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Resumo-Direito Constitucional-Aula 15-Competencias Federativas e Controle de Constitucionalidade-Ricardo Macau

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Magistratura e MP Estadual 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
Disciplina: Direito Constitucional 
Professor: Ricardo Macau 
Aula: 17 | Data: 16/05/2019 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
4. Sistema Constitucional de Repartição de Competências Federativas 
4.1 Tipos de competências federativas 
4.1.2 Competências legislativas 
4.1.2.1 Competências privativas 
4.1.2.2 Competências concorrentes 
5. Controle de Constitucionalidade 
5.1 Considerações iniciais 
 
4. Sistema Constitucional de Repartição de Competências Federativas 
 
4.1 Tipos de competências federativas (continuação) 
 
4.1.2 Competências legislativas 
 
As competências legislativas podem ser de 2 espécies, a saber: 
 
4.1.2.1 Competências privativas: APENAS 1 ente federado legisla sobre o tema; 
 
a) UNIÃO: as competências privativas da União estão previstas no rol taxativo do art. 22 da CF/88; 
 
“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, 
marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; 
II - desapropriação; 
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em 
tempo de guerra; 
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; 
V - serviço postal; 
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; 
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores; 
VIII - comércio exterior e interestadual; 
IX - diretrizes da política nacional de transportes; 
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e 
aeroespacial; 
XI - trânsito e transporte; 
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; 
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; 
XIV - populações indígenas; 
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de 
estrangeiros; 
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o 
exercício de profissões; 
 
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XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal 
e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, bem como 
organização administrativa destes; 
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais; 
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular; 
XX - sistemas de consórcios e sorteios; 
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, 
convocação e mobilização das polícias militares e corpos de bombeiros 
militares; 
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e 
ferroviária federais; 
XXIII - seguridade social; 
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; 
XXV - registros públicos; 
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; 
XXVII – normas gerais de licitação e contratação, em todas as 
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e 
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, 
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e 
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa 
civil e mobilização nacional; 
XXIX - propaganda comercial”. 
 
IMPORTANTE: o art. 22, parágrafo único, da CF/88 prevê que a União poderá delegar aos Estados e ao DF, por meio 
de lei complementar, parte de suas competências legislativas privativas. Ex.: delegação para fixar salário mínimo 
estadual: 
 
“Art. 22 (...) 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a 
legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste 
artigo”. 
 
**PEGADINHA: as competências exclusivas da União previstas no rol do art. 21, da CF/88 não podem ser delegadas 
aos Estados. 
 
b) MUNICÍPIOS: o art. 30, I da CF/88 prevê que o Município tem competência privativa para legislar sobre interesse 
local. 
 
“Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local;”. 
 
Obs.: a súmula vinculante 38 do STF definiu que o município tem interesse local para legislar sobre o horário de 
funcionamento do comércio (o Município não pode legislar sobre o horário de funcionamento das agências 
bancárias, apenas o BACEN). 
 
c) ESTADOS: o Estado tem competência para legislar de forma remanescente/residual (art. 25, §1º, da CF/88). 
 
 
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“Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis 
que adotarem, observados os princípios desta Constituição. 
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam 
vedadas por esta Constituição”. 
 
PEGADINHA: suprimida a competência da privativa da União, a matéria passará a ser de competência do Estado 
(residual). 
 
4.1.2.2 Competências concorrentes: MAIS DE 1 ente federado legisla sobre o tema. 
 
Para entender o funcionamento das competências legislativas concorrentes, deve-se combinar 2 dispositivos da 
CF/88: 
 
a) Art. 24, caput, da CF/88: prevê competências concorrentes para a União, Estados e DF; 
 
b) Art. 30, II da CF/88: prevê que o Município tem competência para suplementar a legislação federal e estadual 
no que couber. 
 
Conclusão: embora o Município não tenha competência concorrente (não consta no art. 24, caput, da CF/88), o 
Município: 
 
I. Poderá legislar sobre temas que constam nos incisos do art. 24 da CF/88 se houver interesse local; e 
II. A lei municipal suplementar leis federais e estaduais já existentes. 
 
 Regras sobre o exercício de competência legislativa concorrente - art. 24, §1º ao 4º, da CF/88 
 
“Art. 24 (...) 
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União 
limitar-se-á a estabelecer normas gerais. 
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não 
exclui a competência suplementar dos Estados. 
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão 
a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a 
eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário”. 
 
Existem 4 regras que disciplinam o exercício de competências legislativas concorrentes: 
 
I. A União cria lei geral; 
II. O Estado cria lei suplementar em relação à lei geral federal; 
III. Inexistindo lei geral federal, os Estados legislam de modo pleno para atender as particularidades do Estado; 
IV. A superveniência de lei geral federal suspende a execução (não revoga) de lei estadual no que houver 
contrariedade. 
 
5. Controle de Constitucionalidade 
 
5.1 Considerações iniciais 
 
 
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A realização do controle de constitucionalidade tem 2 pressupostos: 
 
I. Princípio da supremacia da Constituição: a Constituição é o fundamento de validade e de existência das leis e 
demais atos normativos do ordenamento jurídico; 
 
Logo, eventual lei ou ato normativo inconstitucional será nulo porque não tem validade nem tem existência 
jurídicas. 
 
**PEGADINHA: o STF não admite a possibilidade de declaração de inconstitucionalidade das normas constitucionais 
originárias, pois a Constituição é o paradigma e não o objeto do controle de constitucionalidade. 
 
Cuidado: as normas constitucionais derivadas (emendas constitucionais, Constituições Estaduais e emendas de 
revisão) sofrem controle de constitucionalidade. 
 
II. Princípio da rigidez constitucional: a Constituição rígida é aquela que pode ser alterada por meio de um processo 
solene e dificultoso que é mais complexo do que o processo legislativo para a criação de leis ordinárias e leis 
complementares.

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