Buscar

9 Manejo de Bezerros de Corte

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 73 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Manejo de Bezerros de Corte
Fase de cria
 Fase mais complexa da exploração de bovinos de corte;
 Concentram as maiores perdas dentro rebanho;
 Perdas de até 15% do rebanho se não for cuidado
adequadamente (OLIVEIRA et al., 2006);
 Objetivos:
 sobrevivência das crias;
 desenvolvimento das crias;
 reconcepção da matriz.
 Cuidados realizados no pré e no pós o parto
 Medidas gerais de manejo
Pré parto 
 Vacas prenhes
 observação frequente;
 Novilhas prenhes
 deverão ser manejadas em pastos distintos das vacas;
 observação mais frequente.
 Com aproximação do parto conduzir a pastos
maternidade.
 Anomalias nas fêmeas decorrentes do parto:
 retenção de placenta
 prolapso uterino
 parto distócico com intervenção cirúrgica
Pós Parto 
 Terminado o trabalho de parto
 lambe vigorosamente a cria;
 retira restos placentários do focinho e narinas;
 ativa a circulação do bezerro;
 Padrões comportamentais vaca/cria
 sobrevivência e desenvolvimento dos bezerros;
 desempenho materno das vacas em partos futuros;
 mãe e cria se gravam na memória visual, olfativa e auditiva – imprinting;
 não deverá haver interferência externa;
 hábito de esconder o bezerro;
 vacas em pastejo retornam ao bezerro algumas vezes ao dia;
 novilhas são naturalmente inexperientes;
 realizar observações mais frequentes do comportamento do animal.
Cuidados no Pós Parto 
Ingestão do colostro
Corte e desinfecção do umbigo
Ingestão do colostro
 Bezerro procura instintivamente o úbere da mãe;
 Realiza a primeira mamada e ingestão do colostro;
 Inicia a transmissão de imunidade;
 Garante sobrevivência e saúde do bezerro;
 colostro é rico em moléculas de gamaglobulinas;
 mucosa intestinal absorve grandes moléculas integralmente;
 Colostro deverá ser ingerido nas primeiras 4 a 6 horas de vida;
 colostro perde a sua qualidade imunizadora;
 mucosa intestinal perde a capacidade de absorver macromoléculas;
 ação imunizante  ação nutricional
 Observação do úbere de vacas e novilhas e do vazio do bezerro;
 Caso não haja realizado a mamada em tempo hábil:
 conduzir mãe e cria ao curral de manejo;
 ordenhar a mãe;
 fornecer o colostro artificialmente.
Corte e desinfecção do umbigo
 Cordão umbilical
 membrana envolvendo vasos sanguíneos;
 fluxo de nutrientes da vaca para o feto durante a gestação;
 remoção de metabólitos e CO2 do feto;
 ruptura do cordão umbilical ao nascimento;
 expõe orifício umbilical por onde passam sanguíneos;
 rompimento da membrana entre 10 a 20 cm do orifício umbilical;
 perda de função e involução em poucos dias;
 fechamento das veias e artérias;
 união da musculatura da região e formação de massa muscular;
 porta para entrada de patógenos do meio ambiente;
 local propício ao desenvolvimento de miíases ou bicheiras.
Corte e desinfecção do umbigo
 Anatomia do Cordão umbilical
 Veia umbilical
 conecta o fígado à placenta.
 carreia sangue arterial para o fígado no feto.
 duas veias umbilicais nos bovinos.
 Artérias umbilicais
 conectam artérias ilíacas internas à placenta.
 carreiam sangue venoso do feto até a mãe.
 duas artérias nos bovinos
 Úraco
 conecta a bexiga fetal à cavidade alantóide.
 drena a urina da bexiga para o saco alantóide.
Corte e desinfecção do umbigo
 Corte e desinfecção do coto umbilical
 garante a saúde das crias;
 reduz a mortalidade;
 protege de processos inflamatórios do cordão umbilical –
onfalopatias;
 previne lesões intra abdominais;
 reduz a incidência de pneumonias e diarreias.
Obs: a prevalência de infecções umbilicais nos rebanhos bovinos é
variável e a importância econômica é significativa, mas nem sempre é
levada em consideração.
UMBIGO
VEIAS
Abscesso 
hepático
Septicemia
Diarréia
ARTÉRIAS
Septicemia
Poliatrite
Pneumonia
Encefalite
ÚRACA
Cistite
Nefrite
Efeito da desinfecção do umbigo sobre a mortalidade e a incidência de
pneumonia em bezerros.
Tratamento
Nº de 
Bezerros
Taxa de 
Mortalidade
(%)
Incidência de 
pneumonia
(%)
Desinfectado 269 7,1 5,2
Não desinfectado 132 18,0 18,9
Universidade de Wisconsin (2006)
Corte e desinfecção do umbigo
 Procedimento de desinfecção, cura ou queima do umbigo
1º  caso o cordão umbilical esteja muito grande proceder o
corte a aproximadamente 5 cm da inserção com o umbigo,
com tesoura afiada, limpa e desinfetada devendo-se amarrar
somente em caso de hemorragia intensa;
2º  após o corte proceder imediata imersão completa do
coto umbilical em recipiente de boca larga contendo solução
de iodo a 10%;
3º  repetir o processo de desinfecção em solução de iodo
duas vezes ao dia por três dias consecutivos ou até a
cicatrização.
4º  em condições adequadas a cicatrização ocorre dentro
da primeira semana.
Corte e desinfecção do umbigo
 Outros cuidados
 não é recomendado o uso de produtos onde a secagem do
umbigo não é favorecida e a ação repelente se acaba em
poucas horas, expondo o coto umbilical a moscas, miíases e
possíveis infecções.
 prevenção contra miíases - aplicar vermífugo à base de
Ivermectina por via subcutânea na proporção de 1,0ml para
cada 50Kg de Peso Corporal;
 havendo necessidade de laçar e arrastar um bezerro
recém-nascido, deve-se evitar que o umbigo do animal se
arraste pelo chão.
 caso, ao nascimento, o cordão umbilical se rompa na sua
inserção é necessário suturar o orifício umbilical evitando
inflamações.
Estratégias de aleitamento para bezerros de corte
 leite é alimento essencial para o desenvolvimento inicial do bezerro;
 peso ao desmame está diretamente relacionado com a ingestão de leite;
 leite é ingerido durante a amamentação;
 volume de leite ingerido depende da produção de leite da vaca e da
frequência com que a amamentação é realizada;
 amamentações muito frequentes interferem sobre o retorno da atividade
reprodutiva após o parto determinando situações de anestro;
Desempenho dos bezerros
Atividade reprodutiva das 
vacas
Fase de Cria
Desenvolvimento do sistema digestório do bezerro
 sistema digestório formado e completo ao nascimento;
 primeiros meses de vida – mudanças nas relações de tamanho e
funcionalidade (estômago);
 pré-ruminante  ruminante;
 digestão enzimática  digestão fermentativa e enzimática;
 composição da dieta define as mudanças;
 dieta líquida (leite)  dieta sólida (volumosos e concentrados):
 AGV  desenvolvimento do epitélio ruminal
 volumosos  expansão e crescimento muscular do rúmen-retículo
 concentrados em excesso  paraqueratose
Desenvolvimento do estômago do bovinos com a idade 
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Nascimento 2 semanas 7 semanas 4 meses Adulto
Abomaso Omaso Rúmen-retículo
0
5
10
15
20
25
30
35
40
3 semanas (leite) 12 semanas (feno) 12 semanas (concentrado)
Rúmen-retículo
Omaso
Abomaso
Desenvolvimento do estômago do bovinos com a idade e tipo de alimentação 
Pr
op
or
çã
o 
d
o 
co
rp
o 
va
z
io
, 
g/
K
g 
PC
V
Idade (semanas) e alimento principal
CHURCH (1998)
Dieta do bezerro
 Leite
 melhor alimento para o bezerro;
 7 Kg de leite / Kg de ganho de peso corporal;
 mamadas mais intensas de dia, ao amanhecer e ao entardecer;
 tempo de mamada de 8 a 10 min.;
 frequência, duração e tempo total constantes do 1º ao 6º mês de
vida;
 machos sugam mais que fêmeas  mães mais produtivas
 produção de leite da vaca:
 responsável por 46 a 70% da variação de peso ao desmame
 interação entre o potencial de produção e a condição
nutricional(energia)
Dieta do bezerro
 Ingestão de forragem
 discreta ingestão entre o 6º e o 10º dia de vida;
 aos 14 dias apanha folhas tenras de brotos da forragem;
 ingestão de pequenas quantidades de terra;
 tempo de pastejo:
 cresce linearmente
 depende da oferta de leite e de MS de forragem
 3 horas / dia aos 21 dias de idade
 Ruminação
 inicia entre o 19º e 39º dia de vida;
 depende do tipo e nível de alimentação recebida.
Tempos de pastejo e de ruminação com a idade em bezerros
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
22 dias 51 dias 79 dias 115 dias 148 dias
Tempo de pastejo (h/dia)
Tempo de ruminação (h/dia)
ENCARNAÇÃO et al. (1995)
Desenvolvimento do sistema digestório do bezerro
 Primeiros 30 dias de vida do bezerro
 leite materno é praticamente o único alimento do
bezerro;
 ingestão de leite é fundamental para o
desenvolvimento inicial;
 elevada frequência de amamentação;
 vacas em período puerperal.
 bezerros devem permanecer com as 
vacas por tempo integral 
 Após os primeiros 30 dias de vida do bezerro
DESENVOLVIMENTO DO BEZERRO
X
ATIVIDADE REPRODUTIVA DA VACA
 estratégias de aleitamento
 amamentação controlada
 desmama temporária ou interrompida
Estratégias de aleitamento para bezerros de corte
Estratégias de aleitamento para bezerros de corte
 Amamentação controlada
 permanência do bezerro com as vacas por dois curtos períodos do dia;
 manhã: 6:00 às 8:00 horas;
 tarde: 16:00 às 18:00 horas;
 nunca proceder a amamentação controlada antes dos 30 dias de vida do
bezerro;
 bezerros filhos de primíparas devem ser monitorados e suplementados
nas primeiras semanas.
+ poupa as vacas das amamentações frequentes;
+ favorece a manifestação dos cios;
+ torna os bezerros mais mansos;
+ condiciona o bezerro para o processo de desmame;
- aumenta o trabalho da mão-de-obra;
- inviável para rebanhos muito grandes.
Porcentagem de cio e de prenhez de vacas aneloradas de acordo com o
método de amamentação.
Sistema de amamentação % de cio % de prenhez
Tradicional 26 20
2 x ao dia 61 43
Gonçalvez et al. (1981)
Estratégias de aleitamento para bezerros de corte
 Desmama temporária ou interrompida
 separa-se os bezerros das vacas por 48 a 72 horas;
 apartações por 96 horas ou mais são prejudiciais para as crias;
 prática realizada após o 40º dia de vida do bezerro;
 vacas já devem estar em Estação de Monta;
 vacas com condição corporal regular em regime de ganho de peso;
 pode ser associada ao tratamento com hormônio para indução do cio
(sincronização) e IA - "Shang“.
+ amamentações interrompidas temporariamente;
+ favorece a manifestação dos cios;
+ reduz o trabalho da mão-de-obra;
+ recomendável para grandes rebanhos;
- resposta reprodutiva depende da condição corporal
das vacas.
Suplementação de bezerros
 Período entre o nascimento e o desmame - altas taxas de ganho de peso;
 Primeiros 7 meses - 25 a 35% do peso final de abate;
 Nascimento até 3 – 4 meses de vida:
 leite materno é alimento fundamental;
 oferece nutrientes e energia indispensáveis ao bezerro
 nutrientes em forma simples e de fácil absorção
 supre as exigências relativamente altas nesta fase
 quanto mais leite o bezerro recebe da mãe, mais depressa ele cresce;
 a relação entre produção leiteira da mãe e ganho de peso da cria diminui
de intensidade, depois de 16 semanas;
 A partir dos 3 a 4 meses de vida:
 nutrientes e energia necessários provem de outras fontes alimentares;
 pastagem – baixa concentração energética e de nutrientes.
Suplementação de bezerros
 Objetivos
 Compensar a produção insuficiente de leite para bezerros
 menor produção de leite das vacas zebuínas;
 redução da produção de leite à partir do 3º mês de lactação;
 queda da produção de leite durante o período seco do ano.
 Promover o máximo de peso e vigor em tourinhos e novilhas para a
venda como futuros reprodutores;
 Favorecer o desempenho reprodutivo da vaca;
 Bezerros com peso corporal inferior ao seu potencial, independente
da época do desmame.
Suplementação de bezerros
 Tipos de suplementação de bezerros de
corte:
 Suplementação Pré-desmame
 Creep-Feeding ou cocho privativo
 Creep-Grazing ou pasto privativo
 Suplementação Pós-desmame
Cochos privativos: Creep-Feeding
Prática de fornecimento de alimentos concentrados em cochos de
acesso restrito apenas a bezerros na fase do aleitamento, quando ocorrem
elevado crescimento muscular e continuação do crescimento ósseo.
 Efeitos diretos do Creep-Fedding
 aumento do ganho de peso pré-desmame;
 maior peso ao desmame;
 redução da mortalidade dos bezerros;
 superação mais rápida do estresse do desmame;
 melhoria das taxas de prenhez das vacas lactantes (?).
 Fatores que condicionam o emprego do Creep-Feeding
 preço de venda dos bezerros;
 custo do suplemento;
 produção de novilho superprecoce.
Cochos privativos: Creep-Feeding
 Vantagens do Creep-Feeding
 aumento do peso ao desmame – média de 18Kg/cab (2 a 45Kg/cab.);
 favorece o desenvolvimento mais uniforme dos bezerros;
 reduz o estresse do desmame;
 reduz a mortalidade de bezerros;
 reduz a idade de abate;
 reduz a idade à primeira cobertura;
 aumenta a taxa de prenhez, especialmente das primíparas;
 reduz a intensidade de uso da pastagem ou superpastejo;
 acostuma os bezerros a alimentos sólidos, e grãos no pós-desmame;
 redução do ciclo de produção;
 aumento do giro de capital.
Cochos privativos: Creep-Feeding
 Desvantagens do Creep-Feeding
 possibilidade de subutilização da forragem por concentrado;
 podem ocorrer variações com consumo;
 necessidade de movimentação constante do cocho para evitar o
superpastejo nas áreas de pastagem adjacentes;
 distorce a determinação da habilidade materna;
 aumenta o custo de produção;
 exige maior investimento em maquinários e insumos.
Cochos privativos: Creep-Feeding
 Fatores que afetam a resposta dos bezerros ao suplemento
 produção e qualidade do leite das mães;
 quantidade e qualidade dos pastos;
 potencial de crescimento dos bezerros;
 raça, sexo e idade dos bezerros;
 período de tempo de administração do suplemento;
 qualidade do suplemento.
Exigência nutricional do bezerro (Mcal de Energia Digestível.dia-1).
Idade
(meses)
Exigência total
(Mcal ED.dia-1)
Suprida pelo leite
(%)
Déficit
(Mcal ED.dia-1)
1 3,28 100 -
2 5,12 70 1,54
3 6,93 63 2,56
4 8,08 44 4,52
5 8,98 36 5,75
6 11,86 27 8,66
Silva (2000)
Resposta à utilização do Creep-Feeding, no peso ao desmame de bezerros e na
fertilidade de matrizes da raça Nelore.
Peso dos bezerros (kg)
Idade ao 
desmame 
Nº de Obs sem creep com creep
Variação
%
5 meses 100 170 190 + 11,8
7 meses 100 200 245 + 22,5
Fertilidade das matrizes (%)
400 77,0 84,5 + 9,7
Silveira A. C. et al. (2001).
Cochos privativos: Creep-Feeding
 Qualidade do concentrado
 taxa de ganho pretendida;
 quantidade de leite produzido pelas vacas;
 quantidade de pasto disponível;
 qualidade da forragem consumida – pastejo seletivo.
 Quantidade do concentrado
 liberal
• consumo inicial entre 200 a 400 g/cab./dia;
• consumo final entre 2 a 2,5 Kg/cab./dia;
• renovar periodicamente a ração no cocho de modo a não sobrar ou faltar;
 restrita
• fornecer entre 0,5 a 1,0% do peso vivo dos animais;
• consumo entre 0,6 a 1,2 Kg/cab./dia;
• pasto complementa a dieta;
• em geral não há sobras.
Cochos privativos: Creep-Feeding
 Características do alimento concentrado para bezerros
 elevadas concentrações de energia e proteína; 75 a 80% de NDT e 18 a 20% de PB;
 fontes de energia:
 grãos de cereais e subprodutos: aveia e cevada (EUA); milho, sorgo,
milheto e farelos de trigo e arroz;
 volumosos de alta qualidade: polpa de citros e feno de alfafa;
 fontes protéicas: tortas e farelos; farelo de soja;
 alimentos devem ser submetidos sempre a moagem grossa ou peletizados;
 palatabilizantes: melaço (3%), sal comum;
 suplementação mineral: macro e microelementos;
 suplementação vitamínica.
Cochos privativos: Creep-Feeding
 Cochos
Cochos privativos: Creep-Feeding
 Cochos - saleiro
A estratégia pode ser definida de duas formas:
 área de pasto de acesso exclusivo dos bezerros, cultivada com
espécies forrageiras de alto valor nutritivo como Tifton 85, Coast-cross
(Cynodon sp.), Massai (Panicum maximum), amendoim forrageiro (Arachis
pintoi) etc.;
 acesso de bezerros aos pastos antes das vacas, em sistemas de
pastejo rotacionado, garantindo que através da desfolha inicial da forragem
ocorra a ingestão da fração do alimento de melhor qualidade, as folhas tenras.
Pastejo Privativo: Creep-Grazing
Creep-Grazing é uma estratégia de manejo que garante forragem de
alta qualidade para bezerros, por intermédio do estabelecimento de áreas de
pastagem de acesso exclusivo a esta categoria animal.
Pastejo Privativo: Creep-Grazing
 Creep-Grazing Contínuo 
 Creep-Grazing Rotacionado 
 Creep-Grazing Adiante
Suplementação Pós-Desmame
 Suplementação de bezerros realizada após a prática do desmame precoce;
 Visa principalmente a vaca:
 mantidas em pastagens de baixa qualidade – pastos nativos e capoeiras;
 lactantes com restrição alimentar grave – período seco do ano;
 Desmame precoce e suplementação do bezerro
 recupera a condição corporal da vaca;
 favorece a manifestação do cio;
 Prática da suplementação
 bezerros entre 90 e 120 dias;
 separação da mãe e cria:
 pastos separados e distantes;
 pastos separados e próximos – exige boas cercas;
 mangueiro por 4 a 7 dias – fornecer água, ração e forragem;
 pastagem;
 concentrado – fornecido até os 6 – 7 meses de idade e similar ao do
Creep Feeding
Desmame
 Separação definitiva da cria de sua mãe.
 Envolve mudanças comportamentais, nutricionais, morfológicas, fisiológicas
e metabólicas que constituem a transição para a existência adulta e
independente.
 Momento crítico na criação  perda de peso e suscetibilidade às doenças
 Objetivos:
 interromper a amamentação;
 estimular o desenvolvimento ruminal dos bezerros;
 eliminar o estresse da lactação das fêmeas;
 reduzir as exigências nutricionais das vacas;
 favorecer a atividade reprodutiva das matrizes.
Tipos de desmame na bovinocultura de corte
 Desmame tardio
Suspensão da amamentação do bezerro pela vaca ocorre em torno do
10º mês de idade do bezerro, de maneira natural, decorrente do declínio e
interrupção da produção de leite.
 Desmame convencional
Separação ou apartação do bezerro da vaca entre o 6º e 8º mês de
idade do bezerro, como medida de manejo.
 Desmame precoce
Separação ou apartação de bezerro da vaca entre o 3º e o 4º mês de
idade do bezerro, como medida de manejo.
Desmame convencional
 Desmame Tradicional: entre 180 e 240 dias (6 - 8 meses).
 Aspectos nutricionais do desmame:
 bezerro é pouco dependente do leite materno;
 qualidade do pasto define a importância do leite residual na nutrição;
 pastos para animais desmamados:
 espécies de bom valor nutritivo
 oferta de massa de forragem com elevada relação folha:haste
 adubação e roçagem
 aguadas e mineralização
 suplementação no período seco
 pequena e média dimensões
 distante e isolados dos pastos das vacas
 manter o ritmo de crescimento pós-desmame.
 Aspectos psicológicos do desmame:
 quebra da relação mãe/cria;
 perda de segurança para o bezerro;
 falta de liderança no rebanho desmamado;
 forte componente de estresse;
 estratégias de manejo:
 desmame abrupto;
 dividir o rebanho a ser desmamado em lotes;
 emprego de vacas madrinhas;
 desmame com visualização em pastos contíguos – cercas;
 tabuletas – rebanhos pequenos.
Desmame convencional
 Recomendações gerais:
 evitar práticas como aplicação de vermífugos e vacinas e castração
durante o desmame;
 checar os bezerros com frequência e, os doentes, removidos
imediatamente do piquete para uma área de isolamento, ajudando a
prevenir a disseminação de doenças, e devidamente tratados;
 transporte e comercialização devem ser evitados; se viagens forem
necessárias, devem ser o menos estressante possível;
 piquetes devem ser protegidos contra ventos excessivos e providos de
sombra, reduzindo-se os estresses climáticos adicionais.
 tratamento preventivo de doenças por meio de vacinações e controle de
ecto e endoparasitos, seguindo um rígido manejo sanitário.
Desmame convencional
Desmame precoce em gado de corte
 Separação definitiva da cria de sua mãe entre as idades de 90 a 120 dias;
 Outras sugestões: 40 dias, 60 dias até 150 dias;
 Também conhecida como “antecipada”;
 Prática de desmame de aplicação muito controversa na pecuária de corte;
 Reduz temporariamente a taxa de crescimento dos bezerros;
 Severidade da redução inversamente proporcional à idade do desmame;
Desmame precoce em gado de corte
 Aplicações:
 períodos de grande escassez de alimentos;
 reduzir o estresse da amamentação;
 reduzir os requerimentos nutricionais das vacas;
 favorecer a recuperação da condição corporal da vaca;
 favorecer a manifestação do cio;
 auxiliar no processo de desenvolvimento complementar das primíparas;
 Desvantagens:
 compromete o desenvolvimento ponderal dos bezerros;
 reduz a fertilidade à maturidade sexual das fêmeas;
 aumenta a taxa de mortalidade.
Desmame precoce em gado de corte
 Recomendações para a realização da prática:
 desmamar bezerros com peso superior a 90 kg;
 formação de lotes homogêneos, diminuindo a concorrência exacerbada;
 higiene e manejo sanitário rigorosos
 vacinação contra as principais enfermidades e vermifulgação;
 usar “creep-feeding” na fase pré-desmame;
 suplementar com ração concentrada até 5-6 meses de idade;
 concentrado de elevada aceitabilidade e valor nutritivo;
 inclusão de coccidiostáticos na ração;
 fornecimento duas vezes ao dia;
 acompanhamento rigoroso nos primeiros 15 dias pós-desmame
como prática de manejo regular dentro do sistema de produção:
• definir época de desmame mais adequada;
• utilizar pastos diferenciados - “creep-grazing”.

Outros materiais