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Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR Campus Campo Mourão – PR Curso – Licenciatura em Química Disciplina – Química Analítica 1 AULA PRÁTICA 6 – PILHA DE DANIEL Andréia de Paula Ferreira Letícia Fernanda Bernardino Maciel Prof.ª Patrícia Valderrama Campo Mourão, junho de 2019 1 - Introdução: John Frederic Daniell, químico, físico e meteorologista britânico, (1790 – 1839). Foi um grande estudioso da eletroquímica. No ano de 1836, Daniell construiu uma pilha. A pilha galvânica de cobre e zinco que levou seu nome, a Pilha de Daniell. (SóQ, 2008). A pilha de Daniell é um sistema em que a energia química é transformada de modo espontâneo em energia elétrica, composta por um eletrodo negativo o ânodo, conectada a uma placa de zinco mergulhada em uma solução de sulfato de zinco, que cede elétrons para o eletrodo positivo o cátodo, é uma placa de cobre mergulhada em uma solução de cobre. Esses dois eletrodos são interligados por um circuito elétrico contendo uma lâmpada, que se acende quando indica o surgimento de uma corrente elétrica. (FOGAÇA, 2017). Quando uma peça de zinco metálico é colocada em uma solução de CuSO4, dois fenômenos acontecem. Parte do zinco metálico entra na solução na forma de íons Zn2+ e parte dos íons de Cu2+ é convertida em cobre metálico no eletrodo. (RAYMOND, 2009). Essas soluções são conectadas por uma ponte salina, que é um tubo em formato de U contendo em seu interior uma solução eletrolítica inerte como o KCl, e nas suas extremidades é colocado um pedaço pequeno de algodão, isso impede que as soluções venham a fluir para dentro dos compartimentos. Quando os dois eletrodos são conectados por um pedaço de fio metálico, os elétrons fluirão do eletrodo de zinco para o eletrodo de cobre através do fio externo. “Depois de algum tempo o zinco se dissolverá no compartimento esquerdo formando os íons de Zn2+, e os íons de Cu2+ serão convertidos em um cobre metálico no eletrodo de cobre”. (RAYMOND, 2009). A ponte de salina tem por finalidade completar o circuito elétrico e facilitar o movimento dos íons de um compartimento para o outro. O fato de os elétrons fluírem do ânodo para o cátodo significa que há uma diferença de potencial entre os eletrodos, que denominados força eletromotriz, ou fem (E), da célula. (RAYMOND, 2009) A reação redox depende da natureza e do estado dos reagentes, ou seja, enquanto houver condições para os elétrons se transferirem, ela continuará ocorrendo, até que seja atingido em estado de equilíbrio, devido ao aumento da concentração de zinco e a diminuição da de cobre nas respectivas soluções. (DIAS, 2016). Essas reações também podem ocorrer espontaneamente com o contato direto dos reagentes, e neste caso, são utilizados dispositivos denominados células eletroquímicas ou pilhas de oxidação-redução. (DIAS, 2016). Existem dois tipos de células eletroquímicas as galvânicas, e as voltaicas ou pilhas, quando a reação química ocorre nos eletrodos são espontâneas e produzem energia elétrica; eletrolíticas quando a energia elétrica aplicada a partir de uma fonte externa e força uma reação química não espontânea. (DIAS, 2016). Daniell percebeu que se ligasse esses dois eletrodos, o mais reativo doaria seus elétrons para o cátion menos reativo em vez de fazer isto com os cátions da sua própria solução. Neste caso, o zinco é o mais reativo e sofre oxidação, doando os elétrons para o cobre, por isso a diminuição da sua massa. O eletrodo que sofre oxidação é o polo negativo, chamado de ânodo. O eletrodo de cobre é o que sofre a redução, o cátion cobre recebe os dois elétrons do zinco, e é denominado cátodo (polo positivo). (FOGAÇA, 2017). A reação de óxido-redução temos: Zn(s) + Cu(aq)2+ ↔ Zn2+(aq) +Cu(s) No eletrodo de Zinco ocorre a seguinte reação em equilíbrio: Zn( s) ↔ Zn2+(aq) + 2 e- O mesmo se aplica ao eletrodo de cobre, que terá a reação global em equilíbrio dinâmico: Cu( s) ↔ Cu2+(aq) + 2 e- Passagem de elétrons e equação global da Pilha de Daniell. A equação global dessa pilha, que é obtida pela soma das duas semirreações. Sua representação ou notação química é feita obedecendo a seguinte regra: Substância metálica que sofre oxidação/ cátion que se forma // cátion que sofre redução/ substância metálica que se forma. Assim, para a pilha de Daniell temos: Zn / Zn2+// Cu2+ / Cu Ou Zn(s)/ZnSO4(aq)//CuSO4(aq)/Cu(s) 2 - Objetivos: Montar uma pilha e observar as reações de oxidação e redução. 3 - Materiais e métodos Para o experimento foram utilizados: 2 béqueres 1 pipeta Pasteur 1 tubo em U Algodão 1 multímetro 1 Placa de zinco 1 Placa de cobre Solução de sulfato de zinco 0,1 mol/L Solução de sulfato de cobre 0,1 mol/L Solução saturada de NaCl 4 - Parte experimental: 1- Foi adicionado a um béquer cerca de 40 mL de uma solução de sulfato de zinco 0,1 mol/L, e em outro béquer foi adicionado 40 mL de solução de sulfato de cobre 0,1 mol/L. 2- No béquer que continha o sulfato de zinco foi colocado uma placa de zinco, e no béquer que continha o sulfato de cobre foi colocado uma placa de cobre. 3- Foi preparado a ponte salina com um tubo em U, colocando dentro uma solução saturada de NaCl com auxílio de uma pipeta Pasteur. E na ponta de cada extremidade da ponte salina foi colocado um pequeno pedaço de algodão. 4- Em seguida foi mergulhado as extremidades da ponte salina nos béqueres, sendo que uma ponta foi colocada no béquer que continham a solução de sulfato de zinco e a outra ponta no béquer que continha a solução de sulfato de cobre. 5- Depois foi ajustado o multímetro para leitura de tensão elétrica na medida em volts. Em seguida foram conectados o fio de cor preta na placa de zinco e o fio vermelho na placa de cobre. 6- Foi invertido os fios que estavam conectados as placas de zinco e cobre. Sendo observado em seguida. 7- Depois foi tirado a ponte salina sendo observada o que aconteceria em seguida. 5 - Resultados e Discussão As imagens obtidas no experimento podem ser observadas a seguir: Figura 1: multímetro com fios conectados as placas de zinco e de cobre. Fonte: autoria própria Na figura acima pode se observar que o multímetro foi conectado com o fio preto na placa de zinco e o fio vermelho na placa de cobre, e sendo liberados uma voltagem de 086 volts. Figura 2: multímetro com fios conectados inversamente as placas de cobre e de zinco. Fonte: autoria própria Na figura acima pode se observar que o multímetro foi conectado inversamente ao anterior, ou seja, com o fio preto na placa de cobre e o fio vermelho na placa de zinco, e sendo liberados uma voltagem de -095 volts. Figura 3: placas de cobre e de zinco após a reação. Fonte: autoria própria Na figura acima pode se observar as placas de cobre e zinco após o experimento da montagem da pilha. Nota-se que houve uma descoloração na placa de cobre mostrando que houve uma reação de oxidação, sendo assim a placa de zinco teve uma reação de redução. 6 - Conclusões: Com o experimento realizado em aula prática, conclui-se que o objetivo inicial foi satisfatório, pois foi possível observar as reações de oxidação e redução acontecerem com a montagem do multímetro, e também foi possível observar uma pequena diferença na coloração nas placas de cobre e de zinco, mostrando o efeito da reação. 7- Referências bibliográficas: 1. RAYMOND, Chang. Físico-Química - 3.ed.: Para as Ciências Químicas e Biológicas. AMGH Editora. São Paulo. 2009. Pg. 351. 2. DIAS, Silvio Luis Pereira. et al. Química Analítica: Teoria e Prática Essenciais. Bookman Editora. Porto Alegre. 2016. Pg. 171. 3. FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. "Pilha de Daniell"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/pilha-daniell.htm. Acesso em 19 de junho de 2019. 4. "Daniell" em SóQ. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2019. Consultado em 19/06/2019 às 19:32. Disponível na Internet em http://www.soq.com.br/biografias/daniell/
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