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Manejo de Bezerros de Corte Fase de cria Fase mais complexa da exploração de bovinos de corte; Concentram as maiores perdas dentro rebanho; Perdas de até 15% do rebanho se não for cuidado adequadamente (OLIVEIRA et al., 2006); Objetivos: sobrevivência das crias; desenvolvimento das crias; reconcepção da matriz. Cuidados realizados no pré e no pós o parto Medidas gerais de manejo Pré parto Vacas prenhes observação frequente; Novilhas prenhes deverão ser manejadas em pastos distintos das vacas; observação mais frequente. Com aproximação do parto conduzir a pastos maternidade. Anomalias nas fêmeas decorrentes do parto: retenção de placenta prolapso uterino parto distócico com intervenção cirúrgica Pós Parto Terminado o trabalho de parto lambe vigorosamente a cria; retira restos placentários do focinho e narinas; ativa a circulação do bezerro; Padrões comportamentais vaca/cria sobrevivência e desenvolvimento dos bezerros; desempenho materno das vacas em partos futuros; mãe e cria se gravam na memória visual, olfativa e auditiva – imprinting; não deverá haver interferência externa; hábito de esconder o bezerro; vacas em pastejo retornam ao bezerro algumas vezes ao dia; novilhas são naturalmente inexperientes; realizar observações mais frequentes do comportamento do animal. Cuidados no Pós Parto Ingestão do colostro Corte e desinfecção do umbigo Ingestão do colostro Bezerro procura instintivamente o úbere da mãe; Realiza a primeira mamada e ingestão do colostro; Inicia a transmissão de imunidade; Garante sobrevivência e saúde do bezerro; colostro é rico em moléculas de gamaglobulinas; mucosa intestinal absorve grandes moléculas integralmente; Colostro deverá ser ingerido nas primeiras 4 a 6 horas de vida; colostro perde a sua qualidade imunizadora; mucosa intestinal perde a capacidade de absorver macromoléculas; ação imunizante ação nutricional Observação do úbere de vacas e novilhas e do vazio do bezerro; Caso não haja realizado a mamada em tempo hábil: conduzir mãe e cria ao curral de manejo; ordenhar a mãe; fornecer o colostro artificialmente. Corte e desinfecção do umbigo Cordão umbilical membrana envolvendo vasos sanguíneos; fluxo de nutrientes da vaca para o feto durante a gestação; remoção de metabólitos e CO2 do feto; ruptura do cordão umbilical ao nascimento; expõe orifício umbilical por onde passam sanguíneos; rompimento da membrana entre 10 a 20 cm do orifício umbilical; perda de função e involução em poucos dias; fechamento das veias e artérias; união da musculatura da região e formação de massa muscular; porta para entrada de patógenos do meio ambiente; local propício ao desenvolvimento de miíases ou bicheiras. Corte e desinfecção do umbigo Anatomia do Cordão umbilical Veia umbilical conecta o fígado à placenta. carreia sangue arterial para o fígado no feto. duas veias umbilicais nos bovinos. Artérias umbilicais conectam artérias ilíacas internas à placenta. carreiam sangue venoso do feto até a mãe. duas artérias nos bovinos Úraco conecta a bexiga fetal à cavidade alantóide. drena a urina da bexiga para o saco alantóide. Corte e desinfecção do umbigo Corte e desinfecção do coto umbilical garante a saúde das crias; reduz a mortalidade; protege de processos inflamatórios do cordão umbilical – onfalopatias; previne lesões intra abdominais; reduz a incidência de pneumonias e diarreias. Obs: a prevalência de infecções umbilicais nos rebanhos bovinos é variável e a importância econômica é significativa, mas nem sempre é levada em consideração. UMBIGO VEIAS Abscesso hepático Septicemia Diarréia ARTÉRIAS Septicemia Poliatrite Pneumonia Encefalite ÚRACA Cistite Nefrite Efeito da desinfecção do umbigo sobre a mortalidade e a incidência de pneumonia em bezerros. Tratamento Nº de Bezerros Taxa de Mortalidade (%) Incidência de pneumonia (%) Desinfectado 269 7,1 5,2 Não desinfectado 132 18,0 18,9 Universidade de Wisconsin (2006) Corte e desinfecção do umbigo Procedimento de desinfecção, cura ou queima do umbigo 1º caso o cordão umbilical esteja muito grande proceder o corte a aproximadamente 5 cm da inserção com o umbigo, com tesoura afiada, limpa e desinfetada devendo-se amarrar somente em caso de hemorragia intensa; 2º após o corte proceder imediata imersão completa do coto umbilical em recipiente de boca larga contendo solução de iodo a 10%; 3º repetir o processo de desinfecção em solução de iodo duas vezes ao dia por três dias consecutivos ou até a cicatrização. 4º em condições adequadas a cicatrização ocorre dentro da primeira semana. Corte e desinfecção do umbigo Outros cuidados não é recomendado o uso de produtos onde a secagem do umbigo não é favorecida e a ação repelente se acaba em poucas horas, expondo o coto umbilical a moscas, miíases e possíveis infecções. prevenção contra miíases - aplicar vermífugo à base de Ivermectina por via subcutânea na proporção de 1,0ml para cada 50Kg de Peso Corporal; havendo necessidade de laçar e arrastar um bezerro recém-nascido, deve-se evitar que o umbigo do animal se arraste pelo chão. caso, ao nascimento, o cordão umbilical se rompa na sua inserção é necessário suturar o orifício umbilical evitando inflamações. Estratégias de aleitamento para bezerros de corte leite é alimento essencial para o desenvolvimento inicial do bezerro; peso ao desmame está diretamente relacionado com a ingestão de leite; leite é ingerido durante a amamentação; volume de leite ingerido depende da produção de leite da vaca e da frequência com que a amamentação é realizada; amamentações muito frequentes interferem sobre o retorno da atividade reprodutiva após o parto determinando situações de anestro; Desempenho dos bezerros Atividade reprodutiva das vacas Fase de Cria Desenvolvimento do sistema digestório do bezerro sistema digestório formado e completo ao nascimento; primeiros meses de vida – mudanças nas relações de tamanho e funcionalidade (estômago); pré-ruminante ruminante; digestão enzimática digestão fermentativa e enzimática; composição da dieta define as mudanças; dieta líquida (leite) dieta sólida (volumosos e concentrados): AGV desenvolvimento do epitélio ruminal volumosos expansão e crescimento muscular do rúmen-retículo concentrados em excesso paraqueratose Desenvolvimento do estômago do bovinos com a idade 0% 20% 40% 60% 80% 100% Nascimento 2 semanas 7 semanas 4 meses Adulto Abomaso Omaso Rúmen-retículo 0 5 10 15 20 25 30 35 40 3 semanas (leite) 12 semanas (feno) 12 semanas (concentrado) Rúmen-retículo Omaso Abomaso Desenvolvimento do estômago do bovinos com a idade e tipo de alimentação Pr op or çã o d o co rp o va z io , g/ K g PC V Idade (semanas) e alimento principal CHURCH (1998) Dieta do bezerro Leite melhor alimento para o bezerro; 7 Kg de leite / Kg de ganho de peso corporal; mamadas mais intensas de dia, ao amanhecer e ao entardecer; tempo de mamada de 8 a 10 min.; frequência, duração e tempo total constantes do 1º ao 6º mês de vida; machos sugam mais que fêmeas mães mais produtivas produção de leite da vaca: responsável por 46 a 70% da variação de peso ao desmame interação entre o potencial de produção e a condição nutricional(energia) Dieta do bezerro Ingestão de forragem discreta ingestão entre o 6º e o 10º dia de vida; aos 14 dias apanha folhas tenras de brotos da forragem; ingestão de pequenas quantidades de terra; tempo de pastejo: cresce linearmente depende da oferta de leite e de MS de forragem 3 horas / dia aos 21 dias de idade Ruminação inicia entre o 19º e 39º dia de vida; depende do tipo e nível de alimentação recebida. Tempos de pastejo e de ruminação com a idade em bezerros 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 22 dias 51 dias 79 dias 115 dias 148 dias Tempo de pastejo (h/dia) Tempo de ruminação (h/dia) ENCARNAÇÃO et al. (1995) Desenvolvimento do sistema digestório do bezerro Primeiros 30 dias de vida do bezerro leite materno é praticamente o único alimento do bezerro; ingestão de leite é fundamental para o desenvolvimento inicial; elevada frequência de amamentação; vacas em período puerperal. bezerros devem permanecer com as vacas por tempo integral Após os primeiros 30 dias de vida do bezerro DESENVOLVIMENTO DO BEZERRO X ATIVIDADE REPRODUTIVA DA VACA estratégias de aleitamento amamentação controlada desmama temporária ou interrompida Estratégias de aleitamento para bezerros de corte Estratégias de aleitamento para bezerros de corte Amamentação controlada permanência do bezerro com as vacas por dois curtos períodos do dia; manhã: 6:00 às 8:00 horas; tarde: 16:00 às 18:00 horas; nunca proceder a amamentação controlada antes dos 30 dias de vida do bezerro; bezerros filhos de primíparas devem ser monitorados e suplementados nas primeiras semanas. + poupa as vacas das amamentações frequentes; + favorece a manifestação dos cios; + torna os bezerros mais mansos; + condiciona o bezerro para o processo de desmame; - aumenta o trabalho da mão-de-obra; - inviável para rebanhos muito grandes. Porcentagem de cio e de prenhez de vacas aneloradas de acordo com o método de amamentação. Sistema de amamentação % de cio % de prenhez Tradicional 26 20 2 x ao dia 61 43 Gonçalvez et al. (1981) Estratégias de aleitamento para bezerros de corte Desmama temporária ou interrompida separa-se os bezerros das vacas por 48 a 72 horas; apartações por 96 horas ou mais são prejudiciais para as crias; prática realizada após o 40º dia de vida do bezerro; vacas já devem estar em Estação de Monta; vacas com condição corporal regular em regime de ganho de peso; pode ser associada ao tratamento com hormônio para indução do cio (sincronização) e IA - "Shang“. + amamentações interrompidas temporariamente; + favorece a manifestação dos cios; + reduz o trabalho da mão-de-obra; + recomendável para grandes rebanhos; - resposta reprodutiva depende da condição corporal das vacas. Suplementação de bezerros Período entre o nascimento e o desmame - altas taxas de ganho de peso; Primeiros 7 meses - 25 a 35% do peso final de abate; Nascimento até 3 – 4 meses de vida: leite materno é alimento fundamental; oferece nutrientes e energia indispensáveis ao bezerro nutrientes em forma simples e de fácil absorção supre as exigências relativamente altas nesta fase quanto mais leite o bezerro recebe da mãe, mais depressa ele cresce; a relação entre produção leiteira da mãe e ganho de peso da cria diminui de intensidade, depois de 16 semanas; A partir dos 3 a 4 meses de vida: nutrientes e energia necessários provem de outras fontes alimentares; pastagem – baixa concentração energética e de nutrientes. Suplementação de bezerros Objetivos Compensar a produção insuficiente de leite para bezerros menor produção de leite das vacas zebuínas; redução da produção de leite à partir do 3º mês de lactação; queda da produção de leite durante o período seco do ano. Promover o máximo de peso e vigor em tourinhos e novilhas para a venda como futuros reprodutores; Favorecer o desempenho reprodutivo da vaca; Bezerros com peso corporal inferior ao seu potencial, independente da época do desmame. Suplementação de bezerros Tipos de suplementação de bezerros de corte: Suplementação Pré-desmame Creep-Feeding ou cocho privativo Creep-Grazing ou pasto privativo Suplementação Pós-desmame Cochos privativos: Creep-Feeding Prática de fornecimento de alimentos concentrados em cochos de acesso restrito apenas a bezerros na fase do aleitamento, quando ocorrem elevado crescimento muscular e continuação do crescimento ósseo. Efeitos diretos do Creep-Fedding aumento do ganho de peso pré-desmame; maior peso ao desmame; redução da mortalidade dos bezerros; superação mais rápida do estresse do desmame; melhoria das taxas de prenhez das vacas lactantes (?). Fatores que condicionam o emprego do Creep-Feeding preço de venda dos bezerros; custo do suplemento; produção de novilho superprecoce. Cochos privativos: Creep-Feeding Vantagens do Creep-Feeding aumento do peso ao desmame – média de 18Kg/cab (2 a 45Kg/cab.); favorece o desenvolvimento mais uniforme dos bezerros; reduz o estresse do desmame; reduz a mortalidade de bezerros; reduz a idade de abate; reduz a idade à primeira cobertura; aumenta a taxa de prenhez, especialmente das primíparas; reduz a intensidade de uso da pastagem ou superpastejo; acostuma os bezerros a alimentos sólidos, e grãos no pós-desmame; redução do ciclo de produção; aumento do giro de capital. Cochos privativos: Creep-Feeding Desvantagens do Creep-Feeding possibilidade de subutilização da forragem por concentrado; podem ocorrer variações com consumo; necessidade de movimentação constante do cocho para evitar o superpastejo nas áreas de pastagem adjacentes; distorce a determinação da habilidade materna; aumenta o custo de produção; exige maior investimento em maquinários e insumos. Cochos privativos: Creep-Feeding Fatores que afetam a resposta dos bezerros ao suplemento produção e qualidade do leite das mães; quantidade e qualidade dos pastos; potencial de crescimento dos bezerros; raça, sexo e idade dos bezerros; período de tempo de administração do suplemento; qualidade do suplemento. Exigência nutricional do bezerro (Mcal de Energia Digestível.dia-1). Idade (meses) Exigência total (Mcal ED.dia-1) Suprida pelo leite (%) Déficit (Mcal ED.dia-1) 1 3,28 100 - 2 5,12 70 1,54 3 6,93 63 2,56 4 8,08 44 4,52 5 8,98 36 5,75 6 11,86 27 8,66 Silva (2000) Resposta à utilização do Creep-Feeding, no peso ao desmame de bezerros e na fertilidade de matrizes da raça Nelore. Peso dos bezerros (kg) Idade ao desmame Nº de Obs sem creep com creep Variação % 5 meses 100 170 190 + 11,8 7 meses 100 200 245 + 22,5 Fertilidade das matrizes (%) 400 77,0 84,5 + 9,7 Silveira A. C. et al. (2001). Cochos privativos: Creep-Feeding Qualidade do concentrado taxa de ganho pretendida; quantidade de leite produzido pelas vacas; quantidade de pasto disponível; qualidade da forragem consumida – pastejo seletivo. Quantidade do concentrado liberal • consumo inicial entre 200 a 400 g/cab./dia; • consumo final entre 2 a 2,5 Kg/cab./dia; • renovar periodicamente a ração no cocho de modo a não sobrar ou faltar; restrita • fornecer entre 0,5 a 1,0% do peso vivo dos animais; • consumo entre 0,6 a 1,2 Kg/cab./dia; • pasto complementa a dieta; • em geral não há sobras. Cochos privativos: Creep-Feeding Características do alimento concentrado para bezerros elevadas concentrações de energia e proteína; 75 a 80% de NDT e 18 a 20% de PB; fontes de energia: grãos de cereais e subprodutos: aveia e cevada (EUA); milho, sorgo, milheto e farelos de trigo e arroz; volumosos de alta qualidade: polpa de citros e feno de alfafa; fontes protéicas: tortas e farelos; farelo de soja; alimentos devem ser submetidos sempre a moagem grossa ou peletizados; palatabilizantes: melaço (3%), sal comum; suplementação mineral: macro e microelementos; suplementação vitamínica. Cochos privativos: Creep-Feeding Cochos Cochos privativos: Creep-Feeding Cochos - saleiro A estratégia pode ser definida de duas formas: área de pasto de acesso exclusivo dos bezerros, cultivada com espécies forrageiras de alto valor nutritivo como Tifton 85, Coast-cross (Cynodon sp.), Massai (Panicum maximum), amendoim forrageiro (Arachis pintoi) etc.; acesso de bezerros aos pastos antes das vacas, em sistemas de pastejo rotacionado, garantindo que através da desfolha inicial da forragem ocorra a ingestão da fração do alimento de melhor qualidade, as folhas tenras. Pastejo Privativo: Creep-Grazing Creep-Grazing é uma estratégia de manejo que garante forragem de alta qualidade para bezerros, por intermédio do estabelecimento de áreas de pastagem de acesso exclusivo a esta categoria animal. Pastejo Privativo: Creep-Grazing Creep-Grazing Contínuo Creep-Grazing Rotacionado Creep-Grazing Adiante Suplementação Pós-Desmame Suplementação de bezerros realizada após a prática do desmame precoce; Visa principalmente a vaca: mantidas em pastagens de baixa qualidade – pastos nativos e capoeiras; lactantes com restrição alimentar grave – período seco do ano; Desmame precoce e suplementação do bezerro recupera a condição corporal da vaca; favorece a manifestação do cio; Prática da suplementação bezerros entre 90 e 120 dias; separação da mãe e cria: pastos separados e distantes; pastos separados e próximos – exige boas cercas; mangueiro por 4 a 7 dias – fornecer água, ração e forragem; pastagem; concentrado – fornecido até os 6 – 7 meses de idade e similar ao do Creep Feeding Desmame Separação definitiva da cria de sua mãe. Envolve mudanças comportamentais, nutricionais, morfológicas, fisiológicas e metabólicas que constituem a transição para a existência adulta e independente. Momento crítico na criação perda de peso e suscetibilidade às doenças Objetivos: interromper a amamentação; estimular o desenvolvimento ruminal dos bezerros; eliminar o estresse da lactação das fêmeas; reduzir as exigências nutricionais das vacas; favorecer a atividade reprodutiva das matrizes. Tipos de desmame na bovinocultura de corte Desmame tardio Suspensão da amamentação do bezerro pela vaca ocorre em torno do 10º mês de idade do bezerro, de maneira natural, decorrente do declínio e interrupção da produção de leite. Desmame convencional Separação ou apartação do bezerro da vaca entre o 6º e 8º mês de idade do bezerro, como medida de manejo. Desmame precoce Separação ou apartação de bezerro da vaca entre o 3º e o 4º mês de idade do bezerro, como medida de manejo. Desmame convencional Desmame Tradicional: entre 180 e 240 dias (6 - 8 meses). Aspectos nutricionais do desmame: bezerro é pouco dependente do leite materno; qualidade do pasto define a importância do leite residual na nutrição; pastos para animais desmamados: espécies de bom valor nutritivo oferta de massa de forragem com elevada relação folha:haste adubação e roçagem aguadas e mineralização suplementação no período seco pequena e média dimensões distante e isolados dos pastos das vacas manter o ritmo de crescimento pós-desmame. Aspectos psicológicos do desmame: quebra da relação mãe/cria; perda de segurança para o bezerro; falta de liderança no rebanho desmamado; forte componente de estresse; estratégias de manejo: desmame abrupto; dividir o rebanho a ser desmamado em lotes; emprego de vacas madrinhas; desmame com visualização em pastos contíguos – cercas; tabuletas – rebanhos pequenos. Desmame convencional Recomendações gerais: evitar práticas como aplicação de vermífugos e vacinas e castração durante o desmame; checar os bezerros com frequência e, os doentes, removidos imediatamente do piquete para uma área de isolamento, ajudando a prevenir a disseminação de doenças, e devidamente tratados; transporte e comercialização devem ser evitados; se viagens forem necessárias, devem ser o menos estressante possível; piquetes devem ser protegidos contra ventos excessivos e providos de sombra, reduzindo-se os estresses climáticos adicionais. tratamento preventivo de doenças por meio de vacinações e controle de ecto e endoparasitos, seguindo um rígido manejo sanitário. Desmame convencional Desmame precoce em gado de corte Separação definitiva da cria de sua mãe entre as idades de 90 a 120 dias; Outras sugestões: 40 dias, 60 dias até 150 dias; Também conhecida como “antecipada”; Prática de desmame de aplicação muito controversa na pecuária de corte; Reduz temporariamente a taxa de crescimento dos bezerros; Severidade da redução inversamente proporcional à idade do desmame; Desmame precoce em gado de corte Aplicações: períodos de grande escassez de alimentos; reduzir o estresse da amamentação; reduzir os requerimentos nutricionais das vacas; favorecer a recuperação da condição corporal da vaca; favorecer a manifestação do cio; auxiliar no processo de desenvolvimento complementar das primíparas; Desvantagens: compromete o desenvolvimento ponderal dos bezerros; reduz a fertilidade à maturidade sexual das fêmeas; aumenta a taxa de mortalidade. Desmame precoce em gado de corte Recomendações para a realização da prática: desmamar bezerros com peso superior a 90 kg; formação de lotes homogêneos, diminuindo a concorrência exacerbada; higiene e manejo sanitário rigorosos vacinação contra as principais enfermidades e vermifulgação; usar “creep-feeding” na fase pré-desmame; suplementar com ração concentrada até 5-6 meses de idade; concentrado de elevada aceitabilidade e valor nutritivo; inclusão de coccidiostáticos na ração; fornecimento duas vezes ao dia; acompanhamento rigoroso nos primeiros 15 dias pós-desmame como prática de manejo regular dentro do sistema de produção: • definir época de desmame mais adequada; • utilizar pastos diferenciados - “creep-grazing”.
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