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*Avaliacao de linfonodos cvicais* Pontos importantes: Idade: < 40anos - a maioria dos linfonodos são reacionais, seguidos por más formações congênitas e, por fim, metástase; > 40 anos - possuem maior chance de malignidade. Profissão: indivíduos que trabalham em indústria de asbesto (amianto), carvoaria, têxtil apresentam maior predisposição a desenvolver um tumor na via aérea. Região: área endêmica de leishmaniose, malária, entre outros possuem maiores chances de apresentar linfadenite crônica. A Síndrome de Plummer-Vinson ou Patterson-Kelly (caracterizada pela tríade de disfagia intermitente, ferropenia e membrana esofágica) incide mais em caucasianos e norte- europeus, mulheres de meia-idade (4ª a 7ª década de vida). Estes pacientes apresentam maiores chances de CA cervical e hipofaringe. 1) ONDE A drenagem linfática acontece na direção crânio-caudal e póstero-anterior. Devido a isso, dificilmente o acometimento dos linfonodos posteriores raramente são metastáticos, exceto se for decorrente a tumores em couro cabeludo. Já linfonodos em nível IV e Vb, dificilmente vão ser inflamatórios, e quando presente, caso não haja linfonodos acima desses níveis, provavelmente o tumor tem origem infraclavicular (CA de mama, pulmão, esôfago e estômago). Exemplos: CA de boca – ocorre metástase primeiro par o nível I, depois II, III, e assim por diante. CA de orofaringe – matástase para os níveis II, III e IV. CA de laringe e hipofaringe – metástases para III e IV. CA de tireoide – metátase em nível IV. Cerca de 95% dos tumores são carcinomas de células escamosas. Estes apresentam metástases que apresentam acometimento de linfonodos mantendo o padrão de drenagem linfática. Os demais 5% não seguem a drenagem, como o CA de mama e melanoma, e são denominados de skip metástases. 2) QUANDO Nódulo agudo: duração com menos de 30 dias. Costumam ser linfonodos inflamatórios; Nódulo crônico: duração com mais de 30 dias. Costumam ser malignos. Presença de nódulo associado aos seguintes sintomas deve ser investigado: disfagia, otalgia, odinofagia, disfonia, epistaxe e perda de peso. Fatores predisponentes: tabagismo, etilismo (potencializa a ação do cigarro), HPV, tuberculose ganglionar. 3) COMO Palpação estática e dinâmica: linfonodos até 2 cm em seu maior diâmetro sendo móvel, não aderido, fibroelástico e elíptico apresentam características de benignidade. Em pré-escolares, mesmo em linfonodos de até 4cm de diâmetro e sem sinais de malignidade devem ter conduta conservadora. Na ultrassonografia, esses linfonodos apresentam-se na forma elíptica, exceto os submandibulares e da região mastoide, pois são limitados por osso e acabam sendo mais arredondados. São isoecoides com hilo central hiperecoide. Características de malignidade: Hilo fora do centro ou ausente; Necrose do linfonodo; Contornos irregulares; Microcalcificações* (calcificações mais grosseiras falam mais a favor de reação crônica); Três ou mais linfonodos, medindo 10mm ou mais no eixo transversal; Disseminação extracapsular. COMO CONDUZIR? Linfadenites agudas (duração menor que 30 dias): avaliar presença de infecções bacterianas. Em escolares é comum a infecção por Staphilococcus aureus e Streptococcus. Avaliar possível febre tifoide, leptospirose, IVAS. Se necessário, pedir sorologias IgM e IgG para EBV, CMV, rubéola, HIV, toxoplasmose, VDRL. Linfadenites crônicas (mais que 30 dias): tuberculose ganglionar (verificar contato do paciente com indivíduos com tuberculose e, se confirmado, tratar). Outras que podem ocasionar: blastomicose, doença da arranhadura do gato, histoplasmose, criptococose e leishmaniose. Quando há suspeita destes, deve ser feita a biópsia excisional.
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