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Apostila de História do Brasil ENEM

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1. (Enem PPL 2017) Em 1914, o preço da borracha despencou no mercado internacional; dois 
anos depois, 
200
 firmas foram à falência em Manaus. E assim acabou o sonho de quem 
acendia charutos com notas de 
1.000
 réis. A cidade entrou em colapso. 
National Geographic, n. 143, fev. 2012 (adaptado). 
 
O súbito declínio da atividade econômica mencionada foi provocado pelo(a) 
a) carência de meios de transporte que permitissem uma rápida integração entre as áreas 
produtoras e consumidoras. 
b) produção nas plantações de seringueiras do sudeste asiático, que ocasionou um excesso da 
produção mundial. 
c) chamado encilhamento, que resultou na desvalorização da moeda brasileira após forte 
especulação na Bolsa de Valores. 
d) fim da migração de nordestinos para a Amazônia, que gerou uma enorme carência de mão 
de obra na região. 
e) início da Primeira Guerra Mundial, que paralisou o comércio internacional e provocou o 
declínio da economia brasileira. 
 
2. (Enem (Libras) 2017) Os cartógrafos portugueses teriam falseado as representações do 
Brasil nas cartas geográficas, fazendo concordar o meridiano com os acidentes geográficos de 
forma a ressaltar uma suposta fronteira natural dos domínios lusos. O delineamento de uma 
grande lagoa que conectava a bacia platina com a amazônica já era visível nas primeiras 
descrições geográficas e mapas produzidos por Gaspar Viegas, no Atlas de Lopo Homem 
(1519), nas cartas de Diogo Ribeiro (1525-27), no planisfério de André Homen (1559), nos 
mapas de Bartolomeu Velho (1561). 
KANTOR, Í. Usos diplomáticos da ilha-Brasil: polêmicas cartográficas e historiográficas. Varia 
Historia, n. 37, 2007 (adaptado). 
 
De acordo com a argumentação exposta no texto, um dos objetivos das representações 
cartográficas mencionadas era 
a) garantir o domínio da Metrópole sobre o território cobiçado. 
b) demarcar os limites precisos do Tratado de Tordesilhas. 
c) afastar as populações nativas do espaço demarcado. 
d) respeitar a conquista espanhola sobre o Império Inca. 
e) demonstrar a viabilidade comercial do empreendimento colonial. 
 
3. (Enem (Libras) 2017) Todos os anos, multidões de portugueses e de estrangeiros saem nas 
frotas para ir às minas. Das cidades, vilas, plantações e do interior do Brasil vêm brancos, 
mestiços e negros juntamente com muitos ameríndios contratados pelos paulistas. A mistura é 
de pessoas de todos os tipos e condições; homens e mulheres; moços e velhos; pobres e 
ricos; fidalgos e povo; leigos, clérigos e religiosos de diferentes ordens, muitos dos quais não 
têm casa nem convento no Brasil. 
BOXER, C. O império marítimo português: 1435-1825. São Paulo: Cia. das Letras, 2002. 
A qual aspecto da vida no Brasil colonial o autor se refere? 
a) À imposição de um credo exclusivo. 
b) À alteração dos fluxos populacionais. 
c) À fragilização do poder da Metrópole. 
d) Ao desregramento da ordem social. 
e) Ao antilusitanismo das camadas populares. 
 
4. (Enem (Libras) 2017) O major Schaeffer recebeu do governo de D. Pedro I promessas de 
recompensa financeira para cada imigrante recrutado. Para obter maior lucro, montou uma 
rede de subagentes espalhados pela Alemanha a fim de angariar colonos e soldados para 
emigração. Os alemães que aceitavam vir para o sul do país achavam que receberiam 50 
hectares de terra, vacas, bois e cavalos, auxílio de um franco por pessoa no primeiro ano e de 
50 cêntimos no segundo; além da isenção de impostos nos primeiros dez anos, liberação do 
serviço militar, nacionalização imediata e liberdade de culto. Entretanto, no decorrer dos anos, 
vários desses compromissos nunca foram cumpridos. 
 
 
 
 
A Hora. Caderno especial: 192 anos de colonização alemã no RS. Disponível em: 
https://issuu.com. Acesso em: 8 set. 2016 (adaptado). 
 
Considerando a conjuntura histórica da primeira metade do século XIX, essa política imigratória 
tinha como objetivo 
a) legitimar a utilização do trabalho livre. 
b) garantir a ocupação dos territórios platinos. 
c) possibilitar a aplicação da reforma fundiária. 
d) promover o incremento do comércio fronteiriço. 
e) assegurar a modernização das frentes agrícolas. 
 
5. (Enem (Libras) 2017) Constituição Política do Império do Brasil (de 25 de março de 
1824) 
Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado 
privativamente ao Imperador, como Chefe Supremo da Nação, e seu Primeiro Representante, 
para que incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia 
dos demais Poderes Políticos. 
Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 18 abr. 2015 (adaptado). 
 
A apropriação das ideias de Montesquieu no âmbito da norma constitucional citada tinha o 
objetivo de 
a) expandir os limites das fronteiras nacionais. 
b) assegurar o monopólio do comércio externo. 
c) legitimar o autoritarismo do aparelho estatal. 
d) evitar a reconquista pelas forças portuguesas. 
e) atender os interesses das oligarquias regionais. 
 
6. (Enem PPL 2017) O movimento abolicionista, que levou à libertação dos escravos pela Lei 
Áurea em 13 de maio de 1888, foi a primeira campanha de dimensões nacionais com 
participação popular. Nunca antes tantos brasileiros se haviam mobilizado de forma tão intensa 
por uma causa comum, nem mesmo durante a Guerra do Paraguai. Envolvendo todas as 
regiões e classes sociais, carregou multidões a comícios e manifestações públicas e mudou de 
forma dramática as relações políticas e sociais que até então vigoravam no país. 
GOMES, L. 1889. São Paulo: Globo, 2013 (adaptado). 
O movimento social citado teve como seu principal veículo de propagação o(a) 
a) imprensa escrita. 
b) oficialato militar. 
c) corte palaciana. 
d) clero católico. 
e) câmara de 
representantes. 
 
7. (Enem PPL 2017) As primeiras ações acerca do patrimônio histórico no Brasil datam da 
década de 1930, com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 
(SPHAN), em 1937. Nesse período, o conceito que norteou a política de patrimônio limitou-se 
aos monumentos arquitetônicos relacionados ao passado brasileiro e vinculava-se aos ideais 
modernistas de conhecer, compreender e recriar o Brasil por meio da valorização da tradição. 
 
SANTOS, G. Poder e patrimônio histórico: possibilidades de diálogo entre educação histórica e 
educação patrimonial no ensino médio. EntreVer, n. 2, jan.-jun. 2012. 
 
Considerando o contexto mencionado, a criação dessa política patrimonial objetivou a 
a) consolidação da historiografia oficial. 
b) definição do mercado cultural. 
c) afirmação da identidade nacional. 
d) divulgação de sítios arqueológicos. 
e) universalização de saberes museológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. (Enem PPL 2017) Nos primeiros anos do governo Vargas, as organizações operárias sob 
controle das correntes de esquerda tentaram se opor ao seu enquadramento pelo Estado. Mas 
a tentativa fracassou. Além do governo, a própria base dessas organizações pressionou pela 
legalização. Vários benefícios, como as férias e a possibilidade de postular direitos perante as 
Juntas de Conciliação e Julgamento, dependiam da condição de ser membro de sindicato 
reconhecido pelo governo. 
FAUSTO, B. História concisa do Brasil. São Paulo: Edusp; Imprensa Oficial do Estado, 2002 
(adaptado). 
 
No contexto histórico retratado pelo texto, a relação entre governo e movimento sindical foi 
caracterizada 
a) pelas benesses sociais do getulismo. 
b) por um diálogo democraticamente constituído. 
c) por uma legislação construída consensualmente. 
d) pelo reconhecimento de diferentes ideologias políticas. 
e) pela vinculação de direitos trabalhistas à tutela do Estado. 
 
9. (Enem (Libras) 2017) Falavamem fuzilamentos, em gente que era embarcada nos aviões 
militares e atirada em alto-mar. Havia muita confusão. Sempre que há mudança violenta de 
poder, a regra dos entendidos é sumir, evaporar-se, não se expor, nos primeiros momentos da 
rebordosa, um sargento qualquer pode decidir sobre um fuzilamento. Depois as coisas se 
organizam, até mesmo a violência é estruturada, até mesmo o arbítrio. Mas quem, no meio 
tempo, foi fuzilado, fuzilado fica. 
CONY, C. H. Quase memória. São Paulo: Cia. das Letras, 1995. 
 
A narrativa refere-se ao seguinte aspecto da segurança nacional durante a Ditadura Militar: 
a) Institucionalização da repressão como política estatal. 
b) Normatização da censura como mecanismo de controle. 
c) Legitimação da propaganda como estratégia psicossocial. 
d) Validação do conformismo como salvaguarda do consenso. 
e) Ordenação do bipartidarismo como prerrogativa institucional. 
 
10. (Enem PPL 2017) Art. 1º – O estrangeiro que, por qualquer motivo, comprometer a 
segurança nacional ou a tranquilidade pública, pode ser expulso de parte ou de todo o território 
nacional. 
 
Art. 2º – São também causas bastantes para a expulsão: 
 
1ª) a condenação ou processo pelos tribunais estrangeiros por crimes ou delitos de natureza 
comum; 
2ª) duas condenações, pelo menos, pelos tribunais brasileiros, por crimes ou delitos de 
natureza comum; 
3ª) a vagabundagem, a mendicidade e o lenocínio competentemente verificados. 
 
BRASIL. Lei 1.641, de 7 de janeiro de 1907. Disponível em: www2.camara.leg.br. Acesso em: 
29 ago. 2012 (adaptado). 
 
No início do século XX, na transição do trabalho escravo para o livre, os objetivos da legislação 
citada eram 
a) disciplinar o trabalhador e evitar sua participação em movimentos políticos contrários ao 
governo. 
b) estabelecer as condições para a vinda dos imigrantes e definir as regiões que seriam 
ocupadas. 
c) demonstrar preocupação com as condições de trabalho e favorecer a organização sindical. 
d) criar condições políticas para a imigração e isolar os imigrantes socialmente indesejáveis. 
e) estimular o trabalho urbano e disciplinar as famílias estrangeiras nas fábricas. 
 
 
 
 
11. (Enem (Libras) 2017) Na segunda metade do século XIX, a capoeira era uma marca da 
tradição rebelde da população trabalhadora urbana na maior cidade do Império do Brasil, que 
reunia escravos e livres, brasileiros e imigrantes, jovens e adultos, negros e brancos. O que 
mais os unia era pertencer aos porões da sociedade, e na última escala do piso social estavam 
os escravos africanos. 
SOARES, C. E. L. Capoeira mata um. In: FIGUEIREDO, L. História do Brasil para ocupados. 
Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2013. 
 
De acordo com o texto, um fator que contribuiu para a construção da tradição mencionada foi a 
a) elitização de ritos católicos. 
b) desorganização da vida rural. 
c) redução da desigualdade racial. 
d) mercantilização da cultura popular. 
e) diversificação dos grupos participantes. 
 
12. (Enem (Libras) 2017) Getúlio libertou o povo, e são 8 horas de trabalho e só. Não tinha 
que trabalhar dia e noite mais não. Getúlio é que fez as leis. A princesa Isabel assinou a 
libertação, mas quem nos libertou do jugo da escravatura, do chicote, do tronco, foi Getúlio, 
Getúlio Dorneles Vargas. Papai falava assim: “Meu filho. Nunca houve no mundo governo igual 
a esse, meu filho”. 
Relato de Cornélio Cancino, 82 anos, descendente de ex-escravos, Juiz de Fora (MG), 9 maio 
1995. In: MATTOS, H.; RIOS, A. L. (Org.). Memórias do cativeiro: família, trabalho e cidadania 
no pós-Abolição. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005 (adaptado). 
 
A construção da memória apresentada no texto remete ao seguinte aspecto da referida 
experiência política: 
a) Fortalecimento da ideologia oficial, limitada à dimensão da escola. 
b) Legitimação de coligações partidárias, vinculadas à utilização do rádio. 
c) Estabelecimento de direitos sociais, associados à propaganda do Estado. 
d) Enaltecimento do sentimento pátrio, ligado à consolidação da democracia. 
e) Desenvolvimento de serviços públicos, submetidos à direção dos coronéis. 
 
13. (Enem 2ª aplicação 2016) As convicções religiosas dos escravos eram entretanto 
colocadas a duras provas quando de sua chegada ao Novo Mundo, onde eram batizados 
obrigatoriamente “para a salvação de sua alma” e deviam curvar-se às doutrinas religiosas de 
seus mestres. lemanjá, mãe de numerosos outros orixás, foi sincretizada com Nossa Senhora 
da Conceição, e Nanã Buruku, a mais idosa das divindades das águas, foi comparada a 
Sant’Ana, mãe da Virgem Maria. 
VERGER, P. Orixás: deuses iorubás na África e no Novo Mundo. São Paulo: Corrupio, 1981. 
 
O sincretismo religioso no Brasil colônia foi uma estratégia utilizada pelos negros escravizados 
para 
a) compreender o papel do sagrado para a cultura europeia. 
b) garantir a aceitação pelas comunidades dos convertidos. 
c) preservar as crenças e a sua relação com o sagrado. 
d) integrar as distintas culturas no Novo Mundo. 
e) possibilitar a adoração de santos católicos. 
 
14. (Enem 2ª aplicação 2016) Quando a Corte chegou ao Rio de Janeiro, a Colônia tinha 
acabado de passar por uma explosão populacional. Em pouco mais de cem anos, o número de 
habitantes aumentara dez vezes. 
GOMES, L. 1808: como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta 
enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil. 
São Paulo: Planeta do Brasil, 2008 (adaptado). 
A alteração demográfica destacada no período teve como causa a atividade 
a) cafeeira, com a atração da imigração europeia. 
b) industrial, com a intensificação do êxodo rural. 
c) mineradora, com a ampliação do tráfico africano. 
d) canavieira, com o aumento do apresamento indígena. 
e) manufatureira, com a incorporação do trabalho assalariado. 
 
 
 
 
15. (Enem 2ª aplicação 2016) O número de votantes potenciais em 1872 era de 
1.097.698,
 o 
que correspondia a 
10,8%
 da população total. Esse número poderia chegar a 
13%,
 quando 
separamos os escravos dos demais indivíduos. Em 1886, cinco anos depois de a Lei Saraiva 
ter sido aprovada, o número de cidadãos que poderiam se qualificar eleitores era de 
117.022,
 
isto é, 
0,8%
 da população. 
CASTELLUCCI, A. A. S. Trabalhadores, máquina política e eleições na Primeira República. 
Disponível em: www.ifch.unicamp.br. Acesso em: 28 jul. 2012. 
 
A explicação para a alteração envolvendo o número de eleitores no período é a 
a) criação da Justiça Eleitoral. 
b) exigência da alfabetização. 
c) redução da renda nacional. 
d) exclusão do voto feminino. 
e) coibição do voto de cabresto. 
 
16. (Enem PPL 2016) As camadas dirigentes paulistas na segunda metade do século XIX 
recorriam à história e à figura dos bandeirantes. Para os paulistas, desde o início da 
colonização, os habitantes de Piratininga (antigo nome de São Paulo) tinham sido responsáveis 
pela ampliação do território nacional, enriquecendo a metrópole portuguesa com o ouro e 
expandindo suas possessões. Graças à integração territorial que promoveram, os bandeirantes 
eram tidos ainda fundadores da unidade nacional. Representavam a lealdade à província de 
São Paulo e ao Brasil. 
ABUD, K. M. Paulistas, uni-vos! Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 34, 1 jul. 2008 
(adaptado). 
 
No período da história nacional analisado, a estratégia descrita tinha como objetivo 
a) promover o pioneirismo industrial pela substituição de importações. 
b) questionar o governo regencial após a descentralização administrativa. 
c) recuperar a hegemonia perdida com o fim da política do café com leite. 
d) aumentar a participação política em função da expansão cafeeira.e) legitimar o movimento abolicionista durante a crise do escravismo. 
 
17. (Enem PPL 2016) Enfermo a 14 de novembro, na segunda-feira o velho Lima voltou ao 
trabalho, ignorando que no entretempo caíra o regime. Sentou-se e viu que tinham tirado da 
parede a velha litografia representando D. Pedro de Alcântara. Como na ocasião passasse um 
contínuo, perguntou-lhe: 
– Por que tiraram da parede o retrato de Sua Majestade? 
O contínuo respondeu, num tom lentamente desdenhoso: 
– Ora, cidadão, que fazia ali a figura do Pedro Banana? 
– Pedro Banana! – repetiu raivoso o velho Lima. 
E, sentando-se, pensou com tristeza: 
– Não dou três anos para que isso seja uma República! 
AZEVEDO, A. Vidas alheias. Porto Alegre, s.e, 1901 (adaptado). 
 
A crônica de Artur Azevedo, retratando os dias imediatos à instauração da República no Brasil, 
refere-se ao(à) 
a) ausência de participação popular no processo de queda da Monarquia. 
b) tensão social envolvida no processo de instauração do novo regime. 
c) mobilização de setores sociais na restauração do antigo regime. 
d) temor dos setores burocráticos com o novo regime. 
e) demora na consolidação do novo regime. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18. (Enem 2ª aplicação 2016) 
 
 
Segundo a charge, os últimos anos da Monarquia foram marcados por 
a) debates promovidos em espaços públicos, contando com a presença da família real. 
b) atividades intensas realizadas pelo Conde D’Eu, numa tentativa de salvar o regime 
monárquico. 
c) revoltas populares em escolas, com o intuito de destituir o monarca do poder e coroar o seu 
genro. 
d) críticas oriundas principalmente da imprensa, colocando em dúvida a continuidade do 
regime político. 
e) dúvidas em torno da validade das medidas tomadas pelo imperador, fazendo com que o 
Conde D’Eu assumisse o governo. 
 
19. (Enem PPL 2016) Ô ô, com tanto pau no mato 
Embaúba* é coroné 
Com tanto pau no mato, ê ê 
Com tanto pau no mato 
Embaúba é coroné 
*Embaúba: árvore comum e inútil por ser podre por dentro, segundo o historiador Stanley 
Stein. 
 
STEIN, S. J. Vassouras: um município brasileiro de café, 1850-1900. Rio de Janeiro: Nova 
Fronteira, 1990 (adaptado). 
 
Os versos fazem parte de um jongo, gênero poético-musical cantado por escravos e seus 
descendentes no Brasil no século XIX, e procuram expressar a 
a) exploração rural. 
b) bravura senhorial. 
c) resistência cultural. 
d) violência escravista. 
e) ideologia paternalista. 
 
 
 
 
 
20. (Enem 2ª aplicação 2016) 
 
 
Com seu manto real em verde e amarelo, as cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas 
que lembravam também os tons da natureza do “Novo Mundo”, cravejado de estrelas 
representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente, com o cabeção de penas de papo de tucano em 
volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado imperador do Brasil. O monarca jamais foi tão tropical. 
Entre muitos ramos de café e tabaco, coroado como um César em meio a coqueiros e 
paineiras, D. Pedro transformava-se em sinônimo da nacionalidade. 
 
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. 
São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). 
 
No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira recorreu ao simbolismo de determinadas figuras 
e alegorias. A análise da imagem e do texto revela que o objetivo de tal estratégia era 
a) exaltar o modelo absolutista e despótico. 
b) valorizar a mestiçagem africana e nativa. 
c) reduzir a participação democrática e popular. 
d) mobilizar o sentimento patriótico e antilusitano. 
e) obscurecer a origem portuguesa e colonizadora. 
 
21. (Enem PPL 2016) É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império a 
mais remota e insignificante de suas aldeolas, congrega-se unânime para comemorar o dia que 
o tirou dentre as nações dependentes para colocá-lo entre as nações soberanas, e entregou-
lhe os seus destinos, que até então haviam ficado a cargo de um povo estranho. 
Gazeta de Notícias, 7 set. 1883. 
 
As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário desde os 
anos imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 1822. Essa comemoração está 
diretamente relacionada com 
a) a construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade nacional. 
b) o domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou logo após 
1882. 
c) os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a abolição da 
escravidão. 
d) o apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de estrangeiros 
do país. 
e) a consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à transferência 
da Corte para o Rio de Janeiro. 
 
 
22. (Enem 2ª aplicação 2016) Aquarela do Brasil 
Brasil! 
Meu Brasil brasileiro 
Meu mulato inzoneiro 
Vou cantar-te nos meus versos 
 
O Brasil, samba que dá 
Bamboleio que faz gingar 
O Brasil do meu amor 
Terra de Nosso Senhor 
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim! 
 
Ah! Abre a cortina do passado 
Tira a mãe preta do Cerrado 
Bota o rei congo no congado 
Brasil! Pra mim! 
 
Deixa cantar de novo o trovador 
A merencória luz da lua 
Toda canção do meu amor 
Quero ver a sá dona caminhando 
Pelos salões arrastando 
O seu vestido rendado 
Brasil! Pra mim, pra mim, pra mim! 
 
ARY BARROSO. Aquarela do Brasil, 1939 (fragmento). 
 
Muito usual no Estado Novo de Vargas, a composição de Ary Barroso é um exemplo típico de 
a) música de sátira. 
b) samba exaltação. 
c) hino revolucionário. 
d) propaganda eleitoral. 
e) marchinha de protesto. 
 
23. (Enem PPL 2016) As informações sugeridas por Antônio Manuel estão imersas em um 
jornal dividido entre o "real" e o que podemos chamar de "situacional". O artista transforma todo 
o clima de repressão na própria matéria de seu trabalho, utilizando os meios de comunicação 
como arma (irônica) contra a estrutura de poder de um Estado autoritário. 
SCOVINO, F. Com as armas do inimigo. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 84. set. 
2012 (adaptado). 
No contexto histórico descrito, a estratégia adotada por alguns segmentos da imprensa para a 
construção de uma crítica sociopolítica foi a de 
a) burlar a censura, contribuindo para a análise da vida social. 
b) justificar o regime vigente, apresentando versões diversas da realidade. 
c) estimular a livre interpretação dos fatos, atendendo aos interesses dominantes. 
d) aprimorar o alcance das informações, apresentando as notícias em tempo real. 
e) manipular a visão coletiva, promovendo interpretações distorcidas das notícias oficiais. 
 
24. (Enem 2ª aplicação 2016) 
 
 
 
Para além de objetivos específicos, muitos movimentos sociais interferem no contexto 
sociopolítico e ultrapassam dimensões imediatas, como foi o caso das mobilizações operárias, 
ocorridas em 1979 na cidade de São Paulo. 
Nesse sentido, ao mesmo tempo em que lutavam por seus direitos, essas mobilizações 
contribuíram com o(a) 
a) elaboração de novas políticas que garantiram a estabilidade econômica do país. 
b) instalação de empresas multinacionais no Brasil. 
c) legalização dos sindicatos no Brasil. 
d) surgimento das políticas governamentais assistencialistas. 
e) processo de redemocratização do Brasil. 
 
25. (Enem PPL 2016) 
 
 
Inspirada em fantasias de Carnaval, a arte apresentada se opunha à concepção de patrimônio 
vigente nas décadas de 1960 e 1970 na medida em que 
a) se apropriava das expressões da cultura popular para produzir uma arte efêmera destinada 
ao protesto. 
b) resgatava símbolos ameríndios e africanos para se adaptar a exposições em espaços 
públicos. 
c) absorvia elementos gráficos da propaganda paracriar objetos comercializáveis pelas 
galerias. 
d) valorizava elementos da arte popular para construir representações da identidade brasileira. 
e) o incorporava elementos da cultura de massa para atender às exigências dos museus. 
 
26. (Enem PPL 2016) 
 
 
 
A imagem faz referência a uma intensa mobilização popular e pode ser traduzida como 
a) a campanha popular que confrontava a legitimidade das eleições indiretas no país. 
b) a manifestação de milhares de pessoas em prol da realização de eleições para o Senado. 
c) as passeatas realizadas em prol do fim da Ditadura Militar no Brasil e na Argentina. 
d) os comícios e manifestações populares pela abertura política de forma lenta e segura. 
e) o movimento que exigia o direito à igualdade de voto para homens e mulheres. 
 
27. (Enem 2ª aplicação 2016) 
 
 
Na imagem, o autor procura representar as diferentes gerações de uma família associada a 
uma noção consagrada pelas elites intelectuais da época, que era a de 
a) defesa da democracia racial. 
b) idealização do universo rural. 
c) crise dos valores republicanos. 
d) constatação do atraso sertanejo. 
e) embranquecimento da população. 
 
28. (Enem PPL 2016) TEXTO 1 
 
Embora eles, artistas modernos, se deem como novos precursores duma arte a ir, nada é mais 
velho que a arte anormal. De há muitos já que a estudam os psiquiatras em seus tratados, 
documentando-se nos inúmeros desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios. 
Essas considerações são provocadas pela exposição da Sra. Malfatti. Sejam sinceros: 
futurismo, cubisrno, impressionismo e tutti quanti não passam de outros tantos ramos da arte 
caricatural. 
LOBATO, M. Paranoia ou mistificação: a propósito da exposição de Anita Malfatti. O Estado de 
São Paulo, 20 dez.1917 (adaptado). 
 
TEXTO II 
Anita Malfatti, possuidora de uma afta consciência do que faz, a vibrante artista não temeu 
levantar com os seus cinquenta trabalhos as mais irritadas opiniões e as mais contrariantes 
hostilidades. As suas telas chocam o preconceito fotográfico que geralmente se leva no espírito 
para as nossas exposições de pintura. Na arte, a realidade na ilusão é o que todos procuram. E 
os naturalistas mais perfeitos são os que melhor conseguem iludir. 
ANDRADE. O. A exposição Anita Malfatti. Jornal do Commercio, 11 jan. 1918 (adaptado). 
 
 
 
 
 
 
 
TEXTO III 
 
 
 
A análise dos documentos apresentados demonstra que o cenário artístico brasileiro no 
primeiro quartel do século XX era caracterizado pelo(a) 
a) domínio do academicismo, que dificulta a recepção da vertente realista na obra de Anita 
Malfatti. 
b) dissonância entre as vertentes artísticas, que divergiam sobre a validade do modelo estético 
europeu. 
c) exaltação da beleza e da rigidez da forma, que justificavam a adaptação da estética europeia 
à realidade brasileira. 
d) impacto de novas linguagens estéticas, que alteravam o conceito de arte e abasteciam a 
busca por uma produção artística nacional. 
e) influência dos movimentos artísticos europeus de vanguarda, que levava os modernistas a 
copiarem suas técnicas e temáticas. 
 
29. (Enem PPL 2015) Decreto-lei 3.509, de 12 de setembro de 1865 
Art. 1º – O cidadão guarda-nacional que por si apresentar outra pessoa para o serviço do 
Exército por tempo de nove anos, com a idoneidade regulada pelas leis militares, ficará isento 
não só do recrutamento, senão também do serviço da Guarda Nacional. O substituído é 
responsável por o que o substituiu, no caso de deserção. 
 
Arquivo Histórico do Exército. Ordem do dia do Exército, n. 455, 1865 (adaptado). 
 
No artigo, tem-se um dos mecanismos de formação dos “Voluntários da Pátria”, encaminhados 
para lutar na Guerra do Paraguai. Tal prática passou a ocorrer com muita frequência no Brasil 
nesse período e indica o(a) 
a) forma como o Exército brasileiro se tornou o mais bem equipado da América do Sul. 
b) Incentivo de grandes proprietários à participação dos seus filhos no conflito. 
c) solução adotada pelo país para aumentar o contingente de escravos no conflito. 
d) envio de escravos para os conflitos armados, visando sua qualificação para o trabalho. 
e) Fato de que muitos escravos passaram a substituir seus proprietários em troca de liberdade. 
 
 
 
 
 
 
 
30. (Enem PPL 2015) 
Estimativa do número de escravos africanos 
desembarcados no Brasil entre os anos de 1846 
a 1852 
Ano 
Números de escravos africanos 
desembarcados no Brasil 
1846 
64.262
 
1847 
75.893
 
1848 
76.338
 
1849 
70.827
 
1850 
37.672
 
1851 
7.058
 
1852 
1.234
 
 
Disponível em: www.slavevoyages.org. Acesso em 
24 fev. 2012 (adaptado) 
 
A mudança apresentada na tabela é reflexo da Lei Eusébio de Queiróz que, em 1850, 
a) aboliu a escravidão no território brasileiro. 
b) definiu o tráfico de escravos como pirataria. 
c) elevou as taxas para importação de escravos. 
d) libertou os escravos com mais de 60 anos. 
e) garantiu o direito de alforria aos escravos. 
 
31. (Enem PPL 2015) É simplesmente espantoso que esses núcleos tão desiguais e tão 
diferentes se tenham mantido aglutinados numa só nação. Durante o período colonial, cada um 
deles teve relação direta com a metrópole. Ocorreu o o extraordinário, fizemos um povo-nação, 
englobando todas aquelas províncias ecológicas numa só entidade cívica e política. 
 
RIBEIRO, D. O povo brasileiro: formação e sentido do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1988. 
 
Após a conquista da autonomia, a questão primordial do Brasil residia em como garantir sua 
unidade político-territorial diante das características e práticas herdadas da colonização. 
Relacionando o projeto de independência à construção do Estado nacional brasileiro, a sua 
particularidade decorreu da 
a) ordenação de um pacto que reconheceu os direitos políticos aos homens, 
independentemente de cor, sexo ou religião. 
b) estruturação de uma sociedade que adotou os privilégios de nascimento como critério de 
hierarquização social. 
c) realização de acordos entre as elites regionais, que evitou confrontos armados contrários ao 
projeto luso-brasileiro. 
d) concessão da autonomia política regional, que atendeu aos interesses socioeconômicos dos 
grandes proprietários. 
e) Afirmação de um regime constitucional monárquico que garantiu a ordem associada à 
permanência da escravidão. 
 
32. (Enem PPL 2015) Em 1943, Getúlio Vargas criou o Departamento de Propaganda e 
Difusão Cultural junto ao Ministério da Justiça, esvaziando o Ministério da Educação não só da 
propaganda, mas também do rádio e do cinema. A decisão tinha como objetivo colocar os 
meios de comunicação de massa a serviço direto do Poder Executivo, iniciativa que tinha 
inspiração direta no recém-criado Ministério da Propaganda alemão. 
 
CAPELATO, M. H. Propaganda política e controle dos meios de comunicação. 
Rio de Janeiro: FGV, 1999. 
 
 
 
 
No contexto citado, a transferência de funções entre ministérios teve como finalidade o(a) 
a) desativação de um sistema tradicional de comunicação voltado para a educação. 
b) controle do conteúdo da informação por meio de uma orientação política e ideológica. 
c) subordinação do Ministério da Educação ao Ministério da Justiça e ao Poder Executivo. 
d) ampliação do raio de atuação das emissoras de rádio como forma de difusão da cultura 
popular. 
e) demonstração de força política do Executivo diante de ministérios herdados do governo 
anterior. 
 
33. (Enem PPL 2015) 
 
 
Na imagem, encontram-se referências a um momento de intensa agitação estudantil no país. 
Tal mobilização se explica pela 
a) divulgação de denúncias de corrupção envolvendo o presidente daRepública. 
b) criminalização dos movimentos sociais realizada pelo Governo Federal. 
c) adoção do arrocho salarial implementada pelo Ministério da Fazenda. 
d) compra de apoio político promovida pelo Poder Executivo. 
e) violência da repressão estatal atribuída às Forças Armadas. 
 
34. (Enem PPL 2015) 
 
 
O diálogo entre os personagens da charge evidencia, no Brasil, a(s) 
a) reinserção do país na economia globalizada. 
b) transformações políticas na vigência do Estado Novo. 
c) alterações em áreas estratégicas para o desenvolvimento do país. 
d) suspensão das eleições legislativas durante o período da Ditadura Militar. 
e) volta da democracia após um período sem eleições diretas para o Executivo Federal. 
 
 
 
 
35. (Enem PPL 2015) Em 1881, a Câmara dos Deputados aprovou uma reforma na lei eleitoral 
brasileira, a fim de introduzir o voto direto. A grande novidade, porém, ficou por conta da 
exigência de que os eleitores soubessem ler e escrever. 
As consequências logo se refletiram nas estatísticas. 
Em 1872, havia mais de 1 milhão de votantes, já em 1886, pouco mais de 100 mil cidadãos 
participaram das eleições parlamentares. Houve um corte de quase 90 por cento do eleitorado. 
 
CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 2006 (adaptado). 
 
Nas últimas décadas do século XIX, o Império do Brasil passou por transformações como as 
descritas, que representaram a 
a) ascensão dos “homens bons”. 
b) restrição dos direitos políticos. 
c) superação dos currais eleitorais. 
d) afirmação do eleitorado monarquista. 
e) ampliação da representação popular. 
 
36. (Enem PPL 2014) Os holandeses desembarcaram em Pernambuco no ano de 1630, em 
nome da Companhia das Índias Ocidentais (WIC), e foram aos poucos ocupando a costa que 
ia da foz do Rio São Francisco ao Maranhão, no atual Nordeste brasileiro. Eles chegaram ao 
ponto de destruir Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coelho, para erguer no Recife 
uma pequena Amsterdã. 
NASCIMENTO, R. L. X. A toque de caixas. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n. 
70, jul. 2011. 
 
Do ponto de vista econômico, as razões que levaram os holandeses a invadirem o nordeste da 
Colônia decorriam do fato de que essa região 
a) era a mais importante área produtora de açúcar na América portuguesa. 
b) possuía as mais ricas matas de pau-brasil no litoral das Américas. 
c) contava com o porto mais estratégico para a navegação no Atlântico Sul. 
d) representava o principal entreposto de escravos africanos para as Américas. 
e) constituía um reduto de ricos comerciantes de açúcar de origem judaica. 
 
37. (Enem PPL 2014) Áreas em estabelecimento de atividades econômicas sempre se 
colocaram como grande chamariz. Foi assim no litoral nordestino, no início da colonização, 
com o pau-brasil, a cana-de-açúcar, o fumo, as produções de alimentos e o comércio. O 
enriquecimento rápido exacerbou o espírito de aventura do homem moderno. 
 
FARIAS, S. C. A Colônia em movimento. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1998 (adaptado). 
 
O processo descrito no texto trouxe como efeito o(a) 
a) acumulação de capitais na Colônia, propiciando a criação de um ambiente intelectual 
efervescente. 
b) surgimento de grandes cidades coloniais, voltadas para o comércio e com grande 
concentração monetária. 
c) concentração da população na região litorânea, pela facilidade de escoamento da produção. 
d) favorecimento dos naturais da Colônia na concessão de títulos de nobreza e fidalguia pela 
Monarquia. 
e) construção de relações de trabalho menos desiguais que as da Metrópole, inspiradas pelo 
empreendedorismo. 
 
38. (Enem PPL 2014) Quando Deus confundiu as línguas na torre de Babel, ponderou Filo 
Hebreu que todos ficaram mudos e surdos, porque, ainda que todos falassem e todos 
ouvissem, nenhum entendia o outro. Na antiga Babel, houve setenta e duas línguas; na Babel 
do rio das Amazonas, já se conhecem mais de cento e cinquenta. E assim, quando lá 
chegamos, todos nós somos mudos e todos eles, surdos. Vede agora quanto estudo e quanto 
trabalho serão necessários para que esses mudos falem e esses surdos ouçam. 
VIEIRA, A. Sermões pregados no Brasil. In: RODRIGUES. J. H. História viva. São Paulo: 
Global, 1985 (adaptado). 
 
 
 
No decorrer da colonização portuguesa na América, as tentativas de resolução do problema 
apontado pelo padre Antônio Vieira resultaram na 
a) ampliação da violência nas guerras intertribais. 
b) desistência da evangelização dos povos nativos. 
c) indiferença dos jesuítas em relação à diversidade de línguas americanas. 
d) pressão da Metrópole pelo abandono da catequese nas regiões de difícil acesso. 
e) sistematização das línguas nativas numa estrutura gramatical facilitadora da catequese. 
 
39. (Enem PPL 2014) TEXTO I 
 
O príncipe D. João VI podia ter decidido ficar em Portugal. Nesse caso, o Brasil com certeza 
não existiria. A Colônia se fragmentaria, como se fragmentou a parte espanhola da América. 
Teríamos, em vez do Brasil de hoje, cinco ou seis países distintos. (José Murilo de Carvalho) 
 
TEXTO II 
Há no Brasil uma insistência em reforçar o lugar-comum segundo o qual foi D. João VI o 
responsável pela unidade do país. Isso não é verdade. A unidade do Brasil foi construída ao 
longo do tempo e é, antes de tudo, uma fabricação da Coroa. A ideia de que era preciso 
fortalecer um Império com os territórios de Portugal e Brasil começou já no século XVIII. 
(Evaldo Cabral de MeIlo) 
 
1808 – O primeiro ano do resto de nossas vidas. Folha de S. Paulo, 25 nov. 2007(adtado). 
 
Em 2008, foi comemorado o bicentenário da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Nos 
textos, dois importantes historiadores brasileiros se posicionam diante de um dos possíveis 
legados desse episódio para a história do país. O legado discutido e um argumento que 
sustenta a diferença do primeiro ponto de vista para o segundo estão associados, 
respectivamente, em: 
a) Integridade territorial – Centralização da administração régia na Corte. 
b) Desigualdade social – Concentração da propriedade fundiária no campo. 
c) Homogeneidade intelectual – Difusão das ideias liberais nas universidades. 
d) Uniformidade cultural – Manutenção da mentalidade escravista nas fazendas. 
e) Continuidade espacial – Cooptação dos movimentos separatistas nas províncias. 
 
40. (Enem PPL 2014) Enquanto as rebeliões agitavam o país, as tendências políticas no 
centro dirigente iam se definindo. Apareciam em germe os dois grandes partidos imperiais – o 
Conservador e o Liberal. Os conservadores reuniam magistrados, burocratas, uma parte dos 
proprietários rurais, especialmente do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, e os grandes 
comerciantes, entre os quais muitos portugueses. Os liberais agrupavam a pequena classe 
média urbana, alguns padres e proprietários rurais de áreas menos tradicionais, sobretudo de 
São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul. 
FAUSTO, B. História do Brasil. S Paulo: Edusp, 1996. 
 
No texto, o autor compara a composição das forças políticas que atuaram no Segundo Reinado 
(1840-1889). Dois aspectos que caracterizam os partidos Conservador e Liberal estão 
indicados, respectivamente, em: 
a) Abolição da escravidão – Adoção do trabalho assalariado. 
b) Difusão da industrialização – Conservação do latifúndio monocultor. 
c) Promoção do protecionismo – Remoção das barreiras alfandegárias. 
d) Preservação do unitarismo – Ampliação da descentralização provincial. 
e) Implementação do republicanismo – Continuação da monarquia constitucional. 
 
41. (Enem PPL 2014) Passada a festa da abolição, os ex-escravos procuraram distanciar-se 
do passado de escravidão, negando-se a se comportar como antigoscativos. Em diversos 
engenhos do Nordeste, negaram-se a receber a ração diária e a trabalhar sem remuneração. 
Quando decidiram ficar, isso não significou que concordassem em se submeter às mesmas 
condições de trabalho do regime anterior. 
FRAGA, W; ALBUQUERQUE, W. R. Uma história da cultura afro-brasileira. São Paulo: 
Moderna, 2009 (adaptado). 
 
 
Segundo o texto, os primeiros anos após a abolição da escravidão no Brasil tiveram como 
característica o(a) 
a) caráter organizativo do movimento negro. 
b) equiparação racial no mercado de trabalho. 
c) busca pelo reconhecimento do exercício da cidadania. 
d) estabelecimento do salário mínimo por projeto legislativo. 
e) entusiasmo com a extinção das péssimas condições de trabalho. 
 
42. (Enem PPL 2014) Os escravos, obviamente, dispunham de poucos recursos políticos, mas 
não desconheciam o que se passava no mundo dos poderosos. Aproveitaram-se das divisões 
entre estes, selecionaram temas que lhes interessavam do ideário liberal e anticolonial, 
traduziram e emprestaram significados próprios às reformas operadas no escravismo brasileiro 
ao longo do século XIX. 
 
REIS, J. J. Nos achamos em campo a tratar da liberdade: a resistência negra no Brasil 
oitocentista. In: MOTA, C. G. (Org.). Viagem incompleta: a experiência brasileira (1500-2000). 
São Paulo: Senac, 1999. 
 
Ao longo do século XIX, os negros escravizados construíram variadas formas para resistir à 
escravidão no Brasil. A estratégia de luta citada no texto baseava-se no aproveitamento das 
a) estruturas urbanas como ambiente para escapar do cativeiro. 
b) dimensões territoriais como elemento para facilitar as fugas. 
c) limitações econômicas como pressão para o fim do escravismo. 
d) contradições políticas como brecha para a conquista da liberdade. 
e) ideologias originárias como artifício para resgatar as raízes africanas. 
 
43. (Enem PPL 2014) As relações do Estado brasileiro com o movimento operário e sindical, 
bem como as políticas públicas voltadas para as questões sociais durante o primeiro governo 
da Era Vargas (1930-1945), são temas amplamente estudados pela academia brasileira em 
seus vários aspectos. São também os temas mais lembrados pela sociedade quando se pensa 
no legado varguista. 
D’ ARAÚJO, M. C. Estado, classe trabalhadora e políticas sociais. In: FERREIRA, J.; 
DELGADO, L. A. (Org). O tempo do nacional-estatismo: do início ao apogeu do Estado Novo. 
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. 
 
Durante o governo de Getúlio Vargas, foram desenvolvidas ações de cunho social, dentre as 
quais se destaca a 
a) disseminação de organizações paramilitares inspiradas nos regimes fascistas europeus. 
b) aprovação de normas que buscavam garantir a posse das terras aos pequenos agricultores. 
c) criação de um conjunto de leis trabalhistas associadas ao controle das representações 
sindicais. 
d) implementação de um sistema de previdência e seguridade para atender aos trabalhadores 
rurais. 
e) implantação de associações civis como uma estratégia para aproximar as classes médias e 
o governo. 
 
44. (Enem PPL 2014) Na primeira década do século XX, reformar a cidade do Rio de Janeiro 
passou a ser o sinal mais evidente da modernização que se desejava promover no Brasil. O 
ponto culminante do esforço de modernização se deu na gestão do prefeito Pereira Passos, 
entre 1902 e 1906. “O Rio civilizava-se” era frase célebre à época e condensava o esforço para 
iluminar as vielas escuras e esburacadas, controlar as epidemias, destruir os cortiços e 
remover as camadas populares do centro da cidade. 
 
OLIVEIRA, L. L. Sinais de modernidade na Era Vargas: vida literária, cinema e rádio. In: 
FERREIRA, J.; DELGADO, L. A. (Org.). O tempo do nacional-estatismo: do início ao apogeu do 
Estado Novo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. 
 
 
 
 
 
O processo de modernização mencionado no texto trazia um paradoxo que se expressava 
no(a) 
a) substituição de vielas por amplas avenidas. 
b) impossibilidade de se combaterem as doenças tropicais. 
c) ideal de civilização acompanhado de marginalização. 
d) sobreposição de padrões arquitetônicos incompatíveis. 
e) projeto de cidade incompatível com a rugosidade do relevo. 
 
45. (Enem PPL 2014) Canto dos lavradores de Goiás 
 
Tem fazenda e fazenda 
Que é grande perfeitamente 
Sobe serra desce serra 
Salta muita água corrente 
Sem lavoura e sem ninguém 
O dono mora ausente. 
Lá só tem caçambeiro 
Tira onda de valente 
Isso é que é grande barreira 
Que está em nossa frente 
Tem muita gente sem terra 
Tem muita terra sem gente. 
 
MARTINS, J. S. Cativeiro da terra. São Paulo: Ciências Humanas, 1979. 
 
No canto registrado pela cultura popular, a característica do mundo rural brasileiro no século 
XX destacada é a 
a) atuação da bancada ruralista. 
b) expansão da fronteira agrícola. 
c) valorização da agricultura familiar. 
d) manutenção da concentração fundiária. 
e) implementação da modernização conservadora. 
 
 
 
Gabarito 
 
Resposta da questão 1: [B] 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
O ciclo da borracha, próspero e fundamental para significativo desenvolvimento da Região 
Norte do país, sofreu vertiginosa queda no início do século XX devido à concorrência 
estrangeira no mercado externo. Especialmente seringais asiáticos passaram a fazer 
concorrência aos seringais brasileiros, ocasionando uma queda no valor da borracha no 
mercado. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Geografia] 
O ciclo da borracha na Amazônia ocorreu entre o final do século 19 e início do século 20. A 
prosperidade levou ao crescimento econômico, atração de imigrantes (principalmente 
nordestinos para o trabalho nos seringais) e expansão urbana de cidades como Belém (PA) e 
Manaus (AM). Tratava-se do extrativismo vegetal do látex de seringueira para a produção de 
borracha natural. Os britânicos levaram a espécie para a o Sudeste Asiático, principalmente a 
Malásia, devido às condições ambientais similares (clima equatorial). A silvicultura 
(florestamento com finalidade comercial em larga escala) possibilitou maior produtividade. A 
maior oferta no mercado internacional levou a queda dos preços e o fim do ciclo da borracha 
consequências econômicas e sociais graves na Amazônia. 
 
Resposta da questão 2: [A] 
O texto explica que os primeiros mapas feitos para descrever o Brasil foram manipulados pelos 
cartógrafos, que mudavam a localização do meridiano que dividia o continente entre Portugal e 
Espanha para que o mesmo coincidisse com acidentes geográficos que interessavam a 
Portugal explorar, como a Bacia Platina. 
 
Resposta da questão 3: [B] 
O texto apresenta uma das características do Ciclo do Ouro no Brasil Colonial: o fluxo 
migratório para a região das minas e o consequente aumento populacional na região sudeste 
da Colônia. 
 
Resposta da questão 4: [B] 
Para garantir a posse dos territórios próximos à Bacia Platina, d. Pedro I decidiu incentivar a 
imigração europeia para povoar a região. Tal estratégia, no entanto, não funcionou, uma vez 
que o Brasil foi derrotado na chamada Guerra Cisplatina e perdeu a Província de mesmo 
nome, hoje o Uruguai. 
 
Resposta da questão 5: [C] 
O Poder Moderador centralizava todos os poderes da Nação nas mãos de d. Pedro I, uma vez 
que dava a ele o direito de interferir no Legislativo e no Judiciário. Sendo assim, era um 
mecanismo de autoritarismo. 
 
Resposta da questão 6: [A] 
Durante do Segundo Reinado, na época da abolição da escravatura, o principal veículo de 
comunicação eram os jornais que circulavam amplamente em várias cidades brasileiras. Tal 
meio de comunicação ajudou a propagar os ideais abolicionistas e republicanos entre a 
população brasileira.Resposta da questão 7: [C] 
Criado no contexto do Estado Novo varguista, o SPHAN tinha por objetivo reafirmar a 
identidade nacional posta em prática pelo regime ditatorial de Vargas. 
 
Resposta da questão 8: [E] 
Vargas criou uma política de governo que ficou conhecida como trabalhismo. Ela visava 
vincular o apoio do trabalhador ao governo através da concessão de uma série de benefícios 
trabalhistas. Tal política funcionou bem durante toda a Era Vargas. 
 
 
Resposta da questão 9: [A] 
Quando o texto afirma que “(...) depois as coisas se organizam, até mesmo a violência é 
estruturada, até mesmo o arbítrio (...)” ele descreve uma prática política da Ditadura Militar 
brasileira: a institucionalização ou legalização da repressão, consolidada pelo Ato Institucional 
nº 5. 
 
Resposta da questão 10: [A] 
A legislação deixa claro aos estrangeiros o que poderia e o que não poderia ser feito por eles 
em termos de legalidade. Por isso, ela tinha função disciplinadora. 
 
Resposta da questão 11: [E] 
 [Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] 
A capoeira, ao ultrapassar barreiras culturais desde o período escravista de nosso país, 
consolidou-se como um importante elemento identitário brasileiro. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
Como o próprio texto ressalta, diversos grupos confraternizavam-se na prática da capoeira 
ligados por um simples fator: a marginalização social, ou seja, todos se sentiam excluídos 
socialmente. 
 
Resposta da questão 12: [C] 
 [Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] 
O relato presente no enunciado da questão faz referência à Consolidação das Leis Trabalhistas 
(CLT), legislação que protege os direitos sociais dos trabalhadores. Considerar Getúlio Vargas 
como grande governante deu-se sobretudo pela forte propaganda estatal que era feita no 
período do seu governo, fazendo com que sua imagem fosse associada à preocupação e 
defesa dos mais pobres. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
O relato descreve muito bem a política de governo de Vargas conhecida como trabalhismo. 
Através dela, Vargas procurava formar um trabalhador produtivo e ordeiro, que apoiava o 
governo, através da concessão de ganhos reais: as leis trabalhistas, estabelecidas pelas CLT, 
em 1942. Getúlio, durante a Era Vargas, ficou conhecido como Pai dos Pobres. 
 
Resposta da questão 13: [C] 
Proibidos pelos seus senhores e pela Igreja Católica de praticar suas religiões nativas, os 
africanos escravos buscaram alternativas para continuar adorando suas divindades. A principal 
dessas alternativas foi apelar para o sincretismo religioso: adotar um nome católico para uma 
divindade africana e adorá-la, enganando os senhores e a Igreja. 
 
Resposta da questão 14: [C] 
O ciclo econômico anterior à chegada da Corte foi a mineração (século XVIII). Ela foi 
responsável por atrair para a Colônia uma série de pessoas em busca de enriquecimento, além 
de fazer aumentar o número de escravos coloniais, comprados para fazer a exploração das 
minas. 
 
Resposta da questão 15: [B] 
Durante o Segundo Reinado foi efetuada uma reforma eleitoral, em 1881. Tal reforma, através 
da chamada Lei Saraiva, eliminou do pleito eleitoral os analfabetos e também os chamados 
eleitores de paróquia, que constituíam, juntos, cerca de 
70%
 da população votante. 
 
Resposta da questão 16: [D] 
Os políticos paulistas, no Segundo Reinado, usavam do passado bandeirante paulista como 
justificativa para a predominância paulista no cenário político brasileiro. Tal predominância era 
amparada, ainda, pelo destaque paulista na produção cafeeira. 
 
 
 
Resposta da questão 17: [A] 
A queda da Monarquia deveu-se a um conjunto de fatores que culminaram em um golpe militar 
que depôs d. Pedro II. Mas tal articulação não contou com a efetiva participação da população 
brasileira, o que fica evidenciado na falta de noção do que estava acontecendo do personagem 
da crônica. 
 
Resposta da questão 18: [D] 
A charge mostra a postura da imprensa brasileira durante o Segundo Reinado: criticar a família 
imperial e o regime monárquico. D. Pedro II era criticado por seu imobilismo. E o conde D’Eu 
era criticado por ser francês e autoritário. 
 
Resposta da questão 19: [C] 
Ao associar a imagem do coronel (representando o Estado brasileiro) à árvore embaúba (inútil 
por ser podre por dentro) os escravos mostravam, através do jongo, uma forma de resistência 
cultural e racial ao regime escravista brasileiro. 
 
Resposta da questão 20: [E] 
Ao apresentar a coroação com símbolos como o indígena (coroando Pedro), as cores verde e 
amarelo (lembrando a natureza brasileira), estrelas (representando o Cruzeiro do Sul) e penas 
de tucano, ramos de café, coqueiros e palmeiras (lembrando a fauna e a flora brasileira), o 
autor da xilogravura buscou trazer à tona um sentimento de exaltação das “coisas do Brasil” e, 
ao mesmo tempo, afastar a herança portuguesa de d. Pedro II. 
 
Resposta da questão 21: [A] 
A exaltação da Independência está atrelada à formação de um ideal de nacionalidade e 
patriotismo que precisou ser construído ao longo de todo o período imperial brasileiro, uma vez 
que nossa Independência não foi fruto de uma mobilização conjunta da população brasileira. 
 
Resposta da questão 22: [B] 
O DIP, instalado durante o Estado Novo, buscava exaltar a nacionalidade e os valores 
brasileiros através das manifestações artísticas, exaltando, assim, a Nação. Nesse sentido, o 
samba de Ary Barroso cumpre bem seu papel, exaltando as belezas brasileiras. 
 
Resposta da questão 23: [A] 
O texto deixa clara a estratégia adotada por Antônio Manuel: usar o clima de repressão para, 
de forma irônica, tratar de assuntos de interesse público vetados pelos órgãos de censura. 
 
Resposta da questão 24: [E] 
As referidas greves, ocorridas no ABC paulista em 1979, coincidiram com a chegada de João 
Figueiredo ao poder e, portanto, coincidiram também com a abertura do processo de 
redemocratização no Brasil. 
 
Resposta da questão 25: [A] 
A arte apresentada se opunha ao regime patrimonial vigente nas décadas de 1960 e 1970 
porque, durante esse período, vigorava no Brasil a Ditadura Militar que, no seu AI-5, proibia 
manifestações contrárias ao Regime. 
 
Resposta da questão 26: [A] 
A charge faz referência ao período de transição do Regime Militar para a democracia, iniciado 
em 1979 e concluído em 1985, ano em que foram realizadas eleições indiretas para a 
presidência da República, apesar da mobilização popular defendendo a realização de eleições 
diretas. Tal mobilização ficou conhecida como Campanha pelas Diretas Já! 
 
Resposta da questão 27: [E] 
A tela materializa o pensamento dos defensores da teoria do embranquecimento da população 
brasileira: através do relacionamento com brancos, uma família consegue “evoluir” de negra 
para mestiça e, daí, para branca. Tal teoria amparava-se no racismo predominante na 
 
sociedade brasileira e afirmava ser uma “evolução” o embranquecimento das gerações futuras 
brasileiras. 
 
Resposta da questão 28: [D] 
O período retratado no texto coincide com o movimento da Semana de Arte Moderna (1922) 
que trouxe consigo o conceito de antropofagia artística e cultural. Tal conceito defendia a 
formação de uma arte brasileira a partir de conceitos internacionais, sempre buscando valorizar 
as características nacionais. 
 
Resposta da questão 29: [E] 
Na formação dos Voluntários da Pátria para compor o exército brasileiro, na Guerra do 
Paraguai, muitos senhores acabaram convencendo seus escravos a se alistarem em seus 
lugares em troca da alforria. O Exército brasileiro que lutou tal Guerra teve maciça presença de 
negros, o que chegou a ser objeto de piada no Paraguai. 
 
Resposta da questão 30: [B] 
A Lei Eusébio de Queiróz proibia o tráfico intercontinentalde escravos e classificava os navios 
que o fizessem como piratas. 
 
Resposta da questão 31: [E] 
A manutenção da unidade político-territorial no pós-Independência foi garantida pelo fato de d. 
Pedro, então Príncipe Regente, ter comandado o processo independentista e ter adotado a 
monarquia como forma de governo, dando início ao Primeiro Reinado. Não só as ordens 
política e territorial foram mantidas. As ordens econômicas e sociais também permaneceram as 
mesmas. 
 
Resposta da questão 32: [B] 
Vargas pretendia, dentro do regime do Estado Novo, controlar a circulação de informações a 
seu favor, aos moldes do que os governos nazifascistas faziam na Europa. 
 
Resposta da questão 33: [A] 
O governo Collor foi marcado pela denúncia do esquema de corrupção conhecido como 
Collorgate que, como ficou comprovado, envolvia o presidente, sua esposa e seu amigo 
pessoal, PC Farias. 
 
Resposta da questão 34: [E] 
A charge deixa claro que, por um longo período de tempo (1964-1989), a população brasileira 
ficou sem o direito de votar diretamente para os cargos Executivos Federais. 
 
Resposta da questão 35: [B] 
A exigência da alfabetização para ser eleitor acabou por restringir a participação popular no 
direito ao voto. 
 
Resposta da questão 36: [A] 
Durante o chamado período da União Ibérica, quando Portugal e Espanha passaram a ser 
governados pelo mesmo Monarca, os Países Baixos (Holanda), então uma possessão 
espanhola, decretaram sua Independência. O Rei espanhol, Filipe II, em retaliação, proibiu 
todas as possessões espanholas – incluindo o Brasil – de fazer comércio com sua antiga 
possessão. Os holandeses, reagindo a isso, decidiram invadir o Nordeste brasileiro para não 
perder os lucros advindos da venda do açúcar brasileiro na Europa, pois esse comércio já era 
feito por intermédio dos Países Baixos. 
 
Resposta da questão 37: [C] 
O litoral colonial sempre foi mais populoso e desenvolvido que o interior, seja por uma questão 
de solo e clima para a prática agrícola, seja pela necessidade de escoar a produção e/ou 
extração colonial para a Europa pelos portos. 
 
 
 
Resposta da questão 38: [E] 
Na relação entre colonizadores – em especial os com função catequizadora – e os indígenas 
brasileiros a questão linguística constituiu significativa barreira. Para ultrapassá-la e conseguir 
concretizar o objetivo da catequização, os padres jesuítas promoveram diversas adaptações na 
linguagem indígena, buscando torná-la mais fácil gramaticalmente. 
 
Resposta da questão 39: [A] 
Os textos versam sobre a unidade territorial brasileira, buscando entendê-la – ou não – como 
legado da vinda da Família Real para o Brasil. O primeiro fragmento afirma ser um legado e o 
segundo fragmento refuta essa ideia. 
 
Resposta da questão 40: [D] 
Apesar de compartilharem uma série de características e princípios – a ponto de a frase nada 
mais conservador que um liberal no poder se tornar famosa durante o Segundo Reinado – os 
partidos Conservador e Liberal apresentavam alguns pontos divergentes de opinião. O mais 
significativo deles dizia a respeito da centralização do poder provincial. Os conservadores eram 
a favor na unidade de poder centralizado junto ao governo federal e o liberal era a favor do 
federalismo, ou seja, da autonomia do poder provincial. 
 
Resposta da questão 41: [C] 
Fica explícito através do texto que os ex-escravos, após a abolição, iniciaram uma busca pelo 
reconhecimento de sua cidadania, recusando-se a aceitar antigas práticas escravocratas, como 
a ração e o trabalho não remunerado. 
 
Resposta da questão 42: [D] 
O texto deixa claro que uma das formas de resistência escravista era o aproveitamento, por 
parte dos escravos, dos conflitos políticos entre a elite brasileira, com vista a buscar a 
liberdade. 
 
Resposta da questão 43: [C] 
Durante a Era Vargas, em específico no período do Estado Novo, foi aprovada a CLT, que 
trazia uma série de benefícios aos trabalhadores e, como aprovada durante uma ditadura, 
contava com mecanismos de controle sobre as ações sindicais. 
 
Resposta da questão 44: [C] 
O ideal modernizador aplicado pelo prefeito Pereira Passos na cidade do Rio, então capital da 
República, contava com mecanismos como a política do bota-abaixo, que esvaziava os cortiços 
para demolição, marginalizando boa parte da população de baixa renda da cidade. 
 
Resposta da questão 45: [D] 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de História] 
A concentração fundiária, ou seja, a concentração de muitas terras nas mãos de poucos 
proprietários, sempre foi uma característica presente na História do Brasil. No século XX, ela 
também se fez presente, como mostra a letra da canção: “tem muita gente sem terra”. 
 
[Resposta do ponto de vista da disciplina de Sociologia] 
O século XX foi aquele em que a economia mais se desenvolveu no país. Ao mesmo tempo, 
isso foi acompanhado pelo aumento da concentração fundiária, seja para produzir produtos 
para exportação, ou por própria impossibilidade dos pequenos produtores sobreviverem.

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