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49 12. Keynes (1883-1946) 50 HEILBRONER, R. A História do Pensamento Econômico: as vidas, épocas e ideias dos maiores pensadores econômicos. São Paulo, Nova Cultural (Os Economistas), 1996. 51 ✓ A confiança na capacidade do livre mercado de dar estabilidade ao crescimento ficou abalada e os economistas buscaram novas estratégias para enfrentar os males econômico, sobretudo o desemprego. ✓ Os economistas americanos Adolf Berle e Gardiner Means, por exemplo, mostraram que os gerentes administravam as empresas em benefício próprio, e não delas. ✓ John Maynard Keynes, diferentemente das gerações anteriores que haviam confiado no próprio mercado para reparar as deficiências do sistema, sugeriu que a intervenção estatal e especificamente os gastos públicos estimulariam a procurar e tirariam as economias da depressão. ✓ Keynes tomou o mundo da Grande Depressão como o ponto de partida. O funcionamento normal do mercado parecia incapaz de criar a pressão necessária para corrigir o problema de desemprego alto, persistente e involuntário na economia. ✓ Keynes conclui que a solução da questão do desemprego involuntário fugia ao controle dos trabalhadores e das empresas. A dificuldade não está nas novas ideias, mas em escapar das velhas. 52 ✓ Na Áustria, surgiu uma escola de pensamento radical, que defendia um mercado inteiramente livre, com base sobretudo na obra de Friedrich Hayek. ✓ E o debate Liberalismo x Intervencionismo ou Mercado x Estado prossegue até os dias atuais. 13. A POLÍTICA MACROECONÔMICA Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, como renda e produtos nacionais, nível geral de preços, desemprego e emprego, etc. Ela trata o mercado de bens e serviços como um todo, assim como o mercado de trabalho, e preocupa-se com aspectos de curto prazo ou conjunturais. 13.1. Objetivos de política macroeconômica: 13.1.1. Alto nível de emprego: preocupação com o fator surge após a Grande Depressão, com o teórico Keynes, pois antes predominava o pensamento liberal. 13.1.2. Estabilidade de preços: inflação é o aumento contínuo e generalizado do nível geral dos preços. 13.1.3. Distribuição equitativa de renda: disparidade acentuada no nível de renda brasileiro, tanto entre diferentes grupos socioeconômicos como entre regiões do país. 13.1.4. Crescimento econômico: aumento do produto nacional por meio de políticas econômicas que estimulem a atividade produtiva. Aumentar o produto além do limite de quantidade exigirá: “...o Tesouro poderia encher garrafas suadas com papel-moeda e as enterrar [...] e deixar à iniciativa privada, de acordo com os bem experimentados princípios do laissez- faire, a tarefa de desenterra novamente as notas”. 53 ✓ ou um aumento nos recursos disponíveis; ✓ ou um avanço tecnológico. 13.2. Dilemas de política econômica: inter-relações e conflitos de objetivos Conflitos: metas de crescimento e equidade distributiva devido ao fator educacional, com maioria da mão-de-obra de baixa qualificação e baixos rendimentos. 13.3. Instrumentos de política macroeconômica: 13.3.1. Política fiscal: instrumentos que o governo usa para arrecadar tributos e controlar suas despesas, por meio da manipulação da estrutura e alíquotas de impostos, para estimular os gastos de consumo do setor privado. Princípio de anterioridade: implementação de uma medida só pode ocorrer a partir do ano seguinte ao de sua aprovação pelo Congresso Nacional. 13.3.2. Política monetária: atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos na economia. ✓ emissões; ✓ reservas compulsórias; ✓ open market; ✓ redescontos; ✓ regulamentação sobre crédito e taxas de juros. 13.4. Mercado monetário: existência de uma demanda de moeda e de uma oferta de moeda, determinada pelo BC e pela atuação dos bancos comerciais. Oferta de moeda= demanda de moeda Variáveis desse mercado: ✓ taxa de juros; ✓ estoque de moeda. 13.5. Mercado de títulos: análise do papel de agentes econômicos superavitários e deficitários e como eles se interagem. Oferta de títulos = demanda de títulos Análise do mercado monetário e de títulos é chamado de mercado financeiro. 13.6. Mercado de divisas: devido as transações econômicas com o resto do mundo. ✓ Oferta de divisa: depende das exportações e da entrada de capitais financeiros. ✓ Demanda da divisa: determinada pelo volume de importações e saída de capital financeiro. ✓ Oferta de divisas = demanda de divisas ✓ Banco Central: pode interferir nesse mercado a partir de taxas de câmbio e da taxa de equilíbrio. ✓ Variáveis determinadas institucionalmente: gastos do governo e oferta de moeda 13.7. Mercado de capitais físicos: está embutido no mercado de bens e serviços por meio dos investimentos e da poupança. 13.8. Mercado de capitais financeiros: estudo a partir do mercado monetário e de títulos. 13.9. Questões de Múltipla Escolha: 13.9.1. [TÉCNICO BANCÁRIO NOVO - GABARITO 1 Todos os polos, exceto os polos de Tecnologia de Informação - TI (DF, RJ e SP) 2012] A gestão da economia visa a atender às necessidades de bens e serviços da sociedade e também a atingir determinados objetivos sociais e 54 macroeconômicos, tais como pleno emprego, distribuição de riqueza e estabilidade de preços. Para que isso ocorra, o governo atua por meio de A. ações fiscais. B. ações monetárias. C. políticas macroeconômicas. D. políticas de relações internacionais. E. Nenhuma das alternativas. 13.9.2. (BANCO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO S.A. – BANESTES EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO nº 01/2015) Na Política Monetária do Brasil, o combate à inflação (inflação baixa) pode ser considerado como pré-condição para o(a): A. A Estagnação de preços e de salários. B. B Elevação de taxas de juros e crescimento linear. C. C Crescimento do país, de forma sustentada e com estabilidade de preços. D. D Aumento do mercado de trabalho informal e estabilização de salários. E. E Equilíbrio de diretrizes fiscais e orçamentária 13.9.3. (BANCO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO S.A. – BANESTES EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO nº 01/2015) A política monetária enfatiza sua atuação sobre os meios de pagamento, os títulos públicos e as taxas de juros. A política monetária é considerada expansionista quando A. reduz os meios de pagamento, retraindo o consumo e a atividade econômica. B. mantém todas as condições macroeconômicas estáveis por longo período. C. estabelece diretrizes de expansão da produção do mercado interno para o exterior. D. realiza operações de crédito no exterior, aumentando a captação de recursos e, por consequência, os meios de recebimento. E. eleva a liquidez da economia, injetando maior volume de recursos nos mercados, elevando, em consequência, os meios de pagamentos. 13.9.4. (VUNESP - 2016 - MPE-SP - Oficial de Promotoria I) A partir do mês de setembro de 2015, a agência Standard & Poor’s e, posteriormente, a agência Fitch passaram a ser citadas inúmeras vezes pela mídia brasileira, geralmente acompanhadas de preocupações do governo. O motivo da preocupação foi e permanece sendo A. a redução das exportações de commodities, como a soja e o ferro. B. o aumento das áreas de desmatamento na Amazônia e no cerrado. C. o crescimento dos níveis de poluição atmosférica nos próximos anos. D. a retirada do Brasil da listados países que são bons pagadores de dívidas. E. a possibilidade de um forte surto de dengue e zika vírus em 2016 13.9.5. Uma economia apresenta desemprego de mão-de-obra com equilíbrio ocorrendo em uma situação extrema de escassez de liquidez. Então, uma política econômica adequada para eliminar o desemprego será: A. Diminuir o volume dos meios de pagamentos. B. Aumentar o volume dos meios de pagamentos. C. Diminuir os gastos do governo. D. Aumentar os gastos do governo. E. Diminuir a carga tributária. 55 13.9.6. Um dos trade-offs mais discutidos na literatura econômica é o que pode existir entre a eficiência econômica e a equidade distributiva. No Brasil, uma das versões desse trade-off ficou conhecida: A. “Teoria do Bolo”. B. “Lei de Gerson”. C. “Lei de Murphy” D. “Curva de Laffer” E. Curva de Lorenz” 13.10 Referências: ✓ O LIVRO da economia. Tradução de Carlos Mendes Rosa. São Paulo: Globo, 2012 reimpr. 2015. 352p., il. ISBN 978-85-250-5240-7. (p. 152 a 161) ✓ HEILBRONER, R. A História do Pensamento Econômico: as vidas, épocas e ideias dos maiores pensadores econômicos. São Paulo, Nova Cultural (Os Economistas), 1996. ✓ VASCONCELLOS, Marco Antônio de. Fundamentos de Economia, 4ª edição. Saraiva, 10/2011. [Minha Biblioteca]. (capítulo 5, p. 58 a 69); capítulo 8 13.11. Link indicado: ✓ https://www.youtube.com/watch?v=9CW7d-4URUY
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