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Mediação -Conceitos preliminares e princípios

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Resolução Alternativa de 
Disputas (RAD)
Professor 
Irineu Carvalho de Oliveira Soares
Doutorando e Mestre em Sociologia e Direito 
pela UFF
E-mail: irineu.juris@gmail.com
UNIDADE 5
Mediação de Conflitos
Conceitos preliminares e 
Princípios
OBJETIVOS:
- Conceituar mediação. 
- Verificar os seus princípios.
- Analisar exemplos práticos da sua observância e violação. 
Conceito de Mediação 
Art. 1º, único, Lei 13.140 de 2015.
Considera-se mediação a atividade técnica 
exercida por TERCEIRO IMPARCIAL SEM 
PODER DECISÓRIO, que, escolhido ou 
aceito pelas partes, as auxilia e estimula a 
identificar ou desenvolver soluções 
consensuais para a controvérsia.
LEGAL
Algumas concepções doutrinárias 
“A mediação consiste no meio consensual 
de abordagem de controvérsias em que 
um terceiro imparcial atua para 
FACILITAR A COMUNICAÇÃO ENTRE OS 
ENVOLVIDOS para propiciar que eles 
possam, a partir da percepção ampliada 
dos meandros da situação controvertida, 
protagonizar saídas produtivas para os 
impasses que os envolvem.” 
Fernanda 
Tartuce
“[...] um método fundamentado, teórica e 
tecnicamente, por meio do qual uma terceira pessoa, 
neutra e especialmente treinada, ensina os 
mediandos a despertarem seus recursos pessoais 
para que CONSIGAM TRANSFORMAR O CONFLITO 
EM OPORTUNIDADE DE CONSTRUÇÃO DE OUTRAS 
ALTERNATIVAS, para o enfrentamento ou a 
prevenção de conflitos.” 
Águida Arruda 
Barbosa
“Consiste em um meio CONSENSUAL, 
VOLUNTÁRIO E INFORMAL de prevenção, 
condução e pacificação de conflitos conduzido por 
um mediador.”
Fernanda Levy 
“É uma técnica não adversarial de resolução de 
conflitos pela qual [...] um especialista [...] realiza 
reuniões conjuntas e/ou separadas, com o intuito de 
estimulá-las a OBTER UMA SOLUÇÃO CONSENSUAL 
E SATISFATÓRIA, SALVAGUARDANDO O BOM 
RELACIONAMENTO entre elas.” 
Adolfo Braga 
Neto 
Princípios da Mediação 
(Art.166, CPC 2015)
Art. 166, CPC 2015. A conciliação e a
mediação são informadas pelos
princípios da independência, da
imparcialidade, da autonomia da
vontade, da confidencialidade, da
oralidade, da informalidade e da
decisão informada.
Princípios da Mediação
(Art. 2º, da Lei 13.140) 
Art. 2o, Lei 13.140. A mediação será
orientada pelos seguintes princípios:
I - imparcialidade do mediador;
II - isonomia entre as partes;
III - oralidade;
IV - informalidade;
V - autonomia da vontade das partes;
VI - busca do consenso;
VII - confidencialidade;
VIII - boa-fé.
Voluntariedade
Reconhece o direito das partes participarem 
livremente do procedimento e de um possível 
acordo alcançado no mesmo.
Art. 2º, §2º, da Lei 13.140. Ninguém será obrigado 
a permanecer em procedimento de mediação.
Não está previsto no CPC de 2015.
Exemplo:
Pessoa que foi entregar o convite para a 
mediação acompanhada de um miliciano. 
Autonomia da vontade ou
Autodeterminação ou
Autoridade dos mediados
Garante as partes o poder de determinar o 
resultado do procedimento de mediação e das 
questões intercorrentes.
Art. 166, §4º, CPC de 2015.
Art. 2º, V, da Lei 13.140 de 2015.
Exemplo: 
Expulsão da quitinete por falta de 
pagamento do aluguel. 
Rio das Pedras - RJ
Informalidade
Não há nenhuma forma exigível para o 
procedimento e este deve se amoldar ao 
contexto social onde é desenvolvido. 
Art. 166, caput, CPC de 2015. 
Art. 2º, IV, Lei 13.140. 
Exemplo:
O caso do pai de santo. 
Devo convidar 
um terceiro não 
interessado para 
a mediação?
AUTODETERMI-
NAÇÃO?
INFORMALIDADE?
Ponderação entre os princípios da mediação: 
Consentimento informado ou
decisão informada
Afirma o direito das partes obterem informações 
sobre o processo de mediação e, quando necessário, 
acerca de seus direitos legais, opções e recursos 
relevantes, antes ou durante o procedimento.
Art. 166, caput, CPC de 2015. 
Não está previsto na Lei 13.140 de 2015.
Confidencialidade ou Sigilo
Consiste no dever das partes e, especialmente do 
mediador e sua equipe, de não transmitir as 
informações ventiladas durante o procedimento 
fora dele e resguardar a identidade das partes.
Art. 166, §1º e 2º, CPC de 2015. 
Art. 2º, VII, Lei 13.140. 
Exceção: Utilização dos dados para pesquisa
científica, desde que autorizado pelas partes.
Imparcialidade
Imparcialidade 
Art. 166, caput, CPC de 2015. 
Art. 2º, I, Lei 13.140. 
Durante o procedimento o mediador não pode tomar 
partido de nenhuma das partes, ou seja, ele não 
pode, a partir de um juízo de valor sobre o caso 
apresentado, conduzir o diálogo ou tomar qualquer 
atitude que de alguma maneira prejudique uma 
parte em benefício da outra.
Exemplo:
Co-mediadora que tomou partido e levou 
um chute na canela.
Oralidade
Art. 166, caput, CPC de 2015. 
Art. 2º, III, Lei 13.140. 
Determina que nas sessões de mediação os atos 
sejam realizados preferencialmente de forma oral.
Este princípio não veda a utilização de outros meios 
na mediação, como a forma escrita e a Libras. 
Independência 
Não está previsto na Lei 13.140 de 2015.
Art. 166, caput, CPC de 2015. 
Tem o propósito de garantir a imparcialidade 
daquele que conduz a sessão de mediação, isto é, 
impedir a pressão externa em sua atividade. 
Trata-se da independência em relação ao magistrado, 
mas também pode ser aplicada nas instituições privadas.
Exemplo: 
Tentativa de influência da Associação de 
Moradores. 
Isonomia entre as partes
Não está previsto no CPC de 2015.
Art. 2º, II, Lei 13.140. 
As partes devem ser tratadas de maneira igualitária. 
Sempre que possível e sem macular a 
imparcialidade o mediador deve tentar minimizar o 
desequilíbrio entre as partes.
Exemplo: 
Mediação com uma parte muito mais 
esclarecida que a outra.
Busca pelo consenso
É um procedimento colaborativo que busca a 
satisfação de todas as partes envolvidas. A solução 
não é imposta, é criada conjuntamente pelas partes. 
Boa-fé
Não estão previstos no CPC de 2015.
Art. 2º, VI, Lei 13.140. 
Art. 2º, VIII, Lei 13.140. 
As partes e o mediador devem guardar a probidade 
e a ética durante o procedimento.
Diferença entre mediador e conciliador
Art. 165, §2º, CPC de 2015. 
§ 2o O conciliador, que atuará preferencialmente
nos casos em que não houver vínculo anterior
entre as partes, PODERÁ SUGERIR SOLUÇÕES
PARA O LITÍGIO, sendo vedada a utilização de
qualquer tipo de constrangimento ou intimidação
para que as partes conciliem.
Conciliador 
Mediador
§ 3o O mediador, que atuará preferencialmente nos
casos em que houver vínculo anterior entre as
partes, AUXILIARÁ AOS INTERESSADOS A
COMPREENDER AS QUESTÕES E OS
INTERESSES EM CONFLITO, de modo que eles
possam, pelo restabelecimento da comunicação,
identificar, por si próprios, soluções consensuais
que gerem benefícios mútuos.
Art. 165, §3º, CPC de 2015. 
Escolha do mediador
Art. 4o O mediador será designado pelo tribunal ou
escolhido pelas partes.
Art. 4º, Lei 13.140. 
Mediador judicial 
Designado pelo Tribunal
Escolhido pelas partes
Remuneração do mediador
Art. 13, Lei 13.140. A remuneração devida aos
mediadores judiciais será fixada pelos
tribunais e custeada pelas partes, observado
o disposto no § 2o do art. 4o desta Lei.
Com base no valor da causa?
Art. 4º, § 2º, Lei 13.140. Aos necessitados será
assegurada a gratuidade da mediação.
NÃO!
Remuneração dos mediadores judiciais
Art. 169, NCPC. Ressalvada a hipótese do art. 167, §
6o, o conciliador e o mediador receberão pelo seu
trabalho remuneração prevista em tabela fixada
pelo tribunal, conforme parâmetros estabelecidos
pelo Conselho Nacionalde Justiça.
Art. 167, §6º, NCPC. O tribunal poderá optar pela
criação de quadro próprio de conciliadores e
mediadores, a ser preenchido por CONCURSO
PÚBLICO de provas e títulos, observadas as
disposições deste Capítulo.
Art. 169, § 1º, NCPC. A mediação e a conciliação
podem ser realizadas COMO TRABALHO
VOLUNTÁRIO, observada a legislação pertinente e a
regulamentação do tribunal.
Art. 169, § 2o, NCPC. Os tribunais determinarão o
percentual de audiências não remuneradas que
deverão ser suportadas pelas câmaras privadas de
conciliação e mediação, com o fim de atender aos
processos em que deferida gratuidade da justiça,
como contrapartida de seu credenciamento.
Gratuidade da mediação
Referências Bibliográficas 
ALMEIDA, Diogo A. R. de, PANTOJA, Fernanda Medina, 
PELAJO, Samantha. A Mediação no Novo Código de 
Processo Civil. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016.
ALMEIDA, Tania, PELAJO, Samantha, JONATHAN, Eva. 
(Coord.) Mediação de Conflitos: Para iniciantes, 
praticantes e docentes. Salvador: JusPodivm, 2016.
SANTOS, Ricardo Goreti. Manual de mediação de 
conflitos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2012. 
TARTUCE, Fernanda. Mediação nos Conflitos Civis. 2ª ed. 
Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2015.

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