a influência dos elementos climáticos (Temperatura do 
ar, Humidade relativa e Intensidade do vento) sobre a ocorrência de queimada no posto administrativo 
de Catandica durante o período de 2008 á 2012. Para alcançar este objectivo, foram usados software 
como, ArcGis 10.2, para tratamento de dados e imagens, Microsoft Excel para calcular os seguintes 
parâmetros estatísticos: máximo, mínimo, média, coeficiente de correlação de Pearson e para a 
construção de gráficos e tabelas, posteriormente foram realizadas análises descritivas para determinar os 
meses mais críticos a ocorrência de queimada, as queimadas foram agrupadas por meses de ocorrências, 
depois determinou-se o horário de maior concentração de ocorrência, para tal foram agrupadas as 
ocorrências de queimadas por horas de ocorrências. Por fim determinou-se as correlações e a influência 
entre os elementos climáticos (Temperatura do ar, Humidade relativa e Intensidade do vento) e a 
ocorrência de queimadas no posto administrativo de Catandica calculando o coeficiente de correlação 
de Pearson (r), entre as médias anuais dos dados usados, determinando-se qual dos elementos climáticos 
melhor se relacionou com a quantidade de ocorrências de queimadas, fazendo uma analise para perceber 
a influência do elemento climático mais correlacionado com as ocorrências de queimadas. As queimadasno Posto Administrativo de Catandica, concentraram-se, nos meses de Maio a Novembro, sendo os 
meses de Agosto, Setembro e Outubro, os meses que apresentaram maior quantidade de registo de 
ocorrência de queimadas. Onde das 45. 394 ocorrências registadas no Posto Administrativo de Catandica 
durante o período de 2008 a 2012, 44. 687 foram registadas no período diurno (4:00 horas até 16:00 
horas), destes, a maior parte das queimadas ocorreram nos horários entre as 08:00 e 12:00 horas. O 
elemento mais correlacionado com a quantidade de ocorrências de queimadas mensais foi a Humidade 
Relativa, exercendo uma forte influência positiva na ocorrência de queimada, conforme o coeficiente de 
Pearson () . 
Palavras - chave: Queimadas, Elementos climáticos, coeficiente de correlação de pearson (r). 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física vi 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS 
AGO - Agosto 
CO2 - Dióxido de carbono 
CO - Monóxido de carbono 
CH4 - Metano 
CFC - Clorofluorcarbonetos 
DEZ - Dezembro 
DNTF - Direcção Nacional de Terras e Florestas 
e - Humidade absoluta 
es - Ponto de saturação 
FEV - Fevereiro 
INAM – Instituto Nacional de Meteorologia 
JAN - Janeiro 
JUN - Junho 
JUL - Julho 
kt - Nós 
km/h - Quilómetro por hora 
MAR - Março 
MICOA - Ministério para a Coordenação da Acção Ambiental 
MINAG - Ministério da Agricultura 
m/s - Metro por segundo 
mm - Milímetro 
NOV - Novembro 
NOx - Óxidos de nitrogénio 
N2O - Óxidos Nitrosos 
oC - Graus Celsius 
OUT - Outubro 
r - Coeficiente de correlação de pearson 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física vii 
 
SADC - Comunidade de Desenvolvimento da África Austral 
SO2 - Dióxido de enxofre 
SET - Setembro 
% - Porcento 
UR - Humidade relativa 
UEM - Universidade Eduardo Mondlane 
�⃗⃗� - Intensidade do Vento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física viii 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 2.1: Triângulo do fogo (Fonte: Soares, 1985). .............................................................................. 5 
Figura 2.2: Contribuição das Queimadas nas Emissões Globais de Gases Traços e Matérias Aerossóis 
para a Atmosfera (Fonte: Andreae et. al, 1996). ...................................................................................... 9 
Fígura 2.3: Influência de cada gás no aumento do efeito estufa (Fonte: Hansen e Prather, 1989). ....... 10 
Fígura 2.4: Instrumento meteorológico usado para medir a temperatura do ar: Termómetro (Fonte: 
Varejão e Silva, 2006). ........................................................................................................................... 16 
Fígura 2.5: Instrumento meteorológico usado para registar a temperatura do ar: Termógrafo (Fonte: 
Varejão e Silva, 2006). ........................................................................................................................... 16 
Fígura 2.6: Instrumento meteorológico que mede a temperatura para estimar a humidade relativa: 
Psicrómetro (Fonte: Carvalho e Silva, 2006). ........................................................................................ 18 
Fígura 2.7: Instrumentos meteorológicos usados para medir a direcção e intensidade do vento 
respectivamente: (a) Cata-vento do Wild e Biruta (b) Anemómetro de canecas (c) Anemografo (Fonte: 
Carvalho e Silva, 2006). ......................................................................................................................... 19 
Fígura 3.1: Localização Geográfica do posto administrativo de Catandica. .......................................... 20 
Fígura 3.2: Fluxograma da Metodologia de Pesquisa Fonte: Adaptado pelo autor ............................... 22 
Fígura 4.1: Variação Sazonal das Ocorrências de Queimadas no Posto Administrativo de Catandica 
durante o período 2008 a 2012. .............................................................................................................. 26 
Fígura 4.2: Variação Sazonal da Temperatura do ar na Estação do posto Administrativo de Catandica 
durante o período 2008 a 2012. .............................................................................................................. 27 
Fígura 4.3: Variação Sazonal da Humidade Relativa na Estação do Posto Administrativo de Catandica 
durante o período 2008 a 2012. .............................................................................................................. 28 
Fígura 4.4: Ilustra a Variação Sazonal da Humidade Relativa na Estação do Posto Administrativo de 
Catandica durante o Período 2008 a 2012. ............................................................................................. 29 
Fígura 4.5: Variação Inter-anual das Ocorrências das Queimadas no Posto Administrativo de Catandica, 
para o período de 2008 a 2012. .............................................................................................................. 30 
Fígura 4.6: Variação Inter-anual das Ocorrências das Queimadas no Posto Administrativo de Catandica, 
para o período de 2008 a 2012. .............................................................................................................. 30 
Fígura 4.7: Variação inter-anual da Humidade Relativa no Posto Administrativo de Catandica, para o 
período de 2008 a 2012. ......................................................................................................................... 31 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física ix 
 
Fígura 4.8: Variação inter-anual da Intensidade do Vento no Posto Administrativo de Catandica, para o 
período de 2008 a 2012. ......................................................................................................................... 32 
Fígura 4.9: Distribuição de Ocorrências de Queimadas por Horas para o Posto Administrativo de 
Catandica. ............................................................................................................................................... 33 
Fígura 4.10: Relação entre a Temperatura Média Mensal e a Ocorrência de Queimadas. .................... 35 
Fígura 4.11: Relação entre a Humidade Relativa e a Ocorrência de Queimada. ................................... 36 
Fígura 4.12: Relação entre a Intensidade do Vento e a Ocorrência de Queimadas. .............................. 37 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física x 
 
 
LISTA DE ANEXOS 
Anexos 1: Dados Mensais da Temperatura do Ar (oC) no período de 2008 a 2012, do Posto 
Administrativo de Catandica (Fonte: INAM, 2015). ............................................................................. 45 
Anexos 2: Dados Mensais da Humidade Relativa (%) no período de 2008 a 2012, do Posto 
Administrativo de Catandica (Fonte: INAM, 2015). .............................................................................45 
Anexos 3: Dados Mensais da Intensidade do Vento (km/h) no período de 2008 a 2012, do Posto 
Administrativo de Catandica (Fonte: INAM, 2015). ............................................................................. 45 
Anexos 4: Dados Mensais de ocorrências de queimadas do período de 2008 a 2012, Posto Administrativo 
de Catandica (Fonte: DNTF, 2015). ....................................................................................................... 46 
Anexos 5: Dados Mensais da Temperatura do Ar (oC) após preenchimento de falhas no período de 2008 
a 2012, Posto Administrativo de Catandica. .......................................................................................... 46 
Anexos 6: Dados Mensais da Humidade Relativa (%) após preenchimento de falhas no período de 2008 
a 2012, Posto Administrativo de Catandica. .......................................................................................... 46 
Anexos 7: Dados Mensais da Intensidade do Vento (km/h) após preenchimento de falhas no período de 
2008 a 2012, da Estação Posto Administrativo de Catandica. ............................................................... 46 
Anexos 8: Médias Mensais da Temperatura do Ar, Humidade Relativa e Intensidade do Vento no período 
de 2008 a 2012, Estação do Posto Administrativo de Catandica. .......................................................... 47 
Anexos 9: Médias anuais da Temperatura do Ar, Humidade Relativa e Intensidade do Vento no período 
de 2008 a 2012, referente a Estação do Posto Administrativo de Catandica. ........................................ 47 
Anexos 10: Coeficiente de Correlação de Pearson entre Queimadas e os elementos Climáticos 
(Temperatura do ar, humidade relativa e intensidade do vento) no período de 2008 a 2012, do Posto 
Administrativa de Catandica. ................................................................................................................. 47 
Anexos 11: Dados anuais de ocorrência de queimadas por horário de maior concentração no posto 
administrativo de Catandica durante o período de 2008 a 2012 ............................................................ 47 
 
 
 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física xi 
 
 
LISTA DE TABELA 
Tabela 4.1: Coeficiente de correlação linear de Pearson (r) entre as Ocorrências de Queimadas e 
Elementos Climáticos (temperatura do ar, humidade relativa e intensidade do vento) referente ao ano de 
2008 a 2012 para o Posto Administrativo de Catandica. ....................................................................... 34 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física xii 
 
Índice 
DEDICATÓRIA ...................................................................................................................................... i 
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................... ii 
DECLARAÇÃO DE HONRA .............................................................................................................. iii 
RESUMO ................................................................................................................................................ v 
LISTA DE ABREVIATURAS ............................................................................................................. vi 
LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................................... viii 
LISTA DE ANEXOS .............................................................................................................................. x 
LISTA DE TABELA ............................................................................................................................. xi 
CAPITULO I: INTRODUÇÃO E OBJECTIVOS……………………………….………………….1 
 1.1 Introdução…………….......………………………..…………………………………..…………1 
 1.2 Objectivos ………………………………………………………………………….……………2 
 1.2.1 Objectivo Geral………..………………………………..……………………………………2 
 1.2.1 Objectivos Específicos …..………………………………………………….….……………2 
 1.3 Motivação e Justificativa…..………………………………….………………………………..…3 
 1.4 Aplicação dos Resultados…..…………………………………………….……….………………3 
 1.5 Estrutura do Trabalho …………………………………………………………………………….3 
CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 5 
2.1 Queimadas ................................................................................................................................. 5 
2.1.1 Classificação das queimadas .............................................................................................. 7 
2.1.2. Queimadas Descontroladas em Moçambique ......................................................................... 7 
2.1.3. Perigo e risco de queimadas .................................................................................................... 8 
2.1.4. Época de Ocorrência de queimadas ........................................................................................ 8 
2.1.5. Queimadas e as emissões de poluentes do ar .......................................................................... 9 
2.1.6. Queimadas e Efeito Estufa ...................................................................................................... 9 
2.1.7. Principais causas para a ocorrência de queimada ................................................................. 11 
2.1.8. Causas da ocorrência de queimadas no posto administrativo de Catandica ......................... 13 
2.1.9. Queimadas e suas consequências .......................................................................................... 13 
2.2 Elementos climáticos e queimadas .......................................................................................... 15 
2.2.1 Temperatura do ar ............................................................................................................ 15 
2.2.2 Humidade relativa do ar ................................................................................................... 17 
2.2.3. Direcção e intensidade do vento ........................................................................................... 18 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física xiii 
 
CAPITULO III: METODOLOGIA ................................................................................................... 20 
3.1 Área de Estudo......................................................................................................................... 20 
3.1.1. Características Gerais do posto Administrativo de Catandica .............................................. 21 
3.2 Dados e Métodos ..................................................................................................................... 22 
3.2.1. Dados .................................................................................................................................... 22 
3.2.2. Métodos ................................................................................................................................. 22 
3.2.3. Processamento de Dados ....................................................................................................... 23 
CAPÍTULOIV: RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 26 
4.1 Variação Sazonal ..................................................................................................................... 26 
4.1.1 Ocorrências de Queimadas ............................................................................................... 26 
4.1.2. Variação Sazonal da Temperatura do Ar .............................................................................. 27 
4.1.4. Variação Sazonal da Intensidade do Vento .......................................................................... 28 
4.2 Variação Inter-anual ................................................................................................................ 29 
4.2.1. Variação Inter-anual das Ocorrências de Queimadas ........................................................... 29 
4.2.2. Variação Inter-anual da Temperatura do Ar ......................................................................... 30 
4.2.3. Variação Inter-anual da Humidade Relativa ......................................................................... 31 
4.2.4. Variação Inter-anual da Intensidade do Vento ...................................................................... 31 
4.3 Determinação dos Meses e o período de maior Ocorrência de Queimadas no Posto 
Administrativo de Catandica .............................................................................................................. 32 
4.3.1 Meses mais Críticos a Ocorrência de Queimadas no Posto Administrativo de Catandica
 32 
4.3.2 O período de maior Ocorrência de Queimadas no Posto Administrativo de Catandica .. 33 
4.3. Relação Entre os Elementos Climáticos (Temperatura do Ar, Humidade Relativa e 
Intensidade do Vento) e a Ocorrência de Queimada .......................................................................... 34 
4.3.3 Análise do Coeficiente Linear de Pearson (r) .................................................................. 34 
4.3.4 Relação Entre a Temperatura do Ar e a Ocorrência de Queimada .................................. 34 
4.3.5 Relação Entre a Humidade Relativa e a Ocorrência de Queimada .................................. 35 
4.3.6 Relação Entre a Intensidade do Vento e a Ocorrência de Queimada ............................... 37 
CAPÍTULO V: CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ............................................................... 38 
5.1 Conclusões ............................................................................................................................... 38 
5.2 Recomendações ....................................................................................................................... 39 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................... 40 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física 1 
 
 
CAPITULO 1: INTRODUCÃO E OBJECTIVOS 
Neste capítulo faz-se a introdução do trabalho desenvolvido abordando-se os objectivos do trabalho, a 
justificação do problema, a aplicabilidade dos resultados, e apresenta-se a estrutura do trabalho. 
1.1. Introdução 
Os elementos climáticos desempenham um papel importante no comportamento e na forma de 
propagação das queimadas. As queimadas florestais fazem parte das calamidades que anualmente 
afectam o país. 
As florestas têm uma grande importância no desenvolvimento da riqueza nacional, devido ao facto de 
fornecerem abrigo aos animais, alimentos, fibras, madeiras para a construção, prevenirem as erosões, 
protegerem as bacias hidrográficas e regularem o tempo. A destruição das florestas esta relacionada com 
a diminuição significativa da precipitação na região da africa Austral (Monjane et al, 1994). 
A prática de queimadas em sistemas agrícolas afecta anualmente centenas de hectares de florestas e 
outras formas de vegetação. A grande parte de queimadas de vegetação é actualmente de origem 
antropogénica. 
A queima de biomassa está entre os principais contribuintes mundiais para a emissão de poluentes 
gasosos para a atmosfera, incluindo os chamados gases de efeito estufa, causando prejuízos à 
biodiversidade, ao ciclo hidrológico, ao ciclo de carbono na atmosfera e ao ciclo de nutrientes no solo, 
promovendo seu empobrecimento pela volatilização de alguns elementos (Silva et al 2003). 
Tais prejuízos reduzem os serviços ambientais que o sistema, mantido em seu sistema actual poderia 
proporcionar ao planeta. Devido a estes pressupostos, aumenta a necessidade do monitoramento 
ambiental e sistemático das queimadas. 
As consequências e impactos negativos das queimadas constituem uma preocupação nacional e 
internacional por serem, não só fontes de emissões de gases de efeito estufa que contribuem para as 
alterações do clima, mas também fontes de degradação dos recursos naturais. 
O estudo das queimadas tem grande importância, além de demostrar a comunidade os perigos que podem 
resultar do uso descontrolado do fogo, permite desenvolver instrumentos necessários para a sua previsão 
e gestão. 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física 2 
 
1.2. Objectivos 
1.2.1. Objectivo Geral 
Analisar a influencia dos elementos climáticos sobre a ocorrência de queimadas no Posto Administrativo 
de Catandica durante o período de 2008 a 2012. 
1.2.2. Objectivos Específicos 
 Identificar os meses críticos a ocorrência de queimadas; 
 Determinar o período de ocorrência de queimadas; 
 Analisar a correlação e a influência entre os elementos climáticos e a ocorrência de queimadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física 3 
 
1.3. Motivação e Justificação 
O impacto ambiental das queimadas preocupa a comunidade científica, ambientalista e a sociedade em 
geral, visto que as actividades do homem tendem a influenciar o funcionamento e equilíbrio dos 
ecossistemas. Por estas razões, o tema do presente trabalho é relevante porque na actualidade grande 
parte dos problemas ambientais esta relacionada a actividade humana, havendo necessidade de 
realizações periódicas de monitoria de produção, levantamento e processo de controlo de informação 
ambiental. 
Segundo Sampaio (1999), a ocorrência, intensidade e propagação das queimadas estão fortemente 
associadas as condições climáticas. Devido a importância dos elementos climáticos e de todos 
fenômenos com ele relacionados, que influenciam directa ou indirectamente sobre as queimadas, deve-
se fazer um estudo suficientemente detalhado do clima de modo a melhor compreender as suas múltiplas 
influências sobre as queimadas (Macedo e Sardinha, 1985). Para tal, a utilização de informações 
meteorológicas e climatológicas precisas é importante para o planeamento, prevenção e combate a 
queimadas. 
1.4. Aplicação dos Resultados 
Ao final deste trabalho pretende-se ampliar os conhecimentos de base para uma planificação efectiva da 
gestão de queimadas, duma maneira objectiva o modo como os elementos climáticos actuam na 
ocorrência das queimadas no posto Administrativo de Catandica. De uma forma indirecta os resultados 
deste trabalho poderão ser aplicados em várias actividades sócio-económicas, tais como: na concepção 
e planificaçãode projecto de desenvolvimento (promovendo a educação ambiental para a redução das 
queimadas), recursos hídricos (preservando a qualidade da agua, protegendo as matas protector dos rios, 
riachos), agricultura (promovendo a agricultura mecanizada) e saúde (melhorando a qualidade de ar, 
reduzindo doenças respiratórias, como asma e renite). 
1.5. Estrutura do Trabalho 
O presente trabalho é constituído por cinco (5) capítulos. 
O primeiro capítulo (Introdução e Objectivos) retracta as considerações iniciais, é feito uma introdução 
do trabalho apresentando-se os objectivos, a motivação, justificativa e a aplicação dos resultados do 
estudo e a sua estrutura. 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física 4 
 
A Revisão Bibliográfica é feita no segundo capítulo. Neste, faz-se uma abordagem geral de alguns 
conceitos relativos a Queimadas (processo de combustão e emissões), não deixando de lado algumas 
introduções referentes ao impacto negativo das queimadas. 
No terceiro capítulo (Metodologia) descreve-se a área de estudo quanto a sua localização geográfica e 
alguns factores de ordem físico e socioeconómicos da área em destaque, mencionando os dados e os 
procedimentos usados no processamento dos dados. 
O quarto capítulo (Resultados e Discussão) indico a apresentação dos resultados e por fim o quinto e 
último capítulo (Conclusões, Limitações e Recomendações), apresento as conclusões e as respectivas 
recomendações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física 5 
 
 
CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICAS 
Neste capítulo, far-se-á a revisão bibliográfica sobre os assuntos e literaturas relacionados com os 
elementos climáticos e queimadas. Além disso, procura-se apresentar de forma compacta, os tópicos 
considerados relevantes, destacando os factores que contribuem para ocorrência de queimadas, 
consequências e impactos negativos das queimadas, descrevendo os elementos climático (temperatura 
do ar, humidade relativa, direcção e intensidade de vento), a sua teoria e técnica operacional referente 
aos instrumentos a serem abordados neste trabalho, bem como conceitos sobre o coeficiente de 
correlação de Pearson (r). 
2.1. Queimadas 
As maiores e as mais destrutivas queimadas registadas em Moçambique ocorreram sob condições ideais 
de material combustível e condições climáticas, devido. Segundo MINAG (2011), estima-se 
que Moçambique perde anualmente 219.000 hectares de florestas, equivalente a 405.500 campos de 
futebol, apresentando forte tendência de aumento nos últimos anos. Segundo MICOA (2007a), mais de 
80% das queimadas ocorrem na época seca que corresponde aos meses de Abril a Setembro. 
O fogo pode ser interpretado como o fenómeno físico que resulta da rápida combinação entre o oxigénio 
e uma substância combustível. Este último elemento pode ser: produção de calor, luz e, geralmente, 
chamas (Soares, 1985). De acordo com Soares e Batista (2007) o fogo sempre existiu na natureza e a 
própria teoria científica do início do universo está ligada a ele através da explosão de uma matéria de 
altíssima densidade. Segundo Soares (1985), o fogo envolve três (3) elementos básicos: combustível, 
Comburente (oxigénio) e calor, formando o triângulo do fogo. 
 
Figura 2.1: Triângulo do fogo (Fonte: Soares, 1985). 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física 6 
 
Em qualquer queimada florestal é necessário que haja combustível para queimar (papel, madeira, 
gasolina), oxigénio para manter as chamas e calor para iniciar e continuar o processo de queima. A 
ausência ou a redução abaixo de certos níveis, de qualquer um dos componentes do triângulo do fogo 
inviabiliza o processo de combustão. Nesse contexto (Carvalho, 2009), define-se as três (3) formas de 
combate ao fogo, sendo: 
 Resfriamento: Quando se retira o calor; 
 Abafamento: Quando se retira o comburente (oxigénio) e 
 Isolamento: Quando se retira o combustível. 
Existem várias definições para cada termo técnico relacionado a queimadas, que variam de autor para 
autor, em função da localização geográfica, abrangência e objectivos do estudo. Para este trabalho foi 
utilizado conceito que se adequam aos objectivos do estudo. 
Queimadas ‘é uma prática primitiva da agricultura que se destina principalmente, à limpeza de terreno 
para o cultivo de plantações ou formação de pastos, com uso de fogo de forma controlada que as vezes 
pode descontrolar-se e causar incêndios em florestas’. (Wikipedia, 25 de Maio de 2015). 
Queimada descontrolada ‘é o acto de colocar o fogo na mata por negligência ou acidentalmente sem 
nenhum controlo que resulta em grandes prejuízos económicos sociais e ambientais’. 
As queimadas constituem-se na maior ameaças as florestas e as demais formas de vegetação. O material 
combustível, a humidade do material, as condições climáticas, a topografia e o tipo da vegetação são os 
factores que afectam e influenciam na propagação das queimadas. A acção de cada um destes factores é 
diferente para cada região e para cada época do ano, causando grande diferença no comportamento das 
queimadas. 
Segundo MICOA (2007b), as queimadas constituem a prática rural largamente utilizada para diferentes 
fins tais como: 
 Caça; 
 Colheita de mel; 
 Produção de carvão; 
 Visibilidade da mata; 
 Controlo de pragas e doenças. 
 A limpeza de campos agrícolas; 
 Redução de material combustível; 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física 7 
 
 Renovação das áreas de pastagem; 
 Controlo de espécies vegetais indesejáveis e 
 Abertura de caminhos para facilitar a circulação das populações; 
A pobreza é tida como sendo uma das causas fundamentais das queimadas descontroladas em 
Moçambique, pois, isto é, a população das zonas rurais usa o fogo como o meio mais rápido e barato 
para a abertura dos campos para agricultura e limpeza dos arredores das residências como forma de 
protecção contra os animais ferozes (MICOA, 2007a). 
 
2.1.1. Classificação das Queimadas 
Segundo Carvalho (2009), as queimadas são comumente classificadas de acordo com o tipo do material 
combustível, estabelecendo quatro (4) classes: 
 Classe A 
Correspondem a classe A as queimadas de material combustível comum, como madeira, papel, produtos 
têxteis, etc., que geralmente se extinguem com água (que esfria o meio e forma uma atmosfera de vapor). 
 Classe B 
Enquadram-se nesta classe as queimadas de material muito combustível (óleos, gasolina, graxas, etc.), 
sendo combatidos de extintores de espuma, de anidrido carbónico ou similares. 
 Classe C 
Compreende as queimadas de equipamentos eléctricos, cujo combate são usados agentes não condutores. 
 Classe D 
Na classe D enquadram-se os de matérias muito específicos como metais pirofóricos (alumínio, 
antimónio, magnésio, etc.), que exigem sistemas específicos de extinção. Os extintores mais empregados 
são os de água (que nunca devem ser utilizados para líquidos nem para equipamentos eléctricos), os de 
ácidos, de espumas, de líquidos vaporizáveis e de gases inertes.2.1.2. Queimadas Descontroladas em Moçambique 
Segundo MICOA (2007a), em Moçambique, a área florestal tende a diminuir a um rítmo acelerado não 
só pelo aumento demográfico ou derrube de florestas para fins agro-pecuários, mas também devido à 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física 8 
 
prática de queimada. As queimadas ocorrem anualmente em todo território nacional, durante o período 
seco e no início das campanhas agrícolas e de caça. 
Diante dos cenários que se tem observado de queimadas em todas as regiões do país, várias acções são 
realizadas no sentido de estancar esta problemática. Contudo, as acções que vem sendo levadas a cabo 
pelo Governo Moçambicano é ajudar as comunidades a entenderem que preservando o ambiente estarão 
elas próprias a contribuir para o sucesso da luta que se trava contra a pobreza (Langa, 2015). 
O MINAG (2011), estima-se que o prejuízo global causado por queimadas em Moçambique foi cerca 
de dois milhões de dólares norte-americanos. Citando ainda a mesma fonte, estima-se que o país perde 
anualmente cerca de 219.000 hectares de florestas, o equivalente a 405.500 campos de futebol. As 
queimadas são ainda apontadas como sendo a causa da devastação do ambiente, contribuindo desta 
forma para as mudanças climáticas. 
 
2.1.3. Perigo e Risco de Queimadas 
O risco de queimadas é composto pela vulnerabilidade e pelo factor de ameaça a que está submetido o 
ambiente. A vulnerabilidade depende do material combustível, da topografia, das condições climáticas 
e do tipo de solo. O factor de ameaça diz respeito a existência de agentes naturais e antrópicos que dão 
início ao processo de combustão (Langa, 2015). Saraiva (2011) considera que o perigo de queimadas é 
composto pelo risco de queimadas (chance de uma queimada ter início, em função da existência de 
agentes de ignição), condições de presença de combustível, clima e topografia. 
Brown e Davis (1973) distinguem os conceitos de risco e perigo de queimada, onde risco de queimada 
está relacionado com a probabilidade de uma queimada iniciar em função da presença e/ou actividade 
de agentes causadores, enquanto perigo de queimada está relacionado com as características do material 
combustível (tipo, quantidade, humidade, arranjo e continuidade) que o predispõe a ignição. 
2.1.4. Época de Ocorrência de Queimadas 
Conhecer a época das queimadas é importante para o planeamento das actividades de prevenção e 
combate as queimadas, minimizando os prejuízos causados pelo fogo e controle dos mesmos. A época 
do ano que são registados os maiores índices de ocorrências de queimadas pode variar de região para 
região, com as condições climáticas este período pode ser diferente em função da localização da área em 
análise. Segundo Tebaldi et al. (2012), a época de ocorrência de queimadas corresponde a época do ano 
em que os factores climáticos associados aos elementos climáticos favorecem o aparecimento de grandes 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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números de ocorrências de queimadas em vegetação. Tetto (2012), define a época de ocorrência de 
queimada como sendo, a época do ano mais propícia a ocorrência das queimadas. 
2.1.5. Queimadas e as Emissões de Poluentes do Ar 
A queima da biomassa tem uma contribuição significativa nas emissões de gases do efeito estufa e 
partículas atmosféricas ou aerossóis (Crutzen e Andreae, 1990), conforme ilustra a Figura 2.2. 
 
Figura 2.2: Contribuição das Queimadas nas Emissões Globais de Gases Traços e Matérias Aerossóis 
para a Atmosfera (Fonte: Andreae et. al, 1996). 
Para além do dióxido de carbono (CO2), uma complexa gama de gases e partículas são injectadas para 
atmosfera durante a queima de biomassa. Esses materiais resultam da composição de compostos de 
carbono, e incluem principalmente monóxido de carbono (CO), metano (CH4), dióxido de enxofre (SO2), 
óxidos de nitrogénio (NOx), compostos de cloro e derivados de amoníacos e proteínas (Hansen, e 
Prather, 1989). 
2.1.6. Queimadas e Efeito Estufa 
A vida animal e vegetal no planeta terra, é possível devido à presença na atmosfera de certos gases que 
absorvem a radiação infravermelha emitida pela superfície terrestre para a atmosfera. O efeito estufa 
ocorre quando parte dessa radiação é absorvida por determinados gases presentes na atmosfera. Como 
45%
38% 40%
14%
30%
8%
25%
16%
4%
8%
33%
38%
48%
10%
40%
80%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
E
m
is
sõ
es
 G
lo
b
a
is
 (
%
)
Gases Traços e Matérias Aerossóis
Contribuição das Queimadas nas Emissões Globais de Gases 
Traços e Matérias Aerossóis para a Atmosfera 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
David Manuel Joaquim Trabalho de Licenciatura UEM - Departamento de Física 10 
 
consequência o calor fica retido, não sendo liberado para o espaço, com isso observamos o aquecimento 
global. 
Dentro de certa faixa, o efeito estufa é essencial para a vida, serve para manter a temperatura do 
equilíbrio do planeta garantindo assim, condições necessárias para a existência de seres vivos. Na 
ausência do efeito estufa a temperatura da superfície da terra seria de -18 oC, ao invés da actual 
temperatura média de 15 oC o que dificultaria a vida de diferentes espécies no planeta. Este fenómeno é 
conhecido como efeito estufa natural (Andreae e Mingas, 1996). 
2.1.6.1. Gases do Efeito Estufa 
A influência relativa dos gases no efeito estufa pode ser observada na Figura 2.3: 
 
Figura 2.3: Influência de cada gás no aumento do efeito estufa (Fonte: Hansen e Prather, 1989). 
 Gás Carbónico (CO2) 
O gás carbónico contribuem para o efeito estufa, contribuindo com 55% no fenómeno (Figura 2.3). Esse 
gás permite a passagem da luz do sol, mas retém o calor por ele gerado. Com a preservação das florestas, 
a remoção do CO2 do ar realizado pelas plantas na fotossíntese, diminui o efeito estufa (Hansen e Prather, 
1989). 
 Clorofluorcarbonetos (CFC) 
São moléculas formadas basicamente por átomos de carbono, flúor e cloro, com fórmula molecular 
CxClyFz. Este gás influência no efeito estufa em 24% (Figura 2.3), apesar da grande diminuição desses 
gases actualmente (Hansen e Prather, 1989). 
15%
6%
24%
55%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
CH4 N2O CFC CO2
In
fl
u
ên
ci
a 
d
e 
C
ad
a 
G
ás
 (
%
)
Gases do Efeito Estufa
Influência de cada Gás no Aumento do Efeito Estufa
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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 Metano (CH4) 
O gás metano pode se originar de fontes naturais ou antrópicas. Geralmente tem origem em depósitos 
ou em processos de extracção. O seu tempo de permanência na atmosfera é razoavelmente pequeno, 
apesar de corresponder a uma fracção menor quando comparado com o CO2, a sua eficiência para o 
efeito estufa é maior, sendo uma das razões da sua queima quando este gás não é aproveitado (Hansen e 
Prather, 1989). 
 Óxidos Nitrosos (N2O) 
Assim como o metano, a origem dos óxidos nitrosos pode ser natural (como descargas eléctricas) ou 
antrópica (queima de biomassa). Seu tempo de permanência na atmosfera vária de 120 a 175 anos, oque 
resulta em uma taxa anual aproximada a cinco milhões de tonelada na atmosfera (Hansen e Prather, 
1989). 
2.1.7. Principais Causas para a Ocorrência de Queimada 
As causas que concorrem para a ocorrência de queimadas podem ser naturais ou antrópicas (Morais, 
2011). Em todo o mundo, o homem é apontado como o principal causador das queimadas (MICOA, 
2007a; FAO, 2012). Dependendo da região (nível de desenvolvimento, cultura, hábitos e costumes), as 
causas que concorrem directamente para ocorrência de queimadas florestais variam largamente. Para 
partilhar informações de diversas regiões, bem como permitir sua comparação, a FAO agrupou as causas 
que propiciam a ocorrência de queimadas em oito categorias ou grupos, que são: 
 Raios: classificada como a única causa natural, as queimadas são formadas por descargas 
eléctricas que atingem directa ou indirectamente o material combustível; 
 Incendiários: estão situados neste grupo, as queimadas provocadas por pessoas de forma 
intencional e maliciosa para com propriedades de terceiros, seja por um acto de vingança ou por 
insanidade mental; 
 Queimas para limpeza: queimadas que atingem a área da floresta, proveniente da perda do 
controle ou negligência no acto da realização da queima para qualquer propósito (limpeza da 
área, queima de lixo e controle de pragas); 
 Fumantes: são queimadas iniciados por cigarros ou fósforos acesos descartados por fumantes 
em locais impróprios; 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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 Fogos de recreação: queimadas que se iniciam proveniente de fogueiras feitas por indivíduos 
que estejam na floresta acampando, caçando ou pescando, ou o abandono da mesma sem que se 
apague o fogo por completo; 
 Operações Florestais: são queimadas causadas por trabalhadores ou maquinarias florestais 
durante actividade na floresta; 
 Estradas de ferro: queimadas provenientes de forma directa ou indirecta consequente do atrito 
existente entre a linha férrea e a roda do comboio, gerando calor ou fagulhas que podem servir 
de ignição no material combustível; 
 Diversos: nesta classe são inseridos as queimadas que não se enquadram em nenhuma outra já 
citada, por serem ocasiões de acontecimentos esporádicos; 
 
Segundo a FAO (2007), as principais causas que concorrem para a ocorrência de queimadas no 
continente africano são as seguintes: 
 A limpeza de terra para agricultura (agricultura de corte e queima); 
 Negligencia; 
 Caça; 
 Colecta de mel; 
 Fogueiras abandonadas por campista; 
 Descuidos na queima prescrita; 
 Incendiários (normalmente devido a conflitos de uso e aproveitamento da terra). 
Na África o fogo é frequentemente utilizado como uma componente chave para o maneio dos recursos 
naturais (abertura de terras para agricultura, estimulação da componente herbácea para pastagens, caça, 
etc.), resultando em número elevado de queimadas descontroladas e consequentemente impactos no 
ambiente (FAO, 2008). 
Em Moçambique, por exemplo, a área florestal cobrem 70% do país (65,3 milhões de hectares) (Marzoli, 
2007). Aliado a isso, 71% da população vive nas zonas rurais e 93% dependem directa ou indirectamente 
dos recursos naturais o que causa uma extrema dependência em relação aos recursos naturais. São várias 
causas que estão na origem das queimadas em Moçambique desde as naturais até as que resultam da 
actividade humana. As causas naturais são os relâmpagos e faíscas que constituem principais focos. 
Quando ocorrem em locais de vegetação seca provocam incêndios, devastando áreas extensas. Estes 
casos registam-se com pouca frequência (Ribeiro, 2001). 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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Segundo Chicue (2005) e MICOA (2007a), em Moçambique as principais causas das queimadas estão 
associadas ao uso do fogo nas zonas rurais para os seguintes fins: redução do material combustível, caça, 
agricultura itinerante. MICOA (2007b), acrescenta abertura de caminhos para facilitar a circulação das 
pessoas, visibilidade na mata, colecta de mel, produção de carvão, renovação das áreas de pastagem, 
controle de espécies vegetais indesejáveis e controle de pragas e doenças. 
2.1.8. Causas da Ocorrência de Queimadas no Posto Administrativo de Catandica 
Segundo Nhaca (2012), os inquéritos levados a cabo pelo CDS-Recursos Naturais na província de 
Manica, pressupõem que as queimadas no posto administrativo de Catandica estejam relacionadas com 
causas humanas. Estas sendo classificados como sendo do tipo A (Carvalho, 2009) desde, abertura de 
novos campos para a prática da agricultura tradicional, queima de lixo orgânico e inorgânico, caça de 
animais (ratazanas e coelhos), controlo de pragas e doenças, extracção ou colheita de mel, produção de 
carvão vegetal, abertura de acessos e clareiras à volta das residência, fazer fugir, ou protecção de animais 
ferozes, beatas de cigarros dos fumadores deixado ao relento sem ter apagado, confissão de alimentos 
na machamba ou no mato por parte de pastores de gado e camponeses, maneio de pastagens. 
2.1.9. Queimadas e Suas Consequências 
 As Queimadas e a Constituição 
Segundo a Constituição da República no Regulamento da Lei de Florestas e Fauna Bravia no seu Artigo 
106, Decreto nº12/02 de 6 de Junho de 2002 “que proíbe o uso de queimadas de florestas, sob pena de 
responsabilidade civil, administrativa e criminal nos termos da Lei”, Considera queimadas 
descontroladas, como crime punido por pena de prisão até 12 meses e multa correspondente, para quem 
puser fogo e por destruir total ou parcialmente a mata ou floresta. A mesma lei estabelece que a multa é 
acompanhada de medidas de recuperação ou compensação obrigatória dos danos causados. 
 As Queimadas e o Meio Ambiente 
Seus efeitos são desastrosos no meio ambiente. No ar, lança gases tóxicos e cancerígenos, que 
contribuem para o efeito estufa, para o aquecimento da terra e alteram o clima e o regime de chuvas. A 
destruição da vegetação pela queimada causa equilíbrio da biosfera, degeneração do solo e poluição do 
ar (Langa, 2015). As queimadas contribuem para o empobrecimento dos solos, retirando os nutrientes 
da sua camada mais fértil e favorecendo o aparecimento de ervas daninhas, destruição de ecossistemas, 
perda de vidas humanas e outros animais e alterando o clima 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
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 As Queimadas e a Saúde 
Além de criminosa, a queimada é a causa de muitos males, a começar pelos problemas de saúde. Segundo 
(Ribeiro e Assunção, 2002) nas queimadas são emitidos vários poluentes clássicos, entre eles NOX 
(Oxido de Nitrogénio), CO (Monóxido de Carbono), HC (Hidrocarbonetos) e material particulado, além 
de substâncias tóxicas. Devido ao fato delas coincidirem com a época mais seca do ano, o efeito para a 
saúde humana de acordo com o autor pode ser agudo à saúde da população em geral, agravando as 
doenças respiratórias e da pele levando a intoxicação até a morte por asfixia, pela redução da 
concentração de oxigénio. 
 A Queimada e o Seu Efeito Económico 
Do ponto de vista energético e económico é considerada uma irracionalidade, uma vez que desperdiça 
uma enorme quantidade de energia e, por empobrecer o solo, aumenta a necessidade de adubação 
química. Além do mais,o Posto Administrativo fica mal visto no mercado nacional e internacional que 
fazem restrições aos produtos que, em qualquer fase de seu ciclo de vida, prejudicam excessivamente o 
meio ambiente (MICOA, 2007a). 
Considera-se, tanto pela óptica ambiental como da saúde, jurídica e económica, a queimada é um acto 
destrutivo e precisa ser minimizado ou acabar. O grau de prejuízo pode variar de acordo com a 
característica da área afectada e é proporcional à magnitude das queimadas. 
Segundo MICOA (2007b), relata que “os peritos de países da Comunidade de Desenvolvimento da 
África Austral (SADC) defendem a necessidade de se criar sinergias no combate e controle das 
queimadas descontroladas para garantir uma vida sustentável dos recursos florestais da região, sem 
deixar de referir que as queimadas descontroladas têm como implicações a longo prazo o aumento da 
frequência de episódios como as secas, ciclones, cheias”. 
Os benefícios do uso do fogo são enfatizados por diversos autores. Monteiro (2014), afirma que uma 
queimada controlada pode ser um instrumento útil na concretização de diversos objectivos de maneio, 
desde que utilizado após análise cuidadosa indique segurança, eficiência e baixo custo. No entanto, 
estudos recentes mostram que é necessária uma mudança de postura o mais rápido possível porque a 
situação neste planeta poderá atingir um patamar no qual não haverá mais retorno para as consequências 
deste fenómeno (Lovelock, 2006 citado por Alexandria, 2008). 
 
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As acções que os seres humanos precisam desenvolver a partir de agora devem garantir a 
sustentabilidade ambiental como por exemplo, fazer-se a restauração das áreas degradadas, evitar 
queimadas descontroladas, praticar-se a agricultura sustentável, apostar no uso dos restos vegetais ao 
invés de queima-las e consciencializar a toda a comunidade os riscos decorrentes da prática desses actos 
ao longo do tempo. 
 
2.2. Elementos Climáticos e Queimadas 
Segundo Brown e Davis (1973) o clima reflecte os fenómenos meteorológicos que ocorrem em uma área 
em um determinado período de tempo e é expresso através de médias, totais, extremos e frequências 
para os fenómenos que ocorreram ou vierem a ocorrer. As condições do tempo podem variar diariamente 
devido a um grande número de factores, sendo a rotação da terra, aliada a radiação solar responsável 
pela maioria. 
Segundo Lourenço (2013), define elementos climáticos como sendo variáveis meteorológicas que 
caracterizam o clima. Segundo Davis (1959), afirma haver uma forte relação entre os elementos 
climáticos e a ocorrência de queimadas, dificultando ou favorecendo a sua ocorrência. 
Dentre os elementos climáticos (temperatura do ar, humidade relativa, intensidade e direcção do vento, 
pressão atmosférica, precipitação, radiação Solar, insolação, quantidade, tipo e altura de nuvens, entre 
outros), a temperatura do ar, a humidade relativa e intensidade do vento, são os elementos a serem 
analisados neste trabalho para explicar a ocorrência e variação, durante o ano, do número de ocorrência 
de queimadas. 
 
2.2.1. Temperatura do Ar 
Schroeder e Buck (1970) a temperatura do ar representa em graus o calor de um certo elemento, aferido 
em uma escala finita. A temperatura do ar é medida por meio de instrumentos chamados “termómetros” 
(Figura 2.4), (Varejão e Silva, 2006). 
O Termómetro é constituído por um tubo capilar de vidro hermeticamente fechado, tendo uma das 
extremidades muito dilatada com formato de um depósito que se denomina bulbo. A extremidade oposta 
dispõe apenas de uma pequena dilatação denominada câmara de expansão. Seus equivalentes 
registadores são os “termógrafos” (Figura 2.5). 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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Figura 2.4: Instrumento meteorológico usado para medir a temperatura do ar: Termómetro (Fonte: 
Varejão e Silva, 2006). 
 
Figura 2.5: Instrumento meteorológico usado para registar a temperatura do ar: Termógrafo (Fonte: 
Varejão e Silva, 2006). 
Estes instrumentos utilizam as propriedades térmicas de diferentes substâncias e as indicam de modo 
diversos. Os termómetros também variam de construção conforme o tipo de observação a que se 
destinam, a precisão desejada e as características do próprio fabricante ou exigências dos serviços que 
os empregam. 
2.2.1.1. Factores que Influenciam na Variação da Temperatura do Ar 
Segundo Sentelhas e Angelocci (2009), existem três factores determinantes na temperatura do ar: 
 Factores Macro e Microclimáticos: relacionados com a latitude, altitude, correntes oceânicas, 
continentalidade, massas de ar, frentes e cobertura de terreno; 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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 Factores Topo climáticos: relacionados ao relevo, mais especificamente à configuração e 
exposição do terreno; 
Em relação as queimadas, a temperatura dos materiais combustíveis e do ar presente em um ecossistema 
florestal são factores importantíssimos que podem influenciar no início e na dispersão de uma queimada. 
A temperatura tem influência directa para o material combustível se inflamar, mas não controla 
directamente o comportamento do fogo, responsabilidade essa de outros factores como o vento, 
distribuição da humidade nos combustíveis e estabilidade atmosférica. 
Segundo Soares, as temperaturas menores que 12,8 ºC não representam perigo para ocorrência de 
inflamabilidade; entre 12,8 ºC e 21,1 ºC apresenta início de perigo; entre 21,2ºC e 29,4ºC é considerado 
perigoso e temperaturas maiores que 29,4ºC apresentam extremo perigo para o grau de inflamabilidade 
(Soares, 1985). 
 
2.2.2. Humidade Relativa do Ar 
Schroeder e Buck (1985) descreve a humidade relativa como sendo a razão em percentagem, entre a 
quantidade de humidade existente em um volume de ar (humidade absoluta) e a quantidade total que 
este volume pode conter, sem se condensar (ponto de saturação), em uma dada temperatura e pressão 
atmosférica, descrita pela equação 2.1. 
UR = 
e
es
 ( 𝐸𝑞. 2.1) 
Onde: UR é a humidade relativa; e é a humidade absoluta; es é o ponto de saturação (Wikipedia, 25 de 
Maio de 2015). 
A humidade relativa actua directamente na combustão dos combustíveis florestais possibilitando uma 
constante troca de humidade entre o material depositado e a atmosfera. 
 
2.2.2.1. Psicrómetros 
É um instrumento usado para determinar a temperatura e estimar a humidade relativa do ar. O 
psicrómetro mede a humidade do ar indirectamente e, por seu intermédio, podemos através de tabelas 
apropriadas calcular a humidade relativa. O psicrómetro é constituído de dois termómetros idênticos: o 
primeiro com o bulbo seco (temperatura do ar) e o segundo com o bulbo húmido (temperatura da água 
em processo de evaporação) envolvido em cadarço de algodão, mantido constantemente molhado. Eles 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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são montados verticalmente, lado a lado em um suporte localizadono abrigo meteorológico, conforme 
a Figura 2.6. 
 
Figura 2.6: Instrumento meteorológico que mede a temperatura para estimar a humidade relativa: 
Psicrómetro (Fonte: (Wikipedia, 25 de Maio de 2015). 
 
2.2.3. Direcção e Intensidade do Vento 
Vento é uma massa de ar em movimento (Silva, 2009). Os ventos são causados por diferenças de pressão 
ao longo da superfície terrestre, devidas ao facto de, em primeiro lugar, a radiação solar recebida na terra 
estar distribuída duma forma desigual (ser maior nas zonas equatoriais do que nas zonas polares) e, em 
segundo lugar, ao movimento de rotação da Terra e variações sazonais de distribuição de energia solar 
incidente. Contudo a origem do vento é, portanto, a radiação solar (Jervell, 2008). Os ventos são 
responsáveis pela alimentação da combustão e direccionam as queimadas, facilitando a sua propagação. 
O vento é uma grandeza vectorial definida através de uma direcção e sentido. Dentre os instrumentos de 
medição do vento, três são os mais utilizados: cata-vento tipo Wild ou biruta, anemómetro de canecas e 
anemógrafo universal, conforme mostra as figuras 2.7 a, b e 2.8, respectivamente. A figura 2.8. indica o 
Anemógrafo que é um instrumento que regista continuamente a direcção (em graus) e a velocidade 
instantânea do vento (em m/s) (Varejão e Silva, 2006) 
2.2.3.1. Direcção do Vento 
A direcção do vento se define como aquela de onde o vento provém. É expressa em graus, medidas no 
sentido horário, a partir do norte geográfico (verdadeiro), e aplicando-se a teoria da rosa-dos-ventos. 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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A direcção do vento indica a direcção de onde o vento. Em geral, a direcção do vento é medida com a 
ajuda de um cata-vento ou biruta (Figura 2.7 a). Para um bom funcionamento, deve-se ter cuidado para 
que o eixo do cata-vento esteja perfeitamente vertical e que a orientação em relação ao Norte verdadeiro 
seja precisa (Silva, 2009). 
2.2.3.2. Intensidade do Vento 
Teoricamente a intensidade do vento é a distância horizontal percorrida por uma partícula de ar durante 
a unidade de tempo (Wikipedia, 25 de Maio de 2015). A intensidade do vento é dada em nós (knots) 
“kt” para fins sinópticos e quilómetro por hora (km/h) para fins climatológicos (Nobe, 2013). 
 
Figura 2.7: Instrumentos meteorológicos usados para medir a direcção, intensidade do vento e regista 
continuamente a direcção e a intensidade do vento respectivamente: (a) Cata-vento do Wild e Biruta 
(b) Anemómetro de canecas (c) Anemógrafo (Fonte: Silva, 2009). 
O anemómetro de canecas (Figura 2.7 b) é o instrumento mais utilizado na determinação da velocidade 
ou intensidade do vento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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CAPITULO III: METODOLOGIA 
Neste capítulo, apresenta-se a metodologia e os dados usados para realizar o estudo, é feita uma breve 
caracterização da região em estudo, e apresenta-se a análise feita para alcançar os objectivos. 
3.1. Área de Estudo 
Para se executar a metodologia proposta no presente trabalho foi escolhido como caso de estudo o posto 
administrativo de Catandica (Figura 3) sede do distrito de Bárue, pertencente a província de Manica em 
Moçambique, (INE, 2012). Em termos geográficos situa-se entre 17º 12' a 18º 03' latitude Sul e 31º 08' 
a 33o 10 longitude Este (Atlas de Moçambique, 2009), sendo a agricultura a sua base de sobrevivência 
e a floresta um dos recursos mais importantes do distrito, ricas em produção de Madeira de alto valor no 
mercado nacional e internacional. 
 
Figura 3.1: Localização Geográfica do posto administrativo de Catandica. 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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O posto administrativo de Catandica situa-se no centro do distrito de Bárue, a Noroeste da província de 
Manica em Moçambique, de acordo com INE (2012), o posto administrativo de Catandica possuía 29 
052 habitantes e tem uma área de 16 km². Segundo o INE (2012), O posto administrativo de Catandica 
é limitada a Norte pelo posto Administrativo de Nhampassa pertencente a distrito de Bárue, a Sul confina 
o posto Administrativo de Vanduzi e Matsinho, pertencentes a distrito de Manica e Gondola 
respectivamente, a Este o posto Administrativo de Chôa e Mavonde pertencentes a distrito de Bráue e 
Manica respectivamente, a Oeste pelo posto Administrativo de Nhamagua e Nguawala pertencente a 
distrito de Macossa. O posto administrativo de Catandica é composto por 3 localidades nomeadamente, 
o Chivalo, Inhazonia e Tsacale. 
 
3.1.1. Características Gerais do Posto Administrativo de Catandica 
3.1.1.1. Características Físico-Naturais 
 Clima 
O clima de Catandica é predominante do tipo “Tropical Chuvosa de Savana” ou tropical de altitude 
devido a predominância de montanhas, com precipitações que variam entre 1000 á 1800 mm anuais; as 
temperaturas variam de 15oC a 20oC nos meses de Abril a Setembro (estação seca e fresca) e no resto 
do ano, de 20 oC a 30 oC (estação chuvosa e quente) (Chonguiça, 1985). 
 Relevo 
Segundo Chonguiça (1985), considera-se duas (2) grandes unidades morfológicas na área do estudo 
através do exame hipsométricas, nomeadamente: Zonas do altiplanaltos com altitudes que variam dos 
600 a 1000 metros e Zonas das montanhas com altitudes superiores a 1000 metros. 
 Solos 
Os solos exercem influência no padrão de distribuição e redistribuição da população. Em Catandica 
predominam dois (2) tipos de solos: 
 Solos franco-argiloso-avermelhados, ricos em minerais de Fe (OH) x e Al (OH) x, localizados na 
região dos altiplanaltos (Este) do posto administrativo. Estes solos (franco-argilo aluminio-
ferraliticos) são considerados aptos para as culturas de milho, mapira e feijão com baixo nível de 
entrada de factores de produção (INIA, 2007); 
 
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Catandica 
 
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 Solos argilo-vermelhos (vermelho-escuro), caracterizados por serem pouco profundos, possuem 
horizontes superficiais de minerais de fraca meteorização e/ou intemperismo devido a textura 
média a grossa, localizando-se na região montanhosa de Catandica (INIA, 2007). 
3.2. Dados e Métodos 
3.2.1. Dados 
Para a concretização dos objectivos, foram usados dados mensais da temperatura do ar, humidade 
relativa, intensidade do vento e ocorrências de queimadas duma serie temporal correspondente ao 
período entre Janeiro de 2008 a Dezembro de 2012 medidos no posto administrativo de Catandica. 
 Dados de Ocorrências de Queimadas 
A Direcção Nacional de Terras e Florestas (DNTF) forneceu os dados mensais de ocorrência de 
queimadas em formato alfa numérica correspondente ao período entre Janeiro de 2008 a Dezembro de 
2012. 
 Dados dos Elementos Climáticos 
Neste estudo foram usados médias mensais da temperatura do ar, humidade relativa e intensidade do 
vento, correspondente ao período entre Janeiro de 2008 a Dezembro de 2012, referente a estação 
meteorológica de Catandica, sendo operado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM). 
3.2.2. MétodosPara a realização do trabalho foi usado o procedimento metodológico que esta representada no 
fluxograma abaixo, Figura 3.2 
. 
Figura 3.2: Fluxograma da Metodologia de Pesquisa 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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3.2.3. Processamento de Dados 
Uma série temporal é uma colecção de observações feitas sequencialmente ao longo do tempo e que 
podem ser descritas por tabelas, gráficos e medidas de cálculos ou fórmulas de parâmetros que indicam 
as características numéricas da série, permitindo que se chegue as conclusões sobre a evolução do 
fenómeno ou sobre como se relacionam os valores da série (Correia, 2003). As expressões analíticas e 
os conceitos utilizados para definir os parâmetros são: 
 Máximo: é o maior valor que aparece na amostra; 
 Mínimo: é o menor valor que aparece na amostra; 
 Média: é a razão entre o somatório de todos os valores da amostra pelo número de elementos da 
amostra, dada pela seguinte fórmula: 
𝑥 ̅ =
∑𝑥
𝑛
 ( 𝐸𝑞. 3.1) 
Onde: n é o número de elementos de amostra 
 Coeficiente de correlação de Pearson (r): usado para analisar a linearidade entre duas variáveis, 
sendo expressa pela equação 3.2. 
O coeficiente de correlação é um valor numérico que mede a intensidade da associação linear existente 
entre duas variáveis quantitativas, medida a partir de uma série de observações (Moore, 2007). O 
coeficiente de correlação linear de Pearson (r) é determinado pela equação 3.2: 
𝒓 = 
∑ (𝑥𝑖 − �̅�)(𝑦𝑖 − �̅�)𝑛𝑖=1
√∑ (𝑥𝑖 − �̅� )2𝑛𝑖=1
2
√∑ (𝑦𝑖 − �̅� )2𝑛𝑖=1
2
 (𝐸𝑞. 3.2) 
Onde: r é o coeficiente de correlação de Pearson; Sx e Sy representam o desvio padrão, respectivamente 
das variáveis x e y; e Sxy é a co-variância. 
‘r’ sempre será um valor entre: -1 ≤ r ≤1 
 Quanto mais próximo de –1: maior correlação negativa; 
 Quanto mais próximo de 1: maior correlação positiva; 
 Quanto mais próximo de 0: menor a correlação linear; 
 Quando igual a 0: ausência de correlação. 
A significância estatística, p-value (p), do coeficiente de correlação de Person (r) foi calculada para o 
nível de confiança de 95% através da routina disponível no website http://www.socscistatistics.com. 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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O p-value representa a probabilidade do efeito observado entre os tratamentos ser devido ao acaso e não 
aos factores que estão sendo estudados (Thisted, 2010). Varia de 0 a 1 sendo que p = 0 a probabilidade 
do efeito observado entre os tratamentos ser devido ao acaso é de zero porcento (0%) e p = 1 a 
probabilidade do efeito observado entre os tratamentos ser devido ao acaso é de cem porcento (100%). 
No estudo usou-se o pacote Microsoft Excel para calcular os seguintes parâmetros estatísticos: máximo, 
mínimo, média e coeficiente de correlação de Pearson (r), e para a construção de gráficos e tabelas. A 
figura da área de estudo e os mapas referentes a queimadas foram produzidos através da ferramenta 
ArcGIS e editada através da ferramenta do Windows 7, o Paint. 
Os dados dos elementos climáticos (temperatura do ar, humidade relativa e intensidade do vento) 
apresentavam falhas em alguns anos, resultado de problemas com os aparelhos de colecta e a ausência 
do operador em determinadas épocas. Segundo Manhiça (2013), classifica essas falhas em dois tipos: 
 Falhas consistindo de dados mensais insolados ausentes; 
 Falhas consistindo de dados mensais ausentes para três meses até um ano inteiro. 
Para o preenchimento dessas falhas, classificada segundo (Correia, 2003) como da categoria dentro da 
estação, foi usado o método de interpolação consistindo no cálculo da média anual do ano em causa, 
baseado em (Correia, 2003) para tal: 
 Identifica-se o mês do dado faltante recolhido em anos com falhas; 
 Calcula-se a média anual usando a média aritmética dos dados desta variável em análise, 
considerando todos os anos disponíveis; 
 A média anual estimada para o ano problema é computada envolvendo os dados mensais 
disponíveis; 
 Em seguida, projecta-se a media anual estimada em cada um dos meses ausentes, e as falhas são 
preenchidas. 
3.2.3.1. Identificação dos Meses Críticos a Ocorrência de Queimadas 
Para determinar os meses críticos a ocorrências de queimada foram agrupados as queimadas por meses, 
determinando os meses com registos de ocorrências de queimadas. 
3.2.3.2. Determinação do Período de Ocorrência de Queimadas 
A determinação do período de ocorrências de queimadas foi definida agrupando-se as queimadas por 
horas, determinando o Período de maior ocorrências de queimadas. 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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3.2.3.3. Determinação das Correlações e a Influência Entre os Elementos Climáticos e a 
Ocorrência de Queimadas 
A correlação e a influência entre os elementos climáticos e a ocorrência de queimadas no posto 
administrativo de Catandica foram determinadas em duas etapas: 
 Para investigar a correlação entre os elementos climáticos e a ocorrência de queimadas, foi 
calculado o coeficiente de correlação de Pearson (r) para cada um, entre as médias mensais dos 
elementos climáticos e a ocorrência de queimadas, determinando-se qual dos elementos 
climáticos melhor se relacionou com a quantidade mensal das ocorrências de queimadas; 
 Foi feita uma análise estabelecendo-se a estação normal de queimadas no posto administrativo 
de Catandica para perceber a influência do elemento climático mais correlacionado com as 
ocorrências de queimadas e o total de queimadas mensais. As análises foram feitas com auxílio 
do pacote Microsoft Excel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Influência dos Elementos Climáticos na Ocorrência de Queimada no Posto Administrativo de 
Catandica 
 
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CAPÍTULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Neste capítulo, apresenta-se os resultados do estudo obtidos e a sua discussão, identifica-se os meses e 
horários mais críticos a ocorrência de queimadas no posto administrativo de Catandica. Apresenta-se 
também a correlação e a influência entre os elementos climáticos e a ocorrência de queimadas sobre o 
Posto Administrativo de Catandica, durante o período de 2008 a 2012. 
4.1. Variação Mensal 
4.1.1. Ocorrências de Queimadas 
A Figura 4.1 ilustra a variação mensal das ocorrências das queimadas no Posto Administrativo de 
Catandica durante o período 2008 - 2012. 
 
Figura 4.1: Variação mensal das ocorrências de queimadas no Posto Administrativo de Catandica 
durante o período 2008 a 2012. 
De acordo com a Figura 4.1, os meses de Maio, Junho, Julho, Agosto Setembro, Outubro e Novembro 
foram os meses com registos de ocorrência de queimadas e os meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro, 
Março e Abril não houve registo de ocorrências de queimadas, durante o período de 2008 a 2012 no 
Posto Administrativo de Catandica. O mês de Setembro (4991 ocorrências) foi o que apresentou maior 
0 0 0 0 2 46
188
1424
4991
2382
46 0

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