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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAMETRO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL E ENGENHARIA DE PRODUÇÃO APLICAÇÕES DE TINTAS NA ENGENHARIA Fortaleza – Ceará Abril de 2019 FORTALEZA 2018 FABIANA RODRIGUES DE OLIVEIRA FRANCISCO DIEGO BARBOSA DA ROCHA THIAGO CABRAL MESQUITA VLADYANNE POMPEU LOIOLA YAGO CARNEIRO ARRUDA APLICAÇÕES DE TINTAS NA ENGENHARIA Fortaleza – Ceará Março de 2019 Trabalho apresentado ao curso de Engenharia do Centro Universitário Unifametro – UNIFAMETRO- como obtenção de nota da APS de Resistência dos Materiais, sobre orientação do professor Jefferson. RESUMO Este trabalho tem como objetivo de exteriorizar os tipos de tinta e suas aplicações na engenharia em geral. Palavra chave: Aplicações, Tintas, Tintas na construção Civil; SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO_____________________________________________04 2. DESDENVOLVIMENTO_____________________________________ 05 3. CONCLUSÃO ______________________________________________20 4. REFERÊNCIAS_____________________________________________24 1. INTRODUÇÃO O trabalho a seguir discorrerá sobre as propriedades físico-química das tintas, como ela se comporta em diferentes ambientes, e até sua aplicabilidade no dia a dia e na indústria civil. Pois, existem uma gama diversas de tipos de tintas e sabendo as suas propriedades e seu comportamento, torna-se mais fácil decidir a escolha ideal para cada situação. Tentamos observar o comportamento da tinta, no âmbito da resistência dos materiais, que é a matéria no qual realizamos este trabalho. As tintas podem ser usadas para diminuir a corrosão de certo material ou local, além de embelezar e diversificar lugares diversos, deixando o ambiente mais alegre. Acredita-se que a cor de um local é diretamente ligada ao humor das pessoas que habitam o ambiente. Temos o objetivo de descrever quais tipos de tintas existem no mercado atualmente, como: tintas de acrílico, tintas para ferro e até mesmo tintas provindas da terra. Enfim, será abordado processo histórico, tipos de tintas, classificação geral das tintas e por fim sua aplicabilidade. 2.0 DESENVOLVIMENTO 2.1 Processo Histórico A carência humana na pré-história em rol de comunicar sentimentos conduziu o ser humano a descobrir a tinta. O propósito da tinta não para proteger objetos metálicos da oxidação, mas era para proferir pensamentos, ideias e gravar a cultura. De modo prático na pré-história a tinta era usada de forma estética, pois a descoberta da tinta aconteceu realmente quando o homem ainda estava na caverna. Acredita-se que a cor preta e vermelha foi às primeiras cores pintadas nas cavernas, justamente porque era oriundo da pedra de carvão, e o vermelho do sangue animal. A descoberta da tinta não tem uma data precisa, porém existem indícios que foram 30. 000 a 10.000 a.C. o que sustenta essa data, é as cavernas encontradas no sul da França e na Espanha, onde haviam vários desenhos bastante conservados durante séculos. Na pré-história a função da tinta era arranjar, com o objetivo de decoraras cavernas e tumbas e embelezar o corpo. A fabricação da tinta era simples, triturar, esmagar e moer materiais, era a única de extrair a cor Um dos recursos para extrair a cor era esmagar o ocre ou carvão e moer algumas plantas. Após ter o material esmagado os habitantes misturavam com água, podendo também misturar com óleo em vez de água. Algumas pinturas rupestres realizadas há 11 mil anos aproximadamente contêm desenhos com formulação, a informação da formulação das tintas não é precisa, porém acredita-se que na época para obter a cor vermelha era utilizada a hematita (Fe2O3), para pigmentação amarela era usada a Gaethita [FeO(OH), para a coloração branca a caulinita [Al2Si2O5(OH)4. Para a tonalidade preta era usada a pirolusita. O Egito proporcionou a diversidade das cores, os primeiros materiais para a fabricação das tintas são detectados no próprio Egito e regiões próximas. Os Egípcios perceberam que os minerais poderiam mudar sua coloração após serem inflamados, realizando a evolução dos pigmentos sintéticos. A cor azul foi desenvolvida no Egito, que foi conquistado pela calcinação de uma mistura de sílica, através de óxidos de cobre e sais de cálcios. Para amarelo claro era usado o ocre ou sulfato de arsênico, para o verde era malaquita e cal, para o preto era o carvão e óxido de ferro ou hematita para o vermelho. Foi no Egito também que surgiu a tinta de escrever Assim como no Egito, a china teve um papel muito importante na história sobre o desenvolvimento da tinta. Responsável também pela invenção da tinta de escrever, o filosofo chinês Tien-Lcheu em 2607 a.C. Facilitou a escrita criando um líquido escuro. A tinta que os chineses usavam era a tinta nanquim ou tinta da china, matéria- prima que era oriunda da china, o modo prático de fabricação era formar uma solução aquosa, os chineses realizavam uma mistura de cola que é goma arábica com pó de carvão e água. Igualmente como o Egito, a china também desenvolveu a tinta azul, mas de Han (BaCuSi2O6) sílica, óxidos de cobre e sais de bário. A cor vermelha era utilizada por hematita misturado com a calcita (CaCO3), a cor laranja foi utilizada por hematita com ouropigmento. A habilidade de fabricar tintas dos romanos é resultante da técnica egípcia. Os índicos de pinturas romana por volta do século V a.C. demonstram o trabalho engenhoso dos romanos. Utilizavam o alvaiade, que é um pigmento branco formado de carbono de chumbo. Na idade média as formulas das tintas eram confidenciais, pois os fabricantes começaram a introduzir tintas no mercado. A tinta nesse período começou a ter funções valiosas. A tinta passou a serem usada em igrejas, prédios públicos e residência de pessoas fluentes. No período da revolução industrial ocorreu o avanço dos processos de melhoria na produção da tinta, os fabricantes começaram a usufruir utensílios mecânicos. Os primeiros fabricantes desenvolviam os materiais para a tinta. O século XIX está marcado como a introdução de tintas no mercado, juntamente com as ferramentas de moer e misturar a tinta. 2.2 Tecnologia a serviços das tintas A ciência no século XX, mais precisamente na primeira e segunda guerra mundiais, soube desenvolver adequadamente novas substâncias para pintura, são pigmentos e resinas sintéticas. Essas substâncias teve a finalidade de mudar os ingredientes da tinta. O trabalho da engenharia foi importante para a produção de tintas no mercado. Profissionais da área química inventaram tintas específicas para a pintura de exteriores, esmaltes com função de acabamento em automóveis. Foi na revolução industrial que as tintas de vernizes expandiram. 2.3 Composição Geral das Tintas A Tinta é uma preparação, o que significa que há uma mistura de vários fatores na sua produção. Composta por quatro elementos, tais como: solventes (capazes de dar a consistência pretendida), resinas (dar liga aos pigmentos), pigmentos (concedem o poder da cor e cobertura) aditivos (é a maior responsável por aprimorar uma série de características e tipos específicos de tintas, sejam os solventes à base de água ou orgânicos). Também podem ser considerados como uma mistura fixa de uma parte sólida (que forma a película aderente à superfície a ser pintada) em um componente volátil (água ou solventes orgânicos). Uma terceira parte denominada aditivo, embora representando uma pequena percentagem da composição, é responsável pela obtenção de propriedades importantes tanto nas tintas quanto no revestimento. Além disso, a tinta possui uma separação em que nos componentes de forma líquida, aquosa ou em gel apresenta uma distribuição de partículas sólidas. Quando esses componentes são aplicados sobre um substrato e sofrem um processo de cura, forma uma fita pegajosa ao substrato, com a pretensão de proteger, decorar e dar acabamento. A sua principal função é a proteção contra agentes deletérios do meio, tais como: água, umidade, poluição atmosférica e entre outros. Figura 01 - Composição geral das tintas A seguir serão exemplificados cada um dos que compõem as tintas. 2.3.1 Pigmento Conforme a figura a cima, o pigmento pode ser orgânicos e inorgânicos: eles que também podem ser naturais ou sintéticos. Os pigmentos são substâncias sólidas cristalinas, por fim divididas, partículas entre 0,05 µm e 5µm, não voláteis e insolúveis (com exceção do corante) no meio. Material utilizado com a finalidade de promover cor, opacidade, consistência, durabilidade e resistência à tinta e em alguns por características anticorrosivas. Existem duas propriedades principais onde a tinta é capaz de encobrir os substratos dando o maior poder à cobertura, são o índice de refração e o tamanho de partículas. O índice de refração relaciona a velocidade da radiação no vácuo com a velocidade da radiação nos materiais, isto é, contém propriedades particulares. É possível analisar a influência do índice de refração na opacidade por meio da equação de Fresnel simplificada. 𝐹 = (𝑛𝑝−𝑛𝑟)^2 / (𝑛𝑝+𝑛𝑟)^2 Onde F é a refletividade do filme, np é o índice de refração do pigmento e nr é o índice de refração da resina, sendo este aproximadamente a 1,5 para a maioria das resinas. Então, para acontecer luz incidente, a luz precisa refletir sobre as partículas pigmentadas que se espalham e/ou absorvem, evitando que chegue até o substrato. Com tudo isso, acontece uma diferenciação quando a opacidade é atingida, tornando- se pigmentos brancos (a luz se espalhada e refletida) e pigmentos coloridos (é absorvida e depende da concentração). Assim quanto maior o índice de refração do material, maior a refletividade do filme, que consequentemente menor a possibilidade de atingir o substrato. Portanto, o tamanho de partículas também influência na sua opacidade, onde o dióxido de titânio (TiO2) é um dos pigmentos brancos, mas utilizados para este fim, também podemos citar os pigmentos extendedores ou cargas, que possivelmente está ligado ao TiO2 e ajustam as características das tintas. 2.3.1.1 Pigmento Orgânico Temos como exemplos de pigmentos orgânicos as ftalocianinas azuis e verdes, quinacridonas violeta e vermelha, perilenos vermelhos, toluidina vermelha, aril amídicos amareclos, etc. Por isto, os pigmentos orgânicos são substâncias corantes, que normalmente não têm características ou funções anticorrosivas. A partir daí, é possível observar que o pigmento orgânico possui um aspecto importante, a sua durabilidade ou propriedade de permanência sem alteração da cor, principalmente para ambiente externo. 2.3.1.2 Pigmento Inorgânico Entre os pigmentos inorgânicos estão os pigmentos brancos, cargas e uma grande faixa de pigmentos coloridos, sintéticos ou naturais, como o TiO2 e o óxido de zinco (ZnO), os pigmentos coloridos como os óxidos de cromo e ferro, cromatos de chumbo e zinco, selenetos e sulfoselenetos de cádmio, entre outros, e os pigmentos extendedores como o carbonato de cálcio e silicatos de magnésio e alumínio. Os pigmentos inorgânicos geralmente são menos brilhantes que os orgânicos e também apresentam maior toxicidade. Podemos citar como exemplo devido sua importância e características anticorrosivas o pigmento cromatos de zinco, onde se estabelece em duas formas, tendo como resultado diferentes produtos. Assim, também fazem parte desta classificação os pigmentos verdadeiros ou ativos e inertes ou cargas. Figura 02: Modelos de tintas orgânicas e inorgânicas 2.3.2 Resinas As resinas são formadoras da película da tinta e são responsáveis pela maioria das características físicas e químicas desta, pois determinam o brilho, a resistência química e física, a secagem, a aderência, e outras. As primeiras tintas desenvolvidas utilizavam resinas de origem natural ou animais (principalmente vegetal). Atualmente, com exceção de trabalhos artísticos, as resinas utilizadas pela indústria de tinta são sintéticas e constituem compostos de alto peso molecular, pela indústria química e petroquímica é obtida por meio de reações complexas, polimerização, que consistem na ligação de duas ou mais unidades estruturais menores os monômeros, formando uma estrutura múltipla denominada polímero. O grau de polimerização é dado pelo o numero de unidades estruturais repetidas numa molécula, onde os polímeros conferem às tintas propriedades de resistência, aderência, flexibilidade e durabilidade muito superiores às antigas. A polimerização destes monômeros em emulsão (base de água) resulta nas denominadas emulsões acrílicas usadas nas tintas látex. A polimerização em solvente conduz a resina indicada para esmaltes termoconvertíveis (cura com resinas melamínicas) ou em resinas hidroxiladas para cura com poliisocianatos formando os chamada poliuretânicos acrílicos. As resinas mais usuais são as alquídicas, epóxi, poliuretânicas, acrílicas, poliéster, vinílicas e nitrocelulose. Resina é a parte não volátil da tinta, conhecida como ligante ou aglutinante que adere às partículas dos pigmentos, formando uma película íntegra. A formação dessa película de tinta está relacionada com o mecanismo de reações químicas do sistema polimérico, embora outros componentes, como solventes, pigmentos e aditivos tenham influência no sentido de retardar, acelerar e até inibir essas reações. Também chamado de veículo sólido a resina é o componente mais importante da tinta. São por meio das características das resinas que se classificam os nomes das tintas. A escolha da resina é um dos principais parâmetros para uma boa especificação da tinta. 2.3.3 Solvente Os solventes são compostos (orgânicos ou água) responsáveis pelo aspecto líquido da tinta com uma determinada viscosidade, facilitando a aplicabilidade das tintas e aumentando a aderência ao substrato, além disso, os solventes apresentam inflamabilidade toxicidade e forte odor. Após a aplicação da tinta, o solvente evapora deixando uma camada de filme seco sobre o substrato, controlando a evaporação e assim evitando escorrimento da tinta e possibilitando a correção de pequenas imperfeições, formando uma película de pigmentos estruturada com a resina. As tintas de base aquosa utilizam como fase volátil água adicionada de uma pequena quantidade de líquidos orgânicos compatíveis, onde o solvente é substituído pela água em grande parte e usado apenas como um agente coalescente para uma formação adequada da película e para controlar a evaporação da água. Portanto, a principal vantagem da água é a melhor oportunidade de salubridade por ser inodora e não ser inflamável. Já a tinta à base de solvente possibilita a melhor cobertura, melhor aderência e provoca melhor trabalhabilidade, principalmente nos reparos. Além disso, a escolha de um solvente em uma tinta deve ser feita de acordo com a solubilidade das resinas respectivas da tinta, viscosidade e da forma de aplicação. As tintas látex tem uma exceção importante são, onde a água é a fase dispersora e não solubilizadora do polímero responsável pelo revestimento. Hoje em dia existe um esforço mundial no sentido de diminuir o uso de solventes orgânicos em tintas com iniciativas, tais como: substituição por água, aumento do teor de sólidos, desenvolvimento de tintas em pó, desenvolvimento do sistema de cura por ultravioleta e etc. Por fim, os solventes podem ser classificados segundo sua natureza química em: Hidrocarbonetos: alifáticos, aromáticos e terpênicos; Solventes oxigenados: álcoois, ésteres, éter glicólico, cetona; Solventes clorados; Éter; Nitroparafina. 2.3.4 Aditivos Os aditivos compreendem uma enorme quantidade de componentes, que quando incorporados às tintas em pequenas proporções, normalmente menores que 5%, que têm funções próprias, verificando importantes propriedades às tintas e aos revestimentos respectivos, por exemplo: aumento da proteção anticorrosiva, bloqueadores dos raios UV, catalisadores de reações, dispersantes e umectantes de pigmentos e cargas, melhoria de nivelamento, preservantes e antiespumantes. A tabela a seguir relaciona alguns aditivos com a função respectiva. FIGURA 3: Relação entre os aditivos e suas funções 2.4 Classificação das Tintas As tintas podem ser classificadas de duas maneiras, as que são feitas a base de Resina e as que são feitas a base de Cerâmica. Dentre esses dois tipos, abrimos um leque de possibilidades de tintas, que serão descritas na imagem a seguir. 2.4.1 Tintas Base Resina 2.4.1.1 Látex PVA O látex é talvez a tinta mais comumente encontrada atualmente, nos interiores das residências. O PVA vem do nome da substância usada atualmente para fabricar a tinta látex, o Acetato de Polivinila. O látex tem uma base solúvel em água e, por isso, facilita muito a vida do pintor, que pode preparar seus pincéis e rolos apenas com água. Além disso, caso a tinta espirre em algum outro revestimento, basta lavar com água. O acabamento em látex PVA é adequado para a parte interna das residências, que podem ser limpas apenas com um pano úmido. O acabamento desse tipo de tinta é muito bom, assim como seu recobrimento da camada anterior de pintura (se ela existir). Seca rapidamente, e o odor típico de pintura é mínimo. Porém, o produto não é adequado para áreas molhadas ou que possam receber chuva, e para recobrimentos de acabamento em alto brilho, como um corrimão, por exemplo; as superfícies pintadas com látex PVA também são mais difíceis de limpar. 2.4.1.2 Tinta acrílica A tinta acrílica, de forma geral, tem aspecto muito similar ao do látex, também é solúvel em água e seca rapidamente. A diferença é que sua fórmula contém resinas acrílicas, o que proporciona ao produto alta impermeabilidade uma vez aplicado, tornando-o especialmente eficaz para pinturas externas. Essa impermeabilidade também torna a tinta acrílica interessante para uso em áreas molhadas da casa, como na cozinha e lavabo. As tintas acrílicas podem ser lavadas, ao contrário do látex, que deve ser limpo apenas com pano úmido.O acabamento tende a ser mais brilhante que o do látex, ainda que exista a versão fosca. 2.4.1.3 Tintas epóxi e poliuretano As tintas epóxi e de poliuretano são sintéticas e não solúveis em água, e têm usos mais específicos, como, por exemplo, a pintura de caixas d’água. Existem ainda fórmulas para aplicação em pisos, mas dependem de mão de obra altamente especializada. Essas tintas, que são geralmente diluídas em solvente específico e possuem catalizadores para auxiliar no processo de pintura, devem ser aplicadas sempre por mão de obra que conheça o material e os processos, para evitar que se formem bolhas, ocorra descolamento da camada de tinta ou simplesmente mau acabamento. Como são tintas específicas para aplicação em áreas molhadas e até inundadas, como piscinas e caixas d’água, podem ser uma excelente possibilidade para banheiros, boxes, cozinhas e áreas dessa natureza, desde que harmonizadas corretamente com os outros revestimentos. Vale a pena conferir os tipos de acabamentos possíveis para fugir do revestimento cerâmico convencional de locais muito úmidos. 2.4.1.4 Tintas Alquídicas As Tintas Alquídicas são recomendadas para ambientes variados pois possuem um bom desempenho quando exposto ao intemperismo. São indicadas para revestimento estético e protetivo para estruturas metálicas, implementos agrícolas, máquinas em geral, pode ser usado como acabamento para interiores e exteriores previamente pintados com primer. 2.4.1.5 Tinta Epóxi Fenólica São bastante utilizadas como tintas anticorrosivas, especialmente nos casos em que se deseja uma elevada resistência química, essa resistência é devida um número elevado de ligações cruzadas em sua cura. Podem ser usadas em faixas de temperatura mais elevadas, até 230 °C. 2.4.1.6 Tinta de Silicone É indicado para proteger superfícies externas e internas de tijolo à vista, concreto aparente, cerâmica porosa, telhas de barro e blocos de concreto. Além de impedir a infiltração de água da chuva, ele evita o aparecimento de manchas, o escurecimento precoce dos rejuntes e a penetração de umidade no interior das edificações. É um produto que não modifica o brilho, mantendo inalterada a aparência da superfície e permitindo que ela “respire” normalmente. 2.4.1.7 Tintas Nitroceluloses É uma tinta de secagem ao ar, à base de resinas alquídicas em combinação com nitro celulose e plastificante. Elaborada com pigmentos de alta qualidade. A aplicação correta resulta em ótima aderência, boa flexibilidade, cobertura, não apresentando problemas de branqueamento. Recomendado para acabamentos em ambientes internos e externos, sobre superfícies de madeiras e metais ferrosos, indústrias moveleiras, autopeças e pinturas industriais em geral. 2.4.1.8. Tinta borracha clorada A Tinta borracha clorada de acabamento é monocomponente e rápida secagem. Tal produto, possui um aspecto e textura borracha clorada. Usos recomendados da tinta borracha clorada. A tinta borracha clorada é recomendada como acabamento na pintura de quadras poliesportivas, pisos em geral ou industriais (leve abrasão e baixa agressividade química) e demarcação de faixas de sinalização. A tinta borracha clorada também pode ser utilizada na pintura de estruturas metálicas, tanque, tubulações em instalações industriais, em empresas de papel e celulose. 2.4.2 Tintas Base Cerâmica 2.4.2.1 Tintas à base de Cal A cal é um óxido de cálcio (CaO), substância que combinada com o ácido carbônico forma a pedra e o mármore e combinada ainda com o ácido sulfúrico, forma o gesso. Existem vários tipos de cal, como: Cal aérea e hidráulica, cal viva, cal anidra, cal virgem, cal apagada, cal hidratada. As tintas à base de cal são constituídas por cal hidratada ou apagada, podendo conter aditivos, pigmentos inorgânicos e, eventualmente, produtos repelentes à água. É uma dispersão aquosa isenta de solventes orgânicos, liberando baixo teor de orgânicos voláteis (baixa toxidade). O pó é misturado à água pouco antes da aplicação. O leite de cal, ao ser aplicado, reage com o anídrico carbônico (CO2) do ar formando o carbonato de cálcio (CaCO3). Geralmente, dolomitas de granulação muito fina e arredondada resultam em cal hidratada para pintura de melhor desempenho do que os calcários, segundo a foto a seguir, onde reverbera as fases de transformação do cal. Figura4 – Transformação do Cal 2.4.2.2 Tintas à base de cimento A tinta à base de cimento ou cimentícia é uma dispersão aquosa isenta de solventes, formulada com cimento branco e cal hidratada, podendo ser adicionado alguns pigmentos, sais higroscópicos e eventualmente produtos repelentes à água. As placas cimentícias são compostas por misturas de materiais de cimento Portland, fibras de celulose ou sintéticos e agregados, como areias, rochas e celuloses em sua fabricação. A tinta reage com a água formando silicatos de cálcio hidratados e liberando Ca(OH)2 (hidróxido de cálcio), substância de elevada alcalinidade. A tinta é fornecida em pó e deve ser misturada à água pouco antes do uso, sendo assim temos: Tinta + H2O = CSH + Ca(OH)2. 2.4.2.3 Tintas de Terra As tintas de terra podem ser preparadas artesanalmente usando a terra como pigmento, ligante como cola branca pura, cola de madeira, ou cola branca mais cal e óleo, ou grude (feito com polvilho azedo ou goma de tapioca) e água. Tem duração média de 8 anos. Conhecida como uma tinta sustentável. Figura 05 – Exemplo de tinta da terra De acordo com o fabricante possui um excelente poder de cobertura e aderência, é aplicável sobre o reboco em diversos substratos, nas áreas internas e externas. Não tem em sua composição metais pesados encontrados em pigmentos sintéticos. As tintas de terra são livres de COV’S - Compostos Orgânicos Voláteis - substâncias poluentes derivadas do petróleo que agridem a camada de ozônio. Não possui plastificante, portanto não cria película ou bolhas e permite a troca gasosa do substrato com o meio 2.4.2.4 Tintas à Base de Silicato Descreve-se como tinta de silicato, a que utiliza como ligante o silicato de potássio, conhecido como “vidro liquido”, em conjunto com cargas minerais e pigmentos inorgânicos. Este silicato petrifica-se em contato com a base, reagindo química e fisicamente com os aglomerantes, as areias e pedras constituintes das argamassas e dos concretos. As tintas à base de silicatos são revestimentos de natureza mineral, com ligante inorgânico (silicato de potássio), um ligante orgânico polimérico (no máximo 5% do peso total do produto conforme a norma DIN 18363), aditivos, cargas de natureza mineral (quartzo ou calcite, por exemplo) e pigmentos inorgânicos e água. O processo de secagem dessas tintas é complexo, o silicato, que funciona como ligante inorgânico endurece através da reação com o dióxido de carbono do ar, com reações com certos constituintes do substrato e ainda pela evaporação da água. O processo de endurecimento das tintas de silicatos denomina-se petrificação, uma vez que é criada uma ligação química entre os componentes das tintas e os constituintes de natureza mineral do substrato. Forma-se uma estrutura inorgânica porosa, que torna o revestimento permeável ao vapor de água e a gases. Tintas ecológicas, como essa, estão conquistando o mercado e os clientes. A matérias-prima para essa tinta é natural e se formam a base das tintas de silicato, encontradas em abundancia na crosta terrestre. O processo de obtenção renovável, provoca baixo impacto ambiental. Não se utiliza solventes ou produtos nocivos ao meio ambiente, deste a produção até a aplicação, nem no descarte das embalagens. Sua longa durabilidade reduz o número de repinturas, diminuindo a retirada de matérias primas da natureza. 2.5 Aplicabilidade da Tinta 2.5.1 Na Construção Civil Existem oito tipos de tintas que são as mais utilizadas no ramo da construção civil, dentre elas são as seguintes: Látex PVA; Acrílica; A óleo; Esmalte; Verniz acrílico; Verniz Poliuretano; Verniz Fenólic. A seguir descreve Látex/PVA: tem fácil aplicação, secagem rápida, a base d´agua, resistência aos intemperes. Podem ser aplicadas em superfícies, de alvenaria, reboco, concreto, metais e gesso. Acrílica: Á base de água, com consistência de massa, boa cobertura, fácil aplicação e secagem rápida. Podem ser usadas em superfícies externas e internas de alvenaria, reboco e concreto. Tinta óleo: Com ótima resistência às intempéries, de fácil aplicação boa cobertura e flexibilidade. Excelente aderência em vários tipos de superfícies e podem ser aplicadas em superfícies externas e internas de metais, madeiras e alvenaria. Tinta esmalte: a base de solvente com boa cobertura, bom alastramento e ótima resistência ao mofo. Pode ser aplicado em superfícies externas e internas de madeiras, metais, alumínio e alvenaria. Verniz Acrílico: Á base de água, com boa resistência às intempéries, secagem rápida e alta resistência à alcalinidade das superfícies e ao mofo. Pode ser usado em superfícies externas e internas, serve para proteger impermeabilizar alvenarias, concreto aparente, cerâmicas porosas, telhas de barro, tijolos etc. Verniz Poliuretano: brilhante, de secagem rápida, ótima resistência ao intemperismo, à maresia, ao atrito, possuindo alta flexibilidade. Pode ser aplicado em superfícies internas e externas de madeiras, tais como: embarcações em geral, portas, portões, esquadrias, balcões, móveis de bares, armários embutidos, artigos de vime etc. Verniz Fenólico: resistente à umidade e à alcalinidade. Pode ser aplicado em superfícies internas e externas. É indicado como impermeabilizante ou como acabamento de paredes de reboco ou concreto, bem como para o tingimento e envernização de madeiras, tais como: janelas, portas, esquadrias, etc. A sua cor castanho-avermelhado dá um acabamento típico, não igualado por nenhum outro produto. 2.5.2 Na Indústria Bem como no ramo da construção civil existem uma gama variada de tintas que são utilizadas na indústria algumas delas são: Tintas anticorrosivas; Epóxi (fenólico, Epóxi Rico em Zinco e Surface Tolerant); Tintas de Silicone; Tinta Intumescente. TECHZINC 2155 N ZINCO ALUMÍNIO: resistente a temperaturas contínuas de 500ºC e picos de até 600ºC. Indicado na proteção de superfícies metálicas de aço carbono, como de chaminés, tubulações e todo tipo de equipamento que opere em alta temperatura. Porém não recomendado para regiões sujeitas a derrames e respingos de produtos ácidos e solventes. Tinta Epóxi Fenólica: são bastante utilizadas como tintas anticorrosivas, especialmente nos casos em que se deseja uma elevada resistência química, podem ser usadas em faixas de temperatura mais elevadas, até 230°C. Tinta surfasse tolerant: são tintas desenvolvidas para aplicações em condições de umidade relativas de até 100%, superfícies molhadas, aplicações subaquáticas. São muito utilizadas em esquema de pintura que utiliza hidro jateamento. Tinta Epóxi Rico em Zinco: esta tinta proporciona uma proteção anticorrosiva, Tais tintas são conhecidas como Tintas Ricas em Zinco (TRZ). É uma tinta de veículo epóxi e pode ser curada com amina ou amida. É usada como tinta de fundo, de alto desempenho, para atmosferas altamente agressivas, como industrial, marítima, imersão em produtos de petróleo e produtos químicos. Tinta de silicone: são tintas formuladas a partir das resinas de silicone, que são polímeros formados por silício ligados a oxigênio e a grupos orgânicos. São indicadas para pintura de superfícies que trabalham em temperaturas superiores a 120°C até 600°C, sendo que as pigmentadas em alumínio são as de melhor desempenho. A secagem destas tintas dá-se em parte pela evaporação do solvente e em parte por conversão térmica. Tinta Intumescente: as tintas intumescentes têm a finalidade de proteger as estruturas metálicas contra a ação do fogo, esta sendo muito utilizado em edifícios metálicos que são construídos para área comercial e industrial. Sob condições de calor, forma uma camada protetora que isola termicamente o substrato, protegendo-o contra o fogo por um período que pode chegar a 2 horas. 3.0 CONCLUSÃO Concluímos que, em vista das informações ditas acima, que os estudos direcionados ao comportamento e propriedades das tintas é de extrema importância, pois a escolha da tinta ideal interfere diretamente na saúde de uma estrutura de uma edificação, por exemplo. Navios, por conta da maresia, usam tintas anticorrosivas para que sejam diminuídos os impactos diretos na estrutura de ferro. Esta literatura estar disponível, é relevante principalmente para o ramo da engenharia, afim de esclarecer o uso correto e propriedades físico-química das tintas. A intenção do presente trabalho é esclarecer de forma didática e eficaz as diversas tintas existentes no mercado, esperemos que os tenhamos conseguido. 4.0 REFERÊNCIAS BARBOSA, ISABEL <TINTAS, SUAS PROPRIEDADES E APLICAÇÕES IMOBILIÁRIAS> BELO HORIZONTE, JANEIRO DE 2012 MATOS, MARIANA <UMA VISÃO QUÍMICA DAS TINTAS IMOBILIÁRIAS E SUA QUESTÃO AMBIENTAL> SÃO JOÃO DEL REI, JUNHO DE 2017 TINTAS ANTICORROSIVAS <http://www.tintasanticorrosivas.com.br/informacoes- tecnicas/tintas-anticorrosivas/> 2018. GOIS, LILIAN <TINTAS DA TERRA> SÃO JOÃO DEL REI, JANEIRO 2016
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