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PROCESSOS FERMENTATIVOS- FERMENTAÇÃO DAS FRUTAS: ASPECTOS DOS VINHOS PARTE II: FERRI: VINHOS, CERVEJAS (PROVA 8 PTOS) E VINAGRES (TRABALHO 2PTOS). VINHOS A qualidade da uva é o principal fator para obtenção de um bom vinho. Uva Maturação Estado Sanitário Vinho de Qualidade FERMENTAÇÃO Produtividade x Qualidade Condições ideais de colheita Colheita da uva: • Utiliza-se o pHmetro para medir a quantidade de açúcar dos SST (º BRIX); Quanto a estrutura do cacho temos: • O engaço Tanino (caqui verde); Quanto a estrutura do cacho temos: • A baga; • Película; • Polpa; • Semente. Quanto a polpa, onde encontra-se o mosto, temos: •Açúcares FERMENTAÇÃO •Ácidos; •Minerais; •Compostos nitrogenados; •Matéria péctica; •Enzimas; •Vitaminas; •Água. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA DA UVA A fermentação é o processo chave na produção do vinho; Não existe vinho sem que ocorra a fermentação alcoólica do mosto de uvas; A própria lei 7678/88, que rege a produção de vinhos, em seu artigo 3º, conceitua: "Vinho é a bebida obtida pela fermentação alcoólica do mosto simples de uva sã, fresca e madura“ Portanto, vinho somente pode ser produzido a partir de uvas, não de outras frutas. LEVEDURAS As principais responsáveis pela fermentação são as leveduras. Estes fungos, dividem-se em muitos gêneros e espécies. E cada espécie em várias cepas. São encontradas livremente na natureza e estão prontas a agir sobre os açúcares. Para se produzir o vinho, algumas são desejáveis e outras não. A Saccharomyces cerevisiae é a mais utilizada. A Saccharomyces bayanus uso específico. SACCHAROMYCES A maior presença da S. cerevisiae deve-se ao fato de ser mais resistente ao álcool e ao CO2. Cada espécie possui a própria série de enzimas que farão a "digestão" dos açúcares. Como se pode imaginar, cada uma liberará aromas e sabores únicos ao vinho, aumentando sua complexidade. GENOMA DA LEVEDURA A principal levedura envolvida na produção de vinhos, a Saccharomyces cerevisiae, foi um dos primeiros organismos superiores a ter o genoma mapeado. Naturalmente, se conseguiu desenvolver a mesma levedura com diferentes níveis de eficiência. VERSATILIDADE DAS LEVEDURAS As leveduras são organismos versáteis, uma vez que conseguem sobreviver sem oxigênio e também em ambientes com oxigênio. Em ambiente aeróbico, elas atuam sobre os açúcares, porém o resultado é água e gás carbônico. Porém, nessa situação de oxigênio há grande reprodução. Por isso se iniciar a fermentação com os tanques abertos. Ao usar levedura selecionada se consegue direcionar aromas, acidez e álcool. CONTROLE DA TEMPERATURA Com a fermentação alcoólica há liberação de energia, em forma de calor. Temperatura elevada (26ºC), privilegia a extração de aromas e dos componentes de cor das cascas das uvas. Enquanto que, em temperaturas baixas (18ºC), há retenção dos aromas voláteis do mosto. Essa é a principal razão para os vinhos brancos serem fermentados em temperaturas mais baixas e os tintos em mais altas. Instalam- se cintas em volta do tanque, por onde circula um líquido refrigerante capaz de trocar calor com o mosto, tornando fácil o controle. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICA Divide-se em duas etapas: 1) Fase tumultuosa; 2) Fase lenta. Porém, há outras formas de classificação da fermentação alcoólica. FERMENTAÇÃO ALCOÓLICATUMULTUOSA AERÓBICA MOSTO: Intensa liberação de CO2, temos a impressão de que a mistura está fervendo. Maior TºC - produção de etanol - maior espumas - meio anaeróbico - atenuação do ºBrix - maior acidez FERMENTAÇÃO LENTA Deve-se avaliar o desprendimento do dióxido de carbono, a temperatura de fermentação e efetuar as análises da densidade, dos teores de açúcar, álcool e acidez total, ANAERÓBICA A fermentação alcoólica é concluída quando cessa o desprendimento de dióxido de carbono e o teor de açúcar total for inferior a 3,0 g/L. Fermentação alcoólica lenta ( VIDROS FECHADOS) Fermentação alcoólica Fase tumultuosa (4 a 12 dias – aberto) Fase de fermentação lenta (cerca de 21 dias) Evitar contato com o ar (batoque hidráulico) Realizar controle da temperatura e da densidade PROCESSO FINITO A fermentação finda quando se esgotam os açúcares do mosto. O aumento da temperatura também consegue cessar a atividade das leveduras (pasteurização). O frio diminui a atividade das leveduras A própria pressão do CO2 pode ser uma forma de se interromper a fermentação (ASTI, 7 atmosferas) MACERAÇÃO CARBONICA Método utilizado na produção de vinhos de caráter mais frutado, para serem bebidos jovens Cachos inteiros são colocados no tanque de fermentação. O tanque é preenchido com gás carbônico (daí o nome) e a fermentação inicialmente não ocorrerá por ação de leveduras; ela se dará de forma intracelular, por ação das enzimas presentes na própria uva até que se chegue ao teor de 3% de álcool. Devido à alta temperatura (35ºC), a extração de cor foi beneficiada. A partir daí, segue a fermentação alcoólica normal, sob a ação de leveduras. QUANTO + AÇÚCAR MELHOR? O excesso de açúcar, ao contrário do que se possa imaginar, pode dificultar e até inviabilizar a fermentação. CHAPTALIZAÇÃO É o método de enriquecimento do mosto com açúcar, seja de cana-de-açúcar ou de beterraba. É creditado a Jean-Antoine Chaptal, químico e ministro do Interior de Napoleão Bonaparte. Com a adição de açúcar ao mosto, eleva-se o potencial alcoólico do vinho, que ganhará estrutura e textura. Porém, o conjunto deve conseguir acompanhar esse enriquecimento. Em países como Itália e Espanha, não se permite a aplicação desse processo, mas, em algumas regiões da França e no Brasil, permite-se até certos limites. DESCUBA É processo de separação da parte sólida e líquida do mosto; É realizado quando o mosto atinge uma densidade de 1.010; Retira-se a parte sólida, que é encaminhada através de uma bomba ou de um caracol, para a prensa REMONTAGEM Consiste em retirar o mosto da parte inferior do recipiente e colocá-lo novamente na parte superior. Deve ser efetuadas, de forma suave, pelo menos duas vezes por dia por 30 minutos. É realizada para extrair os componentes da parte sólida da uva, homogeneizar a massa vínica em fermentação, controlar a temperatura de fermentação e evitar o desenvolvimento de microrganismos ESPUMANTES Espumantes é caso especial de fermentação. Ocorre duas fermentações alcoólicas. Na primeira, produz-se o vinho tranquilo, seguindo a forma de produção do vinho branco ou tinto. Na segunda fermentação o gás ficará retido na própria garrafa (método tradicional) ou em tanques pressurizados (método charmat). ATENÇÃO PARA ‘FERMENTAÇÃO’ O vinho no final da fermentação alcoólica, precisa de bactérias E de semanas, ou até meses para alcançar uma população bacteriana indígena suficiente. FERMENTAÇÃO MALOLÁTICA TINTOS Quando colocado em barricas, é a hora em que O ácido málico se transforma em ácido láctico. Para isso acontecer, são adicionadas bactérias lácticas ao vinho. O objetivo é limitar a acidez fixa que corresponde à metade da acidez do ácido málico. Nesse caso, uma parte da acidez do vinho se transforma em ácido carbónico volátil, que se desprende e desaparece. A malolática tem a função de amaciar os vinhos, mas por outro lado provoca uma diminuição dos aromas primários provenientes das uvas. TEMPERATURA II A maior atividade das bactérias ocorre entre 25°C e 30°C e isso provoca um aumento acentuado da acidez volátil. Portanto, a temperatura indicada para a realização da fermentação malolática é de 15°C a 18°C, o que evita a acidez volátil e a evaporação do vinho. ACIDEZ A acidez do vinho define o gênero da bactéria responsável pela fermentação malolática. Assim, a acidez baixa favorece a fermentação malolática. Ao contrário, quando for elevada e o pH estiver abaixo de 3,10, o início da fermentação é inviabilizado.OXIGÊNIO JUSTIFICATIVA DO USO DA MADEIRA As bactérias láticas têm pouca necessidade de oxigênio para respirar. Ele é suprido pelo próprio oxigênio dissolvido no vinho. Em recipientes de madeira, ele é suprido pela passagem do oxigênio externo, pelos poros da madeira. IMPORTANTE O início da fermentação malolática é constatado quando há desprendimento de dióxido de carbono na parte superior do recipiente, ou quando ele é percebido na degustação e o vinho apresenta-se turvo. Ou por cromatografia de papel. A fermentação malolática dá ao vinho estabilidade, complexidade aromática, suavidade e maciez gustativa. PROCESSOS FERMENTATIVOS- FERMENTAÇÃO DE CEREAIS: CERVEJAS 1. INICIALMENTE - Papel microbiano: apenas pouco mais de um século. Principais Produtores 1.Estados Unidos: 237 milhões de L, 2.China: 209 milhões de L 3.Alemanha: 116 milhões de L. 4. Brasil: 88 milhões de L Estima-se que existam atualmente mais de 20 mil tipos de cervejas no mundo. Pequenas mudanças no processo de fabricação, como diferentes tempos e temperaturas de cozimento, fermentação e maturação, e o uso de outros ingredientes, além dos quatro básicos - água, lúpulo, cevada e malte. 2. LEGISLAÇÃO BRASILEIRA “Produto refrescantes, aperitivo ou estimulante destinado à ingestão humana no estado líquido, sem finalidade medicamentosa e contendo mais de meio grau Gay-Lussac de álcool etílico”. - Também é imposto que entre todas as bebidas alcoólicas, somente os licores podem ser artificiais; - As bebidas alcoólicas são geralmente classificadas em dois grandes grupos: • fermentadas; • destiladas. Todas obtidas por fermentação Classificação mista: • fermentadas: cerveja, sidra, hidromel, fermentado de frutas e outros fermentados; • por mistura: licor, aguardente composta e bebidas mistas; • destiladas: aguardente de cana, rum, uísque, conhaque, graspa, pisco, tequila; • destilo-retificadas: vodca, gim, steinhager, entre outros. 2.1. CERVEJAS Obtida pela fermentação alcoólica do mosto de malte de cevada e água potável, por ação de levedura com adição de lúpulo; O malte da cevada e o lúpulo podem ser substituídos pelos seus extratos; Parte da cevada pode ser substituída por outros cereais – arroz, trigo, centeio, milho, sorgo e aveia, soja, mandioca e batata. Nossa legislação permite a substituição somente por: arroz, trigo, centeio, milho, sorgo e aveia; Concentração alcoólica varia bastante: • sem álcool; • até 8 % (casos extremos) • 3 a 5 % - geralmente Legislação específica Cerveja é a bebida obtida pela fermentação alcoólica do mosto cervejeiro oriundo do malte de cevada e água potável, por ação da levedura, com adição de lúpulo. § 1º O malte de cevada usado na elaboração de cerveja e o lúpulo poderão ser substituídos por seus respectivos extratos. •§ 2º Parte do malte de cevada poderá ser substituído por cereais maltados ou não, e por carboidratos de origem vegetal transformados ou não, ficando estabelecido que: •a) os cereais referidos neste artigo são a cevada, o arroz, o trigo, o centeio, o milho, a aveia e o sorgo, todos integrais, em flocos ou a sua parte amilácea; § 3º Malte é o produto obtido pela germinação e secagem da cevada, devendo o malte de outros cereais ter a designação acrescida do nome do cereal de sua origem. § 6º Mosto lupulado é o mosto fervido com lúpulo ou seu extrato, e dele apresentando os princípios aromáticos e amargos, ficando estabelecido que: •a) lúpulo são cones de "Humulus lupulus", de forma natural ou industrializada, que permite melhor conservação da cerveja e apura o gosto e o aroma característico da bebida; FERMENTAÇÃO •TRANSFORMAÇÃO DOS AÇUCARES EM CO2 E ÁLCOOL COM AUXILIO DAS LEVEDURAS FERMENTAÇÃO BAIXA FEMENTAÇÃO = Cerveja Lager Saccharomyces Uvarum Cervejas claras e sem corpo T 9 a 11ºC Teor alcoólico 2 a 6% FERMENTAÇÃO ALTA FEMENTAÇÃO = Cerveja Ale Saccharomyces Cerevisae Cervejas escuras e encorpadas T 15 a 25ºC Teor alcoólico 3 a 11% Fermentação 1ª ETAPA AEROBIOSE: leveduras oxidam açucares e produzem CO2, água e calor 2ª ETAPA Anaerobiose: glicose se decompõem em piruvato com liberação de Energia Levedura descarboxila o piruvato reduzindo a álcool GLICOSE ÁLCOOL + CO2 + E FERMENTAÇÃO C6H12O6 2C2H5OH + 2CO2 + Energia Cervejas de baixa fermentação LAGER: A levedura Saccharomyces uvarum sedimenta e deposita-se no fundo do tanque. A fermentação é lenta, que origina uma cerveja mais fraca (teor alcoólico de 3 a 6%). É o tipo mais consumido no mundo. Exemplos de baixa fermentação LAGER •VIENA: Coloração âmbar, sabor medio de lupúlo. •MUNIQUE: Encorpada, sabor adocicado de malte, cor mias escura e teor alcoólico entre 3 e 5%. •BOCK: Elevado teor alcoólico, pesada, sabor adocicado de malte. •PILSEN: Cor clara, sabor suave, teor alcoólico médio de 3,5%, leve, considerada adequada para o clima tropical. Dortmunder; Malzbier; Märzen; Doppelbock; Rauchbier. Cervejas de alta fermentação ALE: •A levedura Saccharomyces cerevisiae sobe à superfície. •A fermentação é rápida, •Cor clara, •Sabor pronunciado de lúpulo, •Teor alcoólico entre 3 a 11%. Exemplos de alta fermentação ALE PORTER: é muito escura, encorpada,meio adocicada com 5% de álcool. STOUT: teor alcoólico entre 5 e 6% , é mais amarga e mais clara que a Porter. Weizenbier: adicionada de trigo •Barley Wine, Altbier, Kölsh, Trappiste, Abbey, Saison. MATURAÇÃO FERMENTAÇÃO SECUNDÁRIA (2ºC) OBJETIVO: INICIAR A CLARIFICAÇÃO REMOVENDO POR SEDIMENTAÇÃO AS CÉL. DE LEVEDURAS, COMPONENTES CAUSADORES DE TURBIDEZ •SATUAR A CERVEJA COM CO2 •MELHORAR SABOR E AROMA FILTRAÇÃO OBJETIVO: clarificação compostos em suspensão Terra diatomácea (algas) Perlita (origem vulcânica) Membranas III - quanto ao teor alcoólico em: •a) cerveja sem álcool, quando seu conteúdo em álcool for menor que meio por cento em volume, não sendo obrigatória a declaração no rótulo do conteúdo alcoólico; •b) cerveja com álcool, conteúdo em álcool superior a meio por cento em volume, devendo obrigatoriamente constar no rótulo o percentual de álcool em volume; b) Cerveja com álcool •Cerveja de baixo teor alcoólico: a que tiver mais de 0,5 até 2,0% de álcool • Cerveja de médio teor alcoólico: a que tiver entre 2 e 4,5% de álcool • Cerveja de alto teor alcoólico: mais de 4,5 a 7% de álcool IV - quanto à proporção de malte de cevada em: •a) cerveja puro malte, aquela que possuir cem por cento de malte de cevada, em peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares; •b) cerveja, aquela que possuir proporção de malte de cevada maior ou igual a cinqüenta por cento, em peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares; •c) cerveja com o nome do vegetal predominante, aquela que possuir proporção de malte de cevada maior do que vinte e menor do que cinquenta por cento, em peso, sobre o extrato primitivo, como fonte de açúcares.
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