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PROCESSOS QUÍMICOS INDUSTRIAIS Profa. Dra. Márcia Regina Baldissera Rodrigues FLUXOGRAMA COZIMENTO/CRISTALIZAÇÃO/ CENTRIFUGAÇÃO COZIMENTO O xarope segue para os cozedores e chegam até a sua supersaturação. Primeiramente tomando consistência de mel e em seguida começa a formação dos cristais de açúcar aumentando de volume e de tamanho. O principal objetivo dessa etapa é produzir maior porcentagem possível de cristais com a uniformidade do tamanho desejado. A consistência do xarope não permite fervê-lo em tubos estreitos. É utilizado então um cozedor, que possui detalhes dimensionais melhor adaptados ao produto viscoso que deve ser concentrado. Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar COZIMENTO Chamamos de cozimento às operações desenvolvidas na fábrica de açúcar para obtenção do cristal de sacarose com valor comercial. O cozimento propriamente dito é feito sob vácuo, por evaporação, a baixa temperatura (65-70 ºC), para que não ocorra prejuízo da qualidade do açúcar ou até degradação térmica da sacarose . No cozimento, estaremos evaporando a água e, portanto, supersaturando a solução, fazendo com que o açúcar se deposite nas sementes ou nos cristais já existentes, fazendo-os crescer. A massa transforma-se, passando do estado líquido a um estado meio sólido, meio líquido, caracterizando a massa cozida. Esta redução de fluidez torna imperativa a mudança na forma de sua manipulação. Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar COZIMENTO Sua consistência não permite ferver esta massa em tubos de pequenos diâmetros, nem circular com facilidade de um evaporador a outro Assim, a evaporação nesta etapa passa a ser realizada em evaporadores de simples efeito com detalhes e adaptações efetuadas em função das características do produto a ser concentrado O volume de massa cozida (uma mistura de cristais envolvida em mel) é descarregada nos cristalizadores, onde se completa a cristalização do açúcar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar COZEDORES DE AÇÚCAR COZEDORES DE AÇÚCAR COZEDORES DE AÇÚCAR CRISTALIZAÇÃO A massa é descarregada no cristalizador, que é provido de agitadores que auxiliam a cristalização do açúcar e impedem a formação de um bloco. Nesta etapa de produção do açúcar ocorre a cristalização da sacarose contida no xarope proveniente da seção de evaporação Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar CRISTALIZADOR CRISTALIZAÇÃO Os cristalizadores são providos de uma espécie de parafuso, que gira lentamente movimentando a massa. Objetivos da agitação: • o açúcar dissolvido no mel fique continuamente em contato com os cristais • aumento de volume • resfriamento Os cristalizadores podem ser empregados em conjunto Finalidade: completar a formação dos cristais e aumentar o esgotamento do mel Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar VISTA INTERNA DO CRISTALIZADOR FLUXO DE CRISTALIZADORES cristalizadores VISTA COMPLETA DA FABRICAÇÃO CRISTALIZADORES CENTRÍFUGAS COZEDORES VISTA COMPLETA DA FABRICAÇÃO COZEDORES CRISTALIZADORES CENTRÍFUGAS CENTRIFUGAÇÃO O objetivo da centrifugação consiste basicamente na separação do mel que envolve os cristais de açúcar da massa cozida; Utilização da força centrífuga para retirada do mel contido na massa Rotação : 1200 - 1500 rpm Tipos de Centrífugas Podem ser classificadas em dois tipos: • Centrifugas Intermitentes (Descontínuas); • Centrifugas Contínuas. Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar CENTRIFUGAÇÃO Centrífuga Descontínua Este tipo de centrifuga é normalmente utilizada para centrifugação de massa A para produção de açúcar cristal, demerara e VHP. Centrífuga Descontínua As centrífugas descontínuas promovem a separação do açúcar dos méis. A massa é descarregada na centrífuga, e esta é lavada com água, primeiramente sai mel pobre e depois na próxima lavagem (com vapor) sai mel rico Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Princípio de Funcionamento A massa cozida é descarregada no interior do cesto, sob o cônico de fechamento que distribui uniformemente. Sob a ação da força centrífuga decorrente da rotação do cesto, o mel flui dos orifícios da tela, sendo encaminhado para a caixa de mel. Os cristais de açúcar retidos na malha da tela são lavados com água e vapor, sendo em seguida retirados pela raspa. FUNCIONAMENTO DE UMA CENTRIFUGA DESCONTÍNUA Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar CENTRIFUGAS DESCONTÍNUAS CENTRIFUGAS DESCONTÍNUAS Bicos de Lavagem 1 Capacidade de Produção A capacidade de produção de açúcar deste equipamento depende de três fatores principais: •Conteúdo do cesto em volume; • Duração do ciclo; • Conteúdo de cristais na massa cozida. 2 Duração do Ciclo Rotação. Tempo de operação de cada etapa do ciclo CENTRIFUGA DESCONTÍNUA 3 Ciclos de uma Operação Variam muito dependendo de: Tipos de centrifugas; Controle automático das diversas etapas do ciclo; Qualidade da massa cozida; Qualidade do açúcar desejado. 4 Composição Típica de um Ciclo Carregamento Tempo de Retirada de Mel (centrifugação) Lavagem com Água (Normalmente durante a aceleração) Lavagem com Vapor (Logo após lavagem com água até o fim da frenagem caso não seja água superaquecida) Frenagem e Descarregamento Lavagem do Cesto. CENTRIFUGA DESCONTÍNUA Condições para uma Boa Centrifugação Quanto mais uniformes forem os cristais e quanto menor for a viscosidade do mel (varia com a pureza) mais rápido será seu escoamento entre os cristais. Porém, a massa cozida é constituída de três frações de mel: Excesso de mel: É facilmente eliminado pela força centrifuga. Mel entre espaços vazios dos cristais: É a retirada mais difícil. Película fina de mel que envolve os cristais: É aderente ao cristal por forças capilares, dificilmente removíveis por simples centrifugação necessitando de operações de lavagens. CENTRIFUGA DESCONTÍNUA Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar CENTRIFUGAS DESCONTÍNUASCENTRIFUGAS DESCONTÍNUAS CENTRIFUGAÇÃO Centrífugas Contínuas • São utilizadas para massa B. • Não utilizadas para massa A por trabalharem a altas rotações e ocasionarem apreciável quebra do açúcar. • Tempo de residência da massa na centrifuga é pequeno requer altas velocidades. • A centrifuga gira a uma velocidade constante e é alimentada por um “fio” contínuo fornecendo uma vazão constante de açúcar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar CENTRIFUGAÇÃO Centrífuga Contínua A massa B é “lavada” com água em centrífugas contínuas,o cesto é tipo cônico vertical, operando com descarga contínua de sólidos. A separação centrífuga ocorre no cesto cônico, sobre as telas para filtração. Com a subida da massa sobre a tela, o mel é separado dos cristais de açúcar Gabriela Destacar Gabriela Destacar CENTRIFUGAÇÃO Princípio de Funcionamento A massa cozida escoa através do sistema central, continuamente para a centrifugação, sendo distribuída uniforme sobre a tela de separação do cesto. O mel separará sozinho da massa cozida durante o avanço da mesma sobre a tela. O mel desliza então sobre o cone liso, que se encontra sob a tela, devido à ação da força centrifuga. O mel sai pelos orifícios do anel superior do cesto até a caixa dos méis. Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar CENTRIFUGAÇÃO Telas São construídas em aço níquel-cromo, com furações de 0,09 mm de diâmetro, por exemplo. Devem ser inspecionadas cuidadosamente sempre que a produção normal de massa não puder ser alcançada (açúcar de baixa qualidade), a presença de incrustações na tela pode obstruir os furos de tal modo que o mel não possa mais fluir. Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar CENTRIFUGAÇÃO Caixa Tem por finalidade acomodar o cesto e conduzir os cristais para o transportador de magma. É construído em aço carbono, possui internamente um compartimento separador de mel. Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar CENTRIFUGAÇÃO Cesto Giratório Construído em aço inox, tem formato cônico com inclinação de 34º e possui uma contra tela fixa, do mesmo material sobre a qual são fixadas as telas. O cesto está acoplado sob o cabeçote que lhe transmite a força centrífuga. CENTRIFUGAÇÃO Cabeçote de Acionamento Tem por finalidade transmitir potencia do motor para o cesto giratório ao qual está acoplado. O cabeçote é composto basicamente de: Polia Eixo Rolamentos Retentores Sistema de Lubrificação CENTRIFUGAS CONTÍNUAS CENTRIFUGAS CONTÍNUAS SECAGEM A operação de secagem consiste na diminuição da umidade do açúcar até um ponto que ela seja compatível com a estocagem, outro ponto importante a considerar é que a temperatura do açúcar na saída dos secadores deve ser mantida preferencialmente na faixa de 30 a 40ºC para que não ocorra amarelamento e empedramento do açúcar no período de estocagem. Tipos de Secadores O mais utilizado é: Secador de Tambor Rotativo (Secador Horizontal) Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar SECAGEM Secador de Tambor Rotativo O secador de uso mais corrente é o de tambor rotativo, que consiste num cilindro metálico montado na horizontal levemente inclinado 5 a 7° para facilitar a progressão do açúcar, este é provido internamente de aletas destinadas a recolher o açúcar e deixá-lo cair em forma de cascata. Geralmente o açúcar caminha ao longo do secador em contra corrente com o ar. Nos melhores projetos o corpo secador é dividido em 2 partes: a de secagem e a de resfriamento. Fazem parte ainda um transportador de alimentação, aquecedor de ar, exaustor, ciclone e separador de pó. Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar SECADOR FUNCIONAMENTO O açúcar úmido é introduzido no condutor de entrada do equipamento. Devido ao movimento rotativo do tambor e a inclinação das aletas os cristais de açúcar são conduzidos até a câmara de descarga passando pelas seções de secagem e de esfriamento. O sistema de múltiplas aletas permite grau de aquecimento e esfriamento adequado, bem como perfeita distribuição em toda seção do tambor rotativo, obtendo-se assim, excelente uniformidade na transferência de calor à totalidade dos cristais. Os cristais secos e frios são expelidos do secador pela caixa de saída de açúcar. Para o processo de secagem se utiliza o ar ambiente, o qual é aquecido á temperatura apropriada ao passar pelo aquecedor a vapor instalado ao extremo da seção de secagem. Este aquecedor é precedido de veneziana ajustável destinada a regular o fluxo de ar. Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar SECADOR FUNCIONAMENTO Para o resfriamento, poderá ser utilizado tanto o ar ambiente como ar proveniente de resfriadores sendo também provido de veneziana ajustável destinadas a regular o fluxo de ar. O ar de secagem e de resfriamento é removido por um ventilador na zona de confluência no corpo central do Secador, dirigindo-o ao conjunto de separação e lavagem. O ar é lavado para evitar que pequenos cristais e o pó do açúcar arrastados sejam dissolvidos e voltem para o processo, e depois liberado para a atmosfera Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar SECAGEM SECADOR Secador de Tambor Rotativo SECADOR Secador de Tambor Rotativo SECADOR - VISTA INTERNA SECADOR – VISTA INTERNA SECAGEM Vista interna do Secador de Tambor Rotativo SECAGEM O açúcar é seco até atingir umidade final de no máximo 0,10% para Açúcar tipo 4, 0,15% para tipo VHP, 0,04% para tipos 1, 2 e 3.. Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar ARMAZENAMENTO Após a secagem o açúcar cristal pode ser ensacado em volumes de 5 e 50 kg, utilizando-se uma balança mecânica automática ou eletrônica para o controle físico. Os sacos têm as bocas costuradas/lacradas, e encaminhados para empilhamentos (armazenagem). O açúcar tem, depois de produzido, um controle tecnológico de classificação por qualidade, cor, etc. Este controle é feito pelo laboratório industrial, o qual classifica a qualidade do produto Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar Gabriela Destacar ARMAZENAMENTO SACOS DE 5 KG ARMAZENAMENTO SACOS DE 50 KG ARMAZENAMENTO SACOS DE 50 KG ARMAZENAMENTO/ESTOCAGEM ARMAZENAMENTO A GRANEL FLUXOGRAMA DA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR PRODUÇÃO DE AÇÚCAR
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