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1. (Enem PPL 2017) Em 1914, o preço da borracha despencou no mercado internacional; dois anos depois, 200 firmas foram à falência em Manaus. E assim acabou o sonho de quem acendia charutos com notas de 1.000 réis. A cidade entrou em colapso. National Geographic, n. 143, fev. 2012 (adaptado). O súbito declínio da atividade econômica mencionada foi provocado pelo(a) a) carência de meios de transporte que permitissem uma rápida integração entre as áreas produtoras e consumidoras. b) produção nas plantações de seringueiras do sudeste asiático, que ocasionou um excesso da produção mundial. c) chamado encilhamento, que resultou na desvalorização da moeda brasileira após forte especulação na Bolsa de Valores. d) fim da migração de nordestinos para a Amazônia, que gerou uma enorme carência de mão de obra na região. e) início da Primeira Guerra Mundial, que paralisou o comércio internacional e provocou o declínio da economia brasileira. 2. (Enem (Libras) 2017) Os cartógrafos portugueses teriam falseado as representações do Brasil nas cartas geográficas, fazendo concordar o meridiano com os acidentes geográficos de forma a ressaltar uma suposta fronteira natural dos domínios lusos. O delineamento de uma grande lagoa que conectava a bacia platina com a amazônica já era visível nas primeiras descrições geográficas e mapas produzidos por Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem (1519), nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no planisfério de André Homen (1559), nos mapas de Bartolomeu Velho (1561). KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas e historiográficas. Varia Historia, n. 37, 2007 (adaptado). De acordo com a argumentação exposta no texto, um dos objetivos das representações cartográficas mencionadas era a) garantir o domínio da Metrópole sobre o território cobiçado. b) demarcar os limites precisos do Tratado de Tordesilhas. c) afastar as populações nativas do espaço demarcado. d) respeitar a conquista espanhola sobre o Império Inca. e) demonstrar a viabilidade comercial do empreendimento colonial. 3. (Enem (Libras) 2017) Todos os anos, multidões de portugueses e de estrangeiros saem nas frotas para ir às minas. Das cidades, vilas, plantações e do interior do Brasil vêm brancos, mestiços e negros juntamente com muitos ameríndios contratados pelos paulistas. A mistura é de pessoas de todos os tipos e condições; homens e mulheres; moços e velhos; pobres e ricos; fidalgos e povo; leigos, clérigos e religiosos de diferentes ordens, muitos dos quais não têm casa nem convento no Brasil. BOXER, C. O império marítimo português: 1435-1825. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. A qual aspecto da vida no Brasil colonial o autor se refere? a) À imposição de um credo exclusivo. b) À alteração dos fluxos populacionais. c) À fragilização do poder da Metrópole. d) Ao desregramento da ordem social. e) Ao antilusitanismo das camadas populares. 4. (Enem (Libras) 2017) O major Schaeffer recebeu do governo de D. Pedro I promessas de recompensa financeira para cada imigrante recrutado. Para obter maior lucro, montou uma rede de subagentes espalhados pela Alemanha a fim de angariar colonos e soldados para emigração. Os alemães que aceitavam vir para o sul do país achavam que receberiam 50 hectares de terra, vacas, bois e cavalos, auxílio de um franco por pessoa no primeiro ano e de 50 cêntimos no segundo; além da isenção de impostos nos primeiros dez anos, liberação do serviço militar, nacionalização imediata e liberdade de culto. Entretanto, no decorrer dos anos, vários desses compromissos nunca foram cumpridos. A Hora. Caderno especial: 192 anos de colonização alemã no RS. Disponível em: https://issuu.com. Acesso em: 8 set. 2016 (adaptado). Considerando a conjuntura histórica da primeira metade do século XIX, essa política imigratória tinha como objetivo a) legitimar a utilização do trabalho livre. b) garantir a ocupação dos territórios platinos. c) possibilitar a aplicação da reforma fundiária. d) promover o incremento do comércio fronteiriço. e) assegurar a modernização das frentes agrícolas. 5. (Enem (Libras) 2017) Constituição Política do Império do Brasil (de 25 de março de 1824) Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos demais Poderes Políticos. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado). A apropriação das ideias de Montesquieu no âmbito da norma constitucional citada tinha o objetivo de a) expandir os limites das fronteiras nacionais. b) assegurar o monopólio do comércio externo. c) legitimar o autoritarismo do aparelho estatal. d) evitar a reconquista pelas forças portuguesas. e) atender os interesses das oligarquias regionais. 6. (Enem PPL 2017) O movimento abolicionista, que levou à libertação dos escravos pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888, foi a primeira campanha de dimensões nacionais com participação popular. Nunca antes tantos brasileiros se haviam mobilizado de forma tão intensa por uma causa comum, nem mesmo durante a Guerra do Paraguai. Envolvendo todas as regiões e classes sociais, carregou multidões a comícios e manifestações públicas e mudou de forma dramática as relações políticas e sociais que até então vigoravam no país. GOMES, L. 1889. São Paulo: Globo, 2013 (adaptado). O movimento social citado teve como seu principal veículo de propagação o(a) a) imprensa escrita. b) oficialato militar. c) corte palaciana. d) clero católico. e) câmara de representantes. 7. (Enem PPL 2017) As primeiras ações acerca do patrimônio histórico no Brasil datam da década de 1930, com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1937. Nesse período, o conceito que norteou a política de patrimônio limitou-se aos monumentos arquitetônicos relacionados ao passado brasileiro e vinculava-se aos ideais modernistas de conhecer, compreender e recriar o Brasil por meio da valorização da tradição. SANTOS, G. Poder e patrimônio histórico: possibilidades de diálogo entre educação histórica e educação patrimonial no ensino médio. EntreVer, n. 2, jan.-jun. 2012. Considerando o contexto mencionado, a criação dessa política patrimonial objetivou a a) consolidação da historiografia oficial. b) definição do mercado cultural. c) afirmação da identidade nacional. d) divulgação de sítios arqueológicos. e) universalização de saberes museológicos. 8. (Enem PPL 2017) Nos primeiros anos do governo Vargas, as organizações operárias sob controle das correntes de esquerda tentaram se opor ao seu enquadramento pelo Estado. Mas a tentativa fracassou. Além do governo, a própria base dessas organizações pressionou pela legalização. Vários benefícios, como as férias e a possibilidade de postular direitos perante as Juntas de Conciliação e Julgamento, dependiam da condição de ser membro de sindicato reconhecido pelo governo. FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado, 2002 (adaptado). No contexto histórico retratado pelo texto, a relação entre governo e movimento sindical foi caracterizada a) pelas benesses sociais do getulismo. b) por um diálogo democraticamente constituído. c) por uma legislação construída consensualmente. d) pelo reconhecimento de diferentes ideologias políticas. e) pela vinculação de direitos trabalhistas à tutela do Estado. 9. (Enem (Libras) 2017) Falavamem fuzilamentos, em gente que era embarcada nos aviões militares e atirada em alto-mar. Havia muita confusão. Sempre que há mudança violenta de poder, a regra dos entendidos é sumir, evaporar-se, não se expor, nos primeiros momentos da rebordosa, um sargento qualquer pode decidir sobre um fuzilamento. Depois as coisas se organizam, até mesmo a violência é estruturada, até mesmo o arbítrio. Mas quem, no meio tempo, foi fuzilado, fuzilado fica. CONY, C. H. Quase memória. São Paulo: Cia. das Letras, 1995. A narrativa refere-se ao seguinte aspecto da segurança nacional durante a Ditadura Militar: a) Institucionalização da repressão como política estatal. b) Normatização da censura como mecanismo de controle. c) Legitimação da propaganda como estratégia psicossocial. d) Validação do conformismo como salvaguarda do consenso. e) Ordenação do bipartidarismo como prerrogativa institucional. 10. (Enem PPL 2017) Art. 1º – O estrangeiro que, por qualquer motivo, comprometer a segurança nacional ou a tranquilidade pública, pode ser expulso de parte ou de todo o território nacional. Art. 2º – São também causas bastantes para a expulsão: 1ª) a condenação ou processo pelos tribunais estrangeiros por crimes ou delitos de natureza comum; 2ª) duas condenações, pelo menos, pelos tribunais brasileiros, por crimes ou delitos de natureza comum; 3ª) a vagabundagem, a mendicidade e o lenocínio competentemente verificados. BRASIL. Lei 1.641, de 7 de janeiro de 1907. Disponível em: www2.camara.leg.br. Acesso em: 29 ago. 2012 (adaptado). No início do século XX, na transição do trabalho escravo para o livre, os objetivos da legislação citada eram a) disciplinar o trabalhador e evitar sua participação em movimentos políticos contrários ao governo. b) estabelecer as condições para a vinda dos imigrantes e definir as regiões que seriam ocupadas. c) demonstrar preocupação com as condições de trabalho e favorecer a organização sindical. d) criar condições políticas para a imigração e isolar os imigrantes socialmente indesejáveis. e) estimular o trabalho urbano e disciplinar as famílias estrangeiras nas fábricas. 11. (Enem (Libras) 2017) Na segunda metade do século XIX, a capoeira era uma marca da tradição rebelde da população trabalhadora urbana na maior cidade do Império do Brasil, que reunia escravos e livres, brasileiros e imigrantes, jovens e adultos, negros e brancos. O que mais os unia era pertencer aos porões da sociedade, e na última escala do piso social estavam os escravos africanos. SOARES, C. E. L. Capoeira mata um. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. De acordo com o texto, um fator que contribuiu para a construção da tradição mencionada foi a a) elitização de ritos católicos. b) desorganização da vida rural. c) redução da desigualdade racial. d) mercantilização da cultura popular. e) diversificação dos grupos participantes. 12. (Enem (Libras) 2017) Getúlio libertou o povo, e são 8 horas de trabalho e só. Não tinha que trabalhar dia e noite mais não. Getúlio é que fez as leis. A princesa Isabel assinou a libertação, mas quem nos libertou do jugo da escravatura, do chicote, do tronco, foi Getúlio, Getúlio Dorneles Vargas. Papai falava assim: “Meu filho. Nunca houve no mundo governo igual a esse, meu filho”. Relato de Cornélio Cancino, 82 anos, descendente de ex-escravos, Juiz de Fora (MG), 9 maio 1995. In: MATTOS, H.; RIOS, A. L. (Org.). Memórias do cativeiro: família, trabalho e cidadania no pós-Abolição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005 (adaptado). A construção da memória apresentada no texto remete ao seguinte aspecto da referida experiência política: a) Fortalecimento da ideologia oficial, limitada à dimensão da escola. b) Legitimação de coligações partidárias, vinculadas à utilização do rádio. c) Estabelecimento de direitos sociais, associados à propaganda do Estado. d) Enaltecimento do sentimento pátrio, ligado à consolidação da democracia. e) Desenvolvimento de serviços públicos, submetidos à direção dos coronéis. 13. (Enem 2ª aplicação 2016) As convicções religiosas dos escravos eram entretanto colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados obrigatoriamente “para a salvação de sua alma” e deviam curvar-se às doutrinas religiosas de seus mestres. lemanjá, mãe de numerosos outros orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora da Conceição, e Nanã Buruku, a mais idosa das divindades das águas, foi comparada a Sant’Ana, mãe da Virgem Maria. VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. São Paulo: Corrupio, 1981. O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia utilizada pelos negros escravizados para a) compreender o papel do sagrado para a cultura europeia. b) garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos. c) preservar as crenças e a sua relação com o sagrado. d) integrar as distintas culturas no Novo Mundo. e) possibilitar a adoração de santos católicos. 14. (Enem 2ª aplicação 2016) Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha acabado de passar por uma explosão populacional. Em pouco mais de cem anos, o número de habitantes aumentara dez vezes. GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. São Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado). A alteração demográfica destacada no período teve como causa a atividade a) cafeeira, com a atração da imigração europeia. b) industrial, com a intensificação do êxodo rural. c) mineradora, com a ampliação do tráfico africano. d) canavieira, com o aumento do apresamento indígena. e) manufatureira, com a incorporação do trabalho assalariado. 15. (Enem 2ª aplicação 2016) O número de votantes potenciais em 1872 era de 1.097.698, o que correspondia a 10,8% da população total. Esse número poderia chegar a 13%, quando separamos os escravos dos demais indivíduos. Em 1886, cinco anos depois de a Lei Saraiva ter sido aprovada, o número de cidadãos que poderiam se qualificar eleitores era de 117.022, isto é, 0,8% da população. CASTELLUCCI, A. A. S. Trabalhadores, máquina política e eleições na Primeira República. Disponível em: www.ifch.unicamp.br. Acesso em: 28 jul. 2012. A explicação para a alteração envolvendo o número de eleitores no período é a a) criação da Justiça Eleitoral. b) exigência da alfabetização. c) redução da renda nacional. d) exclusão do voto feminino. e) coibição do voto de cabresto. 16. (Enem PPL 2016) As camadas dirigentes paulistas na segunda metade do século XIX recorriam à história e à figura dos bandeirantes. Para os paulistas, desde o início da colonização, os habitantes de Piratininga (antigo nome de São Paulo) tinham sido responsáveis pela ampliação do território nacional, enriquecendo a metrópole portuguesa com o ouro e expandindo suas possessões. Graças à integração territorial que promoveram, os bandeirantes eram tidos ainda fundadores da unidade nacional. Representavam a lealdade à província de São Paulo e ao Brasil. ABUD, K. M. Paulistas, uni-vos! Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 34, 1 jul. 2008 (adaptado). No período da história nacional analisado, a estratégia descrita tinha como objetivo a) promover o pioneirismo industrial pela substituição de importações. b) questionar o governo regencial após a descentralização administrativa. c) recuperar a hegemonia perdida com o fim da política do café com leite. d) aumentar a participação política em função da expansão cafeeira.e) legitimar o movimento abolicionista durante a crise do escravismo. 17. (Enem PPL 2016) Enfermo a 14 de novembro, na segunda-feira o velho Lima voltou ao trabalho, ignorando que no entretempo caíra o regime. Sentou-se e viu que tinham tirado da parede a velha litografia representando D. Pedro de Alcântara. Como na ocasião passasse um contínuo, perguntou-lhe: – Por que tiraram da parede o retrato de Sua Majestade? O contínuo respondeu, num tom lentamente desdenhoso: – Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana? – Pedro Banana! – repetiu raivoso o velho Lima. E, sentando-se, pensou com tristeza: – Não dou três anos para que isso seja uma República! AZEVEDO, A. Vidas alheias. Porto Alegre, s.e, 1901 (adaptado). A crônica de Artur Azevedo, retratando os dias imediatos à instauração da República no Brasil, refere-se ao(à) a) ausência de participação popular no processo de queda da Monarquia. b) tensão social envolvida no processo de instauração do novo regime. c) mobilização de setores sociais na restauração do antigo regime. d) temor dos setores burocráticos com o novo regime. e) demora na consolidação do novo regime. 18. (Enem 2ª aplicação 2016) Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia foram marcados por a) debates promovidos em espaços públicos, contando com a presença da família real. b) atividades intensas realizadas pelo Conde D’Eu, numa tentativa de salvar o regime monárquico. c) revoltas populares em escolas, com o intuito de destituir o monarca do poder e coroar o seu genro. d) críticas oriundas principalmente da imprensa, colocando em dúvida a continuidade do regime político. e) dúvidas em torno da validade das medidas tomadas pelo imperador, fazendo com que o Conde D’Eu assumisse o governo. 19. (Enem PPL 2016) Ô ô, com tanto pau no mato Embaúba* é coroné Com tanto pau no mato, ê ê Com tanto pau no mato Embaúba é coroné *Embaúba: árvore comum e inútil por ser podre por dentro, segundo o historiador Stanley Stein. STEIN, S. J. Vassouras: um município brasileiro de café, 1850-1900. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990 (adaptado). Os versos fazem parte de um jongo, gênero poético-musical cantado por escravos e seus descendentes no Brasil no século XIX, e procuram expressar a a) exploração rural. b) bravura senhorial. c) resistência cultural. d) violência escravista. e) ideologia paternalista. 20. (Enem 2ª aplicação 2016) Com seu manto real em verde e amarelo, as cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas que lembravam também os tons da natureza do “Novo Mundo”, cravejado de estrelas representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente, com o cabeção de penas de papo de tucano em volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador do Brasil. O monarca jamais foi tão tropical. Entre muitos ramos de café e tabaco, coroado como um César em meio a coqueiros e paineiras, D. Pedro transformava-se em sinônimo da nacionalidade. SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de determinadas figuras e alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de tal estratégia era a) exaltar o modelo absolutista e despótico. b) valorizar a mestiçagem africana e nativa. c) reduzir a participação democrática e popular. d) mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano. e) obscurecer a origem portuguesa e colonizadora. 21. (Enem PPL 2016) É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império a mais remota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se unânime para comemorar o dia que o tirou dentre as nações dependentes para colocá-lo entre as nações soberanas, e entregou- lhe os seus destinos, que até então haviam ficado a cargo de um povo estranho. Gazeta de Notícias, 7 set. 1883. As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário desde os anos imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa comemoração está diretamente relacionada com a) a construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade nacional. b) o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou logo após 1882. c) os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a abolição da escravidão. d) o apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de estrangeiros do país. e) a consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à transferência da Corte para o Rio de Janeiro. 22. (Enem 2ª aplicação 2016) Aquarela do Brasil Brasil! Meu Brasil brasileiro Meu mulato inzoneiro Vou cantar-te nos meus versos O Brasil, samba que dá Bamboleio que faz gingar O Brasil do meu amor Terra de Nosso Senhor Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim! Ah! Abre a cortina do passado Tira a mãe preta do Cerrado Bota o rei congo no congado Brasil! Pra mim! Deixa cantar de novo o trovador A merencória luz da lua Toda canção do meu amor Quero ver a sá dona caminhando Pelos salões arrastando O seu vestido rendado Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim! ARY BARROSO. Aquarela do Brasil, 1939 (fragmento). Muito usual no Estado Novo de Vargas, a composição de Ary Barroso é um exemplo típico de a) música de sátira. b) samba exaltação. c) hino revolucionário. d) propaganda eleitoral. e) marchinha de protesto. 23. (Enem PPL 2016) As informações sugeridas por Antônio Manuel estão imersas em um jornal dividido entre o "real" e o que podemos chamar de "situacional". O artista transforma todo o clima de repressão na própria matéria de seu trabalho, utilizando os meios de comunicação como arma (irônica) contra a estrutura de poder de um Estado autoritário. SCOVINO, F. Com as armas do inimigo. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 84. set. 2012 (adaptado). No contexto histórico descrito, a estratégia adotada por alguns segmentos da imprensa para a construção de uma crítica sociopolítica foi a de a) burlar a censura, contribuindo para a análise da vida social. b) justificar o regime vigente, apresentando versões diversas da realidade. c) estimular a livre interpretação dos fatos, atendendo aos interesses dominantes. d) aprimorar o alcance das informações, apresentando as notícias em tempo real. e) manipular a visão coletiva, promovendo interpretações distorcidas das notícias oficiais. 24. (Enem 2ª aplicação 2016) Para além de objetivos específicos, muitos movimentos sociais interferem no contexto sociopolítico e ultrapassam dimensões imediatas, como foi o caso das mobilizações operárias, ocorridas em 1979 na cidade de São Paulo. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que lutavam por seus direitos, essas mobilizações contribuíram com o(a) a) elaboração de novas políticas que garantiram a estabilidade econômica do país. b) instalação de empresas multinacionais no Brasil. c) legalização dos sindicatos no Brasil. d) surgimento das políticas governamentais assistencialistas. e) processo de redemocratização do Brasil. 25. (Enem PPL 2016) Inspirada em fantasias de Carnaval, a arte apresentada se opunha à concepção de patrimônio vigente nas décadas de 1960 e 1970 na medida em que a) se apropriava das expressões da cultura popular para produzir uma arte efêmera destinada ao protesto. b) resgatava símbolos ameríndios e africanos para se adaptar a exposições em espaços públicos. c) absorvia elementos gráficos da propaganda paracriar objetos comercializáveis pelas galerias. d) valorizava elementos da arte popular para construir representações da identidade brasileira. e) o incorporava elementos da cultura de massa para atender às exigências dos museus. 26. (Enem PPL 2016) A imagem faz referência a uma intensa mobilização popular e pode ser traduzida como a) a campanha popular que confrontava a legitimidade das eleições indiretas no país. b) a manifestação de milhares de pessoas em prol da realização de eleições para o Senado. c) as passeatas realizadas em prol do fim da Ditadura Militar no Brasil e na Argentina. d) os comícios e manifestações populares pela abertura política de forma lenta e segura. e) o movimento que exigia o direito à igualdade de voto para homens e mulheres. 27. (Enem 2ª aplicação 2016) Na imagem, o autor procura representar as diferentes gerações de uma família associada a uma noção consagrada pelas elites intelectuais da época, que era a de a) defesa da democracia racial. b) idealização do universo rural. c) crise dos valores republicanos. d) constatação do atraso sertanejo. e) embranquecimento da população. 28. (Enem PPL 2016) TEXTO 1 Embora eles, artistas modernos, se deem como novos precursores duma arte a ir, nada é mais velho que a arte anormal. De há muitos já que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inúmeros desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios. Essas considerações são provocadas pela exposição da Sra. Malfatti. Sejam sinceros: futurismo, cubisrno, impressionismo e tutti quanti não passam de outros tantos ramos da arte caricatural. LOBATO, M. Paranoia ou mistificação: a propósito da exposição de Anita Malfatti. O Estado de São Paulo, 20 dez.1917 (adaptado). TEXTO II Anita Malfatti, possuidora de uma afta consciência do que faz, a vibrante artista não temeu levantar com os seus cinquenta trabalhos as mais irritadas opiniões e as mais contrariantes hostilidades. As suas telas chocam o preconceito fotográfico que geralmente se leva no espírito para as nossas exposições de pintura. Na arte, a realidade na ilusão é o que todos procuram. E os naturalistas mais perfeitos são os que melhor conseguem iludir. ANDRADE. O. A exposição Anita Malfatti. Jornal do Commercio, 11 jan. 1918 (adaptado). TEXTO III A análise dos documentos apresentados demonstra que o cenário artístico brasileiro no primeiro quartel do século XX era caracterizado pelo(a) a) domínio do academicismo, que dificulta a recepção da vertente realista na obra de Anita Malfatti. b) dissonância entre as vertentes artísticas, que divergiam sobre a validade do modelo estético europeu. c) exaltação da beleza e da rigidez da forma, que justificavam a adaptação da estética europeia à realidade brasileira. d) impacto de novas linguagens estéticas, que alteravam o conceito de arte e abasteciam a busca por uma produção artística nacional. e) influência dos movimentos artísticos europeus de vanguarda, que levava os modernistas a copiarem suas técnicas e temáticas. 29. (Enem PPL 2015) Decreto-lei 3.509, de 12 de setembro de 1865 Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do Exército por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento não só do recrutamento, senão também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é responsável por o que o substituiu, no caso de deserção. Arquivo Histórico do Exército. Ordem do dia do Exército, n. 455, 1865 (adaptado). No artigo, tem-se um dos mecanismos de formação dos “Voluntários da Pátria”, encaminhados para lutar na Guerra do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita frequência no Brasil nesse período e indica o(a) a) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do Sul. b) Incentivo de grandes proprietários à participação dos seus filhos no conflito. c) solução adotada pelo país para aumentar o contingente de escravos no conflito. d) envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho. e) Fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de liberdade. 30. (Enem PPL 2015) Estimativa do número de escravos africanos desembarcados no Brasil entre os anos de 1846 a 1852 Ano Números de escravos africanos desembarcados no Brasil 1846 64.262 1847 75.893 1848 76.338 1849 70.827 1850 37.672 1851 7.058 1852 1.234 Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em 24 fev. 2012 (adaptado) A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850, a) aboliu a escravidão no território brasileiro. b) definiu o tráfico de escravos como pirataria. c) elevou as taxas para importação de escravos. d) libertou os escravos com mais de 60 anos. e) garantiu o direito de alforria aos escravos. 31. (Enem PPL 2015) É simplesmente espantoso que esses núcleos tão desiguais e tão diferentes se tenham mantido aglutinados numa só nação. Durante o período colonial, cada um deles teve relação direta com a metrópole. Ocorreu o o extraordinário, fizemos um povo-nação, englobando todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade cívica e política. RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988. Após a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil residia em como garantir sua unidade político-territorial diante das características e práticas herdadas da colonização. Relacionando o projeto de independência à construção do Estado nacional brasileiro, a sua particularidade decorreu da a) ordenação de um pacto que reconheceu os direitos políticos aos homens, independentemente de cor, sexo ou religião. b) estruturação de uma sociedade que adotou os privilégios de nascimento como critério de hierarquização social. c) realização de acordos entre as elites regionais, que evitou confrontos armados contrários ao projeto luso-brasileiro. d) concessão da autonomia política regional, que atendeu aos interesses socioeconômicos dos grandes proprietários. e) Afirmação de um regime constitucional monárquico que garantiu a ordem associada à permanência da escravidão. 32. (Enem PPL 2015) Em 1943, Getúlio Vargas criou o Departamento de Propaganda e Difusão Cultural junto ao Ministério da Justiça, esvaziando o Ministério da Educação não só da propaganda, mas também do rádio e do cinema. A decisão tinha como objetivo colocar os meios de comunicação de massa a serviço direto do Poder Executivo, iniciativa que tinha inspiração direta no recém-criado Ministério da Propaganda alemão. CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. Rio de Janeiro: FGV, 1999. No contexto citado, a transferência de funções entre ministérios teve como finalidade o(a) a) desativação de um sistema tradicional de comunicação voltado para a educação. b) controle do conteúdo da informação por meio de uma orientação política e ideológica. c) subordinação do Ministério da Educação ao Ministério da Justiça e ao Poder Executivo. d) ampliação do raio de atuação das emissoras de rádio como forma de difusão da cultura popular. e) demonstração de força política do Executivo diante de ministérios herdados do governo anterior. 33. (Enem PPL 2015) Na imagem, encontram-se referências a um momento de intensa agitação estudantil no país. Tal mobilização se explica pela a) divulgação de denúncias de corrupção envolvendo o presidente daRepública. b) criminalização dos movimentos sociais realizada pelo Governo Federal. c) adoção do arrocho salarial implementada pelo Ministério da Fazenda. d) compra de apoio político promovida pelo Poder Executivo. e) violência da repressão estatal atribuída às Forças Armadas. 34. (Enem PPL 2015) O diálogo entre os personagens da charge evidencia, no Brasil, a(s) a) reinserção do país na economia globalizada. b) transformações políticas na vigência do Estado Novo. c) alterações em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país. d) suspensão das eleições legislativas durante o período da Ditadura Militar. e) volta da democracia após um período sem eleições diretas para o Executivo Federal. 35. (Enem PPL 2015) Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou uma reforma na lei eleitoral brasileira, a fim de introduzir o voto direto. A grande novidade, porém, ficou por conta da exigência de que os eleitores soubessem ler e escrever. As consequências logo se refletiram nas estatísticas. Em 1872, havia mais de 1 milhão de votantes, já em 1886, pouco mais de 100 mil cidadãos participaram das eleições parlamentares. Houve um corte de quase 90 por cento do eleitorado. CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006 (adaptado). Nas últimas décadas do século XIX, o Império do Brasil passou por transformações como as descritas, que representaram a a) ascensão dos “homens bons”. b) restrição dos direitos políticos. c) superação dos currais eleitorais. d) afirmação do eleitorado monarquista. e) ampliação da representação popular. 36. (Enem PPL 2014) Os holandeses desembarcaram em Pernambuco no ano de 1630, em nome da Companhia das Índias Ocidentais (WIC), e foram aos poucos ocupando a costa que ia da foz do Rio São Francisco ao Maranhão, no atual Nordeste brasileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coelho, para erguer no Recife uma pequena Amsterdã. NASCIMENTO, R. L. X. A toque de caixas. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n. 70, jul. 2011. Do ponto de vista econômico, as razões que levaram os holandeses a invadirem o nordeste da Colônia decorriam do fato de que essa região a) era a mais importante área produtora de açúcar na América portuguesa. b) possuía as mais ricas matas de pau-brasil no litoral das Américas. c) contava com o porto mais estratégico para a navegação no Atlântico Sul. d) representava o principal entreposto de escravos africanos para as Américas. e) constituía um reduto de ricos comerciantes de açúcar de origem judaica. 37. (Enem PPL 2014) Áreas em estabelecimento de atividades econômicas sempre se colocaram como grande chamariz. Foi assim no litoral nordestino, no início da colonização, com o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o fumo, as produções de alimentos e o comércio. O enriquecimento rápido exacerbou o espírito de aventura do homem moderno. FARIAS, S. C. A Colônia em movimento. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998 (adaptado). O processo descrito no texto trouxe como efeito o(a) a) acumulação de capitais na Colônia, propiciando a criação de um ambiente intelectual efervescente. b) surgimento de grandes cidades coloniais, voltadas para o comércio e com grande concentração monetária. c) concentração da população na região litorânea, pela facilidade de escoamento da produção. d) favorecimento dos naturais da Colônia na concessão de títulos de nobreza e fidalguia pela Monarquia. e) construção de relações de trabalho menos desiguais que as da Metrópole, inspiradas pelo empreendedorismo. 38. (Enem PPL 2014) Quando Deus confundiu as línguas na torre de Babel, ponderou Filo Hebreu que todos ficaram mudos e surdos, porque, ainda que todos falassem e todos ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel, houve setenta e duas línguas; na Babel do rio das Amazonas, já se conhecem mais de cento e cinquenta. E assim, quando lá chegamos, todos nós somos mudos e todos eles, surdos. Vede agora quanto estudo e quanto trabalho serão necessários para que esses mudos falem e esses surdos ouçam. VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRIGUES. J. H. História viva. São Paulo: Global, 1985 (adaptado). No decorrer da colonização portuguesa na América, as tentativas de resolução do problema apontado pelo padre Antônio Vieira resultaram na a) ampliação da violência nas guerras intertribais. b) desistência da evangelização dos povos nativos. c) indiferença dos jesuítas em relação à diversidade de línguas americanas. d) pressão da Metrópole pelo abandono da catequese nas regiões de difícil acesso. e) sistematização das línguas nativas numa estrutura gramatical facilitadora da catequese. 39. (Enem PPL 2014) TEXTO I O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza não existiria. A Colônia se fragmentaria, como se fragmentou a parte espanhola da América. Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis países distintos. (José Murilo de Carvalho) TEXTO II Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum segundo o qual foi D. João VI o responsável pela unidade do país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil foi construída ao longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabricação da Coroa. A ideia de que era preciso fortalecer um Império com os territórios de Portugal e Brasil começou já no século XVIII. (Evaldo Cabral de MeIlo) 1808 – O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. Paulo, 25 nov. 2007(adtado). Em 2008, foi comemorado o bicentenário da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Nos textos, dois importantes historiadores brasileiros se posicionam diante de um dos possíveis legados desse episódio para a história do país. O legado discutido e um argumento que sustenta a diferença do primeiro ponto de vista para o segundo estão associados, respectivamente, em: a) Integridade territorial – Centralização da administração régia na Corte. b) Desigualdade social – Concentração da propriedade fundiária no campo. c) Homogeneidade intelectual – Difusão das ideias liberais nas universidades. d) Uniformidade cultural – Manutenção da mentalidade escravista nas fazendas. e) Continuidade espacial – Cooptação dos movimentos separatistas nas províncias. 40. (Enem PPL 2014) Enquanto as rebeliões agitavam o país, as tendências políticas no centro dirigente iam se definindo. Apareciam em germe os dois grandes partidos imperiais – o Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam magistrados, burocratas, uma parte dos proprietários rurais, especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, e os grandes comerciantes, entre os quais muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena classe média urbana, alguns padres e proprietários rurais de áreas menos tradicionais, sobretudo de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul. FAUSTO, B. História do Brasil. S Paulo: Edusp, 1996. No texto, o autor compara a composição das forças políticas que atuaram no Segundo Reinado (1840-1889). Dois aspectos que caracterizam os partidos Conservador e Liberal estão indicados, respectivamente, em: a) Abolição da escravidão – Adoção do trabalho assalariado. b) Difusão da industrialização – Conservação do latifúndio monocultor. c) Promoção do protecionismo – Remoção das barreiras alfandegárias. d) Preservação do unitarismo – Ampliação da descentralização provincial. e) Implementação do republicanismo – Continuação da monarquia constitucional. 41. (Enem PPL 2014) Passada a festa da abolição, os ex-escravos procuraram distanciar-se do passado de escravidão, negando-se a se comportar como antigoscativos. Em diversos engenhos do Nordeste, negaram-se a receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração. Quando decidiram ficar, isso não significou que concordassem em se submeter às mesmas condições de trabalho do regime anterior. FRAGA, W; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira. São Paulo: Moderna, 2009 (adaptado). Segundo o texto, os primeiros anos após a abolição da escravidão no Brasil tiveram como característica o(a) a) caráter organizativo do movimento negro. b) equiparação racial no mercado de trabalho. c) busca pelo reconhecimento do exercício da cidadania. d) estabelecimento do salário mínimo por projeto legislativo. e) entusiasmo com a extinção das péssimas condições de trabalho. 42. (Enem PPL 2014) Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas não desconheciam o que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões entre estes, selecionaram temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, traduziram e emprestaram significados próprios às reformas operadas no escravismo brasileiro ao longo do século XIX. REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). São Paulo: Senac, 1999. Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram variadas formas para resistir à escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das a) estruturas urbanas como ambiente para escapar do cativeiro. b) dimensões territoriais como elemento para facilitar as fugas. c) limitações econômicas como pressão para o fim do escravismo. d) contradições políticas como brecha para a conquista da liberdade. e) ideologias originárias como artifício para resgatar as raízes africanas. 43. (Enem PPL 2014) As relações do Estado brasileiro com o movimento operário e sindical, bem como as políticas públicas voltadas para as questões sociais durante o primeiro governo da Era Vargas (1930-1945), são temas amplamente estudados pela academia brasileira em seus vários aspectos. São também os temas mais lembrados pela sociedade quando se pensa no legado varguista. D’ ARAÚJO, M. C. Estado, classe trabalhadora e políticas sociais. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. (Org). O tempo do nacional-estatismo: do início ao apogeu do Estado Novo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. Durante o governo de Getúlio Vargas, foram desenvolvidas ações de cunho social, dentre as quais se destaca a a) disseminação de organizações paramilitares inspiradas nos regimes fascistas europeus. b) aprovação de normas que buscavam garantir a posse das terras aos pequenos agricultores. c) criação de um conjunto de leis trabalhistas associadas ao controle das representações sindicais. d) implementação de um sistema de previdência e seguridade para atender aos trabalhadores rurais. e) implantação de associações civis como uma estratégia para aproximar as classes médias e o governo. 44. (Enem PPL 2014) Na primeira década do século XX, reformar a cidade do Rio de Janeiro passou a ser o sinal mais evidente da modernização que se desejava promover no Brasil. O ponto culminante do esforço de modernização se deu na gestão do prefeito Pereira Passos, entre 1902 e 1906. “O Rio civilizava-se” era frase célebre à época e condensava o esforço para iluminar as vielas escuras e esburacadas, controlar as epidemias, destruir os cortiços e remover as camadas populares do centro da cidade. OLIVEIRA, L. L. Sinais de modernidade na Era Vargas: vida literária, cinema e rádio. In: FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. (Org.). O tempo do nacional-estatismo: do início ao apogeu do Estado Novo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. O processo de modernização mencionado no texto trazia um paradoxo que se expressava no(a) a) substituição de vielas por amplas avenidas. b) impossibilidade de se combaterem as doenças tropicais. c) ideal de civilização acompanhado de marginalização. d) sobreposição de padrões arquitetônicos incompatíveis. e) projeto de cidade incompatível com a rugosidade do relevo. 45. (Enem PPL 2014) Canto dos lavradores de Goiás Tem fazenda e fazenda Que é grande perfeitamente Sobe serra desce serra Salta muita água corrente Sem lavoura e sem ninguém O dono mora ausente. Lá só tem caçambeiro Tira onda de valente Isso é que é grande barreira Que está em nossa frente Tem muita gente sem terra Tem muita terra sem gente. MARTINS, J. S. Cativeiro da terra. São Paulo: Ciências Humanas, 1979. No canto registrado pela cultura popular, a característica do mundo rural brasileiro no século XX destacada é a a) atuação da bancada ruralista. b) expansão da fronteira agrícola. c) valorização da agricultura familiar. d) manutenção da concentração fundiária. e) implementação da modernização conservadora. Gabarito Resposta da questão 1: [B] [Resposta do ponto de vista da disciplina de História] O ciclo da borracha, próspero e fundamental para significativo desenvolvimento da Região Norte do país, sofreu vertiginosa queda no início do século XX devido à concorrência estrangeira no mercado externo. Especialmente seringais asiáticos passaram a fazer concorrência aos seringais brasileiros, ocasionando uma queda no valor da borracha no mercado. [Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia] O ciclo da borracha na Amazônia ocorreu entre o final do século 19 e início do século 20. A prosperidade levou ao crescimento econômico, atração de imigrantes (principalmente nordestinos para o trabalho nos seringais) e expansão urbana de cidades como Belém (PA) e Manaus (AM). Tratava-se do extrativismo vegetal do látex de seringueira para a produção de borracha natural. Os britânicos levaram a espécie para a o Sudeste Asiático, principalmente a Malásia, devido às condições ambientais similares (clima equatorial). A silvicultura (florestamento com finalidade comercial em larga escala) possibilitou maior produtividade. A maior oferta no mercado internacional levou a queda dos preços e o fim do ciclo da borracha consequências econômicas e sociais graves na Amazônia. Resposta da questão 2: [A] O texto explica que os primeiros mapas feitos para descrever o Brasil foram manipulados pelos cartógrafos, que mudavam a localização do meridiano que dividia o continente entre Portugal e Espanha para que o mesmo coincidisse com acidentes geográficos que interessavam a Portugal explorar, como a Bacia Platina. Resposta da questão 3: [B] O texto apresenta uma das características do Ciclo do Ouro no Brasil Colonial: o fluxo migratório para a região das minas e o consequente aumento populacional na região sudeste da Colônia. Resposta da questão 4: [B] Para garantir a posse dos territórios próximos à Bacia Platina, d. Pedro I decidiu incentivar a imigração europeia para povoar a região. Tal estratégia, no entanto, não funcionou, uma vez que o Brasil foi derrotado na chamada Guerra Cisplatina e perdeu a Província de mesmo nome, hoje o Uruguai. Resposta da questão 5: [C] O Poder Moderador centralizava todos os poderes da Nação nas mãos de d. Pedro I, uma vez que dava a ele o direito de interferir no Legislativo e no Judiciário. Sendo assim, era um mecanismo de autoritarismo. Resposta da questão 6: [A] Durante do Segundo Reinado, na época da abolição da escravatura, o principal veículo de comunicação eram os jornais que circulavam amplamente em várias cidades brasileiras. Tal meio de comunicação ajudou a propagar os ideais abolicionistas e republicanos entre a população brasileira.Resposta da questão 7: [C] Criado no contexto do Estado Novo varguista, o SPHAN tinha por objetivo reafirmar a identidade nacional posta em prática pelo regime ditatorial de Vargas. Resposta da questão 8: [E] Vargas criou uma política de governo que ficou conhecida como trabalhismo. Ela visava vincular o apoio do trabalhador ao governo através da concessão de uma série de benefícios trabalhistas. Tal política funcionou bem durante toda a Era Vargas. Resposta da questão 9: [A] Quando o texto afirma que “(...) depois as coisas se organizam, até mesmo a violência é estruturada, até mesmo o arbítrio (...)” ele descreve uma prática política da Ditadura Militar brasileira: a institucionalização ou legalização da repressão, consolidada pelo Ato Institucional nº 5. Resposta da questão 10: [A] A legislação deixa claro aos estrangeiros o que poderia e o que não poderia ser feito por eles em termos de legalidade. Por isso, ela tinha função disciplinadora. Resposta da questão 11: [E] [Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] A capoeira, ao ultrapassar barreiras culturais desde o período escravista de nosso país, consolidou-se como um importante elemento identitário brasileiro. [Resposta do ponto de vista da disciplina de História] Como o próprio texto ressalta, diversos grupos confraternizavam-se na prática da capoeira ligados por um simples fator: a marginalização social, ou seja, todos se sentiam excluídos socialmente. Resposta da questão 12: [C] [Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] O relato presente no enunciado da questão faz referência à Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), legislação que protege os direitos sociais dos trabalhadores. Considerar Getúlio Vargas como grande governante deu-se sobretudo pela forte propaganda estatal que era feita no período do seu governo, fazendo com que sua imagem fosse associada à preocupação e defesa dos mais pobres. [Resposta do ponto de vista da disciplina de História] O relato descreve muito bem a política de governo de Vargas conhecida como trabalhismo. Através dela, Vargas procurava formar um trabalhador produtivo e ordeiro, que apoiava o governo, através da concessão de ganhos reais: as leis trabalhistas, estabelecidas pelas CLT, em 1942. Getúlio, durante a Era Vargas, ficou conhecido como Pai dos Pobres. Resposta da questão 13: [C] Proibidos pelos seus senhores e pela Igreja Católica de praticar suas religiões nativas, os africanos escravos buscaram alternativas para continuar adorando suas divindades. A principal dessas alternativas foi apelar para o sincretismo religioso: adotar um nome católico para uma divindade africana e adorá-la, enganando os senhores e a Igreja. Resposta da questão 14: [C] O ciclo econômico anterior à chegada da Corte foi a mineração (século XVIII). Ela foi responsável por atrair para a Colônia uma série de pessoas em busca de enriquecimento, além de fazer aumentar o número de escravos coloniais, comprados para fazer a exploração das minas. Resposta da questão 15: [B] Durante o Segundo Reinado foi efetuada uma reforma eleitoral, em 1881. Tal reforma, através da chamada Lei Saraiva, eliminou do pleito eleitoral os analfabetos e também os chamados eleitores de paróquia, que constituíam, juntos, cerca de 70% da população votante. Resposta da questão 16: [D] Os políticos paulistas, no Segundo Reinado, usavam do passado bandeirante paulista como justificativa para a predominância paulista no cenário político brasileiro. Tal predominância era amparada, ainda, pelo destaque paulista na produção cafeeira. Resposta da questão 17: [A] A queda da Monarquia deveu-se a um conjunto de fatores que culminaram em um golpe militar que depôs d. Pedro II. Mas tal articulação não contou com a efetiva participação da população brasileira, o que fica evidenciado na falta de noção do que estava acontecendo do personagem da crônica. Resposta da questão 18: [D] A charge mostra a postura da imprensa brasileira durante o Segundo Reinado: criticar a família imperial e o regime monárquico. D. Pedro II era criticado por seu imobilismo. E o conde D’Eu era criticado por ser francês e autoritário. Resposta da questão 19: [C] Ao associar a imagem do coronel (representando o Estado brasileiro) à árvore embaúba (inútil por ser podre por dentro) os escravos mostravam, através do jongo, uma forma de resistência cultural e racial ao regime escravista brasileiro. Resposta da questão 20: [E] Ao apresentar a coroação com símbolos como o indígena (coroando Pedro), as cores verde e amarelo (lembrando a natureza brasileira), estrelas (representando o Cruzeiro do Sul) e penas de tucano, ramos de café, coqueiros e palmeiras (lembrando a fauna e a flora brasileira), o autor da xilogravura buscou trazer à tona um sentimento de exaltação das “coisas do Brasil” e, ao mesmo tempo, afastar a herança portuguesa de d. Pedro II. Resposta da questão 21: [A] A exaltação da Independência está atrelada à formação de um ideal de nacionalidade e patriotismo que precisou ser construído ao longo de todo o período imperial brasileiro, uma vez que nossa Independência não foi fruto de uma mobilização conjunta da população brasileira. Resposta da questão 22: [B] O DIP, instalado durante o Estado Novo, buscava exaltar a nacionalidade e os valores brasileiros através das manifestações artísticas, exaltando, assim, a Nação. Nesse sentido, o samba de Ary Barroso cumpre bem seu papel, exaltando as belezas brasileiras. Resposta da questão 23: [A] O texto deixa clara a estratégia adotada por Antônio Manuel: usar o clima de repressão para, de forma irônica, tratar de assuntos de interesse público vetados pelos órgãos de censura. Resposta da questão 24: [E] As referidas greves, ocorridas no ABC paulista em 1979, coincidiram com a chegada de João Figueiredo ao poder e, portanto, coincidiram também com a abertura do processo de redemocratização no Brasil. Resposta da questão 25: [A] A arte apresentada se opunha ao regime patrimonial vigente nas décadas de 1960 e 1970 porque, durante esse período, vigorava no Brasil a Ditadura Militar que, no seu AI-5, proibia manifestações contrárias ao Regime. Resposta da questão 26: [A] A charge faz referência ao período de transição do Regime Militar para a democracia, iniciado em 1979 e concluído em 1985, ano em que foram realizadas eleições indiretas para a presidência da República, apesar da mobilização popular defendendo a realização de eleições diretas. Tal mobilização ficou conhecida como Campanha pelas Diretas Já! Resposta da questão 27: [E] A tela materializa o pensamento dos defensores da teoria do embranquecimento da população brasileira: através do relacionamento com brancos, uma família consegue “evoluir” de negra para mestiça e, daí, para branca. Tal teoria amparava-se no racismo predominante na sociedade brasileira e afirmava ser uma “evolução” o embranquecimento das gerações futuras brasileiras. Resposta da questão 28: [D] O período retratado no texto coincide com o movimento da Semana de Arte Moderna (1922) que trouxe consigo o conceito de antropofagia artística e cultural. Tal conceito defendia a formação de uma arte brasileira a partir de conceitos internacionais, sempre buscando valorizar as características nacionais. Resposta da questão 29: [E] Na formação dos Voluntários da Pátria para compor o exército brasileiro, na Guerra do Paraguai, muitos senhores acabaram convencendo seus escravos a se alistarem em seus lugares em troca da alforria. O Exército brasileiro que lutou tal Guerra teve maciça presença de negros, o que chegou a ser objeto de piada no Paraguai. Resposta da questão 30: [B] A Lei Eusébio de Queiróz proibia o tráfico intercontinentalde escravos e classificava os navios que o fizessem como piratas. Resposta da questão 31: [E] A manutenção da unidade político-territorial no pós-Independência foi garantida pelo fato de d. Pedro, então Príncipe Regente, ter comandado o processo independentista e ter adotado a monarquia como forma de governo, dando início ao Primeiro Reinado. Não só as ordens política e territorial foram mantidas. As ordens econômicas e sociais também permaneceram as mesmas. Resposta da questão 32: [B] Vargas pretendia, dentro do regime do Estado Novo, controlar a circulação de informações a seu favor, aos moldes do que os governos nazifascistas faziam na Europa. Resposta da questão 33: [A] O governo Collor foi marcado pela denúncia do esquema de corrupção conhecido como Collorgate que, como ficou comprovado, envolvia o presidente, sua esposa e seu amigo pessoal, PC Farias. Resposta da questão 34: [E] A charge deixa claro que, por um longo período de tempo (1964-1989), a população brasileira ficou sem o direito de votar diretamente para os cargos Executivos Federais. Resposta da questão 35: [B] A exigência da alfabetização para ser eleitor acabou por restringir a participação popular no direito ao voto. Resposta da questão 36: [A] Durante o chamado período da União Ibérica, quando Portugal e Espanha passaram a ser governados pelo mesmo Monarca, os Países Baixos (Holanda), então uma possessão espanhola, decretaram sua Independência. O Rei espanhol, Filipe II, em retaliação, proibiu todas as possessões espanholas – incluindo o Brasil – de fazer comércio com sua antiga possessão. Os holandeses, reagindo a isso, decidiram invadir o Nordeste brasileiro para não perder os lucros advindos da venda do açúcar brasileiro na Europa, pois esse comércio já era feito por intermédio dos Países Baixos. Resposta da questão 37: [C] O litoral colonial sempre foi mais populoso e desenvolvido que o interior, seja por uma questão de solo e clima para a prática agrícola, seja pela necessidade de escoar a produção e/ou extração colonial para a Europa pelos portos. Resposta da questão 38: [E] Na relação entre colonizadores – em especial os com função catequizadora – e os indígenas brasileiros a questão linguística constituiu significativa barreira. Para ultrapassá-la e conseguir concretizar o objetivo da catequização, os padres jesuítas promoveram diversas adaptações na linguagem indígena, buscando torná-la mais fácil gramaticalmente. Resposta da questão 39: [A] Os textos versam sobre a unidade territorial brasileira, buscando entendê-la – ou não – como legado da vinda da Família Real para o Brasil. O primeiro fragmento afirma ser um legado e o segundo fragmento refuta essa ideia. Resposta da questão 40: [D] Apesar de compartilharem uma série de características e princípios – a ponto de a frase nada mais conservador que um liberal no poder se tornar famosa durante o Segundo Reinado – os partidos Conservador e Liberal apresentavam alguns pontos divergentes de opinião. O mais significativo deles dizia a respeito da centralização do poder provincial. Os conservadores eram a favor na unidade de poder centralizado junto ao governo federal e o liberal era a favor do federalismo, ou seja, da autonomia do poder provincial. Resposta da questão 41: [C] Fica explícito através do texto que os ex-escravos, após a abolição, iniciaram uma busca pelo reconhecimento de sua cidadania, recusando-se a aceitar antigas práticas escravocratas, como a ração e o trabalho não remunerado. Resposta da questão 42: [D] O texto deixa claro que uma das formas de resistência escravista era o aproveitamento, por parte dos escravos, dos conflitos políticos entre a elite brasileira, com vista a buscar a liberdade. Resposta da questão 43: [C] Durante a Era Vargas, em específico no período do Estado Novo, foi aprovada a CLT, que trazia uma série de benefícios aos trabalhadores e, como aprovada durante uma ditadura, contava com mecanismos de controle sobre as ações sindicais. Resposta da questão 44: [C] O ideal modernizador aplicado pelo prefeito Pereira Passos na cidade do Rio, então capital da República, contava com mecanismos como a política do bota-abaixo, que esvaziava os cortiços para demolição, marginalizando boa parte da população de baixa renda da cidade. Resposta da questão 45: [D] [Resposta do ponto de vista da disciplina de História] A concentração fundiária, ou seja, a concentração de muitas terras nas mãos de poucos proprietários, sempre foi uma característica presente na História do Brasil. No século XX, ela também se fez presente, como mostra a letra da canção: “tem muita gente sem terra”. [Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] O século XX foi aquele em que a economia mais se desenvolveu no país. Ao mesmo tempo, isso foi acompanhado pelo aumento da concentração fundiária, seja para produzir produtos para exportação, ou por própria impossibilidade dos pequenos produtores sobreviverem.
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