Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS CAMPUS MONTES CLAROS-MG Prática 7 Alcance máximo para lançamento em desnível Relatório Técnico da prática experimental Nº 3, apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Laboratório de Mecânica, Física 1, 3° período do curso de Engenharia Química e Engenharia Elétrica do IFNMG - Campus Montes Claros. Docente: Prof. Marcos Aurélio Duarte Carvalho Discentes: Heytor Alexsander, Isabela Gusmão, Kevyn Felipe, Sabrina Aparecida. Montes Claros - MG 13 de Julho de 2019. RESUMO O experimento de “Alcance máximo para lançamento em desnível” foi realizado com o objetivo de analisar e comparar, teoricamente, computacionalmente e experimentalmente o fenômeno do lançamento de projéteis quando há um desnível em relação a altura do lançamento em si e do ponto final da trajetória. Com foco no ângulo em que o alcance terá valor máximo, e fazendo assim portanto, perceptível a diferença entre os resultados para o lançamento com e sem desnível. O desenvolvimento da prática consistiu primeiramente em encontrar a velocidade em que o projétil, neste caso uma pequena bola de metal maciça, era arremessado por meio do estudo do lançamento oblíquo, mais especificamente, com o auxílio do ângulo do pêndulo balístico, presente no material experimental. E em seguida, realizou-se uma série de lançamentos já em desnível, analisando os resultados, um intervalo crítico entre os ângulos foi observado e por meio de mais alguns testes obteve-se o melhor ângulo no quesito experimental para o objetivo pré estabelecido. Partindo do pressuposto que tanto a análise experimental quanto as demais descrevem o mesmo tipo de movimento nota-se uma pequena discrepância nos resultados que não deveriam existir, mas que também, não pode ser explicada por meio apenas deste estudo. 1. INTRDUÇÃO A experimentação realizada foi em virtude do lançamento horizontal, onde um projétil é lançado de um plano de altura qualquer, tendo um alcance determinado. O Lançamento Horizontal pode ser considerado, de acordo com o princípio da simultaneidade, como o resultado da composição de dois movimentos simultâneos e independentes: queda livre (movimento vertical, sob ação exclusiva da gravidade, sendo uniformemente variado, pois sua aceleração se mantém constante) e movimento horizontal (movimento uniforme, pois não existe nenhuma aceleração na direção horizontal; o móvel o realiza por inércia, mantendo a velocidade com que foi lançado). Em cada ponto da trajetória, a velocidade resultante do projétil, cuja direção é tangente à trajetória, é dada pela soma vetorial da velocidade horizontal que permanece constante, e da velocidade vertical, cujo módulo varia, pois a aceleração da gravidade tem direção vertical. Assim, no lançamento horizontal, à medida que o móvel se movimenta, o módulo de sua velocidade cresce em virtude do aumento do módulo da componente vertical. Trata-se de um movimento em um plano vertical com velocidade inicial v = 0 e com aceleração constante, que é igual a aceleração de queda livre g, com direção para baixo. No lançamento de projéteis, os movimentos horizontais (eixo x ) e o vertical (eixo y) são independentes, o que facilita os cálculos. O vetor velocidade horizontal não varia, o que caracteriza movimento retilíneo uniforme, sendo assim, a aceleração é nula. Nota-se que a altura máxima da trajetória ocorre na metade do alcance máximo. 2. OBETIVO Determinar o ângulo de forma que se obtenha um alcance máximo para lançamento de um projétil em desnível com base em análises teóricas, computacionais e experimentais. 3. MATERIAIS - Lançador de projéteis; - Pêndulo balístico; - Esfera metálica; - Fita métrica. 4. METODOLOGIA Sobre uma mesa de 0,88 m montou-se o lançador de projéteis equipado com um - pêndulo balístico (Figura 1). Para o lançamento oblíquo foram conferidos o alinhamento do canhão com o cesto do pêndulo, colocou-se a esfera no canhão e verificou-se o marcador de ângulo após a carga, disparou-se o projétil conferindo o ângulo máximo no marcador, repetindo o processo 5 vezes. Após obter as 5 medidas calculou-se o valor médio. Para o lançamento com desnível, foram realizadas primeiramente 5 medidas, com um intervalo considerável a fim de encontrar aproximadamente onde estaria o ângulo a se obter o maior alcance, em seguida realizou-se mais 5 testes com intervalos menores entre os valores dos ângulos. Para isso, a esfera foi lançada pelo canhão ainda sobre a mesa em direção ao chão. A posição em que a mesma colidia com o solo foi devidamente anotada juntamente com cada altura em que a bola era lançada, já que com a alteração do ângulo esta altura também era alterada, para cálculos futuros. Figura 1: Pêndulo balístico e lançador. Fonte: (Acervo dos autores, 2019). 5. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A tabela abaixo foi montada a fim de determinar a velocidade do lançador através do ângulo, para isso foram efetuadas 5 medidas, que posteriormente seria tirado uma média aritmética simples para determinar o melhor ângulo. Tabela 1 – Ângulos do lançamento oblíquo. Lançamento Ângulo (graus) 1 19° 2 19° 3 18° 4 18° 5 17° O cálculo da velocidade do lançador foi obtido através das seguintes equações. 𝑣 = 𝑚1 +𝑚2 𝑚1 𝑉 Para acharmos o V da equação usamos conservação de energia para o pêndulo balístico. 𝐸𝑖 = 0 (𝑚1 + 𝑚2)𝑉² 2 𝐸𝑓 = (𝑚1 +𝑚2)𝑔ℎ Igualamos as equações. 𝐸𝑖 = 𝐸𝑓 1 2 (𝑚1 +𝑚2)𝑉 = (𝑚1 +𝑚2)𝑔ℎ O h da equação foi obtido através da seguinte equação sendo ele 7,4 cm. 𝐻(1 − 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑓) 36,5(1 − 𝑐𝑜𝑠18,2) = 7,4 Jogando os valores obtidos na equação obtivemos os seguintes resultados (para facilitar os cálculos os cm foram passados para metros e gramas para quilogramas). 𝑉 = (𝑚1 +𝑚2)𝑔ℎ 1 2 (𝑚1 +𝑚2) 𝑉 = 1,4504 Voltando a primeira equação a velocidade foi facilmente encontrada. 𝑣 = 𝑚1 +𝑚2 𝑚1 𝑉 𝑣 = 5,4𝑚𝑠 Através do que foi pedido, por meio de tentativa e erro foram realizados 3 lançamentos para 10 ângulos diferentes a fim de se achar o ângulo a qual em determinada altura H percorresse a maior distância, os dados foram alocados na tabela 2. Tabela 2 – Dados do lançamento com desnível. Ângulo (graus) Altura (cm) Alcance 1 (cm) Alcance 2 (cm) Alcance 3 (cm) 20° 112,7 131,5 132 133 21° 113 132,8 133 133,5 24° 112,7 134 134,5 134 25° 114 133,5 134 134,5 26° 114,5 135,8 137,7 136,3 27° 114,7 136,4 136,8 135,8 28° 114,9 136 135,5 134,8 30° 115,5 135,5 135,8 136,1 35° 116,5 134,5 134 134 40° 118 130 130,3 130,2 Através da observação dos dados obtidos e tirando uma média aritmética simples dos três alcances foi possível determinar que o ângulo que percorre a maior distância é o de 26°. A fim de se ter uma demonstração mais clara desses resultados foi construído um gráfico em que se relaciona o ângulo com o alcance. Gráfico 1 – Ângulo x alcance. Fonte: (Acervo dos autores 2019). Vale ressaltar que isso pode ser demonstrado teoricamente através da equação apresentada em sala de aula pelo professor. 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛( 𝑣0 √2𝑣22𝑔ℎ ) 6. CONCLUSÃOAo arremessar uma pequena bola de metal por meio de um lançador de projéteis é interessante observar a diferença entre os ângulos em que a mesma apresenta maior alcance horizontal comparando um lançamento com e sem desnível em relação ao ponto de partida. É de conhecimento geral que para obter um melhor alcance sem desnível o ângulo ideal é de 45°, no entanto, com o desnível é necessário que o projétil não adquira tanta altura mas que seu movimento tenda mais para a frente no início, mantendo velocidade até o fim da trajetória, e utilizando da força peso a seu favor. Assim o ângulo com maior alcance para o lançamento com desnível é de 26° segundo análise experimental.
Compartilhar