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DENGUE, ZIKA, CHIKUNGUNYA, MICROCEFALIA E GUILLAIN-BARRE

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Infectologia – aula 4 – Márcia Farenzena
DENGUE, CIKUNGUNYA, ZIKA, MICROCEFALIA E GUILLAIN-BARRÉ
O Aedes aegypti é o nome científico de um mosquito ou pernilongo que transmite a dengue, febre amarela urbana, além da zika e cikungunya, doenças chamadas de arboviroses. Possui uma característica que o diferencia dos demais mosquitos, que é a presença de listras brancas no tronco, cabeça e pernas.
Os maiores casos e epidemias das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti ocorrem no período das chuvas, de outubro a março, em razão das condições ambientais estarem mais propícias ao desenvolvimento dos ovos. Os ovos são resistentes a dessecação e podem sobreviver no meio ambiente 450 dias, bastando pouca quantidade de agua como uma pequena poça para que haja a eclosão das larvas.
A susceptibilidade aos arbovirus é universal. No entanto, fatores de risco individuais, tais como idade, etnia, presença de outra doenças na pessoa e infecção secundária podem determinar a gravidade da doença. Crianças mais novas, particularmente, podem ser menos capazes que adultos de combater os vírus e, consequentemente, têm maior risco e choque por dengue, principalmente. Grupos de pessoas que possuem piores condições socioeconômicas e que vivem em lugares com pior qualidade ambiental também podem ser mais susceptíveis devido a quantidade maior de criadouros para o desenvolvimento das larvas do mosquito, que acontece basicamente em locais onde se acumula água parada.
A distribuição do mosquito Aedes Aegypti é em toda faixa tropical do globo terrestre. Cidades bastante urbanizadas. Locais onde haja o crescimento urbano desordenado com maior número de imóveis ocupados por borracharias, depósitos de materiais de reciclagem, oficinas mecânicas, que possuem menor renda per-capita, que vivem em bairros com maior proporção de ruas sem pavimentação.
DENGUE
O vírus da dengue é um arbovírus. Arbovírus são vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente os mosquitos. Existem quatro tipos de vírus de dengue (sorotipos 1, 2, 3 e 4). Cada pessoa pode ter os 4 sorotipos da doença, mas a infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele.
O transmissor (vetor) da dengue é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para se proliferar. 
Os principais sintomas da dengue são:
Febre alta > 38.5ºC.
Dores musculares intensas.
Dor ao movimentar os olhos.
Mal estar.
Falta de apetite.
Dor de cabeça.
Manchas vermelhas no corpo.
No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele.
Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
São sinais de alarme da dengue os seguintes sintomas:
Dor abdominal intensa e contínua, ou dor à palpação do abdome.
Vômitos persistentes.
Acumulação de líquidos (ascites, derrame pleural, derrame pericárdico).
Sangramento de mucosa ou outra hemorragia.
Aumento progressivo do hematócrito.
Queda abrupta das plaquetas. 
A dengue, na maioria dos casos, tem cura espontânea depois de 10 dias. A principal complicação é o choque hemorrágico, que é quando se perde cerca de 1 litro de sangue, o que faz com que o coração perca capacidade de bombear o sangue necessário para todo o corpo, levando a problemas graves em vários órgãos e colocando a vida da pessoa em risco.
A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Após picar uma pessoa infectada com um dos quatro sorotipos do vírus, a fêmea pode transmitir o vírus para outras pessoas. Há registro de transmissão por transfusão sanguínea.
Não há transmissão da mulher grávida para o feto, mas a infecção por dengue pode levar a mãe a abortar ou ter um parto prematuro, além da gestante estar mais exposta para desenvolver o quadro grave da doença, que pode levar à morte. 
O diagnóstico da dengue é clínico e feito por um médico. É confirmado com exames laboratoriais de sorologia, de biologia molecular e de isolamento viral, ou confirmado com teste rápido (usado para triagem). A sorologia é feita pela técnica MAC ELISA, por PCR, isolamento viral e teste rápido. 
A assistência em saúde é feita para aliviar os sintomas. Estão entre as formas de tratamento:
fazer repouso;
ingerir bastante líquido (água);
não tomar medicamentos por conta própria;
a hidratação pode ser por via oral (ingestação de líquidos pela boca) ou por via intravenosa (com uso de soro, por exemplo);
o tratamento é feito de forma sintomática, sempre de acordo com avaliação do profissional de saúde, conforme cada caso.
ZIKA VÍRUS
O vírus Zika é um arbovírus. Arbovírus são os vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente mosquitos. A doença pelo vírus Zika apresenta risco superior a outras arboviroses, como dengue, febre amarela e chikungunya, para o desenvolvimento de complicações neurológicas, como encefalites, Síndrome de Guillain Barré e outras doenças neurológicas. Uma das principais complicações é a microcefalia. A doença inicia com manchas vermelhas em todo o corpo, olho vermelho, pode causar febre baixa, dores pelo corpo e nas juntas, também de pequena intensidade
O transmissor (vetor) do Zika vírus é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para proliferar, portanto, o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, épocas quentes e úmidas. 
A infecção por Zika Vírus na maioria dos casos é uma doença branda e tem cura espontânea depois de 10 dias. As principais complicações são neurológicas e devem ser tratadas caso a caso, conforme orientação médica.
Existem três formas principais de transmissão do Zika Vírus:
Transmissão pela picada do mosquito Aedes Aegypti.
Transmissão sexual.
Transmissão de mãe para o feto durante a gravidez 
No caso do feto ser infectado durante a gestação, este pode desenvolver lesões cerebrais irreversíveis e ter comprometida, definitivamente, toda a sua estrutura em formação. As doenças neurológicas, especialmente nas crianças com a doença congênita (infectados no útero materno), têm sequelas de intensidade variável, conforme cada caso.
O comprometimento nesses casos é tão importante que algumas crianças, ao nascerem, têm microcefalia, uma deformação dos ossos do cabeça, sinal do não crescimento adequado do encéfalo (cérebro). 
Os sintomas mais comuns associados ao vírus Zika são:
“Vermelhão” em todo o corpo com muita “coceira” depois de alguns dias.
Febre baixa, muitas vezes não sentida.
Conjuntivite (olho vermelho) sem secreção.
Mialgia e dor de cabeça.
Dor nas juntas.
Todos os sintomas são de intensidade de leve a moderada.
O tratamento do Zika Vírus é feito de acordo com os sintomas, com o uso de analgésicos, antitermicos e outros medicamentos disponíveis em qualquer unidade pública de saúde para controlar a febre e a dor. No caso de sequelas mais graves, como doenças neurológicas, deve haver acompanhamento médico para avaliar o melhor tratamento a ser aplicado.
O diagnóstico do Zika Vírus é clínico e feito por um médico. O resultado é confirmado por meio de exames laboratoriais de sorologia e de biologia molecular ou com o teste rápido, usado para triagem. A sorologia é feita pela técnica MAC ELISA, por PCR e teste rápido. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Os recém-nascidos com suspeita de comprometimento neurológico necessitam de exames de imagem, como ultrassom, tomografias ou ressonância magnética. Em caso de confirmação do Zika Vírus a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.
O aumentode casos de microcefalia em bebês, relacionada ao vírus Zika, está preocupando as gestantes. O risco maior foi identificado nos primeiros três meses de gravidez, mas as investigações sobre o tema continuam para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior vulnerabilidade para a gestante. Os casos de microcefalia reforçam ainda mais a importância dos cuidados para eliminação do mosquito Aedes Aegypti. 
CHIKUNGUNYA
A Febre pelo vírus Chikungunya é um arbovírus. Arbovírus são aqueles vírus transmitidos por picadas de insetos, especialmente mosquitos, mas tambem pode ser um carrapatos ou outros. O transmissor (vetor) do chikungunya é o mosquito Aedes aegypti, que precisa de água parada para proliferar, portanto, o período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região. No entanto, é importante manter a consciência e hábitos sadios de higiene para evitar possíveis focos/criadouros do mosquito Aedes Aegypti, que pode ter ovos resistindo por um ano até encontrar as condições favoráveis de proliferação (tempo quente e úmido). 
A infecção por Chikungunya começa com febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas (joelhos, cotovelos, tornozelos, etc), em geral, dos dois lados, podendo também apresentar, em alguns casos, manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo. O quadro agudo dura até 15 dias e cura espontaneamente.
Algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas juntas que duram meses ou anos.
Os principais sintomas da chikungunya são:
Febre.
Dores intensas nas juntas, em geral bilaterais (joelho esquerdo e direito, pulso direito e esquerdo, etc).
Pele e olhos avermelhados.
Dores pelo corpo.
Dor de cabeça.
Náuseas e vômitos.
Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas. Normalmente, os sintomas aparecem de dois a 12 dias da picada do mosquito, período conhecido como incubação.
Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida.
Transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti. Por ter uma transmissão bastante rápida, é necessário ficar atento a possíveis criadoros do mosquiso e, assim, eliminar estes locais para evitar a propagação da doença. A Febre Chikungunya pode causar sequelas como dores crônicas nas juntas por longo período de tempo. 
A transmissão da mulher grávida para o feto só acontece quando a mãe fica doente nos últimos 7 dias (última semana) de gravidez. Neste caso, a criança mesmo que nasça saudável, deve permanecer internada por uma semana para observação e tratamento imediato se desenvolver a doença que, nestes casos, apresenta quadros graves com manifestações neurológicas e na pele.
Também existe transmissão por transfusão sanguínea.
O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas, com o uso de analgésicos, antitermicos e antinflamatórios para aliviar febre e dores. Em casos de sequelas mais graves, e sob avaliação medica conforme cada caso, pode ser recomendada a fisioterapia.
As seguintes medidas são importantes para evitar agravamento da chikungunya:
Não utilizar AINH (Anti-inflamatório não hormonal) na fase aguada, pelo risco de complicações associados as formas graves de chikungunya (hemorragia e insuficiência renal).
Não utilizar corticoide na fase de aguda da viremia, devido ao risco de complicações.
Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.
O diagnóstico da chikungunya é clínico e feito por um médico. É confirmado com exames laboratoriais de sorologia e de biologia molecular ou com teste rápido (usado para triagem). 
A sorologia é feita pela técnica MAC ELISA, por PCR e teste rápido. 
SÍNDROME DE GUILLAIN-BARRÉ (Complicação do Zika)
A Síndrome de Guillain-Barré é uma doença autoimune inflamatória dos nervos e de suas porções próximas a suas origens junto a medula espinhal, caracterizada por quadro de fraqueza progressiva, podendo levar a insuficiência respiratória e batimentos cardíacos irregulares.
A Síndrome de Guillain Barré é uma das doenças causadas pelo Zika vírus, mas esta não é sua única causa. Ela pode ser caracterizada como problema neurológico que envolve os nervos periféricos das pernas e dos braços, normalmente após 7 a 10 dias de uma infecção viral das vias respiratórias ou do intestino.
Tipos
Antigamente, acreditava-se que a Síndrome de Guillain-Barré era uma doença de um tipo só. Agora sabe-se que ela pode ocorrer de diversas formas, como:
Polirradiculoneuropatia Desmielinizante Inflamatória Aguda (AIDP)
É o tipo mais comum nos Estados Unidos. O sinal mais comum dessa forma da doença é a fraqueza muscular que começa na parte inferior do seu corpo e se espalha para cima.
Síndrome de Miller Fisher (MFS)
Aqui, a paralisia começa nos olhos. A MFS também está associada ao caminhar instável e ocorre em cerca de 5% dos pacientes com a Síndrome de Guillain-Barré. É mais comum na Ásia do que em qualquer outro lugar no mundo.
Neuropatia Motora Axonal Aguda
É um dos tipos menos comuns, afetando mais jovens e adultos, ela é mais frequentes na China, no Japão e também no México. Esse tipo de neuropatia é caracterizada por atacar os nódulos de ranvier dos nervos motores.
Neuropatia Motora-sensorial Axonal Aguda
É um dos tipos menos comuns, afeta principalmente adultos, ela é mais frequentes na China, no Japão e também no México. É semelhante à neuropatia motora axonal aguda, atingindo os nervos sensoriais e as raízes dos nervos. Neste caso, a recuperação é mais lenta.
Na síndrome de Guillain-Barré, o sistema imunológico de uma pessoa, que é responsável pela defesa do corpo contra organismos invasores, começa a atacar os próprios nervos, danificando-os gravemente. As causas deste ataque do organismo a estruturas do seu próprio corpo ainda não são bem estabelecidas, mas envolvem desde mimetismo molecular passando por uma disfunção do próprio sistema imunológico.
O dano nervoso provocado pela doença leva a formigamento, fraqueza muscular e até mesmo paralisia. A síndrome de Guillain-Barré costuma afetar mais frequentemente o revestimento do nervo (chamado de bainha de mielina). Essa lesão é chamada de desmielinização e faz com que os sinais nervosos se propaguem mais lentamente. O dano a outras partes do nervo pode fazer com que este deixe de funcionar completamente. Embora uma parte considerável dos pacientes recupere as funções motoras e sensitivas, outra parte fica com sequelas definitivas que levam principalmente a dores, dificuldade para caminhar e formigamentos.
Outros vírus e bactérias associados ao Guillain-Barré são o Campylobacter jejuni, Citomegalovírus, vírus Epstein-Barr, vírus Varicella-zoster. O mecanismo autoimune que leva esta doença a destruir os nervos periféricos após uma infecção é conhecido de "mimetismo molecular", ou seja, existem pequenas partículas protéicas nestes vírus e/ou bactérias que são semelhantes a proteínas do nosso organismo e, ao produzir anticorpos, nosso corpo acaba destruindo tanto os vírus/bactérias, como os nervos periféricos das pernas e braços.
Fatores de risco
A síndrome de Guillain-Barré pode afetar todos os grupos etários. Pessoas inseridas dentro de determinados grupos podem estar sob maior risco do que outras, especialmente pessoas do sexo masculino e adultos mais velhos. Além disso, a síndrome pode ser desencadeada por:
Mais comumente, por uma infecção com a Campylobacter, um tipo de bactéria frequentemente encontrada em aves mal cozidas que leva a quadros intestinais com dores e diarréia
Vírus Influenza
Vírus de Epstein-Barr
HIV, o vírus da Aids
Pneumonia
Cirurgia
Linfoma de Hodgkin
Raramente, vacinas da gripe ou a vacinação infantil.
Os sintomas típicos da Síndrome de Guillain-Barré incluem:
Perda de reflexos em braços e pernas
Hipotensão ou baixo controle da pressão arterial
Em casos brandos, pode haver fraqueza em vez de paralisia
Pode começar nos braços e nas pernas ao mesmo tempo
Pode piorar em 24 a 72 horas
Pode ocorrer somentenos nervos da cabeça
Pode começar nos braços e descer para as pernas
Pode começar nos pés e nas pernas e subir para os braços e a cabeça
Dormência
Alterações da sensibilidade
Sensibilidade ou dor muscular (pode ser cãibra)
Movimentos descoordenados
Outros sintomas podem ser:
Visão turva
Descoordenação e quedas
Dificuldade para mover os músculos do rosto
Contrações musculares
Palpitações (sentir os batimentos cardíacos)
Dificuldade para fechar o olho.
Os sintomas da Síndrome de Guillain-Barré podem piorar rapidamente. Os sintomas mais graves podem demorar apenas algumas horas para aparecer, mas a fraqueza que aumenta ao longo de vários dias é normal.
A fraqueza muscular ou a paralisia afeta os dois lados do corpo. Na maioria dos casos, a fraqueza começa nas pernas e depois se propaga para os braços. Isso é chamado de paralisia ascendente.
A Síndrome de Guillain-Barré pode ser difícil de diagnosticar em seus estágios iniciais. Os sinais e sintomas são semelhantes aos de outras desordens neurológicas e eles podem variar de pessoa para pessoa.
Os seguintes exames podem ser solicitados para diagnosticar a doença:
Amostra do líquido cefalorraquidiano (punção lombar), provavelmente o exame principal
Eletrocardiograma (ECG)
Eletromiografia (EMG), que testa a atividade elétrica nos músculos
Exame de velocidade de condução nervosa
Exames de função pulmonar
Em alguns casos exames de imagem do crânio e coluna/medula serão necessários para excluir outras causas.
Não existe cura para a síndrome de Guillain-Barré. Entretanto, há muitos tratamentos disponíveis para ajudar a reduzir os sintomas, tratar as possíveis complicações e acelerar a recuperação do paciente.
Quando os sintomas são graves, a hospitalização será recomendada para dar continuidade a um tipo de tratamento mais específico, que pode incluir aparelhos de respiração artificial.
Nos estágios iniciais da doença, tratamentos que removam ou bloqueiem a ação dos anticorpos que estão atacando as células nervosas podem reduzir a gravidade e a duração dos sintomas da Síndrome de Guillain-Barré.
Um desses métodos é bloquear os anticorpos produzidos pelo próprio paciente usando altas doses de imunoglobulina. Nesse caso, as imunoglobulinas são adicionadas ao sangue em grandes quantidades, bloqueando os anticorpos que causam a inflamação.
Outro método igualmente eficaz é chamado de plasmaferese e é usado para remover os anticorpos do sangue. O processo envolve extrair sangue do corpo, geralmente do braço, bombeá-lo a uma máquina que remove anticorpos e depois enviá-lo novamente ao corpo.
MICROCEFALIA (Complicação do Zika)
Microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça e o cérebro do bebê são significativamente menores do que os de outras da mesma idade e sexo. A microcefalia normalmente é diagnosticada no início da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.
Crianças com microcefalia têm problemas de desenvolvimento. Não há uma cura definitiva para a microcefalia, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida. A microcefalia pode ser causada por uma série de problemas genéticos ou ambientais.
Microcefalia é o resultado do crescimento abaixo do normal do cérebro da criança ainda no útero ou na infância. A microcefalia pode ser genética. Algumas outras causas da microcefalia são:
Malformações do sistema nervoso central
Diminuição do oxigênio para o cérebro fetal: algumas complicações na gravidez ou parto podem diminuir a oxigenação para o cérebro do bebê
Exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos na gravidez
Desnutrição grave na gestação
Fenilcetonúria materna
Rubéola congênita na gravidez
Toxoplasmose congênita na gravidez
Infecção congênita por citomegalovírus.
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o Zika vírus e o surto de casos de microcefalia no nordeste do país em 2015. A febre zika, ou simplesmente zika vírus, é uma infecção causada pelo vírus ZIKV, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo transmissor da dengue e da febre chikungunya.
A microcefalia é diagnosticada por meio do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança. O médico irá colocar uma fita métrica em torno da cabeça e medir seu tamanho. Esta medida e também o tamanho da criança serão feitas durante os primeiros anos de vida e comparadas com uma tabela padronizada a fim de determinar se a criança tem microcefalia.
O médico também pode solicitar exames como: tomografia computadorizada da cabeça, ressonância magnética e exames de sangue para ajudar a determinar a causa da microcefalia.
Não há tratamento medicamentoso para a microcefalia que possa ser capaz de fazer a cabeça da criança voltar ao normal. É orientado realizar terapias para melhorar as habilidades da criança, como a fala. Portanto, o médico poderá recomendar a fisioterapia, terapia ocupacional e outras formas de tratamentos orientadas.

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