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dispensa-se a prestação do compromisso previsto no art. 203 do CPP (art. 208). 261. Errado. Compete ao STF processar e julgar, originariamente, a execução de sentença nas causas de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições para a prática de atos processuais (CF, art. 102, I, ‘m’). 262. Errado. O Presidente da República tem prerrogativa de foro. Com efeito, deferida a autorização da Câmara dos Deputados, por dois terços dos seus membros, será ele julgado, nas infrações comuns (inclusive crimes eleitorais, dolosos contra a vida, contravenções penais etc.), pela Corte Suprema (CF, art. 86). Contudo, tal prerrogativa só permanece durante o exercício do mandato. Finalizado o exercício do mandato presidencial, os processos criminais em trâmite no STF serão remetidos ao juiz singular competente, para prosseguimento. Registre-se, o art. 84, § 1º, do CPP, foi declarado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (ADIN 2.797). Outrossim, foi cancelada a Súmula 394 do STF, em 25 de agosto de 1999. 263. Errado. Dispõe o art. 2º, da Lei 9.455, de 07 de abril de 1997, que define os crimes de tortura e dá outras providências, que as disposições daquele diploma legal aplicam-se ainda quando o 1001 Questões Comentadas – Direito Processual Penal – CESPE Prof. Nourmirio Tesseroli Filho 81 crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. 264. Errado. “É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção” (Súmula 706 do STF). 265. Errado. Nos termos da Súmula 140 do STJ, “compete à justiça comum estadual processar e julgar crime em que o indígena figure como autor ou como vítima”. O deslocamento da competência para a Justiça Comum Federal somente ocorre quando o processo trata de questões ligadas à cultura indígena e aos direitos sobre suas terras (CF, art. 109, XI). 266. Errado. “Compete à Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços ou interesse da União ou de suas entidades” (Súmula 38 do STJ). Vale a pena observar o que estabelece o art. 109, IV, da Constituição Federal vigente. 267. Correto. A Súmula 52 do extinto Tribunal Federal de Recursos declarava competente a justiça federal para processar e julgar crimes conexos de competência federal e estadual. A regra consagrada pelos Tribunais é que, havendo conexão de delitos de competência da Justiça Estadual e da Justiça Federal, prevalece a competência desta. Segundo a Súmula 122 do STJ, “compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificados dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do artigo 78, II, ‘a’, do CPP”. 268. Errado. “Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento” (Súmula 42 do STJ). 269. Correto. O bem jurídico protegido é a moral sexual da criança e do adolescente. De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, o crime previsto no art. 241 do ECA ocorre no momento da publicação das imagens, ou seja, no lançamento das fotografias de pornografia infantil na “internet”. Por isso, o local em que se encontra sediado o provedor de acesso ao ambiente virtual não é relevante para a fixação da competência (CC 66.981-RJ, Rel. Min. Og Fernandes, j. 16.02.2009). 270. Correto. Letra de lei! Observar o que dispõe o art. 81, “caput”, do CPP. 271. Errado. A competência pela prevenção ocorre quando um magistrado se antecipa na prática de algum ato (prática anterior de jurisdição; realização de ato com carga decisória). A homologação de auto de prisão em flagrante, a decretação de 1001 Questões Comentadas – Direito Processual Penal – CESPE Prof. Nourmirio Tesseroli Filho 82 prisão preventiva, a concessão de fiança e a determinação de seqüestro de bens, tornam o juízo prevento. 272. Errado. Compete ao próprio Tribunal Regional Federal processar e julgar, originariamente, as revisões criminais e as ações rescisórias de julgados seus ou dos juízes federais da respectiva região (CF, art. 108, I, ‘b’). 273. Errado. Compete ao Supremo Tribunal Federal processar e julgar, originariamente, nas infrações penais comuns (crime de homicídio, por exemplo) os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica (CF, art. 102, I, ‘c’). 274. Errado. O processamento e julgamento dos crimes contra a organização do trabalho competem aos juízes federais (CF, art. 109, VI). 275. Correto. Não haverá unidade de processo e julgamento em se tratando de concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores (CPP, art. 79, II). O imputável será julgado pela justiça comum; o menor infrator, pela justiça da infância e juventude. 276. Correto. Letra de lei! Observar o que dispõe o inciso I, do art. 78, do CPP. De se notar, no entanto, que a prerrogativa de função prevalece sobre a competência do júri, que como regra geral, sofre esta exceção que é fixada pela Carta Magna (juiz de direito estadual ou promotor de justiça, por exemplo, que comete crime doloso contra a vida é julgado pelo Tribunal de Justiça, não pelo Tribunal do Júri). 277. Correto. Na determinação da competência por conexão ou continência, são observadas algumas regras, conforme prevê o art. 78 do CPP. Segundo estabelece seu inciso IV, no “concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta”. Sendo assim, conexo delito eleitoral com crime comum, ambos serão julgados pela Justiça Eleitoral, considerada especial. 278. Errado. O militar que cometer um crime doloso contra a vida de civil será julgado perante a Justiça Comum (Tribunal do Júri), tendo em conta o que dispõe a Lei 9.299/1996, que alterou o art. 82, § 2º, do CPP. Contudo, se o crime doloso for contra a vida de outro militar (não de civil), a competência será da Justiça Especial Militar. 279. Errado. No concurso entre jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta, consoante estabelece o inciso IV, do art. 78, do CPP. 280. Errado. A CF/88 concede a algumas pessoas, em virtude do cargo que ocupam na Administração Pública, a prerrogativa (não privilégio) de serem julgadas por órgãos jurisdicionais superiores. O art. 96, III, da Carta Magna vigente, por exemplo, assenta que compete aos Tribunais de Justiça julgar os juízes 1001 Questões Comentadas – Direito Processual Penal – CESPE Prof. Nourmirio Tesseroli Filho 83 estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. A prerrogativa de função prevalece sobre a competência do júri, que como regra geral, sofre esta exceção que é fixada pela Carta Magna (juiz de direito estadual ou promotor de justiça que comete crime doloso contra a vida é julgado pelo Tribunal de Justiça, não pelo Tribunal do Júri). Vale lembrar que o Tribunal de Justiça é de maior grau de jurisdição, aplicando-se a regra, processual, do art. 78, III, do CPP. 281. Correto. A Lei 11.497/2007 atribuiu “status” de Ministro de Estado ao Advogado-Geral da União, concedendo-lhe, por extensão, o foro de prerrogativa de função. 282. Correto. Letra de lei! Nos termos do art. 72, “caput”, do CPP, “não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular- se-á pelo domicílio ou residência do réu”. 283. Errado. O art. 70, “caput”, do CPP, reza que a “competência será, em regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução”. Vê-se, pois, que o CPP considera que o delito